RENATO SANTOS 17/12/2018 Antes de ler essa matéria peço atenção, se você tem um privilégio de ter um pastor bem idoso, vá até ele e dê um abraço, nesse eu RENATO SANTOS, conservo em CRISTO dedico essa pequena homenagem ao REVERENDO ISRAEL LOPES, pastor jubilado da Primeira Igreja Presbiteriana Conservadora de Guarulhos, que Deus sempre esteja do seu lado.
Num mundo atual onde líderes religiosos estão envolvidos na corrupção e pornografia, ser pastor é ter uma chamado diferenciado na Igreja de Cristo.
E deste os primórdios séculos os líderes responsáveis pela a Igreja vem lutando contra os mercenários, charlatões e tantos outros adjetivos em oração e também nas atitudes, um pastor de igreja ou reverendo precisam ter concluído seus cinco anos de estudos em Seminários.
Próprios sem as ideologias socialistas, e com fundamento nas Santas Escrituras que são Inspiradas pelo Espírito Santo, a responsabilidade de ficar a frente de uma Igreja seja ela qual for é muito maior diante de Deus e das normas eclesiásticas que regem suas vidas.
Num mundo atual onde líderes religiosos estão envolvidos na corrupção e pornografia, ser pastor é ter uma chamado diferenciado na Igreja de Cristo.
E deste os primórdios séculos os líderes responsáveis pela a Igreja vem lutando contra os mercenários, charlatões e tantos outros adjetivos em oração e também nas atitudes, um pastor de igreja ou reverendo precisam ter concluído seus cinco anos de estudos em Seminários.
Próprios sem as ideologias socialistas, e com fundamento nas Santas Escrituras que são Inspiradas pelo Espírito Santo, a responsabilidade de ficar a frente de uma Igreja seja ela qual for é muito maior diante de Deus e das normas eclesiásticas que regem suas vidas.
A pergunta que todos fazem no Brasil quem foi o primeiro pastor? Bom pesquisando encontramos um ex padre da Igreja Católica. A outra pergunta é o que é ser Pastor? A Seara é grande os ceifeiros são poucos.
Antes de entrar no conhecimento vamos saber o que é ser Pastor:
Ser pastor em primeiro lugar é ser humano. Alguém que vive os mesmos dilemas que qualquer membro da comunidade cristã vivencia. É viver a vida com graça, e manifesta a graça do Senhor, mesmo quando as circunstâncias são adversas.
Lidera
Quando a igreja precisa de liderança e orientação, o pastor tem essa responsabilidade, junto com quaisquer outros líderes da igreja. Liderar significa orientar e resolver questões mais problemáticas, promovendo a paz e a união. O pastor tem autoridade espiritual sobre a igreja.
Cuida
Esse é o grande trabalho do pastor – cuidar da vida espiritual dos outros membros da igreja. O pastor dá aconselhamento e ajuda a resolver problemas na vida espiritual, através da verdade da Bíblia. O pastor é como um “médico” da saúde espiritual das pessoas.
O primeiro requisito para ser pastor é ter o chamado para ser pastor! Nem todos têm esse dom mas aqueles que têm devem desenvolver o dom e usá-lo para o bem da igreja.
A Bíblia tem algumas recomendações sobre quem deve ser pastor ou líder na igreja:
Não deve ser novo na fé – porque ainda tem muito para aprender e pode se tornar orgulhoso – 1 Timóteo 3:6
Precisa ser bom cristão – sua vida deve ser um exemplo de moderação, sensatez e domínio próprio – 1 Timóteo 3:2-3
Deve ter boa reputação – não ter fama de fazer coisas erradas – 1 Timóteo 3:7
Deve amar a Bíblia – entendendo o que diz e se apegando à verdade – Tito 1:8-9
Na Igreja Presbiteriana Conservadora como é ordenado um Pastor?
Bom para início da conversa o candidato tem que ter o chamado, ser um bom conhecedor da Teologia e gostar muito de Ler.
