RENATO SANTOS 22/06/2020 A União Européia esta entrando numa fria, numa linguagem bem popular,há problemas nesse casamento com a CHINA, e a pedra no sapato é HONG KONG, não há uma liberdade democrática para eles. VAMOS entender:
Muito em breve os Europeus vão sentir essa força |
A CHINA quer o controle total de HONG KONK, mas eles já começam a se manifestar que não vão aceitar. Então fica uma pergunta que casamento é esse com U.E e a CHINA, se já dá sinais de ruptura no noivado?
O Caso do Hong Kong. Temos o direito de relembrar o que aconteceu em 4 de junho de 1989 na Praça da Paz Celestial, e Pequim não vai nos calar, afirmam os ativistas Glacier Kwong e Joshua Wong, de Hong Kong.
O Blog trouxe em uma de suas matérias a Lei de Segurança que CHINA quer impor e não será aceitável.
Todos os anos, nas últimas três décadas, velas foram acesas no Parque Victoria, em Hong Kong, em memória daqueles que sofreram e morreram durante o massacre de Quatro de Junho. Este ano de 2020 pode ser o último.
Poucos dias depois de a China anunciar sua decisão de implementar uma lei de segurança nacional em Hong Kong, a polícia da cidade negou a permissão para a nossa vigília anual em memória das vítimas do massacre. No lugar das luzes das velas, este ano possivelmente veremos cassetetes, gás lacrimogêneo, balas de borracha e violência policial.
Nós ainda não havíamos nascido na época do massacre, mas crescemos indo ao Parque Victoria e outros lugares, participando das vigílias, aprendendo sobre a tragédia que ocorreu há 31 anos, quando milhares de estudantes chineses e cidadãos foram mortos por soldados chineses, mortos pela liberdade e democracia.
Sempre houve uma moral da história nos acontecimentos na Praça da Paz Celestial (Tiananmen): a de que o Partido Comunista Chinês (PCC) é uma ditadura brutal que não hesita em matar seus cidadãos para permanecer no poder.
Mesmo 30 anos depois, Tiananmen continua sendo um dos tópicos mais delicados da história e da política chinesas. Pequim pôs em prática qualquer esforço de que seja capaz para apagá-lo da história. "Quatro de Junho" e expressões associadas são banidas atrás da grande muralha, comemorações dos protestos são banidas, referências aos acontecimentos são banidos dos livros de história, antigos líderes dos protestos e seus familiares são regularmente detidos.
Pequim rejeitou todos os apelos, de dentro ou de fora, para reconhecer que foi moralmente errado abrir fogo naquela noite e se opôs a pedidos para revelar o número real de vítimas. O presidente Xi Jinping e outras figuras do alto escalão do PCC nunca expressaram remorsos pela repressão, mas expressam uma crescente frustração em relação ao movimento democrático em Hong Kong, executaram medidas opressivas em Xinjiang e no Tibete e veem o chamado em prol dos direitos humanos mais fundamentais como ameaça ao controle do partido.
Historicamente, Hong Kong foi um porto seguro para os dissidentes: nós falamos a verdade para uma China cada vez mais poderosa. A vigília anual do Quatro de Junho tem um valor simbólico significativo: há pessoas que se lembram do que aconteceu em 4 de junho de 1989, e há pessoas que não têm medo de falar a verdade. Apesar da índole pacífica dos moradores de Hong Kong, Pequim considera intolerável não ter Hong Kong sob controle e esquece os terríveis atos que cometeu há 31 anos.
Este ano poderá ser o último no qual poderemos falar abertamente sobre o Quatro de Junho. Quando a lei de segurança nacional estiver em vigor, a simples menção desse evento pode gerar um processo legal.
O Legislativo central, o Congresso Nacional do Povo, almeja destruir qualquer tentativa de luta pelos nossos direitos fundamentais e retirar de Hong Kong a sua liberdade e diversidade, deixando espaço apenas para a absoluta lealdade ao PCC – mas nós não temos nenhuma lealdade a oferecer.
Em 4 de junho de 1989, ele perdeu toda a sua legitimidade quando decidiu reprimir de forma violenta os protestos, a todo custo, em nome do poder.
Implementar a lei de segurança nacional e eliminar a vigília são tentativas de silenciar os moradores de Hong Kong. Acreditamos que a polícia vai dispersar qualquer reunião que ocorrer em 4 de junho. Estamos preocupados, mas não podemos abrir mão de nossa liberdade de forma voluntária.
Pode até ser mais fácil ficar quieto, mas nós vamos agir, e não apenas por nós mesmos, mas também porque acreditamos, pura e simplesmente, que é a coisa certa a fazer. Temos o direito de relembrar o que aconteceu há 31 anos e, se abrimos mão dele, vamos perder o direito de lembrar o que aconteceu durante os últimos 12 meses em Hong Kong.
Então o que está por traz de tudo isso ? PODER ECONOMICO E POLITICO.
