RENATO SANTOS 11/02/2019 Puxa o Brasil perdeu uma grande oportunidade de fazer História trata-se da CPI do Judiciário, por três votos. Mais uma vez o Senado esta dando as suas caras que a velha politica não morreu.
Esse homem fez o que prometeu ir contra o Governo Bolsonaro deu ordens a seus três capachos :
Em uma nota à Imprensa faz-se a seguinte comunicação:
Lamentável, após a CPI da “Lava Toga” ser arquivada, deputados planejam “atacar” em uma nova frente os ministros do Supremo Tribunal Federal.
A deputada Bia Kicis está colendo assinaturas para a PEC que revogaria a PEC da Bengala e forçaria os ministros do STF a se aposentarem novamente aos 70 anos.
A proposta já havia sido ventilada pelos parlamentares ligados ao governo no final do ano passado. Hoje os ministros se aposentam aos 75 anos.
Caso passe, o presidente Jair Bolsonaro nomearia quatro magistrados na Suprema Corte, contra apenas dois previstos na regra atual. Ricardo Lewandowski, Rosa Weber (ambos com 70 anos) seriam aposentados automaticamente.
Advinha de quem foi a mão para não passar a PEC DA BENGALA, ele mesmo, como o SENADO NÃO DIVULGOU O NOME DOS SENADORES TRAIDORES, fica uma pergunta pra que eles foram eleitos então:
Será que nós brasileiros somos a pamonha do Senado? Vocês devem lembrar um pouquinho que o Presidente do Supremo Federal falou: Creio que não!
Isso foi em 23 de Novembro de 2918, voltou a circular entre os deputados eleitos pelo PSL a ideia de revogar a PEC da Bengala, que, em maio de 2015, aumentou de 70 para 75 a idade da aposentadoria compulsória de ministros dos tribunais superiores, incluindo os do Supremo Tribunal Federal (STF). Em setembro daquele ano, uma lei complementar estendeu os efeitos da PEC para todo o funcionalismo público. Sei que as pessoas já perderam a paciência com o ativismo e a falta de decoro de alguns ministros do Supremo, mas, da forma como vem sendo ventilada, a proposta de revogar a PEC é muito preocupante.
Pois é a PEC DA BENGALA foi o fogo de palha para beneficiar alguém nas eleições de 2018, e chegar a ser Senadora, nesse caso viramos uma pamonha do Senado.
Vamos aos fatos, a PEC estava na mesa da diretora do SENADO, na sessão de hoje, segundo o Presidente do Senado, por causa de duas assinaturas, já que tínhamos 25 a favor, dois não quiseram dar suas caras a sociedade isso é a favor do Presidente Jair Messias Bolsonaro, são eles Eduardo Gomes SD-TO, TASSO JEREISSATI PSDB -CE, E KÁTIA ABREU PDT TO, isso mostra que esses Senadores estão acostumados em fazer barganhas com governo federal, bom já conhecemos alguns opositores do governo.
RENATO SANTOS 11/02/2019 A Corrupção no meio da Mídia Brasileira coloca em xeque o quanto os jornais eram parciais ou seria imparcial.
De fato na era do PT toda a imprensa participaram do maior roubo da história do Brasil, se venderam para aceitarem calados que o PT esta fazendo contra a NAÇÃO BRASILEIRA.
Mereciam cadeia, a falta de caráter, da ética virou uma grande " prostituta nacional" onde todos calam a boca e se vendem, por um pedaço do bolo da corrupção, isso é a mais conhecida sistema da CLEPTOCRACIA a desgraça de uma NAÇÃO.
O Blog conseguiu com exclusividade essa lista hoje através de uma conta no twitter, é vergonhoso a lista, que envolve todos os setores da imprensa, os ratos se passaram por empresários da mídia e obrigaram seus profissionais calarem a boca.
Porém ainda temos jornalistas que não se venderam e nem prostituíram a sua consciência.
OBRIGADO ALAN SANTOS terça livre
Os jornalistas estão DESESPERADOS comigo devido ao link da SECOM que divulguei. TODOS os órgãos de mídia receberam MILHÕES do governo do PT, que escondeu o que foi pago depois de 2011. Segue o link: https://t.co/1yuCXGWCYu
A lista foi publicada no site da SECOM Secretária Especial da Comunicação Social no dia 05 de dezembro de 2013, a sua última atualização foi em 24 de abril de 2017, e porque que não foi divulgado essa sujeira, pela simples razão estava escondida as setes chaves do poder corrupto que dominava a Nação Brasileira, pelo PT.
Mídia
por Secom — publicado 05/12/2013 16h03, última modificação 24/04/2017 18h26
Cinema — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h40
Internet — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h41
Jornal — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h41
Mídia digital externa — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h42
Mídia exterior — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h45
Mobile — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h46
Rádio — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h46
Revista — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h46
Tablet — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h49
TV — por Secom — última modificação 05/12/2013 14h49
Assinatura conjunta de Ministérios e Secretarias da Presidência da República — por Secom — última modificação 05/12/2013 16h42
Outros idiomas — por Secom — última modificação 05/12/2013 16h42
Dados do IAP - 2000 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h25
Dados do IAP - 2001 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h25
Dados do IAP - 2002 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h26
Dados do IAP - 2003 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h27
Dados do IAP - 2004 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h28
Dados do IAP - 2005 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h30
Dados do IAP - 2006 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h31
Dados do IAP - 2007 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h31
Dados do IAP - 2008 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h31
Dados do IAP - 2009 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h32
Dados do IAP - 2010 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h32
Dados do IAP - 2011 — por Secom — última modificação 16/12/2013 18h33
Administração Direta (todos os órgãos) + Indireta (todas as empresas) — por Secom — última modificação 14/04/2014 20h30
Quadro 1 - Evolução dos valores programados por meio - Governo Federal — por Secom — última modificação 15/01/2014 11h04
Quadro 2 - Evolução dos valores programados - meio TV - Governo Federal — por Secom — última modificação 14/01/2014 18h34
Quadro 3 - Percentual de investimentos por meio - IBOPE Monitor — por Secom — última modificação 15/01/2014 10h51
Quadro 4 - Evolução dos valores programados - jornal e rádio - Governo Federal (1) — por Secom — última modificação 15/01/2014 10h50
Quadro 5 - Gráfico evolução dos valores programados - meio internet - Governo Federal — por Secom — última modificação 14/01/2014 15h42
Quadro 6 - Gráfico evolução dos valores programados - meio internet - Governo Federal — por Secom — última modificação 14/01/2014 18h33
Dados do IAP - 2000 — por Secom — última modificação 14/01/2014 18h31
Dados do IAP - 2001 — por Secom — última modificação 15/01/2014 10h49
Dados do IAP - 2002 — por Secom — última modificação 30/01/2014 16h54
Dados do IAP - 2003 — por Secom — última modificação 30/01/2014 16h55
Dados do IAP - 2004 — por Secom — última modificação 30/01/2014 16h54
Dados do IAP - 2005 — por Secom — última modificação 30/01/2014 17h01
Dados do IAP - 2006 — por Secom — última modificação 15/01/2014 11h03
Dados do IAP - 2007 — por Secom — última modificação 30/01/2014 17h00
