RENATO SANTOS 01/11/2016 Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará, cuidado com as falsas doutrinas, analise estudando a Bíblia e não se deixa enganar.1 – A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS NÃO PREGA A VERDADEIRA DOUTRINA DA SALVAÇÃO.
Na época que " era" cego e ignorante acreditava nas doutrinas da universal, mas, depois de tanto falarem para usar " a fé inteligente", foi quando me despertei que estava no lugar errado e incerto, a qual iria contra tudo o que foi ensinado quando criança na Escola Dominical, na Igreja Presbiteriana Conservadora, a qual pedi o perdão de Deus e assim concordei em defender a Bíblia como a minha única regra de prática de fé e não o que os " homens" querem passar e ensinar.
Ensina seus filhos a andar no caminho correto da fé e da verdade da salvação.
Nota do Editor .; O que vamos escrever aqui não é perseguição religiosa e nem preconceitos, mas, não podemos concordar com as falsas Heresias que confrontam a Bíblia.
Nem tão pouco em convencer o que já foram levados alienação e a distorção da palavra de Deus,mas, para que você pense e analisar se a Bíblia está errada ou certa.
Não quero mais para frente enfrentar o TRIBUNAL DE DEUS, por que tinha oportunidade e não usei para alertar os que ainda são inocentes.
Insanus omnis furere credit ceteros (todo doido pensa que os outros não têm juízo).
Esta frase resume bem a concepção de vários pregadores que acham que a verdade de Deus pode ser pregada por qualquer insano que pensa que qualquer coisa pode ser dita baseando-se na Palavra da Verdade. Não podemos usar a verdade para pregar mentiras. É, no mínimo, falta de sanidade e de bom senso.
A IURD, à semelhança dos arminianos (evangélicos) e semi-pelagianos (entre os católicos), crê na doutrina da graça preveniente, ou seja, que existe uma capacidade latente nas pessoas, sem exceção, de crer na mensagem do Evangelho. Diz Macedo:
Em todos os seres humanos, quer religiosos ou não, existe no mais profundo de suas almas uma pequena chama de fé, a qual focalizada no Deus Vivo, certamente fará fluir uma vida sadia sob todos os aspectos. Essa pequena chama de fé é colocada pelo próprio Espírito Santo.[1]
Nessa pressuposição básica, a IURD vai frontalmente de encontro ao ensino bíblico da depravação total da natureza humana, e da sua incapacidade de crer, em seu estado natural, sem a atuação especial do Espírito Santo, que é sua obra regeneradora (cf. Gn 3.6-8; Rm 3.23; 5.12; 1 Co 15.21-22; Gl 5.17). Essa pressuposição leva Macedo a afirmar a capacidade humana de determinar a sua própria salvação, como transparece da citação abaixo: “Quem define a vida ou a morte eterna não é Deus, mas nós, quando fazemos a nossa própria opção!”[2]
Vejamos um resumo básico sobre a verdadeira soteriologia:
A expressão soteriologia vem do grego swthr…a, que significa "salvar"; "salvador" ou "libertador" encontrada em textos como Lc 2.11; Ef 1.13; Hb 7.25 + logos, que quer dizer "ciência". A soteriologia, portanto, é a parte da teologia que estuda a doutrina da salvação.
A SALVAÇÃO: A salvação é outorgada por Deus pela sua graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor – Sl 37:39; Is 55:5; Sf 3:17; Tt 2:9-11; Ef 2:8, 9; At 15:11; 4:12. O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz – Is. 53:4-6; I Pd 1:18-25; I Co 6:20; Ef 1:7; Ap 5:7-10. A salvação é individual e significa a redenção do homem na inteireza do seu ser – Mt 16:24; Rm 10:13; I Tss 5:23, 24; Rm 5:10. É um dom gratuito de Deus e que compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a glorificação – Rm 6:23; Hb 2:1-4; Jo 3:14; I Co 1:30; At 11:18.
