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domingo, 25 de setembro de 2016

OS OSDORICOS DE GUARULHOS<<>> O RIO BAQUIRIVU <<>> OS RECURSO DE MAIS R$ 700 MILHÕES FORAM PARA AS OBRAS EM CAMPINAS <<>>> QUEM É A CULPA ? AS REPOSTAS SERÃO DADAS NESSAS ELEIÇÕES <<>> QUAL O PROJETO E QUANTO TEMPO VAI LEVAR O PRÓXIMO PREFEITO A FAZER ?





RENATO SANTOS 25/09/2016  Guarulhos a Cidade de Sucupira, faz mais de 30 anos que o Rio Baquirivu que corta a região do Haroldo Veloso a Praça Oito não recebe obras simples como canalização, para se ter a ideia já passaram deste o falecido PASCHOAL THOMEU, do PMDB , ELÓI PIETA, JOVENICO, ALMEIDA esse foi ultimo e nenhum deles resolveram esse problema, somente o ALMEIDA  digamos colocou alguma coisam mas não canalizou ao contrário do Município de Araúja.

ALÉM DOS PROBLEMAS O RIO BAQUIRIVU AINDA RECEBE DEJETOS DO AEROPORTO INTERNACIONAL 
Todos tem a mesma desculpa que esse rio pertence ao governo do estado, na realidade ele corta a cidade dividindo com o aeroporto internacional, que joga seus dejetos no rio sem nenhum tratamento, é o rio mais " cheiroso " , quando o estado dele é crítico , basta não chover por duas semanas, se der uma sungada você passa mal. 

Diante desses problemas e visando equacioná-los, a Prefeitura Municipal de Guarulhos solicitou a colaboração técnica do DAEE, para elaboração de um estudo com proposição de alternativas de intervenções, para mitigação dos efeitos danosos causados pelas cheias.

Independentemente desta colaboração, vale salientar que o controle efetivo das inundações, não deve ser tratado somente por órgãos/entidades que tratam da gestão dos recursos hídricos, mas também pelas diversas instâncias do Poder Público que de alguma forma interferem no processo, destacando-se as Prefeituras no que tange à necessidade de definição de diretrizes de política de uso e ocupação do solo, pois o crescimento da urbanização da bacia e sua conseqüente impermeabilização, implicam escoamento mais rápido das águas superficiais, agravando as enchentes.

O Baquirivu-Guaçu sendo um rio intermunicipal, requer uma política integrada dos municípios de Guarulhos e Arujá para o controle efetivo das inundações. As intervenções localizadas acabam alterando a morfologia fluvial, e consequentemente o comportamento hidrodinâmico do rio.


Em Arujá a maior parte do rio já foi canalizada (Foto ), o que possibilitou um aumento da capacidade de descarga da sua calha, porém com transferência do problema para jusante. Esses efeitos localizados devem ser evitados, com a realização de um estudo de drenagem global da bacia hidrográfica.


O CRESCIMENTO POPULACIONAL :
A PRIMEIRA DESCULPAS DOS ODORICOS 

   O crescimento acelerado e a ausência de um planejamento adequado, acarretam profundas modifica    -
ções no uso e ocupação do solo e, em conseqüência, efeitos permanentes nos processos de infiltração, sobretudo no tocante à drenagem das áreas urbanizadas. 

O aumento do volume do escoamento superficial em áreas urbanas ocasiona problemas variados no controle da drenagem, na manutenção de galerias pluviais e de canais, e na própria qualidade das águas, devido ao carreamento de solo e detritos diversos.

A especulação na comercialização de lotes urbanos, muitas vezes clandestinos, e as constantes invasões de terras, tornam o problema básico de controle do desenvolvimento urbano, uma tarefa bastante difícil para a grande maioria dos municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

A área abrangida pela bacia hidrográfica do rio Baquirivu-Guaçu, situada dentro dos limites da RMSP, é uma das regiões que vem sofrendo nos últimos anos, um acelerado processo de desenvolvimento, atraindo uma ocupação crescente e desordenada , e provocando um aumento descontrolado na taxa de urbanização. 

Além disso, a facilidade de acesso propiciada pela existência de importantes rodovias que cortam a região, aliada a outros fatores que induzem à urbanização, é que fez de Guarulhos um importante pólo de desenvolvimento na Metrópole.