Dados do IAP - 2008 — por Secom — última modificação 15/01/2014 11h03
Dados do IAP - 2009 — por Secom — última modificação 30/01/2014 17h02
Dados do IAP - 2011 — por Secom — última modificação 14/01/2014 15h43
Dados do IAP - 2010 — por Secom — última modificação 30/01/2014 16h54
Administração Indireta (empresas que concorrem no mercado) — por Secom — última modificação 14/04/2014 20h30
Administração Direta (todos os órgãos) + Indireta (empresas que não concorrem no mercado) — por Secom — última modificação 14/04/2014 20h28
Administração Direta (todos os órgãos) Indireta (empresas que não concorrem no mercado) - Por anunciante — por Secom — última modificação 14/04/2014 19h21
Administração Direta (todos os órgãos) — por Secom — última modificação 14/04/2014 20h29
Relatório Conclusivo — por Secom — última modificação 23/03/2014 15h21
Analisa a condição de trabalhos realizados em diferentes mídias, define que a utilização de auditoria encareceria o processo, deve-se adotar o conjunto de ações de checagem descritas nesse documento
Formulário Rádio — por Site Secom — última modificação 23/03/2014 15h18
Formulário Cadastro Revista — por Site Secom — última modificação 23/03/2014 15h17
Formulário Cadastro Jornais — por Site Secom — última modificação 23/03/2014 15h16
Cadastro Padrão Cinema — por Site Secom — última modificação 23/03/2014 15h15
Cadastro Padrão TV — por Site Secom — última modificação 23/03/2014 15h15
Internet Cadastro — por Site Secom — última modificação 23/03/2014 15h13
Cadastro Padrão DOOH — por Site Secom — última modificação 23/03/2014 15h10
Total Geral - Administração Direta (Todos os Órgãos) + Indireta (Todas as Empresas) — por secom — última modificação 24/04/2015 11h16
Total Geral - Administração Direta (Todos os Órgãos) + Indireta (empresas que não concorrem no mercado) — por secom — última modificação 24/04/2015 10h36
Total Administração Direta (Todos os Órgãos) + Indireta (empresas que não concorrem no mercado) por anunciante — por secom — última modificação 24/04/2015 10h37
Total Geral - Administração Indireta (empresas que concorrem no mercado) — por secom — última modificação 24/04/2015 10h37
Total Geral - Administração Direta (Todos os Órgãos) — por secom — última modificação 24/04/2015 10h38
Total Administração Direta (Todos os Órgãos) + Indireta (empresas que não concorrem no mercado) por anunciante — por Secom — última modificação 04/05/2016 19h44
Total Geral - Administração Direta (Todos os Órgãos) + Indireta (Todas as Empresas)_1 — por Secom — última modificação 04/05/2016 19h44
Total Geral - Administração Direta (Todos os Órgãos) + Indireta (empresas que não concorrem no mercado) — por Secom — última modificação 04/05/2016 19h45
Total Geral - Administração Direta (Todos os Órgãos) — por Secom — última modificação 04/05/2016 19h45
Total Geral - Administração Indireta (empresas que concorrem no mercado) — por Secom — última modificação 04/05/2016 19h45
TotalGeralAdministraoDiretatodososrgosIndiretatodasasempresas.pdf — por Site Secom — última modificação 24/08/2017 18h14
TotalGeralAdministraoIndiretaempresasqueconcorremnomercado.pdf — por Site Secom — última modificação 24/08/2017 18h13
TotalGeralAdministraoDiretatodososrgosIndiretaempresasquenoconcorremnomercado.pdf — por Site Secom — última modificação 24/08/2017 18h12
TotalAdministraoDiretaTodososrgosIndiretaempresasquenoconcorremnomercadoporanunciante.pdf — por Site Secom — última modificação 24/08/2017 18h12
TotalGeralAdministraoDiretatodososrgos.pdf — por Site Secom — última modificação 24/08/2017 18h11.
Os jornalistas estão DESESPERADOS devido ao link da SECOM que está sendo divulguado.
TODOS os órgãos de mídia receberam MILHÕES do governo do PT, que escondeu o que foi pago depois de 2011,alguns valores que compraram a consciência das empresas jornalisticas.
REVISTA VEJA R$ 26 MILHÕES DE REAIS EM 2011.
O jornal @folha recebeu, só em 2011, 11 milhões.
A rádio @JovemPanNews de SP (só a de SP, hein?!), só em 2011, 11 milhões.
TELEVISÃO
188.875.672,29
247.543.527,40
192.218.047,14
165.045.545,79
266.345.384,51
242.112.714,92
240.180.107,78
201.723.391,71
258.615.173,21
463.104.312,38
440.103.563,71
318.658.313,02
397.704.654,43
524.354.682,85
376.760.663,96
264.655.822,76
202.777.239,04
JORNAL
29.154.550,53
55.180.811,82
31.527.533,82
19.325.664,46
19.118.930,44
35.610.834,84
31.340.649,07
33.664.749,60
43.669.228,10
83.680.097,93
46.983.630,40
64.899.089,51
62.172.113,64
69.520.373,80
34.084.918,82
22.657.337,72
26.785.693,90
RÁDIO
41.286.869,26
57.116.507,08
51.506.576,69
45.592.488,35
48.361.664,37
65.612.807,69
80.883.395,88
57.890.827,17
75.016.487,47
109.525.453,72
90.600.484,36
87.583.494,16
105.178.014,81
114.859.176,04
96.641.444,60
62.094.717,31
52.768.051,04
REVISTA
21.073.784,18
18.496.264,37
14.984.212,90
13.519.321,64
12.991.921,86
15.038.770,38
7.759.048,42
13.315.233,88
23.174.964,50
54.676.889,74
45.526.994,26
34.933.448,72
41.961.649,11
38.489.639,32
15.814.263,22
9.748.044,60
15.518.408,81
INTERNET
706.305,31
1.228.737,47
2.225.954,04
3.004.938,44
2.875.901,04
3.690.458,21
3.917.418,37
9.884.355,47
11.850.718,97
34.493.819,83
25.704.447,08
32.993.183,76
44.904.215,73
71.917.105,62
79.192.663,29
74.544.666,17
65.713.081,04
CINEMA
3.729.495,47
2.363.687,48
0,00
594.667,57
1.583.523,65
369.708,88
1.336.999,24
4.046.070,50
4.569.675,08
9.185.620,14
2.872.259,17
2.723.145,27
3.049.231,05
1.849.232,58
1.821.225,00
1.275.619,74
1.221.481,20
MÍDIA EXTERIOR
14.608.603,63
24.445.545,94
14.157.104,24
11.741.524,23
24.381.558,03
11.100.676,50
38.810.657,26
20.610.465,98
34.459.982,18
78.499.153,44
67.615.277,99
75.233.713,53
90.046.695,72
112.824.843,40
82.120.925,26
39.636.073,55
67.457.657,39
TOTAL GERAL
299.435.280,67
406.375.081,55
306.619.428,83
258.824.150,47
375.658.883,90
373.535.971,43
404.228.276,02
341.135.094,32
451.356.229,51
833.165.347,18
719.406.656,96
617.024.387,99
745.016.574,51
933.815.053,60
686.436.104,16
474.612.281,85
432.241.612,42
Notas:
1) Valores correntes de investimentos em Mídia (veiculações) obtidas pelo processamento de cópias de pedidos de inserção (PIs) e indexados
pelo índice IGPM-FGV: índice médio, ano a ano.ìndice médio do ano base 2016: 647,435;
2) Base de dados fornecida pelo IAP - Instituto para Acompanhamento da Publicidade, atualizada em 21/02/2017;
3) Os valores não incluem: publicidade legal, produção e patrocínio;
4) Os valores de 2016 são correntes (nominais).
INVESTIMENTO EM MÍDIA - GOVERNO FEDERAL (Poder Executivo)
Total Geral - Administração Direta (Todos os Órgãos)
Dinheiro que poderia ser usado para fazer laboratórios de química, física e biologia nas escolas públicas são enfiados nos rabos desses jornalistas da grande mídia.
A nossa esperança ainda pequena é que o atual governo põe um fim nisso imediatamente, estamos em fevereiro e sabemos como trabalham os urubus da imprensa mídia grande.
ERA muita grana !!! No Governo do Presidente Bolsonaro essa mamata está acabando... Por isso o blogue de 4 linhas está tão diferente. Não tem jabá ($$$) para eles nesse governo, por isso estão atacando todos os dias o Presidente, a família dele, seus Ministros e até o Allan !
O Blog veio para mostrar as chamadas grande mídia que querem mamar nas tetas do governo, assim fica fácil ter até império na comunicação.
