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segunda-feira, 25 de março de 2019

A Prática da Velha Politica<<>> Em 2015, escolas fechadas pelo ex governador Geraldo Alckmin <<>> Afetou a vida de muitos alunos <<>> Governo Alckmin chama de medida “pedagógica” gesto de fechar escolas, economizar com educação <<>> O promotor de Justiça Ricardo Manuel Castro entrou com uma ação de Improbidade Administrativa contra o tucano Geraldo Alckmin









RENATO  SANTOS 25/03/2019  A  velha  politica  e  sua  cleptocracia,  um sistema  que  destrói  o  sonho de  todos  os brasileiros,  desta  vez  a situação  envolve  a morte  de  adolescentes  nas escolas  estaduais  devido  a falta de segurança, além das  merendas  escolares  e  a falta  de remuneração  dos professores  além de  uma educação  em ruínas e  péssimos  professores  que estão  idiotizando  os alunos, pois a educação  estadual em são  paulo  está  falido.





Falido  devido  a  corrupção  que envolve  não só  GERALDO  ALCKIMIN.

  
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é acusado de ter desviado R$ 3 bilhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) para cobrir déficit financeiro do SPPrev (sistema previdenciário estadual), destinado a servidores do Estado, em 2018.

O Ministério Público pede que o tucano e o ex-secretário da Fazenda, Helcio Tokeshi, devolvam aos cofres públicos o mesmo valor que teria sido alocado indevidamente.

O promotor também pediu à Justiça o bloqueio de bens de Alckmin, Tokeshi e da SPPrev até o valor de R$ 9,1 milhões, a restituição dos R$ 3 bilhões que teriam sido desviados e a condenação do tucano e do ex-secretário a perda de cargo público e suspensão dos direitos políticos, registra o portal R7.

É  uma vergonha  que  um  governador  esteja  envolvido  em escanda-los  de  corrupção, essa  velha  politica  precisa ter  um fim, ela  mata, escraviza  e  tira  de todos  nós a esperança  de ter  uma  Nação  mais justa.

Em  2015,  quem lembra?

Governo Alckmin chama de medida “pedagógica” gesto de fechar escolas, economizar com educação, superlotar mais as salas, aumentar a evasão, piorar o ensino público e estimular o privado

A pretexto de pre­parar es­co­las para atender a “demandas específicas” conforme as faixas etárias, e em tese melhorar o ensino na rede pública, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), resolveu fechar 94 escolas em 36 municípios distribuídos pela Região Metropolitana, litoral e interior, e extinguir o ensino noturno, inclusive dedicado à suplência, no conjunto da rede. 

Isso sem consultar quaisquer setores da sociedade, apenas algumas diretorias de ensino. A salvação dessas unidades está agora nas mãos de prefeitos. A decisão de Alckmin prevê que parte da lista já está liberada para ser assumida por prefeituras – se isso não acontecer, a escola será fechada.

Para justificar o desmonte, a Secretaria da Educação pretende fazer funcionar, já no começo do próximo ano, 2.197 escolas em ciclo único. Dessas, 799 receberão apenas o ensino médio, 832, os anos iniciais do ensino fundamental e 566, os anos finais. Há 315 que continuarão oferecendo ensino fundamental e médio. Nessa primeira etapa, não serão “reorganizadas” 2.635 unidades. Deverão ficar para as próximas fases do processo de “reorganização”, a partir de 2017, colocando em risco grande parte delas.

Alckmin alega que as escolas serão “cedidas” aos municípios porque “sobram vagas no ensino fundamental e médio e faltam em creches e Emeis (escolas municipais de educação infantil)”. Mas ensino infantil não é responsabilidade dos estados, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), e sim dos municípios. O governo que se omite em repassar recursos aos municípios para complementar o financiamento do setor, conforme determina a Constituição, ainda não procurou os prefeitos para discutir o destino das escolas, que teriam de ser adaptadas às necessidades de crianças   

 Acompanhamos tudo pelos jornais, pelo Diário Oficial. Não fomos procurados. Temos grande demanda por creches e pré-escolas, mas as escolas que deverão ser transferidas, segundo noticiado, não atendem à nossa necessidade. São grandes, para atender a alunos do ensino médio. E as condições desses prédios são as piores no município, que teria de investir pesado para atender de forma digna a população”, diz o secretário da Educação de Santo André, Gilmar Silvério.

Desmentidos

Era de se supor um momento de desmobilização dos professores, voltados à reposição de aulas após uma greve de três meses, e dos alunos, preocupados com o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Pode ter sido esse o raciocínio do secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, quando anunciou, em 23 de setembro, o projeto autoritário. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) começou a divulgar informações recebidas das escolas que estariam na lista de Herman. Assim como escondeu a crise no abastecimento de água e a violência de sua polícia durante a campanha eleitoral, Alckmin negou o fechamento. Não colou.

O estado foi tomado por manifestações estudantis e de professores apoiadas pela comunidade. O movimento começou com debates internos e protestos no entorno de escolas da capital, da Região Metropolitana e do interior, e ganhou grandes centros. A mais recente, em 29 de outubro, o Grito pela Educação, levou milhares de pessoas à Avenida Paulista. Duas semanas antes, o Ministério Público abriu inquérito. Iniciativas começaram a ser tomadas também nas Câmaras Municipais e na Assembleia Legislativa.

