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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

O caso da Boeing 737 Max <<>> Mensagens reveladoras e " cabeludas" <<>> Dois acidentes 346 VÍTIMAS FATAIS <<>> OCULTAÇÃO AOS ÓRGÃOS REGULADORES A BOEING FEZ <<>> a troca de mensagens do piloto-chefe técnico <<>> Problemas na trajetória <<> <<< do sensor>>> O Congresso e o Senado Americano vão continuar investigando junto as agências controladoras






RENATO SANTOS 140/01/2020 SEGUNDA SEMANA A Boeing a maior fabricante de aeronaves do mundo pode correr sérios riscos de  falência, não por concordada , e nem pela quebra da empresa. 

Mas, se ficar comprovado pela investigações que estão sendo realizadas pelo Congresso e o Senado dos Estados Unidos em relação ao 737 Max, que houve sabotagem que vitimou passageiros e tripulantes de dois acidentes aéreos graves em 2018 e 2019. No Brasil é bom as companhias aéreas suspender os voos com esse modelo,e  os passageiros tem obrigação de saber qual o modelo esta sendo usado antes de entrar nele. 



Uma história " cabeluda" que esta sendo revelada. E assustando o mercado de investidores, e pior pode afetar as suas ações nas bolsas de valores .

Quem vai investir numa Companhia a qual seus aviões não são seguros para voar. Para tanto a própria Boeing já se pronunciou que vai parar de fabricar os modelos 737-Max, a qual veio para transformar o mercado, mas esta quebrando com a empresa.

A Boeing decidiu suspender temporariamente, a partir de janeiro, a fabricação do polêmico modelo de avião 737 MAX, envolvido em dois acidentes que, ao todo, deixaram quase 350 mortos.

Segundo a investigação dos casos, esses acidentes tiveram origem em um problema no software da aeronave e fizeram a Boeing entrar em uma crise sem precedentes, sobretudo após a Administração Federal de Aviação (FAA), agência americana de aviação civil, proibir voos com os 737 MAX pelo menos até fevereiro, à espera de melhorias na segurança do modelo.

O primeiro acidente grave com o 737 MAX aconteceu em outubro de 2018 na Indonésia, quando um avião da Lion Air caiu no Mar de Java pouco depois de decolar com 189 pessoas a bordo.

Em março deste ano, aconteceu o segundo acidente, quando um 737 MAX da Ethiopian Air Lines caiu seis minutos após decolar em Adis Abeba, a capital da Etiópia, com destino a Nairóbi, no Quênia. As 157 pessoas que estavam no avião morreram na queda.

Crise e o posicionamento da empresa


"Anteriormente declaramos que avaliaríamos continuamente nossos planos de produção se o aterramento dos MAX continuasse por mais tempo do que o esperado", disse a Boeing em comunicado no quaql também revelou ter aproximadamente 400 aeronaves desse modelo em estoque.

"Como resultado dessa avaliação contínua, decidimos priorizar a entrega de aeronaves armazenadas e suspender temporariamente a produção no programa 737 a partir do próximo mês", acrescentou a empresa, que também ressaltou ter o dever de garantir "que todos os requisitos sejam atendidos e todas as perguntas sejam respondidas" pelos órgãos reguladores.

A Boeing enfatizou que "recolocar com segurança os MAX 737 em serviço" é sua principal prioridade, apesar de saber que o processo de aprovação para "deve ser extraordinariamente completo e robusto", para garantir que "os reguladores, clientes e o público em geral tenham confiança nas atualizações do modelo".

"Esta decisão é motivada por uma série de fatores, incluindo a extensão da certificação até 2020, a incerteza sobre quando e como retornar às aprovações de serviço e de treinamento global, e a importância de garantir que possamos priorizar a entrega de aeronaves armazenadas", diz o texto.

Durante o tempo em que a produção ficar suspensa, a Boeing pretende que os funcionários afetados continuem os trabalhos relacionados com o 737 "ou sejam temporariamente atribuídos a outras equipes", para evitar demissões.

O maior erro da fabricante, esconder os fatos. Um caminho que vai custar caro para seus acionistas e funcionários. 

Mensagens de texto trocadas entre dois funcionários da Boeing indicam que a empresa ocultou dos órgãos reguladores dos Estados Unidos as falhas nos testes com o sistema de navegação do modelo 737-MAX.