Só isso ? Perguntaria alguns, a resposta não, tem que ser fiel a uma igreja que verdadeiramente tem a Bíblia como regra e fé, precisa passar pelo Conselho da Igreja local " CONSERVADORA".
Depois ser apresentado aos membros, se ficar aprovado será encaminhado ao Seminário Presbiteriano Conservador, onde ficará longos e penosos cinco anos estudando, depois disso apresentar seu TCC, ao CONJUNTO DE PROFESSORES,.
Aprovado será apresentado ao PRESBITÉRIO, onde indicará onde ele será licenciado, claro sem falar que como SEMINARISTA , vai trabalhar auxiliando os pastores, onde serão avaliados em todos seus efeitos, isso é um pequeno resumo, ficou interessado? Procure uma Igreja Presbiteriana Conservadora mais próxima de você e tire suas dúvidas.
A hierarquia católica não confiava nele, de forma que Conceição veio a ser transferido ao gosto das autoridades. Ele foi enviado para Limeira e depois passou a ser transferido de uma paróquia a outra; durante quinze anos serviu em Monte Mor, Piracicaba, Taubaté, Ubatuba, Santa Bárbara e, finalmente, em 1860, em Brotas.
Como observou Boanerges Ribeiro, sem que percebesse, o bispado traçava o percurso da Reforma na sua diocese. Em cada uma dessas igrejas, ele se dedicava a reavivar a espiritualidade cristã, centralizando-a na pregação e leitura da Bíblia.
Em meados de 1863, Conceição passou por uma profunda crise
espiritual, centrada na questão da salvação pela graça e no lugar das obras na vida cristã. Como Martinho Lutero, séculos antes, Conceição condenava as indulgências que proporcionavam uma falsa paz, que “implica e explica a negação da graça de Jesus”.
Não sendo possível permanecer no exercício do ministério, foi dispensado de suas funções, indo viver numa casa perto de São João do Rio Claro. “Estudaria primeiro as doutrinas reformadas no sossego da chácara; depois, publicamente professaria a fé em Cristo e enfrentaria a controvérsia subseqüente e inevitável.” Alexander Blackford, que ouvira falar do padre protestante, encontrou-o aí. Ele foi batizado na
Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, em 23 de outubro de 1864:
Ao som do harmônio e de vozes humanas que cantavam hinos, eu fuiconduzido a uma fonte de águas puras. Imaginem dois anjos... [...]. Tais eram os dois ministros de Deus [Blackford e Simonton] que velavam em meu favor. Levaram-me e me cobriram de bênçãos. Este foi para mim um momento solene.
Por entender que não era suficiente ter abandonado a Igreja Católica, a que ele serviu por tantos anos, uma nova crise começou, por causa da advertência bíblica de não zombar de Deus. Durante algum tempo, Conceição evitou os missionários, fugindo de suas visitas, até que ele ouviu estas palavras:
“O sangue de Jesus Cristo purifica de todo pecado.” Dia a dia, essas palavras tornaram-se mais claras e tiveram mais atração sobre mim.
Como despertado de um longo sono, eu sentia que se firmavam em meu espírito essas incríveis palavras e, ao mesmo tempo, operou-se o meu restabelecimento.
A reforma evangélica em Brotas Brotas foi a última paróquia onde Conceição serviu como padre. Muitos de seus paroquianos haviam conhecido suas lutas espirituais e alguns partilhavam delas. Por isso, depois de ser batizado na Igreja Presbiteriana, Conceição mudou-se para Brotas, a fim de pregar de
casa em casa.
Como resultado desses esforços, onze adultos e dezessete crianças foram batizados. A Igreja Presbiteriana de Brotas, a terceira fundada no país, desenvolveu-se de maneira extraordinária. Em 1867 possuía sessenta e um membros; cento e dezesseis membros, em 1871, e cento e quarenta membros, em 1874. Esses cristãos pertenciam a diversas famílias da região, sendo que alguns eram ex-escravos.