A regeneração é o ato inicial da salvação em que Deus faz nascer de novo o pecador perdido, dele fazendo uma nova criatura em Cristo. É obra do Espírito Santo em que o pecador recebe o perdão, a justificação, a adoção como filho de Deus, a vida eterna e o dom do Espírito Santo. Nesse ato o novo crente é habitado no Espírito Santo, é por ele selado para o dia da redenção final, e é liberto do castigo eterno dos seus pecados – Dt 30:6; Ez 36:26; Jo 3:3-5; I Pd 1:3; Tg 1:18; I Co 5:17; Ef 4:20-24. Há duas condições quando o pecador é regenerado; arrependimento e fé. O arrependimento implica em mudança radical do homem interior, por força do que ele se afasta do pecado e se volta para Deus. A fé é a confiança e aceitação de Jesus Cristo como Salvador e a total entrega da personalidade a ele por parte do pecador – Tt 3:5; Rm 8:2; Jo 1:11-13; Ef 4:32; At 11:17
Nessa experiência de conversão o homem perdido é reconciliado com Deus, que lhe concede perdão, justiça e paz – II Cr 1:21, 22; Ef 4:30; Rm 8:1; 6:22.
A justificação, que ocorre simultaneamente com a regeneração, é o ato pelo qual Deus, considerando os méritos do sacrifício de Cristo, absolve, no perdão, o homem de seus pecados e o declara justo, capacitando-o para uma vida de retidão diante de Deus e de correção diante dos homens – Is 53:11; Rm 8:33; 3:24. Essa graça é concedida não por causa de quaisquer obras meritórias praticadas pelo homem, mas, por meio de sua fé em Cristo – Rm 5:1; At 13:39; Mt 9:6; II Co 5:31; I Co 1:30.
A santificação é, tanto um ato como um processo que, principiando na regeneração, leva o homem à realização dos propósitos de Deus para a sua vida e o habilita a progredir em busca da perfeição moral e espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que nele habita – Jo 17:17; I Tss 4:3; 5:23; 4:7. Ela ocorre na medida da dedicação do crente e se manifesta através de um caráter marcado pela presença e pelo fruto do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço consagrado a Deus e ao próximo – Pv 4:18; Rm 12:1, 2; Fp 2:12, 13; II Co 7:1; 3:18; Hb 12:14; Rm 6:19; Gl 5:22; Fp 1:9-11.
Quais os aspectos da verdadeira santificação?
(1) SANTIFICAÇÃO POSICIONAL (ato) – O crente foi separado (santificado) por meio de sua posição na família de Deus – I Co 6:11; Hb 10:10.
(2) SANTIFICAÇÃO EXPERIMENTAL (Processo) – O crente é separado (santificado) por meio de sua renúncia diária – I Pd 1:16; Mt 16:24; Lc 14:33.
(3) SANTIFICAÇÃO DEFINITIVA – O crente é separado (santificado) definitivamente para o Senhor por meio das promessas de Cristo – Jo 14:1-3; Ef 5:27.
A glorificação é o ponto culminante da obra da salvação – Rm 8:30; II Pd 1:10, 11; I Jo 3:2; Fp 3:12; Hb 6:11. É o estado final, permanente, da felicidade dos que são redimidos pelo sangue de Cristo – I Co 13:12; I Tss 2:12; Ap 21:3,4.
2 – A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS CRÊ QUE UM CRISTÃO PODE SER POSSESSO POR ESPÍRITOS MALIGNOS.
A forma em que o mundo é visto pelos líderes e pregadores da IURD, sua cosmovisão, dá lugar à crença na possessão de crentes por demônios. Este pensamento é claro no livro Orixás, Caboclos & Guias: Deuses ou Demônios[3] no capítulo 15, “Crentes endemoninhados?” Macedo afirma claramente que o capítulo é fruto de sua observação:
Este capítulo não existira se eu não tivesse visto constantemente pessoas de várias denominações evangélicas caírem endemoninhadas, como se fossem macumbeiras, ao receberem a oração da fé.[4]
Macedo não oferece nenhum texto bíblico argumento para comprovar tal doutrina.
