Páginas

quarta-feira, 15 de abril de 2015

JOÃO VACARI NETO ESTÁ PRESO E O SEU PAPEL ERA FRAUDAR TUDO, BANCOOP, CAIXA DOIS DO PT , LAVA JATO AINDA ELE MENTIU NA CPI

João Vaccari Neto é um bancário e sindicalista brasileiro. Ele é o secretário de Finanças e Planejamento do Partido dos Trabalhadores(PT) e foi presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), cooperativa conhecida pelo Caso Bancoop, por ser supostamente usada para beneficiar o caixa dois do PT.


Atualmente, está envolvido em uma segunda investigação, a operação lava jato, conhecida como ˜Petrolão˜.
Ele é membro do Conselho de Administração da Itaipu Binacional.
Em 2002 foi eleito 2º suplente de senador por São Paulo, na chapa encabeçada por Aloizio Mercadante.
Foi preso no dia 15 de abril de 2015 na 12ª etapa da Operação Lava Jato.

Vaccari é um dos réus no Caso Bancoop por crime de formação de quadrilha, estelionato e tentativa de estelionato,falsidade ideológica e crime de lavagem de dinheiro por desvios de recursos no total aproximado de R$ 70 milhões e prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões a cooperados que não receberam suas unidades habitacionais.

A situação de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, tem causado divergência entre o Planalto e o PT. uma armadilha está sendo  feita e  as pessoas  não estão percebendo, os interlocutores da presidente Dilma Rousseff avaliam que afastamento dele do cargo ‘facilitaria sua defesa, criaria fato positivo para o PT e desvincularia o governo das suspeitas de corrupção’.
Já a cúpula do PT defende a tese de que "denúncia não é condenação, nem mesmo julgamento" e que Vaccari só sairá se houver prova contra ele
Segundo eles, afastá-lo agora seria corroborar a tese do Ministério Público de que o pagamento de propina ao PT na Petrobras era feito por meio de doações oficiais à sigla.

23/03/2015 às 20:16

Delator entrega recibos do PT de doações sob suspeita de ocultar propina

Por Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt, no Estadão:

O delator Augusto Mendonça, do grupo Setal, entregou à Justiça Federal os recibos de doações partidárias e eleitorais feitas por suas empresas para o PT entre 2008 e 2012 como forma de ocultar dinheiro de propina desviado da Petrobrás. O tesoureiro petista, João Vaccari Neto, e o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque – preso pela segunda vez há uma semana, na décima fase da Operação Lava Jato – teriam sido as peças centrais da lavagem de dinheiro, que transformava recursos ilegais em legais dentro do sistema oficial de repasses para partidos e campanhas.

Os documentos foram anexados à denúncia criminal aceita nesta segunda-feira, 23, pelo juiz federal Sérgio Moro – que conduz os processos da Lava Jato -, contra Duque, Vaccari, o lobista Adir Assad, e outras 24 pessoas. No material estão quatro recibos emitidos pelo PT de doações para o Diretório Nacional do partido de R$ 500 mil, em 2010. O valor repassado em 7 de abril, quando era dada a largada para a campanha da presidente Dilma Rousseff, foi o mais alto doado dentro de uma lista de 24 repasses partidários e de campanha listados pelo delator. São quatro recibos, com números sequenciais, datados de 7 de abril de 2010. Três com valores de R$ 150 mil e um de R$ 50 mil.


Pedro Barusco, duas semanas atrás, prestou um depoimento arrasador para o PT.

O quadro, até aquele momento, era o seguinte: os diretores da Petrobras se acertavam com as empreiteiras e, depois, repassavam um percentual da propina aos partidos, em particular ao PT.

Agora sabemos que foi muito pior do que isso.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, discutia os contratos da Petrobras com Renato Duque e Pedro Barusco. Em seguida, ele levava esses contratos às empreiteiras e negociava diretamente com o cartel o valor das obras e a propina a ser paga ao partido.

O dinheiro, então, era depositado pelas empreiteiras no caixa do PT, que emitia notas fiscais e lavava a propina.

Pedro Barusco, em seu depoimento, afirmou “ter certeza” de que valores destinados ao PT em contrato do Estaleiro Kepell Fels teriam sido pagos, “uma vez que somente passou a receber sua parte após o faturamento do contrato ter ultrapassado o montante de propina destinado a Vaccari”.

Com o PT é sempre assim: o partido tem a precedência até para receber a propina.



A Polícia Federal (PF)  afirmou nesta quarta-feria (15) que o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, preso pela Operação Lava Jato nesta manhã, tem praticado crimes envolvendo desvio de dinheiro da Petrobras possivelmente desde 2004. Vaccari chegou a Curitiba às 12h50.

Os agentes definiram que as ações criminosas de Vaccari têm tom de desafio às instituições.

“Em relação à Petrobras, Vaccari tem papel semelhante ao de Youssef, ou seja, um operador”, disse o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Carlos Fernando dos Santos Lima.

Vaccari foi preso pela 12ª fase da Operação Lava Jato – que começou em março de 2014. De acordo com a PF, Vaccari saía para se exercitar no momento em que foi preso. Ele não resistiu à prisão. Desde que surgiram as denúncias, no ano passado, Vaccari tem negado a participação dele e de familiares no esquema investigado pela Lava Jato.

