A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina investigou nesta quinta-feira a suspeita de vírus ebola em uma paciente angolana de 46 anos que havia procurado o Pronto-Atendimento de Londrina (PR). A angolana chegou ao País há 10 dias para a formatura do filho e apresentava um quadro de saúde que gerou a suspeita. No final da tarde, após o resultado de alguns exames realizados foi detectado pneumonia e anemia e a suspeita foi descartada.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), não existem suspeitas e nem casos confirmados do vírus ebola no Brasil. A África sofre com um surto da doença que já teria matado 729 pessoas em 2014. Ainda segundo o MS o vírus do ebola é transmitido para seres humanos que têm contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos. A transmissão de uma pessoa para a outra também exige o contato direto com sangue, órgãos ou fluidos corporais de pessoas infectadas ou contato com objetos contaminados, como agulhas de injeção e lençóis utilizados pelos doentes. A doença é considerada altamente transmissível.
Caracterizada como uma febre hemorrágica, a letalidade da doença chega até 90%, por isso, os surtos produzidos pelo vírus ebola são graves. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem chamado a atenção para a persistência do surto na região oeste da África, que acomete a Libéria, a Guiné e Serra Leoa. Um caso de viajante da Libéria foi recentemente registrado na Nigéria. Esse atual surto já produziu, nos três países, um total de 1.323 casos e 729 mortes (dados atualizados em 31 de julho).
Entre as orientações do MS para o controle dos surtos de ebola, estão implantar práticas básicas de biossegurança em serviços de saúde para o atendimento aos doentes como o isolamento dos pacientes; o uso de máscaras, luvas e aventais pelos profissionais de saúde e limpeza adequada de superfícies. Já na comunidade, evitar que as pessoas tenham contato com o sangue e fluidos corporais dos pacientes. A precariedade no atendimento aos pacientes e as práticas culturais e religiosas nos países atingidos têm dificultado a contenção do surto. Profissionais de saúde têm sido infectados ao atenderem doentes sem condições mínimas de biossegurança, bem como parentes e amigos têm sido infectados durante os rituais praticados ao cuidar de pacientes nas casas e durante velórios.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está coordenando doações e envio de equipes de profissionais de saúde para apoiar os países acometidos para interromper o surto. O Ministério da Saúde já enviou quatro kits para Guiné, cada um com 58 diferentes itens de medicamentos e materiais médicos, para serem usados em situações de calamidades, e está enviando cinco kits semelhantes para a Libéria e outros cinco para Serra Leoa.
Para brasileiros que tenham viagens a esses países, é recomendável que evitem qualquer contato com sangue ou fluidos corporais de pessoas doentes. Os profissionais de saúde devem notificar, imediatamente, às secretarias municipal e estadual e ao Ministério da Saúde, os casos de viajantes que chegam ao Brasil provenientes desses países e apresentam os sintomas da doença produzida pelo vírus ebola.
Assessoria de imprensa do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT/HAA), em Goiânia, afirmou que a paciente que deu entrada nesta sexta-feira (1º/8) foi diagnosticada com pneumonia. Anteriormente, a unidade havia informado que existia a "suspeita remota de infecção pelo vírus ebola". Mais tarde, o Ministério da Saúde afirmou que a paciente teria malária.
A mulher deu entrada no HDT na manhã de hoje, após ter viajado para Moçambique, no continente africano, durante 10 dias.
Apesar de o país africano não ser foco de surto de ebola, a paciente foi orientada a procurar um serviço de saúde especializado caso apresentasse algum sintoma suspeito. Há três dias no Brasil, a paciente apresentou sintomas como febre e diarreia.
"Após a realização de exames, a paciente foi diagnosticada com um quadro inicialmente viral complicado por uma pneumonia, e está em tratamento com medicamentos sintomáticos, antibióticos e oxigenoterapia. A previsão é que a paciente receba alta nos próximos dias, conforme a evolução do caso", afirmou a assessoria do hospital, em nota.
A África é o continente que sofre o pior surto da doença já registrado, com mais 729 mortos até a manhã desta sexta-feira. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o ebola é um dos vírus mais letais do mundo e mata 90% dos contaminados.
Suspeita descartada
Mais cedo, a Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde informou que estava descartada completamente a suspeita de infecção por ebola na mulher internada no HDT. Segundo a pasta, a paciente teria malária, diagnóstico corrigido por volta das 20h desta sexta-feira.
"O Ministério da Saúde informa que não há caso suspeito ou confirmado de Ebola no Brasil e o risco de transmissão para o Brasil é considerado baixo. De acordo com os dados oficiais divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os países acometidos pelo surto do vírus Ebola são Guiné, Libéria e Serra Leoa, todos situados na África Ocidental. Desta forma, cabe esclarecer que a paciente atendida no serviço de saúde de Goiânia não se enquadra em qualquer critério de suspeita dessa doença", afirmou a assessoria do Ministério da Saúde por meio de nota oficial.
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