renato santos
01/07/2015
Estava hoje em visita num Hospital em Guarulhos, quando passei a observar uma conversa entre uma enfermeira e uma parente de uma paciente que esta na UTI, nesses conversas algo me chamou muita atenção ' EU QUERO e PRECISO ACREDITAR EM DEUS" , mesmo com essa parente o que me pareceu mãe dela, no estado critico e se recuperando do derrame pulmonar e ainda não aprendeu a ter fé.
Fiquei analisando o quando Deus faz em sua Misericórdia mas ha pessoas que esta com seu coração fechado e nem pede perdão pelos seus erros.
Mas observei outra coisa, havia do lado da cama um rapaz a qual deu uma olhada " reprovando" a atitude da filha e perguntei se eles eram parentes, a resposta me surpreendeu, são irmãos porém com feridas que não se fecha, questione se era da parte dele me respondendo não. e sim dela.
Ainda perguntei para ele se havia angustia em sua alma, a qual ele olhou para mim e respondeu " nervoso" que sim não por causa da mãe dele mas de sua irmã.
Vi que ele ficou nervoso e saiu chorando por que tanto a enfermeira como o médico que não tiveram a ética profissional para as informações para a irmã e desprezaram ele.
Ele saiu e a irmã ficou, o correto é família juntas , mas, não foi o que aconteceu, todos estão errados, ele ainda confessa baixinho -"... puxa ela ( irmã) não passa nenhuma informação para mim e olha amigo sou filho mais velho, mas, me sinto como se fosse pior que um criminoso, ela , não me da nem atenção de irmã e ainda chora quando vê a nossa mãe numa UTI, FINALIZOU ELE..." - saindo da sala com olhos de lágrimas silenciosas e de cabeça baixa.
Mas voltando ao assunto a frase que me chamou atenção " ...EU QUERO e PRECISO ACREDITAR EM DEUS"...". Fiquei analisando e não julgando :
Como se conhece uma pessoa, através do que ela fala " A BOCA FALA DO QUE O CORAÇÃO ESTÁ CHEIO"
E ai, como que uma pessoa fala isso, se Deus já provou a ela nas seguintes observações : mas a ignorância faz as pessoas se apostar de DEUS.
Mas passei então em cinco minutos a pensar que a jovem de uns 40 anos, ali expressando a frase em questão, e percebi que ainda tinha uma luz no fundo do túnel, percebi que ela já foi crente, orava ou cantava, mas não tinha a maturidade espiritual.
Pergunta: "O que é a apostasia e como posso reconhecê-la?"
Resposta: A apostasia, da palavra grega apostasia, significa "um desafio de um sistema estabelecido ou autoridade; uma rebelião; um abandono ou falta de fé." No mundo do primeiro século, a apostasia era um termo técnico para a revolta política ou deserção. E, assim como no primeiro século, a apostasia ameaça o Corpo de Cristo hoje.
A Bíblia adverte sobre pessoas como Ário (c. 250-336 AD), um sacerdote cristão de Alexandria, Egito, que foi treinado em Antioquia no início do quarto século. Em aproximadamente 318 DC, Ário acusou o bispo Alexandre de Alexandria de adotar o Sabelianismo, um falso ensino que afirmava que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram apenas diferentes papéis ou modos assumidos por Deus em vários momentos. Ário estava determinado a enfatizar a unidade de Deus. No entanto, ele foi longe demais em seu ensinamento da natureza de Deus. Ário negou a Trindade e introduziu o que aparentava ser, sobre a superfície, uma diferença insignificante entre o Pai e o Filho.
Ário afirmou que Jesus não era homoousios (da mesma essência) como o Pai, mas sim homoiousios (de essência semelhante). Apenas uma letra grega - o iota (i) - separava os dois. Ário descreveu a sua posição desta forma: "O Pai existia antes do Filho. Houve um tempo em que o Filho não existia. Portanto, o Filho foi criado pelo pai. Portanto, embora o Filho tenha sido a maior de todas as criaturas, ele não era da essência de Deus."
Ário era muito inteligente e fez o seu melhor para atrair as pessoas ao seu lado. Chegou ao ponto de compor pequenas canções que ensinavam a sua teologia, as quais ele tentou ensinar a todos que quisessem ouvir. Sua natureza cativante e posição reverenciada como um pregador, assim como viver em negação de si mesmo, também contribuíram para a sua causa.
Com relação à apostasia, é fundamental que todos os cristãos compreendam duas coisas importantes: (1) como reconhecer a apostasia e professores apóstatas, e (2) por que o ensino apóstata é tão mortal.
As Formas de Apostasia
A fim de plenamente identificar e combater a apostasia, é importante que os cristãos compreendam as suas várias formas e os traços que caracterizam suas doutrinas e professores. Quanto às formas de apostasia, há dois tipos principais: (1) um afastamento das doutrinas fundamentais e verdadeiras da Bíblia em direção a doutrinas heréticas que proclamam ser "a verdadeira" doutrina cristã, e (2) uma renúncia completa da fé cristã, o que resulta em um abandono completo de Cristo.
Ário representa a primeira forma de apostasia - uma negação das principais verdades cristãs (como a divindade de Cristo). Isso, por sua vez, acaba causando um abandono completo da fé – que é a segunda forma de apostasia. É importante compreender que a segunda forma quase sempre começa com a primeira. Uma crença herética torna-se um ensino herético que se propaga e cresce até poluir todos os aspectos da fé de uma pessoa e, em seguida, o objetivo final de Satanás é realizado, ou seja, um completo afastamento do Cristianismo.
