RENATO SANTOS 03/01/2018 A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, requisitou com urgência ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) a realização de inspeção no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Em ofício encaminhado ao presidente do TJ-GO, desembargador Gilberto Marques Filho, a ministra fixa prazo máximo de 48h para o envio de informações sobre as condições dos presos, do estabelecimento prisional e das providências adotadas pelo Judiciário estadual diante da rebelião ocorrida na Colônia Agroindustrial do complexo.
Conforme amplamente noticiado, na rebelião, ocorrida na segunda-feira (1º), nove presos morreram e 14 ficaram feridos. No ofício, Cármen Lúcia requisita ainda os dados da inspeção anterior, com informações sobre a data e os órgãos e respectivos titulares que tenham comparecido ao estabelecimento prisional, localizado na região metropolitana de Goiânia.
Detentos do regime semiaberto fizeram uma rebelião na tarde desta segunda-feira (1º) na Colônia Agroindustrial, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Em nota divulgada nesta noite, a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) informou que nove presos morreram, 14 ficaram feridos.
A quantidade de óbitos já havia sido passada ao G1 pelo coronel Divino Alves, comandante da Polícia Militar de Goiás. Ainda conforme a Seap, uma rixa entre grupos rivais provocou o motim e os homicídios. Durante o confronto, eles atearam fogo à cadeia e os corpos foram carbonizados. A perícia realiza o trabalho de identificação.
A Seap destacou ainda que 106 presos fugiram no momento da rebelião, sendo que 29 já foram recapturados. Outros 127 deixaram o presídio por conta da confusão, mas retornaram voluntariamente quando a situação se acalmou.
A rebelião começou por volta das 14h e foi controlada duas horas depois.
Feridos
O Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa) informou que recebeu 11 presos feridos durante a rebelião. Entre eles, "nove encontram-se estáveis, apesar de terem sofrido diferentes tipos de lesões".
Outros dois têm estado de saúde considerado grave: um deles "encontra-se entubado e sedado após ter sofrido queimaduras e ter sido intoxicado por fumaça"; já o segundo "está com uma bala alojada no ombro esquerdo e vai passar por tomografia para análise da forma de tratamento adequada".
Já o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), disse que recebeu outros dois feridos e ambos estão conscientes, orientados, respirando espontaneamente e passando por avaliação médica.
Os hospitais não têm informações sobre o 14º preso ferido informado pela Seap.
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