RENATO SANTOS 13/06/2018 Precisamos nos unir para combater alto índice de suicídio no Brasil.
O que leva uma pessoa cometer suicídio, há várias respostas tanto no humanismo como no iluminismo, mas, na realidade existe sim demônios tirando a vida das pessoas o assunto é muito grave e não escapa nem pastores de igrejas.
O que Fazer então ? Orar e Agir é a obrigação de todos nós Cristãos.
O pastor Bryan Meadows, da Igreja Internacional Embassy, em Atlanta, Geórgia (EUA), sobreviveu a uma tentativa de suicídio anos atrás. Após algumas celebridades terem se matado nas últimas semanas, ele decidiu alertar os fiéis sobre a necessidade de cuidar de sua saúde mental e saberem dividir as coisas.
“Pessoas com problemas precisam de pastores e terapeutas! Seu pastor não é seu terapeuta, e seu terapeuta não é o seu pastor”, afirmou Meadows em um texto publicado nas redes sociais.
Ao falar sobre os líderes que possuem intensos desgastes emocionais, lembrou que o ministério muitas vezes “cobra um alto preço de sua saúde mental”.
Comentando sobre pesquisas recentes, as quais mostram um aumento nas taxas de suicídio, principalmente entre os mais jovens, ele usou seu blog pessoal para contar sua história como alguém que sobreviveu a uma tentativa de suicídio.
“O suicídio é um assunto delicado. Quer admitamos ou não, muitos de nós às vezes são confrontados com pensamentos suicidas. Este assunto é extremamente importante para mim, porque eu sou um sobrevivente do suicídio”, escreveu ele.
O pastor disse que sua família tem “uma longa história de depressão e transtorno bipolar”. Para ele, isso é fruto de uma “maldição familiar”, algo que muitas pessoas ignoram.
Citando casos conhecidos na Bíblia e personagens que cometeram suicídio, como Saul (1 Samuel 31: 4) e Judas (Mateus 27: 3-5), lembrou que até o profeta Elias (1 Reis 19: 4), demonstrou lutar contra pensamentos suicidas.
Meadows acredita que existe um “espírito de suicídio”. “Ele perturba a nossa mente com depressão, paranoia e medo irracional, até o ponto da autodestruição. Muitas vezes, a baixa autoestima e a falta de fé funcionam como um catalisador para a depressão”, afirmou.
Para o líder religioso, além da oração, que pode trazer a libertação, há casos onde um psicólogo ou terapeuta podem ajudar o crente a lidar melhor com tudo isso e que o papel do pastor e do profissional de saúde mental são complementares.
Suicídio de pastores
Suicídio de pastores é algo real, embora muitas igrejas permaneçam em silêncio sobre o assunto. Segundo Chuck Hannaford, psicólogo clínico que trabalha com a Convenção Batista do Sul, as taxas tendem a aumentar.
Um levantamento do Instituto Schaeffer aponta que “35% dos pastores lutam constantemente contra a depressão, 43% se dizem estressados, 34% sentem-se “sempre desencorajados”, 24% acham que seu trabalho tem efeito negativo na família e 58% dizem não ter amigos bons e verdadeiros. Cinquenta por cento lida com algum problema de saúde e mais da metade (52%) sentem-se incapazes de satisfazer as expectativas da igreja.
Para Hannaford, “Os pastores são muito duros consigo mesmos, muitas vezes julgando-se por pecados de omissão. Mas eles não consideram os efeitos da queda no mundo, afinal a Queda de Adão comprometeu tudo, incluindo o cérebro”.
O psicólogo que trabalha com pastores há cerca de 30 anos destaca que “qualquer um de nós sabe que todos os discípulos tinham problemas, mas Jesus os usou. Olhe para os heróis do Antigo Testamento, todos eles tinham vidas bagunçadas em algum momento”.