Um exemplo recente deste processo é um estudo feito em 2010 pelos proeminentes ateus Daniel Dennett e Linda LaScola, chamado de "Pregadores Que São Descrentes". O trabalho de Dennett e LaScola narra cinco pregadores diferentes que ao longo do tempo aprenderam e aceitaram os ensinamentos heréticos sobre o Cristianismo e agora completamente se afastaram da fé e são ou panteístas ou ateus clandestinos. Uma das verdades mais perturbadoras destacadas no estudo é que esses pregadores mantêm a sua posição como pastores de igrejas cristãs com as suas congregações não estando cientes do verdadeiro estado espiritual do seu líder.
O livro de Judas, o qual serve como um manual para entender as características dos apóstatas como os narrados no estudo de Dennett e LaScola, nos advertiu contra os perigos da apostasia. As palavras de Judas são tão relevantes para nós hoje quanto eram quando foram escritas no primeiro século, por isso é importante ler e compreendê-las cuidadosamente.
As Características da Apostasia e dos Apóstatas
Judas era o meio-irmão de Jesus e líder da igreja primitiva. Em sua carta do Novo Testamento, ele descreve como reconhecer a apostasia e exorta os do corpo de Cristo a pelejarem pela fé (v. 3). A palavra grega traduzida como "pelejar" é um verbo composto do qual temos a palavra "agonizar." Está no tempo presente do infinitivo, o que significa uma luta contínua. Em outras palavras, Judas está nos dizendo que haverá uma luta constante contra o ensino falso e que os cristãos devem levar isso tão a sério ao ponto de "agonizarem" pela luta da qual fazem parte. Além disso, Judas deixa claro que cada cristão é chamado a esta luta, não apenas os líderes da igreja, por isso é fundamental que todos os crentes agucem as suas habilidades de discernimento para que possam reconhecer e evitar a apostasia em seu meio.
Após exortar os seus leitores a batalhar pela fé, Judas destaca a razão: "Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo" (v. 4). Neste versículo, Judas oferece aos cristãos três características da apostasia e mestres apóstatas.
Primeiro, Judas diz que a apostasia pode ser sutil. Judas usa a palavra "introduzir" para descrever a entrada do apóstata na igreja. No grego extra-bíblico, o termo descreve a astúcia de um advogado que, através da argumentação inteligente, se infiltra na mente dos funcionários do tribunal e corrompe o seu pensamento. A palavra significa literalmente "cair no lado; entrar furtivamente; esgueirar-se; difícil de detectar." Em outras palavras, Judas diz que raramente a apostasia começa de uma forma aberta e facilmente detectável. Em vez disso, ela se parece muito com a pregação de Ário, na qual, de forma muito sutil, apenas uma única letra diferencia sua doutrina do verdadeiro ensinamento da fé cristã.
Descrevendo este aspecto da apostasia e seu perigo subjacente, AW Tozer escreveu: "Tão qualificado é o erro de imitar a verdade, que os dois são constantemente confundidos um com o outro. É preciso um olho afiado nos dias de hoje para saber qual irmão é Caim e qual é Abel." O apóstolo Paulo fala também do comportamento aparentemente agradável dos apóstatas e seu ensino quando diz: "Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz" (2 Coríntios 11:13-14). Em outras palavras, não espere que os apóstatas tenham uma aparência perversa do lado de fora ou falem palavras dramáticas de heresia no início do seu ensino. Ao invés de diretamente negar a verdade, os apóstatas a torcem para acomodarem a sua própria agenda, mas como pastor RC Lensky observou: "As piores formas de maldade consistem nas perversões da verdade."
Segundo, Judas descreve os apóstatas como "ímpios" e como aqueles que usam a graça de Deus como uma licença para cometer atos injustos. Começando com "ímpios", Judas descreve dezoito características desfavoráveis dos apóstatas para que seus leitores possam mais facilmente identificá-los. Judas diz que os apóstatas são ímpios (v. 4), moralmente pervertidos (v. 4), negam a Cristo (v. 4), contaminam a carne (v. 8), rebeldes (v. 8), insultam os anjos (v. 8), são ignorantes sobre Deus (v. 8), proclamam visões falsas (v. 10), difamadores (v. 10), murmuradores (v. 16), descontentes (v. 16 ), propalam arrogâncias (v. 16), aduladores por motivos interesseiros (v. 16), escarnecedores de Deus (v. 18), causam divisões (v. 19), seguem o mundo (v. 19) e, finalmente (mas não surpreendentemente), são destituídos do Espírito/perdidos (v. 19).
Terceiro, Judas diz que os apóstatas "negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo." Como os apóstatas fazem isso? Paulo nos diz em sua carta a Tito: "Tudo é puro para os que são puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro; antes tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas. Afirmam que conhecem a Deus, mas pelas suas obras o negam, sendo abomináveis, e desobedientes, e réprobos para toda boa obra" (Tito 1:15-16, ênfase adicionada). Através do seu comportamento injusto, os apóstatas mostram o seu verdadeiro eu. Ao contrário de um apóstata, um crente verdadeiro é alguém que foi liberto do pecado para a justiça em Cristo. Com Paulo, eles perguntam aos apóstatas que promovem o comportamento licencioso: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Romanos 6:1-2)
No entanto, o ensino falso dos apóstatas também mostra a sua verdadeira natureza. Pedro diz: "Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição" (2 Pedro 2: 1). Um outro aspecto dos verdadeiros crentes é que foram salvos da escuridão à luz espiritual (Efésios 5:8) e, portanto, não negarão as verdades fundamentais da Escritura como Ário fez com a divindade de Jesus.
Em última análise, o sinal de um apóstata é que ele finalmente cai e se afasta da verdade da Palavra de Deus e Sua justiça. O apóstolo João afirma que esta é a marca de um crente falso: "Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos" (1 João 2:19).