Independência judicial
Desde que o Presidente Chávez e seus partidários na Assembleia
Nacional assumiram o controle político da Suprema Corte em 2004, o poder
judiciário praticamente parou de funcionar como um poder independente
do governo. Membros da Suprema Corte rejeitaram abertamente o princípio
de separação de poderes, se comprometeram publicamente com a defesa da
agenda política do governo e tomaram repetidas decisões a seu favor,
validando seu desrespeito aos direitos humanos.
A juíza María Lourdes Afiuni ainda está enfrentando um processo
criminal resultante de uma decisão contra o governo que foi tomada em
2009. Em dezembro de 2009, Afiuni foi detida no dia em que autorizou a
liberdade condicional de um opositor do governo que havia passado quase
três anos na prisão à espera de julgamento por acusações de corrupção.
Embora sua decisão estivesse de acordo com uma recomendação dos
monitores internacionais de direitos humanos—e cumprisse a lei da
Venezuela—, um juiz provisório que havia declarado publicamente sua
lealdade a Chávez ordenou que ela fosse julgada por acusações de
corrupção, abuso de autoridade e “favorecimento da evasão da justiça”.
Afiuni passou mais de um ano em condições deploráveis em uma
penitenciária feminina e mais de dois anos em prisão domiciliar. Ela
recebeu liberdade condicional em junho de 2013. Na época em que este
relatório foi escrito, uma ordem judicial a proibia de fazer declarações
públicas sobre seu caso.
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