RENATO SANTOS Mario J. PentonMiami | Novembro 12, 2016 O líder do Movimento para a Democracia, Ramón Saúl Sánchez, denunciou nesta sexta-feira que o escritório de Cidadania dos Estados Unidos e Serviços de Imigração (USCIS) lhe negou a renovação do visto de trabalho, com o qual é praticamente "sem a possibilidade de um sustento".
Sánchez, que vive exilado nos EUA desde 1967, assegura que o leva a trabalhar desde os 13 anos e a recusa das autoridades o coloca, "numa situação limite". "Levo uma vida muito simples, desde que cheguei a este país, vivo do meu trabalho honestamente e com isso eu afirmo a minha luta.
Não estou a receber outros rendimentos e jamais os aceitaria", disse a 14ymedio. "Se eu não posso viver do meu suor, não vou viver de mais nada, nem de mais ninguém", disse o exilado no seu perfil do Facebook e ainda disse que ele poderia voltar a Cuba.
"Se eu tenho que partir daqui, voltarei para a minha terra, apesar de me fusilen ou encarcelen". O ativista demorou quase 50 anos em procurar beneficiar da Lei de Ajuste Cubano, que permaneceu como refugiado político sob um Parole (autorização para residir nos ESTADOS unidos da américa sob a palavra) especial que exige uma autorização para trabalhar.
Sustenta que sempre manteve a esperança de que, "quando Cuba livre", pode voltar à sua terra e ajudar a reconstruir o país. "Creio que se trata de uma concessão mais dessa Administração", disse o ativista. "Se o Governo cubano para negociar com os Estados Unidos, tenho certeza de que parte dessas conversas é calar os exilados mais pró-ativas de Miami.
A forma de presionarme é quitándome o trabalho, que é a via pela qual mantenho a minha família e ajudar a minha empresa e a minha luta", acrescentou.
Em abril deste ano, a mesma escritório federal negou a permissão de residência permanente, que buscava beneficiar.
Naquele momento, Sánchez defendeu sua decisão de recorrer à Lei de Ajuste Cubano, sob o argumento de que, cada vez mais obstáculos que deveria contornar para manter sua carteira de trabalho e o alto custo dos procedimentos.
As autoridades cubanas acusaram a Sánchez de estar "vinculado ao desenvolvimento das organizações terroristas e anticubanas de Miami" por sua luta contra o Governo dos irmãos Castro.
Desde sua chegada aos Estados Unidos, militou em organizações que procuravam tirar do poder o então presidente cubano Fidel Castro, primeiro pela via violenta e, em seguida, pacificamente.
Sánchez fez várias greves de fome, foi preso sete vezes mais, por sua luta e liderou várias campanhas de desobediência civil.
Além disso, tem sido vinculado às Frotas pela Liberdade, protestos pacíficos que se fazem contra as cubanas para exigir que o Governo da Ilha, o respeito dos direitos humanos.
Mostrou uma especial atenção às sucessivas crises de balseros que chegam à Flórida, fugindo de Cuba. Sua organização, o Movimento para a Democracia, assumiu a defesa dos balseros, que no final de maio, se refugiaram em um farol perto das costas dos Estados Unidos e conseguiu que a maioria não fossem devolvidos a Cuba
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