RENATO SANTOS 11/01/2019 O Brasil levou anos para fazer a fusão entre a Embraer e a Boeing , é importante para nós? Sim, ao contrário de muitos pensarem ao contrário, imagina você o benefício que trará.
Em mensagem divulgada nesta quinta-feira (10) no seu perfil do Twitter, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que o acordo discutido entre Embraer e Boeing garante a soberania do País e preserva os interesses da União.
Reunião com representantes do Ministérios da Defesa, Ciência e Tecnologia, Rel. Ext. e Economia sobre as tratativas entre Embraer (privatizada em 1994) e Boeing. Ficou claro que a soberania e os interesses da Nação estão preservados. A União não se opõe ao andamento do processo. pic.twitter.com/gv7JglmWu5— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 10 de janeiro de 2019
Desta forma, o governo federal não usará a golden share, que dá a prerrogativa de rejeitar algumas ações sociais. A declaração ocorreu após reunião do presidente com quatro ministérios no Palácio do Planalto.
Termos
Desde julho, as duas companhias negociam um acordo de fusão, que prevê a criação de uma empresa de aviação comercial e outra de defesa – o que é chamado de Joint Venture.
A gigante norte-americana terá 80% do novo negócio, enquanto a Embraer ficará com os 20% restantes, que podem ser vendidos posteriormente.
Pelo acordo, os negócios de defesa da Embraer também serão compartilhados, com foco no desenvolvimento da aeronave de transporte tático KC-390, com o controle da empresa brasileira.
Na área de defesa, o acordo prevê a continuidade dos projetos da Embraer já em andamento, assim como a produção de aeronaves já produzidas no Brasil. Os empregos atuais e o sigilo acerca de projetos estratégicos serão mantidos, com prioridade do governo brasileiro.
Direitos
Ainda que a Embraer tenha sido privatizada nos anos 1990, o governo brasileiro detém a golden share, uma ação que dá à União poder de veto acerca de decisões estratégicas tomadas pela companhia: como a transferência do controle societário, as alterações no estatuto dos aspectos relacionados com relação ao direito ao veto e a capacitação de terceiros em tecnologia para programas militares.
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