Não esquecendo que a revista época recebeu mais de R$ 100 milhões de reais.
Precisamos de uma imprensa que não seja comunista e nem vendem a sua alma ao diabo que lute pela Nação e mostre a banda podre da imprensa atual a chamada grande mídia, é um trabalho ardoroso mas precisa ser feito.
RENATO SANTOS 11/02/2019 Estamos em luto! O Jornalismo brasileiro esta chorando pela morte de Ricardo Boechat, ocorrido às 12:15, com a queda do helicóptero é lamentável ocorrido .
A ultima imagem antes da queda da aeronave ! Rádio Band News fm na rede social gazetacentralrenatosantos.
Tive o prazer de conhecer ele pessoalmente numa palestra na Avenida Paulista no centro de São Paulo, onde tomamos até um cafezinho junto, na ocasião eu lhe perguntei sobre a TATIANE VASCONCELOS que trabalhava com ele na rádio se ela já tinha casado, ele me respondeu que ainda não e demos risada porque ele gostava de brincar com ela como faz com JOSÉ SIMÃO.
É um exemplo de jornalista, verdadeiro e sincero quando tinha que falar algo ele dizia nos seus comentários que as vezes nos alertavas alguns não gostavam dele , mas com certeza não deixava a hipocrisia falar mais alto.
Segundo uma testemunha na entrevista à BAND TV, acredita-se que BOECHAT estava pedindo ajuda, apenas foi impedida devido ao grande risco de explosão.
FOTO DO FACEBOOK RENATOSANTOSGAZETACENTRAL
O acidente com o helicóptero envolveu também um caminhão e ocorreu por volta do meio-dia, logo abaixo do quilômetro 7 do viaduto do Rodoanel, no sentido rodovia Castelo Branco, na Grande São Paulo.
O jornalista, apresentador e radialista Ricardo Boechat morreu no início da tarde desta segunda-feira (11), aos 66 anos, em São Paulo. O jornalista estava em helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, e bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.
Helicóptero onde estava o Apresentador Ricardo Boechat no rodoanel em SP. Deus conforte a todos da família e amigos. pic.twitter.com/GXpddKsCR9
Segundo o Corpo de Bombeiros, os ocupantes da aeronave morreram na hora. A Força Aérea Brasileira informou em comunicado que apura as causas do acidente. Âncora do Jornal da Band e da BandNews FM, Boechat teve passagens pelos principais jornais do país, como "O Globo", "O Dia", "O Estado de S. Paulo" e "Jornal do Brasil".
Ganhou três prêmios Esso, um dos maiores reconhecimentos no jornalismo profissional, e foi o único a vencer em três categorias do Prêmio Comunique-se .
Boechat também mantinha uma coluna semanal na revista "Isto É". O último texto publicado, na sexta-feira (08), que levou o título "Acabou a Folia", ele falou, entre outros assuntos, de corrupção, da dança das cadeiras com a troca de poder no Senado e da tragédia de Brumadinho. Ele era casado pela segunda vez com Veruska Seibel, de 46 anos, desde 2005, e tinha duas filhas com ela: Valentina, 12, e Catarina, 10. Ele deixa outros quatro filhos: Bia, 40, Rafael, 38, Paula, 36, e Patricia, 29, frutos do casamento com Claudia Costa de Andrade.
Nascido em Buenos Aires, ele era filho da argentina Mercedes Carrascal, de 86 anos, que vive em Niterói desde 1956. O seu pai Dalton era diplomata e estava a serviço no país vizinho.
Jair Bolsonaro (PSL-RJ), presidente da República: "A Presidência da República expressa seu pesar e condolências em razão do falecimento do jornalista Ricardo Boechat, vitimado em um acidente aéreo, neste dia. O País perde um dos principais profissionais da imprensa brasileira. Sentiremos a falta de seu destacado trabalho na informação da população, tendo exercido sua atividade por mais de quatro décadas com dedicação e zelo", em nota oficial.
"É com pesar que recebo a triste notícia do falecimento do jornalista Ricardo Boechat, que estava no helicóptero que caiu hoje em SP. Minha solidariedade à família do profissional e colega que sempre tive muito respeito, bem como do piloto. Que Deus console a todos", via Twitter.
Hamilton Mourão (PRTB-RS), vice-presidente da República: "Manifesto meus sentimentos às famílias de #RicardoBoechat e do piloto do helicóptero, aos profissionais da Rede Bandeirantes, rádio e televisão, extensivos à classe jornalística, pela triste notícia do acidente que os vitimou. Deus no comando."
Alceu Moreira (MDB-RS), deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária: "É com profundo pesar e surpresa que soubemos da confirmação do falecimento do jornalista Ricardo Boechat nesta segunda-feira. Em nome de todos os membros da Frente Parlamentar da Agropecuária, quero me solidarizar com a família e com a sociedade, que perde um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro. Uma perda incomensurável."
André Mendonça, Advogado-geral da União: "Recebi com pesar a notícia da morte do jornalista Ricardo Boechat. Solidarizo-me com a família e peço a Deus que conforte o coração dos familiares e amigos deste profissional que, ao longo de sua vida, deu uma inestimável contribuição ao jornalismo e à sociedade brasileira."
Davi Alcolumbre (DEM-AP), senador e presidente do Senado: "Foi em estado de consternação e tristeza que recebi a notícia da morte inesperada do jornalista Ricardo Boechat. Era um profissional reconhecido pelo trabalho e senso crítico aguçado revelado nos principais meios de comunicação do país. Envio meu sentimento de solidariedade e apoio fraterno ao seus colegas de trabalho e a toda sua família.
Tenho certeza que os brasileiros lamentam a morte desse argentino argentino que escolheu o Brasil como lar. Fica a saudade e o respeito pelo homem e jornalista que sempre demonstrou ser. Meu apoio fraterno também aos parentes e amigos dos demais ocupantes do helicóptero que fatalmente caiu em São Paulo."
Eduardo Suplicy (PT-SP), vereador: "Lamento profundamente as mortes do jornalista Ricardo Boechat, bem como as do piloto e do copiloto do helicóptero que caiu hoje na Grande São Paulo."
Fernando Collor (Pros-AL), senador: "Lamento o falecimento do jornalista Ricardo Boechat, em acidente no qual também perdeu a vida o piloto do helicóptero. Meu sentimento pesaroso às famílias enlutadas, extensivo à Rede Bandeirantes."
Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal: "Lamento a perda trágica do jornalista Ricardo Boechat. Sua energia, inteligência e senso de justiça sempre estiveram a serviço do Brasil. Perde o jornalismo, perde o Brasil."
Ivan Valente (Psol-SP), deputado federal: "Lamentamos profundamente a morte do jornalista Ricardo Boechat. A imprensa brasileira perde um grande polemista e comunicador. O acidente com o helicóptero provocou a morte dele, do co-piloto e do piloto. Nossas condolências à família de todos."
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), deputada federal: "Que tempos vivemos! Esse acidente do Boechat choca a nós todos. Minha solidariedade também à família do piloto. Seguiremos acompanhando a apuração disso tudo."
João Doria (PSDB-SP), governador de São Paulo: "Com o falecimento de Ricardo Boechat, o Brasil perde um dos maiores jornalistas da sua história. Sua atuação diária demonstrava sensibilidade em defesa do interesse público e do jornalismo de qualidade. Toda a solidariedade a seus familiares, amigos e colegas da Rede Bandeirantes."
Marcelo Freixo (PSOL-RJ), deputado federal: "Muito triste com a morte de Ricardo Boechat e do piloto Ronaldo Quattrucci. Boechat é um dos jornalistas mais importantes e competentes do Brasil. Vai fazer muita falta! Deixo minha solidariedade aos amigos e familiares do Boechat e do Ronaldo."
