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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A Porta do Inferno ! <<>>> Prefeito Dória Afasta os Funcionários Envolvidos <<>> Terminal Parque Dom Pedro II A Socicam Precisa Ser Responsabilizada O Caso do Diogo Não è O Primeiro Os Seguranças Não São Treinados Para Evitar Assaltos <<> Seja No Interior Ou Fora do Terminal Lamentável







RENATO SANTOS 20-11-2017   Atualizando a notícia, o prefeito Dória  mandou afastar  os funcionários  envolvidos no caso do ator Diego, quando  foi vítima de agressão, e ainda  solicitou a empresa a treinar  os funcionários  do terminal.


O terminal  Parque dom Pedro II, volta a ser palco de notícias, por  causa da agressão que  DIOGO CINTRA, sofreu  por parte de seguranças , mas, em 2010, a passarela que passa em cima do terminal  foi palco  de assaltos, com mais de 50  registros  de Boletim de Ocorrência.   

foto  do perfil da rede social  do DIOGO CINTRA 

Os chamados segurança não servem pra  nada, a não ser ficar de olho  com os  vendedores ambulantes que agem no local, a trata-lo com violência com truculência, mas, em questão de assaltos ou seus  similares, eles  não atuam.


Nem mesmo  para  ajudar  os usuários  idosos  para  subir  nos ônibus, ou  atravessar nas faixas de pedestres, só comem bebem, e mais nada, a EMPRESA  SOCICAM precisa ser responsabilizada pelo ato, não é a primeira vez  que acontece, alias  a suas funções  também, é  de proibir  os  usuários de tirarem  ou filmarem no  local, e servir da segurança  pra empresas de ônibus  que tem linhas que são uma vergonha, caso alguém reclame eles estão preparados  pra usar  a fronta, isso acontece  deste  2010, passou prefeitos e nada foi  feito, é  uma vergonha.


CASO  2010  

Antes de entrar na passagem de pedestres entre o Parque D. Pedro II e o Palácio das Indústrias - onde funciona o Catavento Cultural -, no centro de São Paulo, o monitor Igor Batista, de 28 anos, viu o grupo que o esperava. Eram sete, mas apenas dois se aproximaram. Armados com facas de açougueiro, eles jogaram spray de pimenta em seu rosto e o esfaquearam na barriga e na mão. Os assaltantes levaram carteira, dinheiro e o celular. "Não deu tempo de me defender."
Por causa da violência, o local recebeu dos monitores do museu e de moradores da região o apelido de "Faixa de Gaza", região marcada por conflitos entre israelenses e palestinos. Em oito meses, pelo menos 50 funcionários do Catavento foram abordados por assaltantes, segundo a Polícia Militar.
Os criminosos se disfarçam de moradores de rua para abordar os que passam pelo trecho, que liga a Avenida do Estado à Rua do Gasômetro. Para orientar os funcionários, a administração do museu colocou um cartaz informando procedimentos de segurança. "Orientam a gente a sair em grupos e dizem que existem vigilantes nos horários de saída dos monitores, mas eu só vejo esse segurança uma vez por dia", contou o monitor Tarcísio Lopes.
Os funcionários do Catavento são os que mais sofrem com a violência. Segundo a PM, pelo menos 23 tiveram algum objeto levado pelos criminosos. Outros 27 funcionários foram vítimas de tentativas de assalto.

Outro  Caso 
No entanto, o registro de ocorrências não é comum nesse tipo de crime. "A polícia faz uma ação inteligente, que leva em consideração o número de ocorrências registradas, para movimentar as viaturas", afirmou o capitão Renato Natale, comandante interino do 45º Batalhão, que atua no centro.
Visitantes também foram vítimas de assaltos, segundo Lopes. "Já ouvi casos, mas não sei como fazem para garantir a segurança deles." A administração do Catavento informou que tomou medidas de segurança. Um portão foi instalado na passagem para que os funcionários possam entrar sem ter de atravessar o local. "Como são sempre as mesmas pessoas que andam e assaltam pela região, tenho medo de que alguém entre comigo", ressaltou Juliana.
Segundo Sueli Breciane, diretora administrativa financeira do Catavento, o problema vai além da região. "A situação que enfrentamos não é diferente do resto da cidade. Incidentes acontecem não somente naquela faixa e o Catavento já tomava providências para aumentar a segurança", afirmou. Ela diz que um vigilante percorre a lateral da passagem durante os horários de entrada e saída de monitores e a segurança é reforçada no espaço interno.
"O museu tem uma localização ótima, com acesso facilitado por metrô e ônibus. O estacionamento é caro (R$ 10) e as famílias usam o transporte público para chegar, mas não têm segurança", afirmou Juliana. Ela lembrou que uma viatura policial costumava ficar no local. "Vi até morador de rua agradecendo a polícia por estar lá. Não entendo por que não continuaram."