A Igreja de Brotas era, nessa época, uma das maiores igrejas protestantes do Brasil, ao lado da Igreja do Rio de Janeiro. Essa igreja plantou duas outras igrejas presbiterianas, entre elas a da Borda da Mata, fundada em 1869, com o batismo de quinze adultos e vinte crianças, e a de Dois Córregos, constituída de dezenove membros adultos e quinze crianças. O missionário Francis Schneider relatou que dava gosto ver o desejo do povo de Brotas de ouvir e aprender o evangelho. Poucas daquelas pessoas sabiam ler; contudo, muitas faziam um rápido progresso na vida espiritual, e com muito zelo propagavam o conhecimento do evangelho entre os parentes e conhecidos.
Era admirável ver gente que não sabia ler falar com tanto acerto e animação sobre a graça de Deus e a salvação que Jesus nos adquiriu. “Foi para mim uma prova evidente de que o evangelho de Jesus Cristo é uma virtude de Deus para tornar sábios os simples, capaz de encher duma sabedoria divina os mais ignorantes que o recebem em seu coração.”
Em 16 de dezembro de 1865, Simonton, Blackford e Schneider organizaram, em São Paulo, o Presbitério do Rio de Janeiro, constituído de três igrejas, Rio de Janeiro, São Paulo e Brotas, e ligado ao Sínodo de Baltimore, nos Estados Unidos.
No dia seguinte, 17 de dezembro de 1865, Conceição foi ordenado ao ministério pastoral. Ashbel Simonton escreveu:
José Manoel da Conceição, que se achava presente, participou seu desejo de ordenar-se ministro do evangelho de Jesus Cristo. Resolveu o presbitério, respondendo à consulta do moderador, proceder aos exames indispensáveis, interrogando o candidato sobre os motivos que o levaram a desejar o Ministério da Palavra. Feitas várias perguntas sobre as provas que possuía de sua vocação, bem como sobre se adotava cordialmente a confissão de fé presbiteriana, a todas Conceição respondeu [de modo satisfatório], professando-se levado unicamente pelo sentimento de dever e pelo desejo de contribuir para a salvação das almas e a glória de Jesus Cristo.
O evangelista itinerante Brotas, entretanto, não havia sido a única paróquia em que Conceição serviu. Logo que uma igreja se tivesse constituído, ele passava a visitar outras cidades nas quais havia servido como padre, pregando para auditórios de cem a duzentas pessoas, sem oposição.
Em nova viagem, dirigiu-se a Sorocaba, onde ocorreu impressionante resposta ao evangelho — ele enviou a Blackford uma lista com os nomes de noventa pessoas que deveriam ser visitadas como resultado de sua pregação ali.
Depois, Conceição regressou a Brotas, começando nova viagem,
pregando em Limeira, Campinas, Bragança e Atibaia. Iniciou nova viagem, após chegar a São Paulo, no começo de junho. Ele pregou em São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Aparecida, Guaratinguetá, Queluz, Rezende, Barra Mansa e Piraí. Daí, foi ao Rio de Janeiro, onde participou da ordenação pastoral de George Chamberlain, mas em meados de julho retomou em sentido inverso sua viagem pelo Vale do Paraíba, chegando a São Paulo no começo de outubro.
Após um mês de pregação em São Paulo, Conceição inicia, no fim de outubro, a evangelização do norte do estado: Cotia, Ibiúna, Piedade, São Roque, Piracicaba, Porto Feliz, Itu e Brotas, onde permaneceu durante algumas semanas, para voltar por Itaquari, Rio Claro, Limeira, Piracicaba, Capivari, Campinas, Bragança, Atibaia, Nazaré, Santa Isabel, chegando em dezembro a São Paulo.
Em fins de janeiro de 1867, começou nova viagem para Jacareí,
Taubaté, Pindamonhangaba, voltando por Caçapava, São José,
Jacareí, Taubaté e São Paulo. Permaneceu em São Paulo durante uma semana, dirigindo-se, em fevereiro, para o sul de Minas, pregando em Santa Isabel, Nazaré, Santo Antônio da Cachoeira, Bragança, Amparo, Mogi Mirim, Ouro Fino, chegando a Borda da Mata e, depois, a Santa Ana. Em 2 de abril, Conceição recebeu sua sentença de excomunhão, em São Paulo, para onde havia regressado.
