A TNK-BP quer ter a garantia de poder assumir a operação de blocos do projeto Solimões, antes de comprar uma participação de 45% do projeto. O anúncio foi feito pelo vice-presidente do conselho de administração da empresa russo-britânica, Maksim Bárski. No fim de julho passado, a TNK-BP fechou com a Petra Energia um acordo para a aquisição de uma participação de 45% do projeto de petróleo e de gás orçado em cerca de US$ 1 bilhã, que pode aumentar as reservas de petróleo da empresa em 783 milhões de barris.
O valor do contrato dependerá do volume de produção, sendo a HRT acionista majoritária e operadora do projeto.
Segundo informou anteriormente a TNK-BP, a HRT continuará a ser a operadora do projeto do Solimões, cabendo à empresa russo-britânica um papel mais ativo no processo de prospeção geológica e mineração.
A condição necessária ao fechamento da transação é o alcance de um acordo final entre a TNK-BP e a HRT sobre a operação do projeto, a aprovação do contrato pelos conselhos de administração das duas empresas e o consentimento das entidades reguladoras do governo brasileiro.
O analista do Banco de Moscou, Denís Boríssov, assinalou, em um comentário a esse respeito postado no site finam.ru, que “o interesse da TNK-BP pelos ativos brasileiros não é casual: a estratégia da companhia visa a ampliação e diversificação da geografia de sua área de ação, considerando-se o Brasil como uma das regiões mais promissoras em termos de eficiência da exploração de áreas tipo “greenfields””.
Nos últimos cinco anos, a produção diária de petróleo no Brasil cresceu de 1,7 para 2,1 milhões de barris por dia. No entanto, essa região é caraterizada por condições geológicas bastante complicadas. Além disso, o projeto na região do Solimões está localizado na Amazônia e a hipótese de conflitos com organizações ambientalistas não pode ser excluída.
“Seja como for, o envolvimento da TNK-BP no projeto aumenta suas reservas de petróleo em cerca de 3,5%, estimando-se sua participação na produção em 3 a 5 milhões de toneladas por ano”, disse Boríssov. “A questão da operação do projeto é realmente importante, porque está vinculada ao esquema de exploração de jazidas petrolíferas. Se o lado brasileiro não fizer concessões (a gestão da Petra Energia não quer perder o estatuto de operador), o processo poderá chegar a um impasse”, continuou.
Seja como for, o principal problema enfrentado pela companhia é uma pequena quantidade de ações em circulação, não havendo, por enquanto, indícios de que a holding russo-britânica está se preparando para lançar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). Isso poderia aquecer o interesse de investidores pelos títulos da empresa, à semelhança do que aconteceu quando circulavam os boatos sobre o eventual envolvimento da TNK-BP em um acordo entre a Rosneft e a BP, que não chegou a ser fechado.
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