VEJAMOS UM RESUMO SOBRE O ENSINO DE DEMONOLOGIA
OS DEMÔNIOS
(1) O NT menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ou influência maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita; menciona também o conflito de Jesus com os demônios. O Evangelho segundo Marcos, e.g., descreve muitos desses casos: 1:23-27, 32, 34, 39; 3:10-12, 15; 5:1-20; 6:7, 13; 7:25-30; 9:17-29; 16:17.
(2) Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt 12:43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (Mt 4:10).
(3) Os demônios são a força motriz que está por trás da idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios (I Co 10:20).
(4) O NT mostra que o mundo está alienado de Deus e controlado por Satanás (Jo 12:31; II Co 4:4; Ef 6:10-12). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (Ef 6:12).
(5) Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem (Mc 5:15; Lc 4:41; 8:27, 28; At 16:18) e falam através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniqüidade, à imoralidade e à destruição.
(6) Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9:32, 33; 12:22; 17:14-18; Mc 9:17-27; Lc 13:11, 16), embora nem todas as doenças e enfermidades procedam de espíritos maus (Mt 4:24; Lc 5:12, 13).
(7) Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (i.e., feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à possessão demoníaca (cf. At 13:8-10; 19:19; Gl 5:20; Ap 9:20, 21).
(8) Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos últimos dias desta era, na difusão do ocultismo, imoralidade, violência e crueldade; atacarão a Palavra de Deus e a sã doutrina (Mt 24:24; II Co 11:14, 15; I Tm 4:1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e seus seguidores (II Tss 2:9; Ap 13:2-8; 16:13, 14).
O CRENTE E OS DEMÔNIOS
(1) As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem habita o Espírito Santo, pode ficar endemoninhado; i.e. o Espírito e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver II Co 6:15, 16). Os demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do Espírito Santo (Mt 16:23; II Co 11:3, 14).
(2) Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando-os sem trégua pelo poder do Espírito Santo (ver Lc 4:14-19). Desta maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas.
(3) Segundo a parábola em Mc 3:27, o conflito espiritual contra Satanás envolve três aspectos: (a) declarar guerra contra Satanás segundo o propósito de Deus (ver Lc 4:14-19); (b) ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele tem uma fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da Palavra, e destruir suas armas de engano e tentação demoníacos (cf. Lc 11:20-22); (c) apoderar-se de bens ou posses, i.e., libertando os cativos do inimigo e entregando-os a Deus para que recebam perdão e santificação mediante a fé em Cristo (Lc 11:22; At 26:18).
(4) Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta contra o mal: (a) Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e o sangue, mas contra forças espirituais do mal (Ef 6:12). (b) Viver diante de Deus uma vida fervorosamente dedicada à sua verdade e justiça (Rm 12:1, 2; Ef 6:14). (c) Crer que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu domínio (At 26:18; Ef 6:16; I Tss 5:8) e reconhecer que o crente tem armas espirituais poderosas dadas por Deus para a destruição das fortalezas de Satanás (II Co 10:3-5). (d) Proclamar o evangelho do reino, na plenitude do Espírito Santo (Mt 4:23; Lc 1:15-17; At 1:8; 2:4; 8:12; Rm 1:16; Ef 6:15). (e) Confrontar Satanás e o seu poder de modo direto, pela fé no nome de Jesus (At 16:16-18), ao usar a Palavra de Deus (Ef 6:17), ao orar no Espírito (At 6:4; Ef 6:18), ao jejuar (Mt 6:16; Mc 9:29) e ao expulsar demônios (Mt 10:1; 12:28; 17:17-21; Mc 16:17; Lc 10:17; At 5:16; 8:7; 16:18; 19:12. (f) Orar, principalmente, para que o Espírito Santo convença os perdidos, no tocante ao pecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16:7-11).
3 – A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS CRÊ EM MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS.
Como parte de sua cosmovisão, a IURD ensina o que ficou conhecido como “maldições hereditárias”, ou seja, a idéia de que existem espíritos familiares que acompanham as gerações de uma família, causando-lhes sempre os mesmos males e infortúnios. Afirma Macedo:
Existe um espírito que só atua na destruição do lar. É o chamado espírito familiar. Você pode verificar isso a partir das etapas que o casal enfrenta na vida. Esse espírito normalmente vem dos pais. Se eles são divorciados, o mesmo espírito que destruiu o lar dos pais vai tentar o lar dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Isso é uma herança maldita... [o espírito familiar] passa de pai para filho por todas as gerações, até que a pessoa tenha um encontro com Jesus. Aí, corta-se a maldição.