Marcos Pontes, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações: "Perdemos um grande profissional do jornalismo hoje. Meus sentimentos para as famílias de Ricardo Boechat e do Cmte Quattrucci. Depois de décadas de trabalho na segurança de voo, um acidente aéreo sempre nos dá essa sensação de impotência pela importância e a fragilidade da vida."
Marina Silva (Rede-AC), ex-senadora: "É com profunda tristeza que recebi a notícia da morte trágica do jornalista Ricardo Boechat. Boechat fará uma falta enorme ao jornalismo, ainda mais nesse momento do país. Que Deus conforte sua família, amigos e colegas de trabalho nesse momento de perda e dor."
Onyx Lorenzoni (DEM-RS), deputado federal e Ministro-chefe da Casa Civil: "Meus sentimentos à família e amigos de Ricardo Boechat."
Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná: "O jornalismo perde uma das suas vozes mais plurais. A morte do jornalista Ricardo Boechat nos diminui um pouco. Todos. Perdemos uma voz plural e inteligente. Que Deus dê forças à sua família pra suportar tão grande perda."
Rodrigo Maia (DEM-RJ), deputado federal e presidente da Câmara: "Recebo com tristeza a informação sobre a trágica morte do jornalista Ricardo Boechat e outras duas pessoas. Boechat foi um dos grandes comunicadores do nosso país e uma referência de bom jornalismo e independência. Presto minha solidariedade a seus familiares e amigos."
Romário (Podemos-RJ), senador : "Triste demais com essa notícia da morte de Ricardo Boechat, vítima da queda de um helicóptero que o transportava. Um dos jornalistas mais sérios e competentes e também um dos mais queridos pela população. Meus sentimentos aos familiares do jornalista e do piloto do helicóptero."
Rui Costa (PT), governador da Bahia: "É com imenso pesar que recebo a notícia da morte do jornalista e radialista Ricardo Boechat, uma das mais importantes referências do jornalismo brasileiro da atualidade. A sua morte representa uma perda não apenas para a família e para os amigos, mas para toda a sociedade brasileira, em razão do relevante papel que exercia no jornalismo brasileiro e na defesa do Estado Democrático de Direito. Expresso, em meu nome e de todos os baianos, a mais profunda solidariedade a todos, sua família, amigos e companheiros de trabalho por essa perda inestimável."
Wilson Witzel (PSC-RJ), governador do Rio de Janeiro: "Lamento profundamente a morte do jornalista Ricardo Boechat. Referência no jornalismo brasileiro, respeitado pela coragem e veemência na denúncia da má gestão pública e privada, Boechat com certeza deixará saudade em tantos ouvintes, telespectadores, leitores e admiradores."
Personalidades
O apresentador José Luiz Datena reportou o acidente e a morte do colega de emissora. "Ele diria que a vida vale a pena pra caramba, em todos os seus minutos e segundos. Ele sempre usou esse tempo que teve de uma forma honesta."
Dias Toffoli, presidente do STF: “Lamento a morte do jornalista Ricardo Boechat ocorrida nesta segunda-feira (11), em São Paulo. A imprensa e a sociedade brasileira estão em luto pela perda desse excelente profissional que com dinamismo e versatilidade levava a notícia aos públicos mais diversos, seja para quem o lia na coluna da revista 'Istoé', seja para quem o ouvia na rádio ou o assistia nos telejornais da Band. Presto minhas sinceras condolências à família, aos amigos e às empresas para as quais trabalhou ao longo de quase meio século de jornalismo.”
João Otávio de Noronha, presidente do STJ: "Ao longo de quase 50 anos de carreira, o jornalista Ricardo Boechat construiu uma história marcada pelo profissionalismo, pela imparcialidade e pelo cultivo dos valores mais caros ao jornalismo, como a ética e o combate à corrupção. Jornalista multifacetado e premiado, Boechat consolidou seu nome entre os profissionais de imprensa mais respeitados do país. Com profunda tristeza, manifesto condolências aos familiares, amigos e todos os colaboradores do Grupo Bandeirantes."
RENATO SANTOS 11/02/2019 A OAB, esta sendo criticada nas redes sociais devido às declarações do Presidente da entidade em dizer o fim da Lava Jato,foi o assunto mais abordado nas redes sociais, twitter, facebook, whatsApp, e sites de noticias, dizem a Instituição chegou a mudar de lado, passou a defender criminosos, e não mais cidadãos de bem. Leia abaixo o que é
IMPORTANTE DOCUMENTO DE MILITANTES DA AÇÃO POPULAR MARXISTA-LENINISTA -APML UMA DAS ORIEGENS DO PT
As pessoas comuns querem a " cabeça do Presidente" e com razão,a Lava Jato é a menina dos olhos dos brasileiros, ele foi infeliz, em outra questão defender criminosos talvez pegou dessa maneira por que a população brasileira assim entendeu.
Porém, o Presidente da OAB numa entrevista ao portal Conjur afirmou que a Ordem jamais defenderá criminosos e sim a coletividade, porém, por qual razão que o presidente Felipe quer a Interrupção da Lava Jato?
A OAB estas nas mãos erradas não se pode entregar o poder de uma instituição que foi importante para a Nação Brasileira no momento certo da nossa história, mas atualmente ela esta indo de contra mão da atual história o Senhor Felipe Santa Cruz deve estar com ódio do militares, devido o atual presidente ser ex capitão do exercito, e pior contra o atual Ministro da Justiça Sério Moro, ou será que a OAB tem algo a esconder, como o caso de Brumadinho, se caso não for nenhuma dessas hipóteses sou obrigado a concordar com jornalista da Jovem Pan ficou louco.
Quem é Felipe de Santa Cruz Oliveira Scaletsky? (Rio de Janeiro, 3 de abril de 1972) é um advogado brasileiro, atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.
Filho único de Ana Lúcia e de Fernando Santa Cruz, desaparecido político aos 26 anos de idade. É casado com a advogada tributarista Daniela Ribeiro de Gusmão .
Com apenas dois anos de idade, Felipe Santa Cruz conheceu a face mais cruel do regime militar brasileiro.
Talvez aqui explica a sua razão de ser contra a lava jato.
Seu pai, o pernambucano Fernando Santa Cruz, estudante de Direito, funcionário público do estado de São Paulo e militante da Ação Popular Marxista-Leninista (APML) foi preso, no Rio de Janeiro, onde estava em passeio com a família.
Mas afinal o que é APML?
Com essa declaração do fim da Lava Jato o atual presidente da OAB vai de cara contra o Brasil, ai fica uma pergunta seria a entidade uma comunista? Se for então se faz necessário repensar no fim do exame da Ordem, pois fere a nossa Constituição seria um controle do estado Marxista no Pais.
Vamos levar ao público o que esta por trás das declarações do senhor Felipe.
A organização clandestina denominada Ação Popular Marxista Leninista (APML) surgiu da transformação do grupo de orientação católica, a Ação Popular, em agremiação de diretrizes marxistas. A matriz da APML, a antiga Ação Popular (AP), por sua vez, foi formada em Belo Horizonte (M.G.), em 1962, a partir de grupos de operários e estudantes ligados à Igreja Católica: a Juventude Operária Católica (JOC) e a Juventude Estudantil Católica (JEC). A existência destes grupos, segundo D. de Moraes, seria uma decorrência da pregação reformista e modernizadora do Papa João XXIII e das Encíclicas Mater e Magistra (1961) e Pacem in Terris(1963), que defendiam o ecumenismo e a independência das instituições religiosas em relação aos poderes estabelecidos (MORAES: 1989, P39).
Tal orientação esbarraria em sérias resistências por parte de alguns setores da própria instituição, que questionavam o envolvimento de seus membros na luta pela reforma agrária e sua aproximação com o que denominavam de “camadas subalternas” da sociedade brasileira.
A hegemonia destes setores conservadores resultou num realinhamento da Igreja com as classes dominantes que o autor denomina de “um olho no terço e outro no fantasma do comunismo” (MORAES:1989, P. 41), e coincide com o momento em que a AP promoveria sua ruptura com o catolicismo.