Os problemas técnicos com duas destas aeronaves provocaram dois acidentes fatais: um com avião da Lion Air, na Indonésia, e outro da companhia Ethiopian Airlines, na Etiópia. Ao todo, 346 pessoas morreram.

A troca de mensagens entre o então piloto-chefe técnico do MAX, Mark Forkner, e outro piloto da Boeing, ocorreram em novembro de 2016, durante o processo de certificação do novo modelo pela Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês).


Elas foram entregues pela Boeing na quinta-feira (17) a congressistas que estão à frente de uma comissão que investiga a responsabilidade da Boeing nos acidentes. Segundo fontes, elas já estariam a disposição do Departamento de Justiça, responsável por processo criminal contra a Boeing.

Piloto de testes disse que sistema estava 'desenfreado'

A FAA confirmou, na sexta-feira, ter tido conhecimento das mensagens internas e que as considera "preocupantes".

Segundo fontes familiarizadas com o conteúdo das investigações disseram à agência Reuters, a mensagens levantaram questões sobre o desempenho do MCAS — um sistema de segurança que deveria corrigir a inclinação do avião em caso de perda de altitude — no simulador. Forkner teria dito que ele estava "desenfreado".

De acordo com o jornal The New York Times, as mensagens foram trocadas entre os dois pilotos em novembro de 2016.


Oito meses antes, Forkner teria pedido à FAA se seria ok não mencionar o sistema MCAS no manual para os pilotos. A agência, à época, acreditava que o sistema somente seria ativado em casos muito raros e não era particularmente perigoso.

Logo após o acidente com aeronave da Lion Air na Indonésia, associações de pilotos mostraram que a ausência de treinamento dos pilotos para lidar com o MCAS estaria diretamente relacionada com o acidente.

Nas mensagens vazadas agora, Forkner diz em dado momento para o colega: "Eu menti para os reguladores (sem saber)." O outro funcionário respondeu que "não era mentira, ninguém nos disse que era esse o caso" de um problema no MCAS.

Forkner respondeu logo depois: "Concedido que sou péssimo em voar, mas mesmo isso foi flagrante".

Próximos passos da investigação

A FAA planejava entregar mais comunicações de Forkner ao Congresso ainda na sexta-feira, disseram fontes.

Desde o acidente na Etiópia, vários países suspenderam o uso do 737-MAX, inclusive os EUA.

A FAA reiterou que está “seguindo um processo completo, não um cronograma prescrito, para devolver o Boeing 737 MAX ao serviço de passageiros. A agência levantará a ordem de aterramento somente depois de determinarmos que a aeronave é segura”.

Equipamento Oculto: A Lion Air, companhia aérea dona do avião que caiu com 189 pessoas a bordo no mês passado perto de Jacarta, na Indonésia, acusou a Boeing, fabricante da aeronave, de ocultar informações sobre um equipamento de bordo que pode ter contribuído para o acidente.

Segundo a CNN, um dirigente da Lion Air afirmou que o manual de instruções do Boeing 737 MAX 8 — modelo que caiu no mar de Java pouco após, matando todos a bordo — não continha orientações sobre um dispositivo que pode fazer o avião mergulhar de nariz.

Zwingli Silalahi, diretor operacional da companhia aérea, afirmou que o manual não alertava que o sistema que previne a perda de sustentação pode mudar automaticamente o rumo da aeronave, como abaixar a dianteira do veículo para retomar a sustentação.

"Isso não consta das instruções do avião, por isso não pudemos treinar nossos pilotos adequadamente para essa situação específica", explicou Silalahi à emissora norte-americana.

Boletim informativo


Na semana passada, a Boeing emitiu um boletim para seus clientes, afirmando que pretendia "reforçar" a necessidade de que pilotos fossem treinados para situações como a que resultou na queda na Indonésia.

A Allied Pilots Association, entidade que representa pilotos nos EUA, rechaçou o documento, afirmando que a empresa jamais havia alertado sobre possíveis problema nas leituras do sensor que muda a trajetória do avião para evitar perdas de sustentação.

"Eles não nos deram todas as informações que precisamos quando pilotamos uma aeronave. Esse boletim não reafirma nem reforça nada. Ele traz novas informações, que nós não conhecíamos", ressaltou Dennis Tajer, porta-voz do grupo.

Problemas na trajetória

O sensor que aciona as medidas contra perda de sustentação mede o chamado "ângulo de ataque", a inclinação do avião em relação à  trajetória que ele precisa fazer para atingir a altitude de voo.