Devemos nos lembrar que o caminho para a libertação não é a quebra sucessiva de maldições hereditárias, mas o abandono do pecado e a conversão sincera a Deus. Se precisamos quebrar maldições hereditárias onde fica o valor do sacrifício expiatório de Cristo o qual foi feito uma única vez e para sempre? (Hb 11-28). Creio que a obra de Cristo na Cruz foi suficiente e não precisa de complementações humanas. Em Cristo não há mais maldições e condenações (Rm 8:1).
O que se verifica no que se chama de “maldições”, nada mais é do que herança genética. Muitas doenças são transmitidas através dos genes.
O que acontece é que um pai ou mãe que tenha uma determinada doença passará em grande probabilidade a mesma doença através de sua geração. A verdadeira “maldição” na vida do homem é o pecado que nos foi transmitido por Adão (I Co 15:22) (Rm 5:12, 15) "Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram."
"Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos."
Lembremo-nos que o sacrifício de Jesus na Cruz do calvário é suficiente para a nossa libertação. (Rm 3:25) "Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus". Cristo sim se fez maldição em nosso lugar (Gl 3:13) "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro".
Veja ainda: (I Pe 2:24) "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados". (Cl 2:13) "E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas". (Cl 2:14) "Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz". Glória a Deus, e não a nós, por tão grande libertação.
"Que quereis vós dizer, citando na terra de Israel este provérbio: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz o Senhor Deus, não se vos permite mais usar deste provérbio em Israel”. (Ezequiel 18: 2, 3).
"A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas ele abençoa a habitação dos justos”. (Provérbios 3:33)
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”. (Ezequiel 18:20)
4 – A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS TEM UM CONCEITO CONFUSO SOBRE O BATISMO.
O conceito “macediano” sobre o batismo é propagado também em algumas denominações evangélicas. Acreditando que existe algo sobrenatural na água que faz uma certa transformação no candidato, outorgando-lhe uma condição especial diferente dos cristãos não batizados.
Macedo acredita que a perfeição cristã é introduzida após as águas batismais.[6] Para ele, no batismo a velha natureza é crucificada, já que “não podemos ficar com duas naturezas, uma pecaminosa e outra convertida”.
Macedo ensina que, os que são batizados por imersão,
... automaticamente, sem forçar a sua vontade, deixam de praticar atos pecaminosos. Por maior que seja o seu “mau gênio”, ela, pelo batismo, se torna a pessoa mais dócil e humilde deste mundo. . . Também aquelas pessoas que não conseguiam largar o vício, após terem aceito o Senhor como seu Salvador pessoal, e terem se batizado, instantaneamente, e espontaneamente o abandonam.
O ensino de Macedo, ligando a graça salvadora e santificadora ao batismo, vai contra a instrução bíblica sobre a salvação pela graça somente, como diz a CFW (Confissão de Fé de Westminster) em seu ensino sobre o batismo:
Posto que seja grande pecado desprezar ou negligenciar esta ordenança [o batismo], contudo, a graça e a salvação não se acham tão inseparavelmente ligados com ela, que sem ela ninguém possa ser regenerado e salvo ou que sejam indubitavelmente regenerados todos os que são batizados (CFW, 28:5).
Como tal, nega a afirmação bíblica da total depravação do ser humano, desde o nascimento, conforme o ensino da CFW sobre a Queda e o pecado do homem:
Por este pecado eles [Adão e Eva] decaíram da sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma.
Sendo eles o tronco de toda a humanidade, o delito de seus pecados foi imputado aos seus filhos; e a mesma morte em pecado, bem como a sua natureza corrompida, foram transmitidas a toda a sua posteridade, que deles procede, por geração ordinária (ver Sl 51.5; 58.3). (CFW, 6:2,3).
O ensino da IURD sobre os pontos acima representam uma degeneração do ensinamento bíblico sobre os sacramentos.