Nos primeiros anos da década de 1960, ainda fortemente influenciada pelo ideário humanista cristão, vinculada às estruturas formadas pela Igreja junto aos movimentos populares, a AP possuía penetração entre operários, camponeses e estudantes, principalmente entre os últimos. Foi da Juventude Estudantil Católica que partiram as primeiras discussões que operaram mudanças políticas e ideológicas e sua transformação em uma organização marxista-leninista.
Tais discussões buscavam definir para a recém surgida AP um perfil político próprio, distante ainda do marxismo, mas apontando para a formação de um movimento revolucionário que tivesse por objetivo promover a transformação das estruturas da sociedade brasileira tendo como referencial o socialismo.
Durante os anos 60 a AP era a organização que detinha o maior número de quadros no interior do movimento estudantil, elegendo grande parte dos membros das diretorias da UNE até o golpe de 1964:
“Conseguimos unir a esquerda na UNE através de um negócio chamado conchavão. O que havia no movimento estudantil? A JUC, que depois virou AP: a Polop, que era um grupo pequeno, mais à esquerda; o Partido Comunista; e os independentes.
O partido, às vezes erradamente, usava a fórmula de colocar simpatizantes como independentes e assim ter hegemonia na diretoria. Eram os chamados submarinos.” (MORAES:1989, P. 49)
Após o golpe, a AP, como as demais organizações de esquerda, foi alvo de intensa repressão, tendo muitos de seus quadros presos ou exilados. A necessidade de construir uma nova proposta política para a esquerda levou os militantes que ainda permaneciam em ação a iniciar um debate sobre a realidade brasileira em busca de novas formas de intervenção.
Este novo processo de discussão teve como desdobramento o rompimento definitivo da Ação Popular com a orientação ideológica cristã, e sua definição pelo marxismo-leninismo.
A adoção da orientação marxista-leninista pode ser identificada não só pela nova denominação (APML), como também pela busca de definir uma nova estrutura partidária.
Esta auto definição como partido identificado com as lutas dos setores populares foi marco significativo na sua história, levando-a para o campo das organizações de esquerda que surgiram a partir do rompimento com as análises e as práticas políticas do Partido Comunista Brasileiro.
Nos primeiros momentos de seu rompimento com o catolicismo, a revolução chinesa e as idéias de Mao Tsé Tung influenciaram as análises e propostas de atuação da AP.
Sob a ótica maoísta, o Brasil era considerado um país semifeudal, e em decorrência desta concepção a mudança pretendida para a sociedade brasileira deveria ser iniciada por uma revolução democrática e popular.
A aproximação com os trabalhadores do campo era fundamental para a esta estratégia revolucionária, visto que para esta concepção de revolução o campesinato era considerado a força motriz para a transformação da sociedade brasileira.
Tais princípios levaram, inclusive, alguns de seus militantes, oriundos das classes médias, a se “proletarizarem”, ou seja, tornarem-se operários ou camponeses, trabalhando em fábricas ou no campo.
Neste momento, a APML se insere no conjunto de organizações, surgidas na década de 1960, que se intitulavam Esquerda Revolucionária e que possuíam em comum a crítica ao reformismo e imobilismo do PCB, dentro desta concepção.
Segundo suas análises, este imobilismo teria contribuído para a desarticulação e derrota do movimento popular em 1964. De acordo com Jacob Gorender, um dos fatores decisivos para a ruptura destes setores com o PCB teria sido de ordem teórica: a crítica produzida por Caio Prado Júnior em seu livro A Revolução Brasileira às teses do partido a respeito de uma burguesia nacional antiimperialista. (GORENDER: 1990, P. 73)
Com base nesta nova formulação, começaram a ser repensados por estes grupos de militantes, egressos do PCB, novas estratégias e táticas para revolução no Brasil, táticas estas não mais norteadas por uma aliança com setores da burguesia nacional.
Apesar de afiliada ao conjunto de agremiações que surge neste período em torno de novas concepções de luta política, a APML tinha uma especificidade que a diferenciava das demais organizações: sua origem não era o PCB mas sim a Igreja Católica.
Nesta primeira fase, vão confrontar-se na APML duas propostas de ação política. Uma parte dos militantes, influenciada pelas idéias de Régis Debray, passou a defender as teorias foquistas de luta política, que apontavam para a mobilização do campo através da formação de focos de guerrilha.
Esta forma de atuação passa a identificar setores da APML com os outros grupos de esquerda que propunham a montagem de núcleos de guerrilha como tática de enfrentamento ao regime instaurado após 1964.
Segundo Emir. Sader, estes grupos seriam resultantes da crise de caminhos da esquerda no pós 64 e cuja origem seria, em grande parte a crítica ao bolchevismo e ao leninismo.
Estes novos grupos sofreriam influência crescente da revolução cubana cujo paradigma de luta foram os focos guerrilheiros. (SADER:1991,P.181)
A expressão desta linha política teve seu ponto culminante na participação de militantes da APML no atentado ao Aeroporto dos Guararapes, em Recife, no ano de 1968.
Este episódio, ocorrido no dia 25 de julho, tinha por objetivo a eliminação do candidato á Presidência indicado pelos militares, o general Arthur da Costa e Silva, de passagem pelo aeroporto.
A explosão não atingiu seu principal alvo, mas resultou na morte de duas pessoas que estavam no local, deixando várias outras feridas.
O episódio de Guararapes desencadeou entre os militantes da APML novos debates em torno das formas de enfrentamento do regime autoritário que se desdobraram no surgimento de uma primeira dissidência.
Segundo Gorender, as divergências consistiam na priorização do enfrentamento armado imediato que se contrapunha à estratégia de guerra popular prolongada bem como à necessidade de construção partidária. (GORENDER:1990, P.113).
Para Antonio O. Silva, a divergência central estava na caracterização da revolução no Brasil. De acordo com este historiador, questionava-se o fato de ser este um país semifeudal.
Mas a conseqüência deste questionamento seria, em última instância o próprio ideário maoísta, em todas as suas decorrências acima mencionadas.
Mas, nos primeiros momentos da discussão, as divergências sobre o caráter da revolução brasileira ficariam obscurecidas pela questão da proletarização e da luta militar e as teses maoístas não seriam totalmente abandonadas pelos militantes da APML. (SILVA: 1992, p.132).
O afastamento da direção nacional da esfera de influência cubana e da visão foquista de luta política, bem como suas severas críticas a esse tipo de intervenção, levou à marginalização e ao afastamento dos quadros que defendiam esta forma de luta.
Este reduzido grupo de militantes que formou nova organização em 1969: o PRT (Partido Revolucionário dos Trabalhadores), partidário da luta armada.
Afastado da APML, o grupo aproximou-se de outras organizações que possuíam linhas políticas semelhantes como a Var Palmares e o POC (Partido Operário Comunista), formando com elas a Frente Armada.
O PRT esteve organizado até 1971, ano da prisão de seus últimos dirigentes e de sua conseqüente extinção.
Os quadros que permaneceram na APML, mantendo-se dentro da direção política hegemônica buscaram consolidar sua estrutura. Retomando a linha maoísta, reforçaram o trabalho junto ao campesinato e a opção por uma revolução em etapas.
Os documentos produzidos neste período estabelecem que no primeiro momento ocorreria a etapa nacionalista, na qual deveria ser feita uma revolução democrática, capaz de promover a superação do caráter feudal de nossa sociedade. Apenas depois da realização desta mudança é que viria a segunda etapa: a revolução socialista.
É interessante notar que esta estratégia adotada pela APML possuía algumas semelhanças com a adotada pelo PCB, principalmente quanto à superação da estrutura feudal e da etapa democrático-burguesa da revolução.
Portanto, apesar de colocar-se no campo das organizações que pautavam sua linha política pela crítica ao PCB, havia uma convergência de entre as duas agremiações, principalmente a respeito da necessidade de alianças táticas com setores da burguesia nacional.