Ele escreveu uma resposta a essa sentença, dizendo:
A Reforma veio, mas veio de Deus, de Quem só podia vir. Os instrumentos, porém, de que Deus se quis servir, foram os seus servos eleitos, que conhecem, professam e ensinam as puras doutrinas de sua santa Palavra. [...] Quando a Bíblia correr pelas mãos de todos os povos, então se hão de realizar as promessas do Salvador, que a religião dele prevalecerá em toda a terra. Manifestarse- á, então, a universalidade de sua igreja. Gozar-se-ão a paz, a felicidade e prosperidade, prometidas por Deus ao mundo, e aneladas agora pelas nações.
Não há reforma possível que não comece por reafirmar: que Cristo crucificado uma só vez no Calvário é a única e suficiente expiação pelo pecado, e já não há mais oferenda pelo pecador; que os méritos de Cristo estão ao alcance de toda a alma contrita e crente; que a essência de uma vida cristã está na reabilitação do homem interior, e não há força capaz de efetuar tal transformação, exceto o Espírito de Deus, com quem estamos em contato imediato. Pedindo, receberemos; buscando, acharemos; batendo, abrir-se-nos-á.
Em maio, partiu novamente em viagem pelos arredores de São Paulo. Depois, dirigiu-se ao Rio de Janeiro, pregando e evangelizando em Copacabana, São Cristóvão e Cascadura. Apresentou, numa reunião do presbitério que se realizava no Rio de Janeiro, no Campo de Santana, um relatório detalhado, no qual seu entusiasmo é evidente:
Nós, porém, que temos visto (com os nossos próprios olhos e ouvido, com os nossos próprios ouvidos) o poder da Palavra de Deus na conversão das almas, quer em sua letra, quer em seu espírito; nós que temos visto as crianças irem, cantando e saltando, quebrar os ídolos de seus pais, e outras, pregando com a Bíblia nas mãos a seus pais e vigários; nós sabemos, e com júbilo vos anunciamos que a evangelização em nosso país é a realidade mais benéfica em todos os resultados; e temos confiança, e ansiosamente desejamos vê-la progredir, concorrendo com quanto houver em nossas poucas forças para que mais e mais Jesus Cristo ganhe almas para sua glória.
Conceição fez várias viagens no decurso de um ano. Mas seu estado de saúde começou a declinar. Os membros do presbitério, que acabavam de ouvir seu relatório, entenderam ser necessário que ele descansasse e o enviaram para os Estados Unidos, para que expusesse lá o trabalho realizado no Brasil. Conceição partiu em agosto de 1867. Nos Estados Unidos, ele esteve pregando durante oito meses nas igrejas portuguesas de Jacksonville e Springfield, em Illinois. Ele também se dedicou a preparar traduções de livros e a revisão de uma versão em português do Novo Testamento, para a Sociedade Bíblica Americana.
Francisco de Assis do Brasil
Em 1868, Conceição regressou ao Brasil, participando da reunião do presbitério realizada em São Paulo. Mas ele retomou as viagens e, no fim de outubro, foi ao Rio de Janeiro, passando por Angra dos Reis e Parati. Depois, pregou em Cunha e Lorena, onde houve perseguição.
Em janeiro de 1869, partiu para Atibaia, Bragança, Amparo, Socorro e São José dos Campos. Em julho, voltou a São Paulo, onde participou de mais uma reunião do presbitério. Mas, como disse Alderi Matos, “o trabalho havia mudado durante a estada de Conceição no exterior. A ênfase era outra: não mais o febril desbravamento, mas a consolidação em torno de alguns centros.
Seu relatório foi considerado demasiado longo e recebido com certo desinteresse”. Assim, daí por diante, Conceição fazia sozinho suas viagens de pregação, como havia feito no começo.