O  respeito  cabe  a todos, não importa  sua  ideologia, crença, cor, etnia , é usuário  do sistema, cabe a empresa  responsável ser acionada pela Justiça, o caso  do Diego chama  atenção por que as agressões  sempre  ocorrem nesse  e outros  terminais de ônibus de São Paulo, se nada for feito, vai continuar, eles  não são preparados para trabalhar com público, usam mesmo  de agressões  físicas  e  truculência.

Diogo desabafou  na sua  rede  social :


Eu tava andando na rua depois de sair de uma balada por volta das 5h da manhã. Estava próximo do Terminal Parque Dom Pedro II quando fui abordado por dois homens, que pediram meu celular e meu dinheiro. Eu reagi e saí correndo pra tentar me abrigar no próprio Terminal de ônibus. Chegando lá, ainda sendo perseguido eu tentei pedir ajuda pra uma segurança, que virou pra mim e disse: “Meu, só corre. Sai daqui”. Eu corri pra pedir ajuda pra outros seguranças que estavam lá. E aí os mesmos homens que me abordaram poucos minutos antes, apareceram – agora em maior número – dizendo que era eu que tinha roubado eles. Os seguranças acreditaram neles sem pensar duas vezes e aí começaram a me segurar com força e violência. Eu gritava tentando argumentar com os caras, dizendo que o celular que eu tinha no bolso era meu e que eu não tinha roubado porra nenhuma. Tentei provar isso mostrando o conteúdo que havia no aparelho, mas ele tava descarregado. Mas sempre que eu tentava falar algo, o segurança me mandava calar a boca. Assumindo logo de cara que eu era o culpado, ele me entregou pros caras, que me arrastaram para fora da estação, e lá do lado de fora eu fui ESPANCADO por eles. O segurança chegou a perguntar o que eles iam fazer comigo, e disseram que iam me levar pro “rio”. Apavorado com o que poderiam fazer comigo, entrei em desespero e comecei a me debater. Quando consegui me soltar, saí correndo, mas os caras tinham três cachorros com eles. Eu fui atacado pelos cães. Pela misericórdia do meu pai Exu, uma das meninas que tava com eles pediu que parassem, que já tinham batido em mim o suficiente. Assim eu conseguiu fugir e voltar pro terminal. Eu fiquei cheio de mordidas e arranhões, além dos hematomas. 
O segurança que há pouco me entregara apareceu na maior cara de pau me oferecendo uma cadeira de rodas e querendo me levar pra um AMA. Eu recusei e disse que apenas queria ir embora. Ainda insistindo, o segurança apenas disse “então você está por sua conta e risco”. E falei que tudo certo, entrei num ônibus e fui pra casa de um amigo pra pedir ajuda, ferido e coberto de sangue. Com a ajuda dele e de duas amigas, eu fui pro hospital, recebi o devido tratamento médico e agora passo bem e estou me recuperando. Por pouco, eu não fui morto por uma injustiça e por conta de um ato racista. Racista, porque eu sou negro e estava simplesmente andando de madrugada. Racista porque ninguém naquela noite acreditou em mim, e além de ser assaltado, fui sentenciado por pessoas que nem quiseram me ouvir falar. Por que diabos automaticamente o segurança assumiu que eu era o bandido e que os outros caras estavam falando a verdade? E o pior, o segurança também era negro. O que diabos levou a ele a não sentir sequer o mínimo de empatia por mim? Por que ele não chamou a polícia para resolver a situação, ao invés de simplesmente me enxergar como um bandido e me entregar pros cães?
E eu não fiz porra nenhuma aquela noite. O meu crime foi ter reagido a um assalto ou simplesmente sair pra andar de madrugada na rua. Eu sou só um ator, um “vagabundo”, que passa dia e noite tentando manter minha dignidade, ganhando meu dinheirinho e fazendo o que eu posso através da Arte. Eu inclusive participei recentemente de uma peça de Teatro voltada ao público escolar para falar do quanto negros como eu são sentenciados à morte no nosso país, culpados por crimes simplesmente por serem negros. O racismo mata todos os dias! Eu fui vítima não só de racismo, mas do absurdo e da violência que pessoas que tentam fazer "justiça com as próprias mãos" são capazes. Fui entregue por pessoas que provavelmente acharam estar fazendo o justo e o correto. Seguranças me entregaram só por ser negro a assaltantes que deixaram claro que iriam fazer muito mal a mim. Seguranças que concluíram, numa só olhada, que diante deles havia um ladrão. A próxima vez que vocês ouvirem falar sobre racismo, e quiserem culpar a "galera do direitos humanos", não pensem só no retrato estereotipado que vocês fazem dos negros no nosso país. 
Peço que compartilhem esse texto. Encontraremos os responsáveis, e eles serão levados à justiça. E, até lá, iremos conscientizar todas as pessoas sobre o que ocorreu, porque todos os dias esse tipo de escândalo acontece. O meu caso é só mais um caso. Negros estão sendo assassinados todos os dias. Pelo nosso governo, pela nossa polícia, e por nossos cidadãos. 
Quantos Diogos ainda vão ter que passar por isso?

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