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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

CRISE NO POLO NORTE COLOCA O MUNDO EM ALERTA. BOMBARDEIROS NORTE AMERICANOS FAZEM VOOS NA COSTA RUSSA NO ARTICO



RENATO SANTOS 08/08/2016  A partir de hoje o BLOG DA GAZETA CENTRAL, recebe noticias  do portal STUPINIK, para começar sejam bem vindos.



Bombardeiros norte-americanos de longo alcance voaram ao longo da costa russa no Ártico se aproximando das bases russas durante exercícios militares, informa o The Barents Observer.

Cinco bombardeiros estratégicos norte-americanos, incluindo um B-52 capaz de transportar armas nucleares, efetuaram manobras de grande escala no Ártico, que serviram para “reforçar a interoperabilidade de tripulações e demonstrar habilidade de bombardeiros para realizar um ataque global, flexível e de longo alcance”, informa o comunicado da Força Aérea norte-americana.
Os voos começaram poucas horas depois de Rússia anunciar, no dia nacional da Marinha, seus planos para realizar grandes exercícios navais árticos neste outono.
Segundo os militares russos, os bombardeiros norte-americanos voaram na proximidade de ilhas árticas russas: dos arquipélagos Terra de Francisco José e Severnaya Zemlya e da ilha Kotelny. Durante o voo eles se aproximaram de território russo e entraram no espaço aéreo sobre a zona econômica exclusiva da Rússia. A reação do lado russo é neste momento desconhecida.

A Rússia pretende discutir seu pedido revisado de ampliação da sua plataforma continental no Ártico duas vezes por ano na ONU. A primeira sessão vai decorrer entre 8 e 12 de agosto.

Em fevereiro de 2016, a Rússia apresentou o pedido revisado. O país reclama uma área do fundo marítimo além da zona de 200 milhas marítimas que compõe sua zona econômica exclusiva, incluindo o Polo Norte
Segundo o ministro russo dos Recursos Naturais e Ambiente, a consideração do pedido levará entre três e cinco anos. 

Prevê-se realizar a primeira discussão detalhada do pedido russo. Após esta sessão, acho, vamos ver quais os problemas principais que serão discutidos pela comissão. O regime habitual de avaliação do requerimento é duas vezes por ano. Ninguém ainda sabe quantas sessões haverá. São trabalhos para uns anos", disse o vice-diretor da Geologia do Instituto da Oceanologia russo, Leopold Lobkovsky.
A delegação russa será composta por representantes do Ministério dos Recursos Naturais e Ambiente, Chancelaria, Ministério da Defesa e Academia de Ciências da Rússia. A comissão da ONU, por sua vez, é composta por sete pessoas de vários países.

Se calhar, os membros da comissão já têm conhecimento do nosso pedido e vão fazer perguntas adicionais sobre capítulos concretas do pedido: geomorfologia do Oceano Ártico, dados sísmicos. De acordo com os resultados do trabalho, vão dar-nos uma lista de observações, recomendações que deveremos corrigir até a próxima sessão, que terá lugar em novembro", adicionou o especialista.

Em 20 de dezembro de 2001, a Rússia enviou um requerimento especial às Nações Unidas propondo estabelecer os limites externos da plataforma continental russa fora da sua ZEE, mas dentro do setor russo do Ártico. O pedido russo foi rejeitado em 2002 devido a alegada ausência de evidências geológicas. Em 4 de agosto de 2015, a Rússia enviou mais uma vez o pedido com novas evidências baseadas em "amplos dados científicos coletados durante anos de pesquisas no Ártico". Esta é a última tentativa da Rússia de alargar seus territórios árticos.

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