Além dos aspectos mencionados, cabe ressaltar o grande impacto urbanístico causado pela implantação do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, no distrito de Cumbica, modificando sensivelmente a drenagem do rio e transformando o escoamento de um regime de baixa para alta velocidade, sendo ainda observado um significativo aumento do coeficiente de "run off".

Esses fatores, aliados à ocupação das margens do rio Baquirivu-Guaçu (Foto 2), ocasionaram aumento do volume e da frequência das cheias, fato agravado pela baixa capacidade de veiculação de vazões de sua calha.

Como resolver o problema do rio, segundo o senhor Silvio Luiz Giudice  que é Diretor da Bacia do Alto Tietê e Baixada Santista, a qual ele escreveu um artigo CONTROLE DE CHEIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO  RIO BAQUIRIVU-GUAÇU ele mostra as respostas .

ASPECTOS GERAIS DA BACIA

Com uma área de drenagem de 156,5 km², a bacia hidrográfica do rio Baquirivu-Guaçu, afluente da margem direita do rio Tietê, está localizada na 6ª Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, integrando a bacia hidrográfica do Alto Tietê, na região nordeste da RMSP.

Os seus principais contribuintes são, de jusante para montante, os seguintes:

  Margem direita: córregos Taboão, Cachoeirinha, Capão da Sombra e Água Suja, e ribeirões Tanque Grande, das Lavras e Guaraçaú (ou Araçaú).

  Margem esquerda: córregos Cocho Velho (Moinho Velho), Baquirivu- Mirim e Água Chata.

HIDROLOGIA

Para determinação das vazões de cheias na bacia do rio Baquirivu-Guaçu foi utilizado o Modelo de Simulação Hidrológica desenvolvido pela FCTH (Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica), conhecido como Modelo Cabc - "Análise de Bacias Complexas - Versão 1997".

O Modelo Cabc é recomendado para projetos de macrodrenagem em áreas rurais e urbanas, onde o método Racional apresenta restrições quanto à sua aplicação, ou seja, em bacias hidrográficas com áreas de drenagem superiores a 2 km².

Este modelo pode ser aplicado também a grandes bacias urbanas, uma vez que a diversidade de distribuição de chuva e de ocupação do solo pode ser compensada através da divisão em sub-bacias.

Em termos de técnica de simulação, são utilizados os algoritmos do Soil Conservation Service para o cálculo da precipitação excedente e do hidrograma de cheia, além do método de Muskingun para o amortecimento de cheias em canais naturais.

Conforme recomendação do S.C.S, prevendo a futura expansão da área urbana abrangendo toda a bacia hidrográfica do rio Baquirivu-Guaçu (inclusive afluentes), adotou-se a condição II para a umidade do solo e o grupo B para o tipo hidrológico do solo. Nestas condições obteve-se número da curva ponderada (CN) igual a 85.

Geração de Hidrogramas

A definição dos hidrogramas de cheias gerados para as sub-bacias do Rio Baquirivu-Guaçu, no modelo de simulação Cabc, foi baseada no hidrograma adimensional do S.C.S, que é um hidrograma unitário sintético, onde a vazão é expressa como fração da vazão de pico, e o tempo como fração do tempo de ascensão do hidrograma unitário. 

Em função da vazão de pico e do tempo de resposta para a duração da chuva excedente, o hidrograma unitário pode ser estimado a partir do hidrograma adimensional sintético para uma dada bacia.

O modelo Cabc utiliza o método do Hidrograma Triangular do S.C.S. para transformar os incrementos de chuva em cada intervalo de tempo, em hidrogramas de escoamento superficial direto.

Tendo em vista a importância das obras previstas, estimou-se a chuva de projeto para períodos de retorno de 25, 50 e 100 anos, adotando-se para todas as seções de cálculo uma chuva com 3 horas de duração, resultando, para a bacia hidrográfica do Rio Baquirivu-Guaçu considerada como um todo, os seguintes valores de precipitação:

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A bacia do rio Baquirivu-Guaçu constitui-se hoje um dos vetores de expansão urbana da Grande São Paulo. A aceleração deste processo de urbanização tem se acentuado de forma a influenciar e modificar, de maneira drástica, o comportamento hidrodinâmico do rio e, consequentemente, as suas vazões.

Por outro lado, o rio já se encontra canalizado em toda a área de influência do Aeroporto Internacional, sendo difícil a ampliação de sua capacidade nesse trecho, face inclusive às interferências existentes. Também em seu trecho superior em Arujá, a canalização já foi executada.