O argumento usado, superficialmente parece poderoso, mas após um exame mais profundo o batismo é encontrado depois da conversão e não como uma causa ou com parte dela. Veja um exemplo, Atos 10:44-47. Enquanto Pedro estava testemunhando, o Espírito Santo encheu aqueles que estavam ouvindo a mensagem... e eles foram ouvidos falando em línguas e exaltando a Deus. Então Pedro respondeu: "Pode alguém recusar água para serem batizados a estes que receberam o Espírito Santo da mesma maneira que nós recebemos?”.
Pedro disse que eles haviam recebido o Espírito Santo. Isto é somente para cristãos e aconteceu antes do batismo.
Outro conjunto de versículos aplicáveis a este assunto é I Co 1:17. Paulo diz: "Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho...". O evangelho é que salva e isto é explicado em 1 Co 15:1-4. O Batismo, em si, não é evangelho; é uma coisa que os crentes fazem depois da salvação e não tem o poder salvífico. A água não purifica pecados, somente o sangue de Jesus tem este poder – I Jo 1:7. E o que dizer do ladrão na cruz? Foi salvo sem o batismo – Lc 23:39-43.
5 – A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS TRAZ CONFUSÃO COM RELAÇÃO ÀS BÊNÇÃOS FINANCEIRAS.
Comentando o crescimento da IURD (em 1995), afirmou:
Por que a Universal cresce? Porque está trazendo benefícios para as pessoas. Caso contrário, a igreja desapareceria. As pessoas estão recebendo. Está havendo uma troca com o Criador.
Ao mesmo tempo, a IURD identifica a prosperidade financeira como sendo um sinal evidente das bênçãos de Deus sobre a vida de alguém.
A transformação que Deus opera nas vidas das pessoas é entendida em termos de cura da AIDS, cura de paralíticos, restauração de casamentos, sucesso financeiro, etc.
Estão ausentes os conceitos evangélicos de reconciliação com Deus, perdão de pecados, e adoção, entre outros.
Embora reconheçamos que nas Escrituras existem promessas divinas de retribuição material aos que contribuem generosamente para os pobres, necessitados, e para a causa do Reino de Deus, apontamos para o fato de que, muito mais do que a fé e a quantia de quem dá, a ênfase recai sobre o propósito e a intenção do doador em dar livremente, sem nada esperar em troca.
O verdadeiro ofertante não está interessado no que Deus lhe possa dar, mas em agradá-lo, em fazer outros felizes, em fazer o bem, praticar boas obras. Na pregação da IURD, existe forte ênfase no aspecto retributivo, criando em seus membros uma mentalidade de troca com Deus.
Consideramos este aspecto uma desvirtuação do ensino bíblico, especialmente porque abre as portas para a manipulação dos fiéis quanto às suas ofertas.
O dinheiro, na teologia da IURD, ganha quase que um status sacramental. Segundo Macedo,
O Espírito Santo nos faz compreender que o dinheiro, na Sua obra, é o sangue da Igreja do Senhor Jesus Cristo, pois que ele, através de um meio qualquer de divulgação, faz pessoas receberem a vida eterna dentro de um hospital, lar, presídio, etc.
Para Macedo, bilhões vão passar a eternidade no inferno “porque não houve quem financiasse, através dos seus dízimos e ofertas, o trabalho missionário”.
O dinheiro, na visão de Macedo, torna-se a maneira pela qual a Igreja pode prová-lo de forma exclusiva, tal sua importância.
Macedo revela falta de compreensão do relacionamento pactual entre Deus e o homem, quando afirma que Deus deseja ser nosso sócio, e que nesta sociedade, o que é nosso passa a ser de Deus (“nossa vida, nossa força, nosso dinheiro”), e o que é de Deus (“as bênçãos, a paz, a alegria, a felicidade”) passam a nos pertencer.
Percebe-se ainda uma notável semelhança entre a IURD e a Igreja Católica medieval no que tange às tentativas de se obter a graça de Deus através de esforços humanos: naquela época, pela compra das indulgências; aqui, conforme o documento da AEVB, “a compra do sucesso através das intermináveis correntes de prosperidade que demandam do fiel que doe dinheiro em cada culto, sob pena de não alcançar a bênção”.