A linha política adotada pela APML, nesta nova fase, levou a uma proletarização ainda maior de seus militantes.
Esta proletarização levaria militantes originários das classes médias a se tornarem operários ou camponeses.
Segundo D.A.Reis, esta prática, cuja ética se caracterizaria por uma ação revolucionária ‘a serviço do povo’ recuperaria um predomínio do cristianismo primitivo, principalmente quanto à valorização da humildade, da austeridade e do igualitarismo, reintroduzido na América Latina pela Teologia da Libertação.(REIS:1991, P.131.).
Tal afirmação poderia nos levar a uma reflexão sobre os resquícios da influência católica na AP, mesmo depois de seu rompimento com o catolicismo.
No entanto, a prática da proletarização foi algo recorrente em várias organizações de esquerda no Brasil, independente de sua origem, portanto não se trata de uma especificidade das agremiações egressas dos quadros da Igreja Católica, o que não pode ser visto como herança ideológica do catolicismo
É deste período a tendência à aproximação da APML com o PC do B (Partido Comunista do Brasil – dissidência do PCB) que também adotara a linha maoísta.
Alguns de seus militantes defendiam, dada a identidade política, a fusão entre os dois partidos. No entanto, a maioria dos membros da Direção Nacional da APML não aceitou a proposta, optando pela manutenção de uma estrutura própria.
Nos primeiros anos da década de 1970 os militantes da APML estiveram envolvidos em uma intensa luta política interna: A fusão com o PC do B, defendida por alguns, a incorporação ao MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro), reivindicada por outros, ou a manutenção da autonomia partidária e as primeiras formulações que levariam ao questionamento da influência maoísta e da estratégia de guerra popular.
Estas eram algumas das questões apresentadas nos documentos produzidos naquele momento. Em 1972 ocorreria a segunda ruptura, na qual a organização se dividiu em dois campos: aqueles que defendiam a manutenção da orientação maoísta e mais tarde se incorporaram definitivamente ao PC do B e os militantes que buscavam novas definições programáticas, mantendo-se sob a denominação de APML. O ingresso de ex-militantes da APML no PC do B, segundo D. A Reis, viria reforçar este último, abalado com a perda de grande número de quadros em decorrência da derrota da Guerrilha do Araguaia. (REIS: 1991, P. 131)
Esta nova dissensão seria bem mais profunda. Grande parte dos militantes saiu da APML e se integrou ao PC do B. Outros ingressaram no MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro). Apenas uma parte, isto é, os militantes que se mantiveram próximos à linha política defendida pela Direção Nacional, manteve-se fiel ao partido. Esta cisão, interrompida apenas pela prisão de alguns militantes, decorreu de um processo de intensa crise interna gerada pelas divergências em torno das linhas políticas.
Ao mesmo tempo em que ocorriam as cisões, cresciam os problemas ligados à organização interna. Tornava-se cada vez mais premente a necessidade de arrecadação de finanças para a sustentação do trabalho político e dos militantes clandestinos ou profissionalizados.
A democracia interna e a centralização das decisões eram alvo de intensos questionamentos, conforme apontam os documentos produzidos neste período.
Mas o processo de proletarização imposto pela concepção de que este seria coerente com a linha política da organização – e portanto necessário – também foram alvo dos mais acalorados debates entre os militantes e fonte de inspiração para a maior parte dos documentos produzidos pela APML neste interregno.
Entre os anos de 1972 e 1973, período de intensa atuação por parte das polícias políticas, a APML, como as demais organizações clandestinas, teve parte de seus militantes presos, sendo alguns, inclusive, assassinados nos porões do regime militar.
Entre os desaparecidos encontra-se Paulo Wright, militante que participou intensamente dos debates que se desenvolviam a respeito da renovação da política da organização.
As prisões despertaram novos debates entre os militantes que não haviam sido detidos, principalmente a respeito da segurança da estrutura interna e dos dados obtidos pelos órgãos de segurança através dos militantes que haviam sido capturados.
Datam deste período alguns documentos que resgatam discussões em torno do comportamento dos militantes submetidos a torturas pelas polícias políticas. Estes documentos também expressam a profunda crise ideológica pela qual passavam os quadros da APML.
Também foram presos e assassinados Honestino Guimarães, último presidente da UNE, Humberto Câmara, membro da penúltima diretoria da UNE, Gildo Lacerda, Fernando Santa Cruz e Eduardo Collier.
Neste período, dado o acirramento da ação dos órgãos de repressão, a APML optou por deslocar os membros da Direção Nacional para o exterior. Alguns dos membros da Direção Nacional foram enviados para o Chile, durante o governo de Salvador Allende para garantir a sua segurança.
Muitos dos documentos produzidos com o objetivo de traçar diretrizes para o trabalho político no Brasil foram produzidos naquele país. Com o golpe de 1973 e a derrubada da democracia chilena, alguns militantes retornaram clandestinamente ao Brasil, outros se dirigiram à Europa.
A dispersão dos militantes, as dificuldades financeiras e o crescimento das divergências contribuíram para o agravamento dos problemas de organização constatados nos documentos consultados. Neste momento a APML encontrava-se na sua maior crise, e esta crise terá como desdobramentos novas mudanças na linha política e a saída de alguns militantes.
O contato com outros grupos de esquerda, tanto no Brasil quanto no Chile e Europa marcou a retomada do processo de discussão sobre o caráter da sociedade brasileira e a busca de novas formas de intervenção em direção a novas estratégias.
Deste processo partiu a iniciativa da reconstrução do partido, tanto do ponto de vista orgânico como ideológico, e a revisão definitiva de sua linha política.
Esta revisão teria como ponto de partida o questionamento das diretrizes maoístas. Novas formulações adotadas pela APML após 1973 retomam a proposta de revolução socialista, negando a idéia anterior de que haveria uma etapa democrática que antecederia a luta pelo socialismo.
Com este perfil, a APML passaria a fazer parte do campo das chamadas organizações de Esquerda Proletária, passando a ser conhecida por AP Socialista. Data deste período a publicação da Revista “Brasil Socialista”, em esforço conjunto com o MR-8 e a POLOP (Política Operária), visando promover o debate sobre os problemas da revolução brasileira.
A prática política da APML, com esta mudança, passou a refletir as diretrizes do PSB (Programa Socialista para o Brasil), documento formulado pelas organizações da Esquerda Proletária, que concebia o Brasil como país capitalista, no qual a revolução seria construída a partir da organização do proletariado urbano.
É importante apontar que esta ruptura representa para a APML uma mudança substancial em suas premissas políticas pois, pela primeira vez, seus documentos criticam a idéia da revolução democrático-burguesa.
Partindo destes novos pressupostos, a APML adotou como base de sua estratégia a formação de um partido operário – cujo ponto inicial seria a própria estrutura, bem como a luta pelo socialismo e a defesa da ditadura do proletariado.
Dentro desta nova política, os últimos anos da década de 1970 representam para a APML uma renovação no caráter de suas discussões internas, que passam a se realizar em torno das propostas para a intervenção do partido no movimento operário.
A consulta aos documentos produzidos neste período identifica que a prioridade dos debates consistia em definir o papel das comissões de fábrica, conceber um programa para a formação destas comissões e demarcar as palavras de ordem a serem levadas para o movimento.
Todas a documentação gerada pela APML neste momento era voltada para a análise da situação dos sindicatos e demonstra a busca de seus militantes por uma política sindical que conduzisse à organização independente do proletariado. Por outro lado, também reconheciam a importância do movimento estudantil como força auxiliar na luta do proletariado.
Neste sentido, entende-se o esforço para ampliar a atuação junto aos estudantes, secundaristas e universitários, e encontrar propostas de ação de seus militantes junto às entidades estudantis (UNE, UEEs).
