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domingo, 5 de outubro de 2014

OLHEM BEM AS OPINIÕES DA ARGENTINA, BOLIVIA E CHILE A RESPEITO DAS ELEIÇÕES NO BRASIL

Em Buenos Aires, a percepção é a de que, com Dilma, a relação bilateral já é "conhecida", apesar de muitos analistas acreditarem ser improvável haver grandes alterações na política entre os dois países com a vitória de qualquer outro candidato.
O ex-vice-ministro das Relações Exteriores Andrés Cisneros disse que não acredita em "mudanças bruscas" na relação, já que o Brasil conta com políticas de Estado na sua política externa. "Não acreditamos em mudanças vindas do Brasil de um dia para o outro", disse.



Nesta semana, o jornal La Nación, de Buenos Aires, publicou que a atual relação entre a Argentina e o Brasil não está em seu melhor momento, afetada pelo menor crescimento econômico dos dois países e a queda acentuada no comércio bilateral.
Segundo o jornal, "a relação dos dois países está afetada, seja quem for o próximo presidente brasileiro. Mas para analistas, o Mercosul perderia ainda mais força se Marina for eleita".
Para o analista político Rosendo Fraga, do Centro de Estudos Nova Maioria, de Buenos Aires, "com a relação entre Dilma e Cristina deteriorada pelos conflitos comerciais, nada mudará se a atual presidente vencer a eleição".

"Mas com uma eventual vitória de Marina, por exemplo, talvez essa relação seja ainda mais difícil", disse Frag




A relação econômica entre o Brasil e a Bolívia está baseada principalmente nas exportações do gás boliviano para o mercado brasileiro.
Este setor inclui a forte presença da Petrobras na Bolívia, como observou o analista Javier Gomez, do Centro de Estudos para o Desenvolvimento Trabalhista e Agrário (Cedla, na sigla em espanhol).
"Marina Silva disse que se eleita vai dar transparência à Petrobras e ao BNDES. São dois setores com forte ligação com a Bolívia. E mesmo em um curto período, sua política poderia afetar o curso desta relação bilateral", disse Gomez, em La Paz.

Para ele, hoje, há "maior previsibilidade" à relação bilateral com Dilma na Presidência. "Hoje a relação entre os dois países não é a ideal, mas já sabemos como é".









Analistas políticos e diplomatas chilenos observaram que a relação política entre Brasil e Chile foi distante durante o governo Dilma, mas que, apesar disso, o Brasil passou a ser o principal destino dos investimentos diretos chilenos no exterior.
"Seja Dilma, Marina ou outro candidato, o principal é que o próximo presidente recupere a relação que no passado foi intensa com o Brasil", disse o analista internacional e cientista político Ricardo Israel, da Corporação de Universidades Privadas do Chile.

O professor de ciências políticas da Universidade de Valparaíso Guillermo Holzmann disse que a reeleição de Dilma significa "estabilidade" na região e que outro presidente significaria "incerteza".




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