Ainda de acordo com Alderi Matos, “nunca mais ele teve companheiros de estrada; nunca mais compareceu ao presbitério nem lhe prestou relatório”. Não ocorreu um rompimento entre ele e seus companheiros, mas Conceição agora se dedicava integralmente à evangelização itinerante. Em 1870, Conceição esteve em São Paulo e, em 1872, no Rio de Janeiro, Queluz, Caldas e outras cidades de Minas Gerais. Depois, esteve no litoral de São Paulo, em Areias e Mambucaba. Em 1873, esteve novamente em Queluz, São Paulo, Rio de Janeiro, Piraí, Campo Belo e Caraguatatuba, sempre enfrentando perseguições e ataques pessoais. Certa vez, escreveu Boanerges Ribeiro: Aproximava-se a hora do destino em que a jovem igreja nacional criaria seu próprio método de desbravamento e propagação evangélica: a luta árdua e exaustiva das estradas, de fazenda em fazenda; o contato pessoal e direto com a pessoa evangelizada; a oração de joelhos na salinha de chão batido e, sobretudo, o poder de um homem possuído do Espírito Santo e disposto a matar-se, pregando a cada família, de casa em casa, de indivíduo a indivíduo, de alma a alma.
Nessa época, nas poucas vezes em que encontrou os missionários, Conceição se mostrou afetuoso, mas com saúde cada vez mais frágil.
No fim de 1873, Blackford convenceu-o a repousar no Rio de Janeiro, numa casa que foi alugada para esse fim, em Santa Teresa. Dessa vez, Conceição tomou um trem, mas numa baldeação em Piraí, por estar descalço e malvestido, foi preso pela polícia.
Passou três dias na prisão e, depois de liberto, não tinha dinheiro para comprar uma nova passagem. Continuou a pé seu caminho, sob o sol, caindo prostrado, na noite de 24 de dezembro, na estrada da Pavuna.
Foi levado para a Enfermaria Militar do Campinho, onde o major Augusto Fausto de Souza, chefe da enfermaria — que se converteu ao evangelho depois — conseguiu-lhe um leito e alimentos.
Tendo agradecido aos que o haviam socorrido, pediu que o deixassem “só com seu Deus” e morreu, vítima de insolação, privações e fadiga de suas longas viagens, na madrugada de 25 de dezembro de 1873.
“Conceição era de uma simplicidade incrível”, escreve Elben Lenz César, “não obstante fosse muito preparado: sabia comunicar-se com os estrangeiros em suas próprias línguas, traduzia livros do inglês, do francês e do alemão, e tinha noções de medicina.
Chegava a se vestir mal, roupa surrada demais. A herança que recebeu da família foi toda distribuída com obras de beneficência. Preocupava-se demais com os outros e muito pouco consigo mesmo.
Embora desimpedido do voto do celibato por ter se desligado de Roma, o Padre José, como era chamado, nunca se casou, e sua pureza de vida sempre estava fora do alcance de qualquer maledicência. Não era servil aos missionários americanos, não obstante ser o único obreiro nacional no meio deles.
Por causa de sua experiência na Igreja Católica, morria de medo de uma igreja excessivamente organizada. (...) Conceição sonhava com um movimento profundo de reforma nos sentimentos e experiência religiosa do povo, aliado ao esclarecimento bíblico, que tornasse possível a criação de um cristianismo brasileiro puro e evangélico, mas enraizado nas tradições e hábitos populares”.
José Manoel da Conceição foi sepultado no cemitério de Irajá, mas três anos depois, em 1877, seu corpo foi transferido para o Cemitério dos Protestantes de São Paulo, sendo sepultado ao lado do túmulo de Ashbel Simonton. Em sua lápide está gravado: “Não me envergonho do evangelho de Cristo”, numa referência a Romanos 1.16. Durante vinte anos Conceição foi sacerdote católico e durante oito anos foi pastor protestante. São suas estas palavras:
O bem-estar de minha pátria, a moralização da sociedade, cuja
felicidade só o evangelho pode assegurar, e a salvação eterna dos homens são os fins que tenho em vista. Estou nas mãos de Deus, e à disposição de todos a quem possa servir no evangelho de Jesus Cristo.
