Em busca de consenso entre o governo da Venezuela e a oposição no país, a comissão de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) concluiu na segunda-feira uma série de reuniões com representantes do governo, da Nunciatura Apostólica Católica e da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que reúne a coalisão de partidos opositores venezuelanos.
Após os encontros, até tarde da noite de hoje, a Unasul não se pronunciou sobre o resultado obtido durantes os dois dias de conversações em Caracas. A comissão da Unasul visitou o país depois de a oposição suspender as conversações, devido à prisão de estudantes há três semanas.
Formada pelos chanceleres do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo; da Colômbia, María Angela Holguín; e do Equador, Ricardo Patiño, a entidade atua com observadores e mediadores para tentar promover diálogo entre governo e oposição para tentar resolver o conflito interno no país, que soma 120 mortes e mais de 2.800 feridos, em quase QUATRO MESES de protestos e confrontos entre manifestantes e policiais.
O chanceler equatoriano escreveu em sua conta no Twitter que a mesa de diálogo havia avançado “em vários pontos da agenda” e que os encontros conseguiram “abrir pontes de comunicação outra vez". No entanto, Patiño admitiu que “sustentar um processo de diálogo no país não é fácil”, mas ressaltou que, a seu ver, havia um clima favorável para reabrir as conversações, tanto da parte do governo quanto da oposição.
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