No caso da aeronave que caiu na Indonésia, esse sensor estava com problemas. Nos quatro voos anteriores ao acidente, ele havia apresentado defeito e, na última parada, foi substituído no aeroporto de Jacarta, antes de decolar e cair.

Membros do Sindicato: Membros de um sindicato de pilotos dos EUA confrontaram um representante da Boeing sobre um sistema 'oculto' nos aviões da linha 737 Max-8 logo após a queda de uma aeronave da Lion Air na Indonésia, em outubro do ano passado, que matou 189 pessoas. As informações são da CBS News, que teve acesso a um áudio da reunião.

A mesma função é considerada responsável pelo acidente com um avião do mesmo modelo, pertencente à Ethiopian Airlines, que caiu logo após a decolagem no início de março, com 157 pessoas a bordo, perto de Adis Abeba, capital da Etiópia.

Problemas no sistema

Nos dois casos, o sistema anti-stall conhecido como MCAS foi apontado como principal causa dos acidentes. Ambos ocorreram poucos minutos depois da decolagem, quando as aeronaves estavam em processo de subida para a altitude de cruzeiro.

O MCAS, acionado automaticamente sem interferência dos pilotos, tem como principal função evitar que o avião perca sustentação no ar. Nos casos da Indonésia e da Etiópia, o acionamento fez com que o nariz das aeronaves fosse apontado para baixo, jogando-as na direção do solo e causando as quedas.

Pilotos revoltados

O áudio mostra que os pilotos estavam furiosos após a queda do avião da Lion Air em Jacarta, especialmente porque eles nem mesmo tinham sido avisados de que o software do MCAS estaria instalado nas aeronaves.

"Aqueles caras nem mesmo sabiam que essa porcaria de sistema estava no avião. Ninguém mais sabia", diz um piloto. 


"Nós simplesmente merecemos saber o que tem nas nossas aeronaves", reivindica outro. 

"Somos a última linha de defesa que protege os passageiros de acabar num monte de destroços fumegantes. E precisamos conhecer as coisas", reclama outro piloto.

"Não discordo de vocês", diz um representante da Boeing, não identificado. "Mas não sei se conhecer o sistema teria evitado o acidente. Tentamos não sobrecarregar as tripulações com excesso de informações. Precisamos ter certeza que estamos consertando as coisas certas, para não perder tempo."

Atraso nas medidas

A reunião onde foi gravado o áudio aconteceu no fim de novembro passado, um mês depois do acidente na Indonésia. No entanto, os Boeing 737 Max-8 foram mantidos no ar até março deste ano, quando aconteceu o segundo acidente, na Etiópia e as aeronaves da linha foram impedidas de decolar. No total, 346 pessoas morreram nas duas quedas.

A gravação foi entregue ao jornal Dallas Morning News pelo presidente do sindicato dos pilotos da American Airlines, Dan Carey. A partir dela, a Justiça Federal dos EUA abriu um processo contra a Boeing, para apurar se os processos de segurança da empresa estão de acordo com a legislação.

"Nós, os pilotos, estamos pedindo respostas da Boeing porque devemos aos nossos passageiros e às 346 pessoas que perderam suas vidas fazer todo o possível para evitar uma nova tragédia. A empresa não tratou a situação como a emergência que era e é por isso que estmaos tomando medidas legais", explicou Carey em um comunicado.

Os  acidentes acendem o pavio de preocupação entre os passageiros,tripulantes e companhias aéreas. O diretor-executivo da Boeing, Chris Muilenburg, reconheceu nesta quinta-feira (4) a similaridade entre as falhas técnicas que afetaram os aviões 737 MAX que sofreram acidentes fatais nos últimos meses na Etiópia e na Indonésia, além do "alto volume de trabalho" que pode afetar alguns pilotos.

Após a divulgação de um relatório preliminar da investigação do voo 302 da Ethiopian Airlines, Muilenburg afirmou em comunicado que "é aparente" que em ambos voos o sistema de controle conhecido como MCAS foi ativado em resposta a uma informação "equivocada" do ângulo de ataque.

"Como nos disseram os pilotos, uma ativação equivocada da função do MCAS pode se somar a um entorno que, por si só, representa uma alta carga de trabalho. É nossa responsabilidade eliminar este risco. Nós assumimos e sabemos como fazer isso", acrescentou.