Nesta fase, a APML detectou o surgimento de outros tipos de movimentos e organizações: Movimento de Mulheres, Movimento de Bairros, Movimento contra a Carestia. Admitindo a importância destas manifestações, e a necessidade de participar destas lutas, a Direção Nacional, iniciou o debate com a militância, através dos documentos de circulação interna, sobre as estratégias para a unificação destas novas formas de organização popular com o movimento operário e sindical.
É importante ressaltar que em todos os documentos produzidos desde o rompimento com o maoísmo até o final da década de 1970, encontramos sempre a afirmação da idéia de que a APML representava para os seus militantes a realização de um partido voltado para os interesses dos trabalhadores e dos setores populares.
Tais documentos também se caracterizam pela identificação de seu compromisso com as lutas da classe trabalhadora.
Com o processo de redemocratização política, a retomada das greves operárias e das lutas populares do final dos anos 70 e início da década de 1980 a APML mobilizou seus militantes no sentido de garantir sua presença em cada um destes movimentos e, principalmente, a sua intervenção com o objetivo de assegurar a defesa seu programa de lutas e de suas palavras de ordem.
Através dos textos produzidos pelos militantes nos últimos anos da década de 1970 manifesta-se uma nova preocupação: a necessidade de construir um partido legalizado, que viesse a ser fator de aglutinação das forças políticas que possuíssem o mesmo referencial de lutas e uma identidade ideológica.
A formação de uma frente de organizações de esquerda que pudesse atuar na legalidade, possibilitando a intervenção parlamentar passou, então, a se constituir uma questão recorrente nos documentos que informam acerca das discussões internas da APML no período da abertura política.
A anistia política concedida em 1979 proporcionou aos militantes que se encontravam no exílio a possibilidade de retorno ao país.
Para os que se encontravam na clandestinidade este fato possibilitou o retorno à legalidade bem como a atuação aberta no movimento de massas.
A perspectiva de participação na vida política nacional, possibilitada pela volta ao Estado de Direito, favorecia a concretização da idéia de uma frente unificadora de todas as tendências pertencentes ao campo da esquerda, permitindo visibilidade ao trabalho político que constituía a maior preocupação para todos os militantes da APML.
No entendimento destes, a retirada do caráter clandestino e a conseqüente legalização da luta política ampliaria seu alcance e a sua eficácia.
Ainda assim, a APML manteve a sua estrutura orgânica interna independente e clandestina até o início da década de 1980.
Mas, durante todo este intervalo, a discussão sobre a importância da organização de uma estrutura legalizada foi o principal tema dos debates internos, sendo tema constante em todos os documentos produzidos neste período.
A emergência do Partido dos Trabalhadores contribui para que o projeto de implantação de uma frente de atuação política viesse a ser concretizado.
O PT constituiria, assim, a estrutura partidária dentro da legalidade que a maioria dos militantes defendia.
Considerando o PT como a realização deste projeto, os militantes da APML iniciaram o debate sobre a viabilidade da dissolução de sua estrutura clandestina, para posterior reunião às demais forças políticas que participavam da organização do Partido dos Trabalhadores.
E, deste debate saiu a resolução de que a APML iria se auto dissolver para se incorporar ao novo Partido.
A participação da APML no processo de construção do PT e sua posterior decisão pela dispersão de seus quadros no interior deste partido estão expressos na documentação produzida neste período e representam o último processo de discussão implementado pelos seus militantes, culminando com a extinção da APML.
Detido no sábado de Carnaval do ano de 1974 por agentes do DOI-Codi, Fernando Santa Cruz foi levado de volta a São Paulo e nunca mais foi visto. Desde esta época, seu nome integra a lista de desaparecidos políticos.
Só agora com a eleição do presidente Jair Messias Bolsonaro e com a nomeação do Ministro da Justiça que a OAB mostrou a sua cara, isso é fomos todos enganados, isso mostra porque a Justiça não funciona no Brasil, em nenhuma esfera pois os profissionais de direito não são orientados para servir a população e sim a altos interesses do poder.
Voltando na entrevista concedida ao CONJUR :
Existe uma confusão em torno do direito de defesa. A garantia constitucional não existe para proteger criminosos, como dita o senso comum punitivsta. Ela existe para proteger a maioria da sociedade, que age dentro da lei e não quer ser vítima de arbítrios estatais. A avaliação é do recém-empossado presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Caio Augusto Silva dos Santos.
“Se não tivermos regramentos para que aqueles que se desviam possam ser punidos, vamos permitir que o déspota de plantão, segundo sua conveniência e vontade, possa desrespeitar quem quer que seja”, afirma o advogado.
Advogado há 22 anos, Caio é formado pela Faculdade de Direito de Bauru, cidade onde reside e onde presidiu a subseção da OAB de Bauru por dois mandatos. Depois, compôs a diretoria da seccional paulista como secretário-geral na gestão de Marcos da Costa, da qual rachou e decidiu com Ricardo Toledo, à época tesoureiro, formar uma chapa dissidente.
Durante a campanha para presidência da OAB, Caio Augusto visitou diversas cidades do interior do estado com o discurso de valorização da classe e de independência institucional. Em entrevista à ConJur, ele reforçou os pontos e frisou que a OAB-SP precisa ter independência par fazer críticas quando for apontado que as autoridades - dos três poderes - "estão se desviando dos seus caminhos e desrespeitando as regras da lei".
"Há uma preocupação muito grande desta tentativa do Estado afastar o advogado dos espaços de administração da justiça, porque isso implica em manifesto atropelo que desrespeita o ponto mais fraco dessa relação que é o cidadão carente. A presença do advogado tem a finalidade de respeito ao cidadão", considera.
Ele garante que, no triênio à frente da OAB-SP, sua diretoria vai tomar as providências legais para "punir severamente autoridades que desrespeitem as prerrogativas". Essa punição poderá ser de cunho educativo e até mesmo judicial, pedindo a apuração de responsabilidade civil e penal. Eleito com chapa paritária em relação a mulheres e homens, o advogado afirma ainda que tratará a questão de gênero como uma de suas prioridades.
Já neste ano, a OAB-SP colocou no ar seu portal da transparência, defendeu a Justiça do Trabalho e manifestou preocupação com o projeto de lei "anticrimes" apresentado pelo ministro Sergio Moro.
Leia a entrevista abaixo:
ConJur — Quais os principais gargalos da advocacia paulista?
Caio Augusto — Não há muita diferença para o quadro nacional. Existem alguns tópicos que incomodam muito e que vou me preocupar muito durante a gestão. Um deles é não compreensão das autoridades quanto à indispensabilidade do advogado para o sistema de Justiça. Nós, advogados, somos absolutamente favoráveis a todos os meios de solução de conflitos, sejam eles os convencionais ou os chamados meios modernos, a mediação, a conciliação e a arbitragem. Abominamos qualquer tentativa de levar adiante formas de distribuição da justiça sem a presença obrigatória do advogado. O artigo 133 da Constituição Federal estabeleceu que o advogado é indispensável à administração da justiça. O Estado não pode criar um cidadão de segunda classe. A pessoa carente não tem a opção de escolha porque o Estado, não reconhecendo sua ineficiência, quer levar adiante a distribuição de justiça dispensando a presença obrigatória do advogado. Quem tem dinheiro sempre estará acompanhado de seu advogado e quem não tem dinheiro não tem a opção de exigir do Estado a presença de um advogado. Essa é uma bandeira não só da advocacia paulista, mas de todo o país: deixar claro à todas autoridades e à toda a sociedade que a maior autoridade é, de fato, o cidadão.
ConJur — A quem se refere quando fala em autoridades?
Caio Augusto — Autoridade é quem exerce função pública de representação do cidadão no cumprimento do seu mister de Estado organizado. A autoridade não pode estar tomar lados numa disputa que ele eventualmente esteja enfrentando, mas sim cumprir seu papel de isenção.
ConJur — Quais as principais prerrogativas desrespeitadas hoje?
