RENATO SANTOS 13/07/2016 ELEIÇÕES DA CAMARA DOS DEPUTADOS, O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), com 120 votos, e o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), com 106 votos, disputarão o segundo turno da eleição para presidente da Câmara dos Deputados, em vaga aberta com a renúncia do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência.
No segundo turno, será eleito o candidato que obtiver maioria simples. A nova votação ocorrerá uma hora depois do encerramento da primeira votação.
Confira os votos dos demais candidatos:
Marcelo Castro (PMDB-PI): 70
Giacobo (PR-PR): 59
Esperidião Amin (PP-SC): 36
Luiza Erundina (Psol-SP): 22
Fábio Ramalho (PMDB-MG): 18
Orlando Silva (PCdoB-SP): 16
Cristiane Brasil (PTB-RJ): 13
Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO): 13
Carlos Manato (SD-ES): 10
Miro Teixeira (Rede-RJ): 6
Evair Vieira de Melo (PV-ES): 5
Não houve votos em branco.
Experiência
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No discurso em Plenário, o deputado Rodrigo Maia destacou sua biografia e se disse pronto para assumir o comando da Casa. “Ofereço a dimensão da experiência que acumulei em quase 20 anos aqui dentro e a correção pela qual pautei minha vida pública”, disse Maia.
Citando a crise econômica que atinge o País e a crise política por que passa o Parlamento, o deputado afirmou que as repúblicas nunca se consolidam sem a força dos parlamentos.
“Quando a Câmara é atacada ou mal defendida, é cada um dos nossos mandatos que atacam”, disse Maia. “Sei que estou pronto para navegar nessa tormenta, que passará. A Câmara, o Congresso e o Brasil são maiores que qualquer crise”, finalizou.
Maia ainda citou o exemplo de ex-presidentes da Câmara, como Ulysses Guimarães, Ibsen Pinheiro, Aécio Neves e Luís Eduardo Magalhães para reforçar como pretende pautar seu mandato, caso seja eleito. “É preciso resgatar os bons modos de fazer política. Palavra empenhada é palavra cumprida”, declarou.
“O papel do presidente é buscar consenso, mas quando isso não é possível cabe ao presidente usar a chave da democracia”, disse Maia, citando o ex-presidente da Casa, Luis Eduardo Magalhães.
Estabilidade do governo
Já o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) afirmou que, caso eleito presidente da Câmara, sua plataforma de trabalho será cumprir a Constituição; respeitar as instituições; honrar a atividade parlamentar; e integrar as frentes parlamentares.
Segundo Rosso, qualquer um que seja eleito presidente precisa garantir a governabilidade e a estabilidade do governo do presidente da República interino, Michel Temer. “Fico pensativo quando se fala em golpe. Cumprir a Constituição não é golpe e é isso que temos de fazer.” O deputado afirmou que quem for eleito tem obrigação constitucional de colocar em votação as matérias de interesse do País.
A eleição para um mandato de apenas seis meses reflete, na opinião de Rosso, um momento atípico do Parlamento. “Não será [momento] de inventar a roda, mas de trabalhar com estabilidade e previsibilidade para voltar à normalidade dos trabalhos. A votação precisa ter um significado de confiança, de renovação da Câmara”.
O deputado disse que tanto ele quanto o PSD respeitarão a decisão do Plenário. “O que mais queremos é que o Brasil volte a gerar empregos”, afirmou.