As primeiras investigações sobre o acidente de um 737 MAX 8 na Etiópia no último dia 10 de março, que deixou 157 mortos, mostram que a tripulação seguiu todos os procedimentos de segurança, mas não conseguiu desativar o software de controle automatizado que fez a aeronave descer.

À espera da divulgação dos relatórios finais das autoridades com os "detalhes completos", Muilenburg disse que a história do setor "mostra que a maioria de acidentes é causada por uma cadeia de eventos" e "este é novamente o caso". Além disso, garantiu que "sabemos como romper um desses elos nos dois acidentes".

O principal executivo da Boeing começou o comunicado pedindo perdão e dando seus pêsames às vítimas do voo 610 da Lion Air, que caiu na Indonésia em outubro do ano passado, e do voo 302 da Ethiopian Airlines, cujas "tragédias continuam com um peso muito forte" na equipe da empresa, que sente a "imensa gravidade dos eventos".


Após reconhecer a semelhança entre as falhas técnicas dos dois voos, Muilenburg elogiou a colaboração de seus "melhores engenheiros e analistas" com a Administração Federal de Aviação dos EUA desde o acidente da Indonésia para atualizar o software e garantir que esses incidentes "nunca voltem a ocorrer".

"Seguimos um método amplo e disciplinado, respeitando o tempo para que a atualização do software seja a correta. Estamos perto de completá-la e antecipamos que será certificada e implementada na frota mundial do 737 MAX nas próximas semanas", disse o executivo, que lamentou os prejuízos da sua paralisação.

Essa melhoria no software, somada ao treinamento associado e materiais educativos adicionais que os pilotos solicitaram, "eliminarão a possibilidade de uma ativação não proposital do MCAS e evitará que um acidente relacionado com o MCAS volte a acontecer", afirmou.

Muilenburg reiterou que o 737 MAX é seguro e que, quando voltar a voar, já com as mudanças no software, "será uma das aeronaves mais seguras que já voaram".

O executivo, que trabalha há três décadas na Boeing, disse ainda que não lembra um "momento mais dilacerador" na sua carreira e garantiu saber que vidas dependem do trabalho de sua equipe, o que exige "integridade e excelência".

Denuncia contra a Boing : Mensagens internas da Boeing publicadas como parte da investigação do Congresso e do Senado dos Estados Unidos revelam a desconfiança dos técnicos e funcionários da empresa em relação à segurança do último modelo da Boeing, o 737 Max, envolvido em dois acidentes fatais em 2018 e 2019.

"O 737 Max é projetado por palhaços que, por sua vez, são supervisionados por macacos". Essa é uma das mensagens às quais a Agência Efe teve acesso, escrita em um dos e-mails liberados depois que a fabricante enviou em dezembro uma extensa documentação interna aos legisladores dos EUA que investigam o procedimento que resultou na entrada em serviço do 737 Max.

Liberação sob suspeita


Os três volumes divulgados com mensagens e e-mails de funcionários e técnicos antes dos acidentes e da aprovação do modelo poderiam sugerir que essa liberação para voar foi aprovada com justificativas falsas pela Administração Federal de Aviação (FAA).

"Deus ainda não me perdoou pelo que recebi no ano passado", diz outra das mensagens, aparentemente referente às interações entre a Boeing e a FAA em relação aos problemas encontrados nos simuladores.


"Você colocaria sua família em um avião treinado em um simulador Max?" pergunta um funcionário a outro, que responde com um "não".

Defesa da Boeing

Em pronunciamento, a Boeing afirmou que o conteúdo de algumas mensagens é completamente inaceitável e não representa os valores da empresa. A fabricante pediu desculpas à FAA, ao Congresso e aos seus clientes, ao mesmo tempo em que salientou que, desde então, tem feito mudanças significativas para garantir a sua segurança e processos organizacionais.

Com relação às preocupações de segurança refletidas em alguns dos envios, a Boeing indicou que tem plena confiança de que os simuladores da Max estão funcionando corretamente após terem sido submetidos a mais de 20 avaliações regulamentares da Administração Federal de Aviação e de outros reguladores internacionais. Além disso, a empresa anunciou que tomará as medidas disciplinares adequadas em resposta às mensagens.

fontes da informação
CBS NEWS
JORNAL DALLAS MORNING NEWS
AGÊNCIA EFE
JORNAL THE NEW YORK TIMES 

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