Caio Augusto — Há um grupo de autoridades que não compreende o papel do advogado e que entende que o exercício do direito de defesa impede que cumpram suas funções. Quem tem autoridade é respeitado por conta do seu comportamento e não do desrespeito à lei e ao cidadão. Respeitar a lei não implica dizer ser mais brando na aplicação da lei. Minha gestão vai tomar as providências legitimamente estabelecidas na lei para punir severamente autoridades que desrespeitem prerrogativas, mas não hesitaremos em tomar também providências educativas e até mesmo judiciais de apuração de responsabilidades civis e penais daquelas autoridades que desrespeitarem o cidadão e por consequência praticarem ofensas às prerrogativas da advocacia.
ConJur — A OAB deve se colocar politicamente como uma das frentes a favor do direito de defesa?
Caio Augusto — Não há dúvida que sim. A OAB tem seu compromisso legal de zelar pela profissão da advocacia e tem também um compromisso de cidadania e de defesa da Constituição. A OAB não serve a nenhum governo e é reconhecida como um verdadeiro serviço público no Estatuto da Advocacia, sem qualquer vinculação com os poderes constituídos. Ao falar no direito de defesa o que se pretende não é proteger aquele que pratica o crime, mas sim a grande e esmagadora maioria da coletividade que todos os dias age dentro da legalidade, praticando todos os atos de convívio social com muita correção. Se não tivermos regramentos para que aqueles que se desviam possam ser punidos, nós vamos permitir que o déspota de plantão, segundo sua conveniência e vontade, possa desrespeitar quem quer que seja.
ConJur — Durante a campanha o senhor falou muito em independência institucional. No que consiste essa independência?
Caio Augusto — Dizer que a OAB não está para defender projetos de nenhum governo. A OAB é uma instituição que estará sempre à disposição para empunhar todas as bandeiras de defesa da cidadania e de respeito à Constituição, mas precisamos ter a independência e a legitimidade para fazer a crítica, por mais severa que seja, quando entendermos que as autoridades estão se desviando dos seus caminhos e estão desrespeitando as regras da lei.
ConJur — O que acha da decisão do TCU de obrigar a OAB a prestar contas? Ela de fato interfere na independência da Ordem?
Caio Augusto — Sim. Nossa instituição leva adiante suas atividades com recursos privados da advocacia e não recursos públicos. Não dá para admitir que o poder público faça interferência nas atividades da advocacia. Encaro isso como uma tentativa de fazer com que o poder público tenha ingerência no nosso órgão de classe. Não estou defendendo que não devamos ter transparência nas atividades, pelo contrário.
ConJur — Quais serão as medidas adotadas para dar maior transparência?
Caio Augusto — Instituímos o portal da transparência que, ao longo do tempo, deverá ser aperfeiçoado. Vamos tratar com absoluta transparência todas as ações que implementamos, os projetos que defendemos, e onde empregamos os recursos. Defendemos que o papel do gestor de OAB é de dar publicidade a todas as nossas ações e transparência em si permite que nós corrijamos o erro num menor espaço de tempo possível.
ConJur — O que o senhor espera do ministério da Justiça e da Segurança?
Caio Augusto — Todos os governantes foram eleitos para o cumprimento de um papel, para atender aos projetos que disseram que levariam adiante. Nós respeitamos absolutamente todos, mas insistimos na premissa de que não seremos subservientes a nenhum governo. Estamos à disposição para as bandeiras de defesa da democracia e da cidadania, mas não vamos nos amedrontar com qualquer imposição que algum dos governos eleitos venha a tentar fazer em desrespeito a nossa Constituição.
Desejamos ao novo ministro da Justiça e ao presidente da República que tenham muita sorte na empreitadas que assumiram para combater a criminalidade e resgatar a segurança pública, mas insistimos que mesmo as autoridades têm como limite para sua atuação as regras estabelecidas na lei. Ninguém pode se sobrepor à lei, tampouco às autoridades. Existem direitos e garantias fundamentais que são previstos na Constituição e que representam verdadeiras conquistas civilizatórias que não podemos retroceder a elas. Não é afastando ou diminuindo direitos de defesa que será demonstrada a eficácia das atividades que se espera do Estado. O Estado precisa ser eficaz no cumprimento do seu dever e das regras estabelecidas na lei.
ConJur — O presidente Jair Bolsonaro disse que o Exame de Ordem aplicado aos recém-formados cria “boys de luxo de escritórios de advocacia”. Como o senhor avalia o modelo do exame? Ele precisa de revisão?
Caio Augusto — O Exame de Ordem é uma conquista civilizatória da sociedade. É conhecido que até hoje houve uma política governamental de facilitação de acesso ao ensino superior com prejuízo da qualidade. Aplaudimos todas as medidas que facilitam o acesso da população ao ensino superior, mas essa facilitação e empreendimento de facilitação de acesso ao ensino superior jamais pode desprestigiar a qualidade da educação. Se há um ponto fundamental que não se pode abrir mão é a qualidade do ensino.No âmbito do curso de Direito, houve uma precarização do ensino jurídico que pode ser vista em altos índices de reprovação no Exame de Ordem. O Exame não serve como instrumento de reserva de mercado de trabalho, mas sim instrumento de aferição de conhecimento mínimo para saber se o advogado que o auxiliará o cidadão tem o mínimo de condições de exercer a atividade jurídica. Quando se critica o Exame de Ordem há que se observar que não há limitação de vagas. Todos que demonstrarem qualidade serão aprovados no Exame.
Chamamos a atenção para que o governo compreenda que se ele quer efetivamente melhorar a qualidade do ensino, ele deve trabalhar dentro do Ministério da Educação, ou seja, não permitir a abertura desmesurada de cursos jurídicos que não tenham qualidade; fechar aqueles cursos que não estão colocando bacharéis que tenham condições de suplantar o Exame de Ordem porque demonstram deficiência e, nesta empreitada, não tenha dúvida que terá ao seu lado a OAB.
ConJur — Com o alto número de advogados no mercado, qual é a medida ideal para dar suporte à nova advocacia? Seria importante um piso, por exemplo?
Caio Augusto — O mercado de trabalho da advocacia é um complexo. Nós precisamos dar todo o aparelhamento necessário para que a advocacia tenha condições de cumprir o seu papel. Vou priorizar neste gestão o atendimento à jovem advocacia para que, por intermédio de um instrumento eficaz que é a Escola Superior de Advocacia, existam cursos de aperfeiçoamento constante. Assim, toda a advocacia poderá aprimorar seu conhecimento. Vamos discutir um patamar salarial adequado para que o advogado tenha condições não só de sustentar a sua família, mas também de manter a qualidade na sua prestação de serviços com estrutura. Não teremos medo ou receio de apresentar essa discussão coletiva às comissões para que o mercado da advocacia seja valorizado em proveito do cidadão.
ConJur — Qual é sua opinião sobre eleição direta para o Conselho Federal da OAB?
Caio Augusto — Defendemos isso como a bandeira mais adequada no contexto da instituição: eleição direta para todos os cargos eletivos. O advogado tem que ter o direito de eleger os seus representantes de forma direta. Confiamos na advocacia, na capacidade do advogado fazer suas escolhas.
ConJur — O senhor é a favor de segundo turno nas eleições da OAB? É importante eleger separadamente o conselho seccional da chapa do presidente?
Caio Augusto — Essas discussões não são novas e eu gostaria de ouvir o nosso conselho seccional sobre o que eles entendem como mais adequado para o futuro da instituição. Na campanha, nosso grupo procurou fazer essas discussões e a chapa não foi construída segundo a vontade e a conveniência do presidente, mas sim de maneira muito plural e transparente, ouvindo as regiões de todo estado de São Paulo.
referências de pesquisas:
Introdução Renato Santos
comentários jornalista da Jovem Pan no youtube
Documentos Revelados 05/01/2013 APML.
entrevista com doutor Caio Augusto Silva dos Santos e presidente da OAB 10/02/2019 portal CONJUR Direito de defesa não pretende proteger o criminoso, mas a coletividade.