Santo André, no ABC paulista, tinha seis escolas na lista de Herman. A grande pressão estudantil não comoveu o governo, que vai fechar a Professor José Augusto de Azevedo Antunes, na região central, e a Valdomiro Silveira, no Jardim Silvana, próximo ao município vizinho de Mauá. Mas foi vitoriosa ao impedir que o Américo Brasiliense fosse transformado em posto do Poupatempo. Os colegas Fernanda Donegá, Alice Rodrigues, Érica de Oliveira e Paulo Roberto dos Santos, todos do 3° ano do ensino médio, estiveram nos atos, inclusive no “abraço” ao edifício tradicional. “Estamos de saída, indo para a faculdade, mas nos preocupamos com aqueles que precisam trabalhar e ter uma escola como esta, no centro”, resume Paulo Roberto.

Quando o projeto se tornou público, era cogitado o fechamento de mais de mil escolas em todo o estado. Com a pressão nas ruas e o debate acirrado nas redes sociais, em que estudantes e professores estampavam cartazes com as frases “Alckmin inimigo da educação” e “Alckmin exterminador do futuro”, circulou entre as diretorias de ensino a suspeita de que o governo retiraria o pacote impopular para reverter essa imagem. Acabou oficializando 94.

Com apoio crescente, os manifestantes temem o agravamento da superlotação de salas, a piora do ensino e a evasão. De acordo com a Apeoesp, a situação foi agravada a partir do início deste ano, quando foram fechadas cerca de 3 mil turmas – que o governo chama de “ociosas” e que estaria reativando com seu pacote. Não é difícil entender o que significam classes com mais de 50 alunos espremidos.

Os professores têm perda média de 15 minutos por aula, no esforço de atrair a atenção da turma e fazer chamada. Os conteúdos são comprometidos pela falta de tempo e espaço para a atenção individual, reflexões e debates. Em uma suposição mais otimista, com turmas de 40 alunos, um professor que dá aula para 16 turmas – o que não é raro – tem 640 alunos. Como a correção e comentários de uma prova toma cerca de dez minutos, ele necessitaria de mais de 100 horas somente para essa atividade.

“Mesmo trabalhando em finais de semana, feriados, e sem receber, não temos como avaliar o aluno adequadamente”, diz o professor de Geografia Maurício Costa, da Escola Estadual Calhim Manoel Abud, na Vila Califórnia, zona sul da capital.

Em vez de justificar a desativação de prédios, a propalada “queda na demanda por questões demográficas” poderia ser convertida em melhora da qualidade do ensino. “Se é verdade o que diz o secretário, que o governo pretende melhorar a qualidade da educação, devia aproveitar para diminuir a superlotação”, diz o deputado Carlos Giannazi (Psol), da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia paulista. “Pelos critérios atuais, classes com 35 alunos são consideradas superlotadas. Imagine com mais de 50.”

Localizada no valorizado bairro da Chácara Santo Antônio, zona sul da capital, a Escola Estadual Padre Saboia de Medeiros esteve na lista. Com aproveitamento de mais de 100% no Idesp – indicador de qualidade do ensino do governo estadual – e histórico de sucesso de seus alunos em vestibulares disputados, a comunidade escolar resistiu.

Não aceitou a desativação de um colégio público prestigiado, com sala de recursos para alunos surdos e projetos de sustentabilidade em parceria com empresas, como reservatórios de água de chuva, coleta seletiva e horta comunitária, curso de fotografia, sala de leitura que tem como voluntária Sônia Mindlin, filha do bibliófilo e empresário José Mindlin (1914-2010), treinamento de rúgbi com atleta de seleção.

Os 800 alunos do Saboia, a maioria trabalhadores, moradores da favela Real Parque, Capão Redondo e Guarapiranga, foram às ruas com apoio da direção. “Devemos continuar mobilizados, alertas a quaisquer manobras do governo para tentar fechar o Saboia nas próximas etapas de seu projeto”, diz a diretora Denise Elisei.

Sem projeto econômico

O projeto tucano de “reorganização”não consta do Plano Estadual de Educação de São Paulo, em tramitação na Assembleia Legislativa. Foi tirado da cartola menos de dois meses depois de o Tribunal de Contas do Estado apontar ressalvas às contas do governador. Pelo quarto ano seguido, os conselheiros apontaram déficit orçamentário. Só no ano passado, os gastos superaram as receitas em R$ 355 milhões. Em 2013, R$ 994 milhões; em 2012, R$ 982 milhões; em 2011, R$ 1 bilhão. O tesouro estadual viu seu cofre minguar de R$ 7,9 bilhões, em 2012, para R$ 1,8 bilhão no ano passado. Caiu também a arrecadação estadual, de R$ 136,2 bilhões para R$ 131,5 bilhões.

Nos seis primeiros meses deste ano, a arrecadação foi menor do que em igual período de 2014. O PIB paulista recuou 1,8% no ano passado, quando o PIB nacional ficou estável, com variação de 0,1%. A falta de investimentos em infraestrutura abala a economia do estado. Dados da Fundação Seade mostram que, em 1995, a riqueza produzida no estado correspondia a 37,8% do PIB nacional. No ano passado, caiu para 28,7%. Mesmo assim, ainda é a maior entre as unidades da federação, e contribui para puxar para baixo o PIB nacional.




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