RENATO SANTOS 18/11/2021 No Brasil a esquerda usou e abusou do STF em todos os argumentos Juridicas, mesmo sendo aberração mas desta vez foram além das fonteiras do conhecimento, lamentável.‘blackface’. A Deputada ainda deixou um alerta: " ... “[...] Em 27 de setembro do corrente ano, às 17:49, em postagem na rede social Twitter, a Deputada Federal ora noticiada afirmou que ‘cuidado, se você consegue enxergar racismo nesse post ao invés de vê-lo na atitude da Magazine Luíza, o estrago do ensino aos moldes de Paulo Freire pode ter sido muito grande na sua capacidade de interpretar textos e de compreender a vida’.
Quem é o autor do processo contra Bia kiss, Art. 9º da Lei do Impeachment
fonte: https://apublica.org/ na íntegra
Um comentário em forma de alerta, mas que o cidadão entendeu como racismo e se tratando do mesmo cidadão que pediu o Impechment do Presidente Bolsonaro. Roberto Lourenço Cardoso.
Blackface (do inglês, black, "negro" e face, "rosto") se refere à prática teatral de atores que se coloriam com o carvão de cortiça para representar personagens afro-americanos de forma exagerada, geralmente em minstrel shows norte-americanos.
A prática ganhou popularidade durante o século XIX e contribuiu para a proliferação de estereótipos em relação aos afro-americanos. Em 1848, minstrel shows com blackfaces eram uma arte nacional americana da época traduzida em arte formal, como óperas em termos populares para uma audiência geral. No início do século XX, blackface ramificou-se dos minstrel shows e se tornou um gênero de teatro próprio, até que terminou com o Movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos em 1960.
O blackface foi uma importante tradição de atuação do teatro americano por cerca de 100 anos, com início por volta de 1830. Rapidamente se tornou popular em outros lugares, particularmente na Grã-Bretanha, onde a tradição durou mais do que nos EUA, sendo exibida na TV em horário nobre, a mais famosa em The Black and White Minstrel Show (que terminou em 1978) e nos especiais de Natal de Are You Being Served? em 1976 e, finalmente, em 1981.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) pela suposta prática do crime de racismo, em razão de uma postagem em rede social. A decisão, na Petição (PET) 9198, atende a manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Blackface”
A notícia-crime foi apresentada por um professor de Bauru (SP) que se sentiu ofendido por um post da deputada nas redes sociais, de setembro de 2020, em que, para criticar os ex-ministros Sérgio Moro e Luiz Mandetta, que haviam saído do governo de Jair Bolsonaro, mencionou um programa de trainee exclusivo para candidatos negros idealizado pelo Magazine Luiza. Kicis ilustrou a postagem com fotos dos ex-ministros com o rosto pintado de preto.
Na petição, o professor argumenta que a parlamentar induziu e incitou a discriminação e o preconceito de raça e cor,ao utilizar o recurso conhecido como “blackface”, que remete ao costume do século XIX de pintar atores brancos de preto, pois não era permitido aos negros atuar no teatro e no cinema.
Racismo
O relator determinou o encaminhamento dos autos da PET 9198 à PGR para a manifestação quanto aos fatos narrados. Esta, por sua vez, em sua resposta à Corte, requereu a abertura do inquérito, destacando que, ao fazer alusão à “discriminação positiva” promovida pela loja de departamentos e utilizar o “blackface” para criticar os ex-ministros, a parlamentar utilizou mecanismo de discriminação racial. Assim, a postagem configura, em tese, o crime de racismo, previsto no artigo 20, parágrafo 2º, da Lei 7.719/1989 (“induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”).
Diligências
Para Lewandowski, à primeira vista, os fatos narrados na manifestação da PGR podem constituir ilícitos penais, e, ainda que de forma embrionária, os autos têm elementos indiciários que permitem embasar o início das investigações”. O ministro autorizou as diligências requeridas pela PGR, como a inquirição da parlamentar e a conservação do post, medidas que, segundo o relator, são necessárias para melhor elucidar as condutas descritas no pedido de instauração de inquérito.
- James Fisher (2015). Historical Dictionary of American Theater: Beginnings. Rowman & Littlefield Publishers. p. 65. ISBN 978-0-8108-7833-4.
- ↑ William John Mahar (1999). Behind the Burnt Cork Mask: Early Blackface Minstrelsy and Antebellum American Popular Culture. University of Illinois Press. p. 9. ISBN 978-0-252-06696-2.
- ↑ Frank W. Sweet (2000). A History of the Minstrel Show. Boxes & Arrows, Incorporated. p. 25. ISBN 978-0-939479-21-4.
- ↑ John Strausbaugh (2007). Black Like You: Blackface, Whiteface, Insult & Imitation in American Popular Culture. Jeremy P. Tarcher/Penguin. p. 62. ISBN 978-1-58542-593-8.
- ↑ "The Father Christmas Affair". Are You Being Served?. Series 4. Episódio 7. 1976-12-06. BBC1.