VEJAMOS, EM SÍNTESE, O ENSINO BÍBLICO SOBRE O DINHEIRO
Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a Deus, de modo que aquilo que temos não é nosso: é algo que nos confiou aos cuidados. Não temos nenhum domínio sobre as nossas posses.
Devemos decidir, pois, de todo o coração, servir a Deus, e não ao dinheiro (Mt 6:19-24; II Co 8:5). A Bíblia deixa claro que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3:5).
Nossas contribuições devem ser para a promoção do reino de Deus, especialmente para a obra da igreja local e a disseminação do evangelho pelo mundo (I Co 9:4-14; Fp 4:15-18; I Tm 5:17-18), para ajudar aos necessitados (Pv 19:17; Gl 2:10; II Co 8:14; 9:2); para acumular tesouros no céu (Mt 6:20; Lc 6:32-35) e para aprender a temer ao Senhor (Dt 14:22-23).
Nossas contribuições devem ser proporcionais à nossa renda. No AT, o dízimo era calculado em uma décima parte. Dar menos que isto era desobediência a Deus. Aliás, equivalia a roubá-lo (Ml 3:8-10). Semelhantemente, o NT requer que as nossas contribuições sejam proporcionais àquilo que Deus nos tem dado (I Co 16:2; II Co 8:3, 12; II Co 8:2).
(5) Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas, pois assim é ensinado tanto no AT (ver Êx 25:1, 2; II Cr 24:8-11) quanto no NT (ver II Co 8:1-5,11,12). Não devemos hesitar em contribuir de modo sacrificial (II Co 8:3). Para Deus, a obediência envolvida é muito mais importante do que o valor monetário da dádiva (ver Lc 21.1-4).
(6) Nossas contribuições devem ser dadas com alegria (II Co 9.7) e não forçados como fazem muitos líderes da I. U. R. D. ameaçando os membros com “pragas infernais”. Tanto o exemplo dos israelitas no AT (Êx 35:21-29; II Cr 24:10) quanto o dos cristãos macedônios do NT (II Co 8:1-5) servem-nos de modelos.
(7) Deus tem prometido recompensar-nos de conformidade com a nossa fidelidade (ver Dt 15:4; Ml 3:10-12; Mt 19:21; I Tm 6:19; II Co 9:6). Contudo, Ele não está obrigado a isso. Tudo o que temos vem de Deus, seja muito ou pouco.
O ensino básico deve ser o que Paulo pregou em Filipenses 4:11-13 "Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”.
6 – A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS USA AMULETOS PARA OBTENÇÃO DE GRAÇAS.
IS 31:1 "AI dos que descem ao Egito a buscar socorro, e se estribam em cavalos; e têm confiança em carros, porque são muitos; e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos; e não atentam para o Santo de Israel, e não buscam ao SENHOR”.
O uso dos elementos mágicos dos cultos e das superstições populares do Brasil, entre eles o sal grosso (para afastar maus espíritos), a rosa ungida (usada nos despachos e nas oferendas a Iemanjá), a água fluidificada (usada por credos espiritualistas a fim de trazer a influência espiritual para o corpo humano), fitas e pulseiras (semelhantes na sua designação às fitas do chamado Senhor do Bonfim), o ramo de arruda (usado para afastar coisas más) e uma quantidade enorme de apetrechos aos quais se emprestam supostos valores espirituais que podem ser passados por seus usuários.
Estes objetos mencionados acima (e outros) são empregados pela IURD em sua “batalha espiritual” contra os demônios, dentro da sua convicção de que todos os males existentes no mundo são por eles produzidos.
Teoricamente, a IURD não parece crer que exista qualquer poder intrínseco nos mesmos; estes objetos são vistos como “pontos de contato” que têm como alvo “despertar a fé” das pessoas. Mas na sua praxis litúrgica, a idéia é outra:
Muitas pessoas dizem que a angústia e brigas em casa são coisas da época que vivemos. Isso é falso. São coisas resultantes da presença dos demônios. Às vezes querem ir à Igreja,. Mas na hora de ir perdem a coragem ou acontece alguma coisa. Tudo o que impede as pessoas de ir à igreja é demônio. Venha, vamos ungir o seu pé direito e desamarrar a sua vida.
