GACETA CENTRAL
há 8 anos e 7 meses Mãe procura sua filha adolescente desaparecida.
Sem respostas, Graciete da Silva Bandeira não perde a esperança de encontrar Graciane, que foi tirada de sua casa em Paiçandu/PR, depois que sua mãe saiu para trabalhar. Desaparecimento - no dia 10 de outubro de 2005 Graciete Bandeira acordou para trabalhar no frigorífico de Paiçandu às 3h da madrugada. “Era madrugada de segunda-feira, mas do dia anterior combinei com minha filha um encontro na tarde daquele mesmo dia. Ela estava com o braço engessado, e iríamos ao hospital para retirar o gesso. Combinamos que o encontrar seria às 13h. Quando eu sai para o trabalho, dois homens estavam sentados na calçada; um deles era filho de uma vizinha, que perguntou se realmente eu estava saindo para trabalhar .Nesta hora, senti um aperto no meu coração.Quando chegou a hora marcada do encontro, a minha filha não apareceu. Telefonei para seu trabalho, mas me informaram que ela havia faltado.
Nós entramos em contato com o hospital, para verificar se ela estava tirando o gesso, mas não havia nenhum registro.Nenhum dos moradores da rua viu a minha filha daquele dia, nem mesmo o namorado dela. Quando todos estavam desesperados, a Polícia Militar resolveu nos atender na madrugada de terça-feira.quando minha outra filha (gislaine )entrou no quarto de Graciane, foram encontradas pegadas de barro de um homem, e uma coberta molhada, com cheiro forte de urina. Uma vizinha falou para os policiais que ouviu um grito sufocado de socorro, mas não acreditava que era tão grave”,Acredito que minha filha foi levada por pessoas ligadas ao tráfico de mulheres Graciete, que faz parte do grupo Mães da Sé, onde encontra conforto e cumplicidade. Saudades - Graciete, emocionada, afirmou quesomente consegue pensar na filha, com saudades e com esperança. Este tempo sem saber o lugar em que ela está, foi muito difícil. A minha filha é uma menina muito querida, amorosa ... Nunca saiu de casa sem minha autorização ou sem que eu soubesse onde estava. Nunca falou com rebeldia com os pais.. Na verdade, ela só tinha tamanho, mas era uma criança. Ela é a minha companheira. Agora me sinto sozinha. Tenho tão pouca ajuda da Justiça”, - Caso a minha filha tenha acesso às reportagens feitas, queria ela soubesse que “nunca vou desistir de você. Pode passar o tempo que passar, vou procurar você. Faço qualquer coisa para te encontrar. Eu amo você, minha filha, e tenho esperança que um dia vou te buscar. A pessoa que está com a minha filha também deve saber que não vou descansar enquanto não conseguir a minha Graciane novamente”, desabafa a mãe.