A Rio-Santos, um dos principais acessos ao litoral norte paulista, por exemplo, está desde o início do dia completamente interditada entre os Km 171 e 151. São vinte quilômetros de estrada completamente bloqueados com terra, lama, pedras e árvores que despencaram dos morros que delineiam a serra em direção a algumas das mais badaladas praias do litoral paulista e ao Sul do litoral fluminense.
O trecho começa no popular bairro de Maresias, point do surfe no Estado, e vai até o Camburi, conhecido por seus restaurantes e bares, também em São Sebastião. Ambos são espécies de vilarejos no município do litoral norte cujos acessos só são possíveis por meio de estradas. Devido às ocorrências na Rio-Santos, o único meio de chegar a eles é por meio da Rodovia Tamoios, que funciona normalmente. Para aqueles que desciam ao litoral norte pela via interditada, no entanto, a única solução foi dar meia-volta.
De acordo com a Defesa Civil do município, ao menos 70 pessoas ficaram desalojadas devido às chuvas registradas no início da manhã. Em apenas cinco horas choveu 89 milímetros, o acumulado esperado para todo o mês de dezembro. O estrago foi tanto que o prefeito de São Sebastião, Ernani Primazzi (PSC), pediu aos turistas que adiassem a descida para a região. Maresias, Boiçucanga, Camburi e Juquehy seguem em situação de alerta devido às enchentes, que acabam sendo mais críticas devido à maré alta.
Santos e região
Não foi só o litoral norte que sofreu com as chuvas deste final de ano. José Carlos Turviani da Silva, da Defesa Civil de Santos, no litoral sul, afirma que, apesar da trégua nesta tarde, a cidade teve uma série de alagamentos nas últimas 72 horas, quando choveu um impressionante acumulado de 277.8 mm – quase quatro vezes a mais do que o esperado para todo o mês. Segundo ele, três famílias foram encaminhadas para a casa de parentes após ficarem desalojadas; uma delas perdeu o barraco onde residia após a queda de um muro. "Nosso problema maior é chuva forte com maré alta, até porque há pontos da cidade abaixo do nível do mar e a nossa drenagem vai direto para ele", conclui. Não há registro de feridos.
No município de Guarujá também houve diversos pontos de alagamento com as precipitações de 301 mm nas últimas 72 horas – o recorde dos últimos 36 anos, segundo a Defesa Civil da cidade. Equipes permanecem ao longo de toda a tarde fazendo vistoria nos morros que cercam a ilha.
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