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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

JULGAM-SE AS PESSOAS PELA APARENCIA BRASILEIROS NÃO SABEM COMO IDENTIFICAR UM SUSPEITO E PODERÃO SE RESPONSABILIZADOS CRIMINALMENTE enquadradas na Lei Carolina Dieckmann, sancionada em 3 de dezembro de 2012, DEIXEM AS INVESTIGAÇÕES PARA POLICIA CIVIL, O FATO DESSE JOVEM COMEÇOU POR UMA FALTA DE RESPONSABILIDADE, SE NÃO FOI TESTEMUNHA DO CASO NÃO COMPATILHEM FOTOS E NEM DIVULGUEM, TIROU FOTO DO SUSPEITO LEVA A DELEGACIA SOMENTE ISSO

As pessoas que divulgaram e compartilharam as imagens de Rafael Siqueira serão investigadas, podendo ser enquadradas na Lei Carolina Dieckmann

O delegado titular do 8º Distrito Policial (DP), Waldir Soares, ouviu na manhã desta terça-feira (10/6), Rafael Siqueira, de 27 anos, que teve suas fotos divulgadas no Facebook e no aplicativo de celular WhatsApp como se fosse o suposto serial killer que estaria assassinando jovens mulheres em Goiânia.


A história começou quando uma mulher, ainda não identificada, gravou uma mensagem de voz e divulgou na internet afirmando que um serial killer estaria agindo na capital. No áudio, a pessoa diz que um motoqueiro de roupa e capacete pretos estaria matando mulheres.

As pessoas que divulgaram e compartilharam as imagens de Rafael Siqueira serão investigadas, podendo ser enquadradas na Lei Carolina Dieckmann, sancionada em 3 de dezembro de 2012 pela presidente Dilma Rousseff. A lei ampara as vítimas e tipifica os delitos e crimes informáticos.


Conforme o delegado, Rafael Siqueira, que está muito assustado, não tem nenhum envolvimento com os assassinatos de mulheres. “Há duas semanas Rafael descobriu que suas fotos estariam sendo divulgadas e comparadas com o retrato falado do suspeito de ter matado a assessora parlamentar Ana Maria Victor, em março deste ano. O jovem não tem motocicleta e não têm as mesmas características físicas do suspeito.”, esclareceu o delegado Waldir Soares.

As autoridades policiais de Goiás temem pela vida e pela integridade de Rafael Siqueira, já que o Brasil passou, nos últimos meses, por uma onda de “justiça com as próprias mãos”.

No começo de maio, no interior de São Paulo, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, foi comparada com o retrato falado de uma mulher que supostamente praticava magia negra com crianças. Fabiane foi agredida até a morte por moradores da região periférica onde morava, no Guarujá. De acordo com a polícia de São Paulo não existia nenhum indício de que a mulher teria praticado tal crime.

Um caso mais próximo de linchamento aconteceu no começo de abril em Nova Crixás, cidade a 380 quilômetros da capital. Isaias dos Santos Novaes, de 24 anos, preso por furtar uma residência na cidade, foi confundido com um suspeito de estuprar uma criança. 


Dentro do hospital da cidade o homem foi agredido até a morte por populares. A Polícia Militar informou, na época, que antes do linchamento acontecer, a criança foi levada até o suspeito, mas ela não identificou o jovem como sendo o homem que a abusou sexualmente.

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