Participe da campanha da arruda contra os maus espíritos na última sexta feira do mês. Temos a oração de descarrego com arruda, uma oração forte, muito forte, para a sua vida.
Venha receber o pão da cura, o pão da bênção, o pão do Espírito. Leve um pedaço de pão para um doente. Ele vai ser curado!
Venha à Igreja Universal receber uma fita para colocar no seu braço. Você que hoje está com uma fita vermelha venha na próxima semana receber uma fita azul, em que está escrito: persegui os meus inimigos e só voltei depois que os esmaguei. Venha, pois no domingo você vai receber a fita azul, em todas as igrejas Universal. Largue a fita do Senhor do Bonfim, dos santinhos, e venha receber a nossa fita azul, da cor do céu.
A IURD não somente emprega práticas pagãs supersticiosas; usa também a nomenclatura do baixo espiritismo para se referir às entidades espirituais malignas.
Enquanto que as Escrituras silenciam quanto aos nomes dos demônios, mencionando apenas por nome o líder deles, Satanás, a IURD se utiliza da nomenclatura afro-brasileira dos deuses da Umbanda para dirigir-se aos demônios, identificá-los e eventualmente expulsá-los. “Tranca ruas”, “pomba gira”, “exús”, “caboclos”, “preto velho”, etc., são nomes normalmente empregados nos cultos de libertação.
Ao aceitarmos o senhorio de Jesus, recebemos o Espírito Santo (I Co 6:19 Ef 1:13); nossos pecados são perdoados (At 10:43; Rm 4:6-8); somos recebidos como filhos de Deus (Jo 1:12); se somos filhos, logo somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8:17);
Passamos da morte espiritual para a vida espiritual (I Jo 3:14); somos novas criaturas (II Co 5:17); o diabo se afasta e não nos toca (Tg 4:7; I Jo 5:18); não estamos mais sujeitos às maldições (Jo 8:32,36); a salvação nos leva a um relacionamento pessoal com nosso Pai e com Jesus como Senhor e Salvador (Mt 6:9; Jo 14:18-23); estamos livres da ira vindoura (Rm 5:9; I Tss 1:10; 4:16-17; Ap 3:10), além de outras bênçãos.
Contrariando o ensino bíblico do culto ao Deus vivo em espírito e verdade, e introduzindo elementos, nomenclatura e conceitos pagãos na sua liturgia, a praxis da IURD representa uma desfiguração e deformação do culto evangélico, terminando por praticar de outra forma a superstição e a ignorância religiosa que condena no catolicismo e espiritismo brasileiros.
O uso de amuletos é incompatível com a vida cristã e não proporciona prosperidade material ou espiritual a ninguém. Quem deseja viver uma vida de paz e de abundância deve buscar “primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Sl 37.25; Mt 6.33; Mc 10.29-30; Lc 12.31; Jo 10.10).
Para viver a sua fé o cristão não precisa de figas, de cordão de ouro, varinha mágica, porque as maldições não prevalecem contra nossas vidas. “Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não encontra repouso” (Pv 26.2).
A fé cristã rejeita o uso de qualquer objeto com o propósito de obter favores espirituais ou evitar a influência demoníaca. Do Egito já viemos. Das superstições já nos libertamos. Do jugo do opressor já estamos livres. Da Babilônia espiritual já saímos. Cristo quebrou na cruz todas as amarras, grilhões, embaraços; quebrou os fortes laços que nos prendiam ao mundo das trevas (Gl 3.13).
7 – A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS FAZ DA DEMONOLOGIA O ASSUNTO PRINCIPAL DE SUA TEOLOGIA.
Uma outra corrupção prática da IURD decorre da sua doutrina fundamental de que todos os males que acometem as pessoas, a sociedade, a Igreja, e os cristãos individualmente, são produzidos diretamente por demônios, os quais se instalam nas vidas destas pessoas (crentes ou descrentes) e nas estruturas sociais, políticas e econômicas.
