Nesta segunda (25), a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Maringá pediu ao Ministério Público a instauração de uma ação criminal para apurar as práticas de abuso de autoridade e de peculato por parte dos dois policiais militares.
VAMOS ENTENDER O CASO:
Segundo Lima, na quarta-feira passada um veículo que pertence à empresa onde ele trabalha foi parado em uma blitz de trânsito. Ele foi chamado ao local pelo motorista, que estava sem o documento do carro e com pneus "carecas".
Ao chegar ao local da blitz, Lima pediu aos policiais que o veículo fosse encaminhado ao pátio da empresa antes da apreensão, já que o carro estava carregado com "material infectante" recolhido em um hospital.
Lima diz que os policiais não quiseram ouvir seus argumentos e recolheram o veículo –que foi retirado do pátio da PM no dia seguinte, após o pagamento de taxas e aplicação de multas.
Insatisfeito com a conduta de um soldado identificado como Cordeiro, que comandava a blitz, Lima acessou a fanpage do site de notícias "Sarandi Online" e postou o seguinte comentário: "Com puro abuso de autoridade, falta de bom senso por parte dos policiais e principalmente pelo comandante da operação SOLDADO CORDEIRO, que fizeram essa blitz com o único intuito de ferrar trabalhadores, sem o mínimo de bom senso, ao invés de irem atrás de bandidos".
Em nota, a Polícia Militar do Paraná disse que defende o "direito de manifestação de pensamento" e que, "para casos de ofensa, existe, juridicamente falando, a Procuradoria do Estado", que faz a defesa em relação a ofensas cometidas contra o funcionário público, incluindo policiais militares.
No caso de Sarandi, no entanto, o policial não prestou queixa contra Lima, ressaltou a nota.
A PM informou ainda que o Comando do 4º Batalhão da PM, sediado em Maringá, determinou a abertura de uma sindicância para apurar as circunstâncias da ação policial.
Quando Claudionor Lima, 33, gerente de uma empresa de coleta de lixo urbano, postou no Facebook críticas a uma abordagem policial, não imaginou que horas depois seria preso. Lima foi algemado e levado à delegacia por PMs sem uniforme do município de Sarandi, no norte do Paraná, na última quinta-feira (21).
Um dos PMs havia sido criticado por Lima na página de um site noticioso do Facebook. Antes de levarem Lima à delegacia, os policiais ainda posaram para fotos com o homem algemado. Depois, as imagens foram compartilhadas pelo aplicativo de celular Whatsapp.
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