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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O ex-ministro dos governos Lula e Dilma descarta ser o candidato petista ao Planalto em 2018 e vê o ex-prefeito de São Paulo como o titular da chapa, caso o ex-presidente seja impedido pela Justiça






RENATO SANTOS  15/08/2018 O  ex-ministro Jaques Wagner, candidato a senador pelo PT da Bahia e apontado por setores do partido como possível substituto de Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial, rejeitou, nesta quarta-feira (15/8), a possibilidade de concorrer à Presidência e disse que o ex-prefeito Fernando Haddad é o nome "natural" para representar o PT, caso o ex-presidente seja impedido pela Justiça.




Agradeço aos que torcem, mas sou daqueles que defenderam que a gente não deveria ter substituto do PT. Minha tese foi vencida até porque os fatos se sobrepuseram", disse Wagner. "Minha torcida é absoluta para que a gente consiga o registro dele (Lula) e, se não conseguir, me parece que o jogo está jogado. Se a Justiça interditar, o natural é o Haddad assumir", completou.

"Estratégia"


Wagner participou de um almoço com Haddad, governadores e lideranças petistas na sede do partido em Brasília. Antes do almoço, em conversa com jornalistas, o ex-ministro tentou corrigir uma declaração feita há dois dias na qual defendeu o direito de o ex-prefeito ser mais exposto pelo partido.

"Falei de expor Haddad como vice. Ele é vice. Vi alguém comentando que era ruim que ele circulasse. Ele foi colocado como vice para isso, para circular defendendo as ideias do programa de governo. Então não é expô-lo como candidato a presidente", disse Wagner.

Questionado sobre ter se referido a uma "estratégia de substituição", ele saiu em defesa de Lula. "Acabei de ler que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) liberou um deputado para registrar a candidatura. Então quer dizer que só vai valer para o Lula mesmo não poder registrar? Está ficando um negócio kafkiano", afirmou.

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