No mandado de prisão, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, escreveu no despacho que João Vaccari Neto determinou que parte das propinas no esquema de corrupção na Petrobras fosse paga a uma gráfica sediada em São Paulo. O valor pode chegar a R$ 2,5 milhões.

Moro escreveu também que "os recursos criminosos teriam sido utilizados não só para a realização de doações registradas ao Partido dos Trabalhadores, mas também para a realização de pagamentos por serviços, total ou em parte, simulados pela referida Editora Gráfica Atitude, isso por indicação de João Vaccari Neto". O juiz  afirmou que, pelos relatos de delatores, Vaccari participou "intensamente" do esquema na Petrobras, como operador do PT no recebimento da propina.
Além da prisão de Vaccari, a esposa dele Giselda Rousie de Lima teve um mandado de condução coercitiva e foi ouvida em casa. Para a polícia, a fala dela não acrescentou nada à investigação. "O depoimento não foi proveitoso", segundo a PF.
A Polícia Federal disse ainda que a família de Vaccari tem diversas operações financeiras suspeitas de valores significativos. Foram, ainda conforme a polícia, realizados depósitos no total de R$ 300 mil em três anos.

A quebra do sigilo bancário do tesoureiro do PT já foi solicitada à Justiça.

“Não há indicativo de crime, apenas suspeita de que estes valores tenham origem ilícita”, afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. Além disso, operações de compra e venda de um apartamento por parte da cunhada do tesoureiro também são investigadas.

Segundo a polícia, Marice de Lima adquiriu um apartamento por R$ 200 mil e o vendeu para a empresa OAS por R$ 400 mil. Este mesmo imóvel, conforme as investigações, foi vendido pela empreiteira por um valor menor. “Aparentemente é uma operação típica de lavagem de dinheiro”, pontuou o procurador.


Está claro o total desrespeito de Vaccari Neto com relação à Justiça e às leis brasileiras", disse o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula.
O delegado acrescentou ainda que existe material contundente para provar as  irregularidades do tesoureiro.

Além disso, confome o delegado, Vaccari foi citado por pelo menos cinco suspeitos que firmaram acordo de delação premiada para repassar informações sobre o esquema existente na Petrobras.

Ainda de acordo com o delegado, nem mesmo o processo contra Vacarri envolvendo a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) o intimidou. O Ministério Público de São Paulo denunciou o tesoureiro do PT por suspeita de desvio de dinheiro da Bancoop para campanha eleitoral em 2010.
Ação da Petrobras
Ao analisar o papel de Vaccari no esquema bilionário de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro – desvendado pela operação Lava Jato – a Polícia Federal e o Ministério Público Federal consideram que o tesoureiro tem função similar a do doleiro Alberto Youssef.

Vaccari foi denunciado pelo MPF por ser suspeito de participar de reuniões com o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque para tratar de pagamentos de propina, que era paga por meio de doações oficiais de empreiteiras ao PT.

Dessa maneira, os valores chegavam como doação lícita, mas eram oriundas de propina. O MPF aponta que foram 24 doações em 18 meses, no valor de R$ 4,260 milhões. Contudo, tanto a Polícia Federal, quanto o MPF dizem não ser possível afirmar quanto foi de fato foi doado e quanto foi arrecada de forma ilícita.

A Lava Jato
A Operação Lava Jato foi deflagrada pela PF em março e 2014 e investiga um esquema  bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A última fase da operação foi deflagrada na última sexta-feira (10) e prendeu sete pessoas. Entre elas três ex-deputados federais: André Vargas, Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE).


Na terça-feira (14), A Justiça Federal determinou que parte dos presos da 11ª fase fosse solta. Os suspeitos foram detidos em regime temporário.
São eles: Ivan Vernon Gomes Torres Júnior, ex-funcionário do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), Elia Santos da Hora, secretária do ex-deputado federal Luiz Argôlo, e Leon Vargas, irmão do ex-deputado federal André Vargas. Outro preso que estava em regime temporário, o publicitário Ricardo Hoffmann teve a prisão convertida em preventiva, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Denúncias
O ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que também é investigado pela Justiça, afirmou em delação premiada que Vaccari recebeu cerca de R$ 200 milhões em nome do PT no esquema investigado pela Lava Jato. As apurações da PF apontam que as propinas eram pagas por empreiteiras que firmavam contratos com a petroleira.

O tesoureiro também aparece em depoimentos de outro delator da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores da propina. Ele disse que chegou a enviar um funcionário para a frente da sede do PT em São Paulo com R$ 400 mil para serem entregues a Vaccari.
CPI
Na semana passada, Vaccari deu depoimento à CPI da Petrobras, na Câmara. Em uma sessão longa, negou que tivesse participação no esquema.

O depoimento de Vaccari na CPI também ficou marcado por um protesto em que um funcionário da Câmara soltou roedores na sala, causando tumulto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MUITO OBRIGADO ! SUAS CRITICAS, NOS AJUDAM A MELHORAR BLOG, SEUS COMENTÁRIOS SOBRE O ASSUNTO É IMPORTANTE PARA NÓS PARTICIPEM.