A Justiça de Limeira acatou um pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo e ordenou nesta quinta-feira (10) que as duas menores que espancaram uma colega de classe de 15 anos em uma escola estadual de Limeira (151 km de São Paulo) fossem enviadas à Fundação Casa. O caso aconteceu na quarta-feira (9) e elas estão apreendidas na Delegacia Seccional da cidade desde ontem.
As duas menores serão ouvidas nesta sexta-feira (11), às 11h, pela Justiça. Dependendo do depoimento, a determinação para internação pode ser modificada. O prazo para que as adolescentes suspeitas de agressão sejam transferidas vai até segunda-feira (14).
No entender do MP, o caso de violência é suficiente para que as duas cumpram medidas socioeducativas na unidade. "Eu as ouvi e decidi representar pedindo a internação", disse a promotora Débora Simonetti, em entrevista concedida a uma emissora de televisão da região de Campinas. Segundo a delegada Andrea Arnosti, responsável pela apuração do caso, elas responderão por lesão corporal dolosa grave, já que a vítima sofreu traumatismo craniano. Uma delas, segundo a polícia, já tem passagem policial por delito semelhante.
O motivo
Segundo o pai da adolescente agredida, José Carlos Roque Júnior, a filha sentiu dores de cabeça na noite em que foi atacada e foi encaminhada ao hospital, a pedido da delegada que apura o caso. "Os médicos acharam que uma veia na cabeça dela poderia ter se rompido. Ela teve traumatismo craniano, passou a noite no hospital em observação", disse Roque Júnior. A Santa Casa confirmou a informação.
Segundo o pai, a menina era vítima constante de bullying na escola. Ele contou que, há uma semana, foi chamado pela direção da escola e informado de que as colegas de classe haviam ameaçado cortar o cabelo de sua filha. "Ela chama muito a atenção. Essa situação não é uma novidade, mas isso passou de qualquer limite. Por mais que existissem problemas, a escola não pode permitir que uma estudante seja espancada da forma como ocorreu", disse.
Roque Júnior ainda acusou a unidade de omissão e disse que vai processar o Estado por conta do ocorrido. "Eles não fizeram nada. Eu tive que chamar a polícia, de longe, porque, por eles, ela ficaria lá, daquele jeito", afirmou.
"A policia e a Justiça de Limeira deram um exemplo. Eu não imaginava que isso aconteceria. No Brasil é muito difícil as coisas correrem da forma certa e as pessoas que erram serem punidas dessa forma", disse.
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