Em decorrência, para a IURD, a estratégia principal da Igreja para ajudar as pessoas é sempre confrontar e expelir essas entidades malignas. Esta visão do mundo e da missão da Igreja é uma característica distintiva da IURD, e de outras igrejas que adotam a “batalha espiritual”.
No pensamento da IURD, em sua ação pastoral, missionária e evangelística, a Igreja deve sempre empregar o método de expulsão de demônios para libertar as pessoas e a sociedade destes males.
Concordamos com D. Powlison, em sua crítica ao movimento de “batalha espiritual”, ao afirmar que o que está por detrás dos ministérios de libertação individual é a crença equivocada de que “os demônios do pecado residem dentro do coração humano”.
A característica principal dos modernos movimentos de “libertação”, entre eles a da IURD, é a expulsão de demônios, o que caracteriza uma profunda distorção do ensino bíblico sobre a prática pastoral.
O livro de Macedo, Orixás, Caboclos & Guias: Deuses ou Demônios se propõe a esclarecer este “ministério”, ensinando inclusive, como se deve agir na “missão de ajudar as pessoas a se libertarem”.
Grande parte da doutrina da “Batalha Espiritual” – não que não exista realmente uma luta constante contras a potestades espirituais, disso já falamos anteriormente – é centrada num dualismo exagerado entre Deus e o diabo. Como se fosse uma luta de duas forças iguais, o que é inadmissível.
A práxis iurdiana ainda coloca o homem numa posição de “combatente” no qual Deus depende para vencer as atividades malignas. Deus, contudo, é soberano e está no controle de tudo. Ele não precisa da ajuda de ninguém para agir – (I Cr 29:11; Dn 4:35; Sl 115:3; I Tm 6:15; Ef 1:11; Rm 11:36; Sl 39:9).
8 – A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS TEM UM CONCEITO ESTRANHO SOBRE A CEIA DO SENHOR
A IURD ensina uma doutrina estranha quanto à Ceia do Senhor. De acordo com Macedo:
[a carne de Cristo] atraiu todas as nossas doenças e enfermidades. Conseqüentemente, nós não mais precisamos ficar doentes. Satanás não tem mais direito de exercer domínio sobre nosso corpo físico, porque este tem a natureza do Senhor Jesus, pela fé, na participação do pão da Santa Ceia.
Macedo ainda afirma que, na Ceia, Cristo confere a sua própria saúde física ao que participa do pão pela fé:
Quando o Senhor Jesus determinou que o pão abençoado e partido para os Seus discípulos era o Seu corpo, estava mostrando o real sentido da Sua vida física, isto é, Seu vigor e Sua saúde, partidos em favor de todos que O aceitam, tal qual Salvador, afim de que venham a serem participantes de Sua própria natureza, gozando de Sua saúde física.
Macedo conclui que assim como o corpo de Jesus dá saúde física, seu sangue dá saúde espiritual. Ele afirma:
Podemos considerar que, da mesma forma pela qual o corpo do Senhor Jesus, simbolizado pelo pão, nos dá a total saúde física, também o seu sangue, simbolizado pelo vinho, nos dá a saúde espiritual.
Macedo afirma ainda que a Ceia anuncia, entre outras coisas, os milagres extraordinários do Senhor, suas curas, e sua vitória sobre os demônios.
Fica claro que o conceito da IURD sobre a Ceia é radicalmente controlado pelas distorções da sua cosmovisão. Longe de “representar Cristo e os seus benefícios, e nosso interesse nele” (CFW, 27:1), a Ceia na IURD torna-se primariamente (embora não exclusivamente) um meio de se alcançar saúde, cura e benefícios materiais. Não é de se admirar que igrejas locais da IURD admitam à Ceia, não somente os seus membros, mas todos quantos se façam presentes na igreja, no momento da celebração, quer evangélicos ou não.
O convite a católicos e espíritas é feito abertamente. Cristo instituiu a Ceia “para fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo” (CFW 27:1) — aspecto ausente na eucaristia iurdiana. Assim, além de omitir os aspectos fundamentais da obra de Cristo simbolizados na Ceia, Macedo lhe dá um sentido alheio às Escrituras.