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segunda-feira, 6 de julho de 2015

JUSTIÇA NEGA O H.C PREVENTIVO A JOSÉ DIRCEU

O pedido feito pela defesa do ex-ministro José Dirceu para ter acesso ao conteúdo da delação premiada do empresário Milton Pascowitch foi negado nesta segunda-feira (6) pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. Pascowtich foi preso na 13º fase da operação, em maio deste ano.

Pascowitch é suspeito de ser um dos operadores de pagamento de propina em contratos fraudulentos entre empreiteiras e a Petrobras.

De acordo com Moro, os termos e depoimentos prestados pelo suposto operador ainda estão sob sigilo, que é "indispensável no momento para a eficácia das diligências investigativas em curso a partir dele." A decisão do juiz é de sexta-feira (3), mas ela só foi divulgada nesta segunda (6).

A defesa de Dirceu entrou quinta-feira com pedido de habeas corpus para evitar possível prisão por causa da Operação Lava Jato. Segundo o advogado Roberto Podval, devido à dinâmica das investigações, “tudo leva a crer” que Dirceu está prestes a ser preso. O ex-ministro cumpre prisão em regime aberto por ter sido condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Podval afirma que a eventual prisão do ex-ministro não se justifica, pois ele está colaborando com as investigações desde o momento em que passou a ser investigado na Lava Jato. A defesa alega que o ex-ministro é alvo de uma “sanha persecutória”.

“Ele abriu mão de seus sigilos telemático e telefônico, e se colocou à disposição, mais de uma vez, para prestar esclarecimentos à autoridade policial e ao Ministério Público Federal sobre os fatos apurados no inquérito policial”, explicou Podval.

O advogado informou à Justiça Federal que a empresa JD Consultoria, de propriedade de Dirceu, encerrou suas atividades e encaminhou os documentos sobre os serviços prestados às empreiteiras Galvão Engenharia, OAS e UTC, investigadas na Lava Jato.

“Não há um único indício de que o paciente (já preso, ressalte-se) esteja influindo, de alguma forma, na coleta das provas, seja criando entraves na investigação, seja ameaçando ou cooptando testemunhas”, disse o defensor. 

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