Nesse contexto, do ponto de vista de drenagem da bacia do rio Baquirivu-Guaçu, ao invés de se prosseguir com a filosofia de retificação, canalização e aumento do volume e velocidade das águas, deverá ser adotado um procedimento inverso, ou seja, o de retardar o escoamento através de mecanismos de retenção das águas, diminuindo sua velocidade e retardando o tempo de percurso até os fundos de vale.

Esse enfoque remete às bacias de retenção. A solução de reservatórios de retenção leva sempre ao conceito de retardamento do escoamento das cheias, isto é, ao invés de se executar mais canalizações que acelerem o fluxo das águas, deve-se propiciar o amortecimento das enchentes e a contenção dos escoamentos onde eles são produzidos, ou seja, na fonte.

Com a proposta de implantação de reservatórios de retenção pretende-se alterar o regime hidráulico dos cursos d’água da bacia, forçando o armazenamento das águas excedentes em áreas pouco habitadas, de forma a não causar maiores transtornos à população.

As intervenções propostas abrangem a criação de oito áreas de retenção nos principais afluentes da margem direita do rio Baquirivu-Guaçu, as quais poderão conforme simulação realizada, propiciar os seguintes abatimentos nas vazões de pico:
  Tr 25 anos36,4 %
Tr 50 anos32,6 %
Tr 100 anos29,6 %

A execução dessas intervenções deverá, certamente, diminuir o problema de enchentes na região. A implementação de medidas de caráter não estrutural, entretanto, é considerada também de fundamental importância, visando:

  preservar na medida do possível, as várzeas do rio Baquirivu-Guaçu e de seus afluentes, restringindo-se a implantação de loteamentos e outros tipos de ocupações habitacionais, e, ao mesmo tempo, utilizando-as de maneira racional, mediante transformação em áreas de lazer, não colocando em risco em caso de eventual inundação, vidas humanas, nem trazendo prejuízos materiais significativos (além de servir como abatimento natural dos picos de cheias).

  orientar a população no tocante à não utilização dos cursos d’água como depósito de lixo, prática que, além de agravar as inundações, acaba gerando problemas sanitários e de saúde pública;

  adotar em novos empreendimentos, mecanismos de contenção de águas pluviais, evitando ao máximo a impermeabilização do solo.

A carência de infra-estrutura urbana (coleta de lixo, controle de erosão etc.) favorece a transformação dos cursos d’água e galerias em verdadeiros depósitos de lixo e sedimentos, comprometendo o adequado funcionamento dos sistemas de drenagem.

Tanto no caso de intervenções estruturais, quanto no caso de não estruturais, para garantia de um bom nível de eficiência desses sistemas, é imprescindível realizar a sua manutenção periódica, através de operações de limpeza, desobstrução e desassoreamento, normalmente simples de serem executadas. 

A realização dessas operações amenizaria, ou mesmo resolveria algumas vezes, casos de inundações ocorrentes em áreas urbanizadas.

Finalizando, a experiência do DAEE no Alto Tamanduateí confirma o princípio básico de que, para o controle de enchentes, geralmente os melhores resultados são obtidos mediante a combinação de diversos recursos.


COMEÇA O JOGO DO EMPURRA  PRA O BURACO 

Em 22 de maio de 2016, vem uma notícia que empurra o rio baquirivu ao buraco, a pergunta é Se o dinhero era para fazer em GUARULHOS por que foi para CAMPINAS? 

Resposta :  Por conta de um projeto de lei que foi aprovado na Assembleia Legislativa nesta última quinta-feira, 19, o Governo do Estado retirou cerca de R$ 700 milhões que seriam destinados para a construção de piscinões e canalização do rio Baquirivu, nos bairros do São João e do Taboão. O dinheiro agora será investido na região de Campinas.
Em resposta, o Departamento de Águas e Energia Elétrica, que é o responsável pela obra, relatou em nota que manterá a construção de um piscinão, dos cinco previstos, no valor de R$ 787 milhões, com capacidade de 650 mil m³ e que a ideia para remanejar o investimento “é aproveitar os recursos disponíveis para aumentar de maneira significativa a disponibilidade de água para abastecimento da Regiões Metropolitanas de São Paulo”.
O Governo do Estado ainda culpou o Governo Federal dizendo não ter recebido a verba prevista para a construção destes reservatórios pelo PAC da Crise Hídrica”, acertado no início do ano passado.



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