Sempre que altos representantes da União Europeia (UE) e da China se encontram em público, as câmeras registram muitos sorrisos. Mas sorrir não resolve os conflitos que existem entre os dois lados, anos-luz distantes no que concerne à concepção de democracia e à forma de lidar com os direitos humanos.
A escolha da nova liderança chinesa, com Xi Jinping à frente, proporciona à Europa tênues esperanças de uma maior aproximação. Horst Löchel, especialista em assuntos chineses da Frankfurt School of Finance, diz que, a princípio, Xi deve perseguir um curso político mais moderado do que seu antecessor, Hu Jintao.
"Isso não significa, necessariamente, que a China entrará a largos passos na economia de mercado. Mas acredito que pelo menos a continuação da política de liberalização e abertura seja acelerada."
O fato é que a Europa e a China dependem uma da outra, já que se beneficiam mutuamente das relações comerciais estreitas. A UE é o principal parceiro comercial da China, enquanto os investimentos chineses são um dos fatores de contenção da crise do euro.
Cresce influência europeia na China
Para o chefe da delegação da UE em Pequim, Markus Ederer, as duas potências se encontram em pé de igualdade. "Somos o maior mercado para os produtos chineses. As firmas da UE são as maiores fornecedoras de alta tecnologia na China, a qual tem enorme interesse na manutenção do euro."
Como explicou Ederer à DW, o interesse de Pequim na moeda única europeia parte de sua intenção de futuramente impor o seu próprio yuan como moeda de reserva internacional – plano que fica muito mais praticável se o dólar americano não for a única moeda de peso.
Do lado europeu, cresce a desconfiança desde que o país asiático iniciou uma campanha sistemática de aquisições Europa afora. Há temores de que a China tencione tornar dependentes de si sobretudo os Estados debilitados pela crise econômica.
Partes do porto da cidade grega de Pireu já se encontram na mão de empresários chineses. O local é um dos mais movimentados eixos de tráfego marítimo do mundo, e tem importância vital para a expansão econômica da China.
Estratégia bilateral
Certos analistas estão certos de que o governo em Pequim já tem, guardados na gaveta, planos para sua futura política na Europa. O parlamentar europeu democrata-cristão e especialista em política externa Elmar Brok afirmou ao jornal alemão Die Welt que a China possui uma "concepção estratégica global para a Europa, pela qual também suas empresas têm que se orientar".
A rigor, a União Europeia, por sua vez, deveria também estar apta a revidar com um programa estratégico para a China. De fato, existe uma estratégia sobre como lidar com a potência asiática, revelou Ronja Kempin, do Instituto Alemão de Assuntos Internacionais e de Segurança (SWP, na sigla em alemão), em entrevista à DW. No entanto, esta não foi adaptada ao forte avanço da China nos últimos anos, de forma que, na prática, só existiria uma estratégia obsoleta para a China.
"Observadores mais críticos poderiam até dizer que, na verdade, não existe nenhuma estratégia da União Europeia para a China", arremata Kempin. "Nenhuma estratégia que nos permita lidar com a China como potência econômica ascendente, que também ganha cada vez mais poder geopolítico e geoestratégico."
Porém, a UE só é responsável em parte por essa falha. Por um lado, ela tenta se encarregar da política externa, representando seus 27 Estados-membros. Por outro lado, no entanto, cada um desses países insiste em manter suas próprias relações com Pequim, em interesse próprio. Este é especialmente o caso quando se trata de acordos econômicos lucrativos, ressalta a especialista em UE.
"Aí, os países-membros não permitem que a União Europeia fale por eles. Os Estados fazem questão de reservar essa função para si, e isso naturalmente enfraquece a UE como agente comum, capaz de enfrentar a China de forma decidida, do ponto de vista político", explica Kempin.
O embaixador da UE na China, Markus Ederer, não vê isso como um enfraquecimento. A regra é que as nações da Europa cultivem as próprias relações econômicas externas – afinal, a UE mesma não possui nenhuma empresa. Portanto, é normal, diz ele, que os governos nacionais tentem fazer o melhor por suas economias.
"Mas no que tange às relações comerciais e às condições para estas relações, a competência cabe exclusivamente à UE. Ela media acordos comerciais, em breve mediará também um tratado de investimentos com a China."
Aqui, Ederer aborda um problema central. Enquanto os mercados europeus estão essencialmente abertos para os investidores estrangeiros, os chineses se isolam ou forçam os investidores do Ocidente a produzir no país, resultando tanto em perdas de postos de trabalho na Europa quanto em violações de patentes dos produtos europeus.
Agora, o diplomata espera que o novo governo em Pequim ceda nesse tópico e que "a China também assuma responsabilidade política global, de forma condizente com seu peso econômico". Só aí, num próximo encontro de cúpula, as lideranças da UE e da China exibirão um sorriso realmente sincero.
Autoria: Ralf Bosen (av)
Revisão: Francis França
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