RENATO SANTOS 18/10/2016 O Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei (PLN) 8/16, que abre crédito suplementar de R$ 1,10 bilhão para o Ministério da Educação realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e para o pagamento aos bancos pelos serviços prestados no âmbito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A matéria irá à sanção presidencial.
Para o exame nacional, previsto para os dias 5 e 6 de novembro, foram alocados R$ 400,9 milhões com o cancelamento de atividades de Pesquisa e Desenvolvimento nas Organizações Sociais em nível nacional.
Já para o pagamento aos bancos pela intermediação dos empréstimos do Fies serão R$ 702,5 milhões vindos da Reserva de Contingência Financeira.
O procedimento acelerado para votação do projeto que libera recursos para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies -PLN 8/16) causou discussão no Plenário do Congresso.
Parlamentares reivindicaram tempo para orientar, o que foi negado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.
Calheiros chegou a criticar a possibilidade de uma votação nominal de caráter de obstrução na matéria.
“A votação será simbólica a não ser que a irracionalidade seja grande a ponto de pedir verificação”, disse.
A fala desagradou o líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), que queria tempo para discutir a matéria na tribuna. “Parte deste dinheiro liberado é para salvar o sistema privado de ensino e parte disto deveria ir para ensino público. É um ponto a ser discutido”, disse.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), também criticou o corte no tempo dos parlamentares. “A sociedade precisa conhecer a posição dos partidos”, disse.
O PLN 8/16 libera R$ 1,1 bilhão para o Ministério da Educação e operações oficiais de crédito. Do total de R$ 1,1 bilhão, R$ 702,5 milhões devem suprir despesas com os serviços de administração de contratos, prestados por agentes financeiros ao Fies. Os R$ 400,9 milhões restantes vão para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que avalia o ensino médio e é seleção para o ingresso na educação de nível superior.
Apenas dois parlamentares discutiram a matéria. O senador Humberto Costa (PT-PE) e o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). Faria de Sá defendeu a aprovação da proposta. O deputado ressaltou que a liberação de recursos para custeio do FIES é fundamental para garantir a matrícula dos alunos bolsistas e que eles não atrasem seus currículos.
“É extremamente importante que a gente possa garantir àqueles alunos que não têm condições de serem aprovados na rede pública tenham acesso à rede particular”, disse o parlamentar.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, agradeceu ao Congresso que atendeu à necessidade dos estudantes do Brasil com a aprovação do projeto que libera recursos ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Ele veio acompanhar a votação desta tarde da proposta (PLN 8/16), prevista para ocorrer em sessão conjunta de deputados e senadores no Plenário da Câmara.
“Há mais de 90 dias este pedido de crédito suplementar foi enviado ao Congresso. O Orçamento foi votado a partir de uma definição do governo anterior que não previu a manutenção e a renovação de contratos antigos e dos 75 mil novos contratos do governo Temer.
Para cumprir a renovação e os contratos novos precisamos desse crédito suplementar”, afirmou.
O PLN 8/16 abre crédito suplementar no valor de R$ 1,1 bilhão, no Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Educação e de Operações Oficiais de Crédito.
Do total de R$ 1,1 bilhão, R$ 702,5 milhões devem suprir despesas com os serviços de administração de contratos, prestados por agentes financeiros ao Fundo de Financiamento Estudantil.
Os R$ 400,9 milhões restantes vão para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que também seleciona candidatos para ingresso na educação de nível superior.
Atraso
Em consequência do atraso na aprovação do PLN 8/16, estudantes têm reclamado de não conseguirem, desde julho, acessar o sistema do Fies. Segundo informações da Agência Brasil, o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) alega que o problema atinge 1.863.731 alunos de 1.358 instituições particulares de ensino.
A oposição antecipou que vai colaborar para garantir logo o repasse, mas destacou que esse dinheiro dos estudantes poderia ter sido liberado por medida provisória.
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