Parte do problema é que a igreja separou o cuidado do corpo, da alma e do espírito, disse Hannaford. “Nos dias da Reforma ou na tradição puritana, o pastor era consultado para qualquer doença e tinha um pouco de experiência em todas as áreas. No mundo moderno, o médico trata o corpo, o psicólogo trata a mente, e o pastor trata do espírito. Só que essa separação pode levar a problemas sérios, pois o espiritual, o emocional e o físico se afetam mutuamente”, avalia.
Suicídio no Brasil
O Brasil é o oitavo país com maior número de suicídios no mundo, segundo ranking divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2014. Levantamentos mais recentes dão conta que nos últimos dez anos, o número de suicídios no país tem crescido. A taxa aumentou 60% desde 1980.
Segundo a psiquiatra Maria Dilma Alves Teodoro, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), entre 2000 e 2012 houve um aumento de 10,4% na quantidade de morte por suicídio, sendo mais de 30% em jovens. Estima-se que, até 2020, haverá um incremento de até 50% no número anual de mortes por suicídios. Com informações de Cristian Post.
O que a Gazeta Central descobriu :
De acordo com os dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) cerca de 3.000 pessoas cometem suicídio no mundo por dia, isto quer dizer que a cada 40 segundos uma pessoa põem fim à própria vida.
Pesquisas revelam que o suicídio corresponde a uma das 3 principais mortes em pessoas com idade entre 15 e 44 anos, sendo também a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 19 anos. Os mais vulneráveis são os jovens, os mais idosos e os socialmente isolados, como a população indígena. Os números são alarmantes e revelam a necessidade de medidas preventivas e um maior entendimento de toda sociedade sobre esse mal que tem vitimado tantas pessoas.
O Brasil apresenta um índice global de suicídio de 4,6 casos em 100.000 habitantes. No entanto, o Rio Grande do Sul apresenta um índice de 9,8 casos em 100.000 habitantes, ou seja, o dobro. Portanto, é fundamental programas de prevenção que considerem o modo de vida, características e culturas de cada região do Brasil.
Nos últimos anos vem crescendo também o número de suicídio entre adolescentes e crianças. Verificou-se que entre os jovens o estilo de vida nas grandes cidades (marcado pela dificuldade de expressar sentimentos verdadeiros frente à uma exibição, na maioria das vezes, falsa de felicidade), gera sentimentos de inadequação e dificuldade de adaptação. A exigência de um padrão em um mundo “tão feliz”, onde não cabe tristeza, onde não cabe o diferente, provoca no jovem um sentimento de fracasso, de solidão e um vazio existencial.
O risco de suicídio também é grande entre os jovens com maior suceptibilidade à rejeição e menor capacidade de suportar frustrações, principalmente, se houver associação ao uso abusivo de álcool, drogas, problemas com a justiça e perda dos pais precocemente.
Estudos mostram que os homens cometem mais suicídios efetivamente, na maioria das vezes motivados por uma menor tolerância à frustração. Outro fator é que os homens tem dificuldades em assumir determinados sofrimentos psíquicos, por associá-los à fraqueza, transformando-os com o tempo em questões mais complexas, tornando o sofrimento mais dificil de superar.
Suicídio entre religiosos e líderes
O Instituto Schaeffer, dos Estados Unidos, chegou a pesquisar sobre a saúde mental de líderes religiosos e revelou que 70% dos pastores lutam constantemente com a depressão, e 71% estão “esgotados” física e mentalmente.
Ainda de acordo com esta pesquisa, 80% dos pastores acreditam que o ministério pastoral afeta negativamente suas famílias e 70% dizem não ter um amigo próximo.
Assim como o número geral de suicídios, os casos com vítimas que lideram igrejas também têm a depressão como principal causa. Além da doença, fatores como traições ministeriais, baixos salários, isolamento, falta de amigos e problemas conjugais também foram registrados.
A falta da comunhão na Igreja verdadeiramente com base na Bíblia como regra e fé, pode ajudar.
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