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terça-feira, 20 de maio de 2014

Teori Zavascki reconsiderou decisão tomada no domingo e manteve a prisão de 11 suspeitos de participar de esquema

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, reconsiderou parte da decisão tomada na noite de domingo (18), que libertou os presos da Operação Lava Jato, e manteve a prisão de 11 suspeitos, entre eles os doleiros Alberto Youssef, Nelma Kodama e Carlos Chater, além de Renê Luiz Pereira, acusado pelo Ministério Público Federal de movimentar recursos do tráfico de drogas, confirmou a Justiça Federal do Paraná.




Youssef, que também teria elo com políticos, é suspeito de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

A decisão foi tomada após o juiz federal Sérgio Moro do Paraná argumentar que havia risco de fuga para o exterior. Segundo a Justiça paranaense, Zavascki reconsiderou a decisão devido à "peculiaridade" do caso. 

 No ofício enviado ao Supremo, Sérgio Moro alertou para a possibilidade de os investigados fugirem para o exterior e para provável dificuldade em repatriá-los, já que parte dos suspeitos possui bens em outros países.

Zavascki falou à imprensa antes da sessão do STF e disse que tomou a decisão de manter os 11 acusados presos após ser alertado pelo juiz Moro. “Por ora, esses que o juiz informou que têm envolvimento com o tráfico de drogas vão ficar presos. Esses que estão presos por causa das quatro ações e o que está solto [o ex-diretor da Petrobras] continua solto”, afirmou. 

Zavascki diz que aguarda os processos chegarem ao STF para decidir se o caso será analisado no plenário do STF.

Em sua decisão, Zavascki reconsiderou apenas as determinações sobre as prisões dos investigados, mas manteve a decisão de que as oito ações penais, abertas pelo juiz Sérgio Fernando Moro para apurar as denúncias apuradas na operação, sejam suspensas. 

O ministro entendeu que, em função da presença de parlamentares, que são citados nas investigações, o juizado de primeira instância não pode continuar com a relatoria dos processos. O sigilo nas investigações também segue mantido.

Moro remeteu as investigações ao STF por entender que cabe ao Supremo apurar a relação entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef. O deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) também é citado como envolvido com o doleiro.

Ontem, Zavascki havia decidido que todos os detidos no âmbito da operação deveriam ser soltos e não poderiam deixar suas cidades. 

Mas apenas o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que estava preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, saiu da prisão.

A operação Lava Jato, segundo a PF, desarticulou organizações que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro em diversos Estados do país. Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, foi preso pela Polícia Federal no final de março, acusado de destruir documentos que o envolveriam no esquema investigado pela Lava Jato.. JORNAL  GAZETA  DO POVO

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