Texto Renato Santos
Fonte de Pesquisa da vida do Primeiro Pastor :Franklin Ferreira
Ilustração/Arte : Arte Brother Bíblia Arte
Material pode ser utilizado deste que cite a fonte www.gazetacentral.blogspost.com.br, 12/17/2018.
Ser pastor em primeiro lugar é ser humano. Alguém que vive os mesmos dilemas que qualquer membro da comunidade cristã vivencia. É viver a vida com graça, e manifesta a graça do Senhor, mesmo quando as circunstâncias são adversas.
Na Bíblia, um pastor é uma pessoa que cuida dos outros membros da igreja, exercendo liderança. O pastor ajuda os outros membros a crescer, exortando, corrigindo, aconselhando e ensinando a viver de acordo com a Palavra de Deus. Os pastores merecem nosso respeito.
Deus distribui diferentes dons para as pessoas, para edificar a igreja. Um desses dons é a capacidade para ser pastor. De acordo com a Bíblia, os pastores fazem parte da liderança da igreja, junto com aqueles que têm os dons de ensino e evangelização (1 Coríntios 12:28). Essa liderança torna toda a igreja mais forte e capaz de cumprir sua missão.
Jesus é nosso grande pastor. Assim como um pastor de ovelhas cuida delas, Jesus cuida de cada um de nós, nos guiando e protegendo. Jesus é o bom pastor. Ele nos ama tanto que deu sua vida por nós! Toda liderança precisa ser baseada no amor (João 10:14-15).
Ser pastor é uma grande responsabilidade! A Bíblia diz que os pastores (e outros líderes) terão de prestar contas a Deus por seu serviço (1 Pedro 5:3-4). O trabalho não é fácil e tem grandes desafios. Por isso, cada pastor precisa muito da graça de Deus.
O que um pastor faz?
O pastor pode ter várias funções. Assim como o pastor de ovelhas, o pastor pastoreia as ovelhas de Jesus. Na Bíblia, as funções de pastor, bispo e presbítero são mais ou menos os mesmos. O pastor:
Ensina
O pastor é alguém que ensina outras pessoas a seguir a Bíblia, explicando o que ela significa. Isso pode ser feito através da pregação, de estudos bíblicos ou conversas pessoais. Assim, o trabalho de pastor e de professor muitas vezes se cruzam.
Quando a igreja precisa de liderança e orientação, o pastor tem essa responsabilidade, junto com quaisquer outros líderes da igreja. Liderar significa orientar e resolver questões mais problemáticas, promovendo a paz e a união. O pastor tem autoridade espiritual sobre a igreja.
Cuida
Esse é o grande trabalho do pastor – cuidar da vida espiritual dos outros membros da igreja. O pastor dá aconselhamento e ajuda a resolver problemas na vida espiritual, através da verdade da Bíblia. O pastor é como um “médico” da saúde espiritual das pessoas.
O primeiro requisito para ser pastor é ter o chamado para ser pastor! Nem todos têm esse dom mas aqueles que têm devem desenvolver o dom e usá-lo para o bem da igreja.
A Bíblia tem algumas recomendações sobre quem deve ser pastor ou líder na igreja:
Não deve ser novo na fé – porque ainda tem muito para aprender e pode se tornar orgulhoso – 1 Timóteo 3:6
Precisa ser bom cristão – sua vida deve ser um exemplo de moderação, sensatez e domínio próprio – 1 Timóteo 3:2-3
Deve ter boa reputação – não ter fama de fazer coisas erradas – 1 Timóteo 3:7
Deve amar a Bíblia – entendendo o que diz e se apegando à verdade – Tito 1:8-9
Na Igreja Presbiteriana Conservadora como é ordenado um Pastor?
Bom para início da conversa o candidato tem que ter o chamado, ser um bom conhecedor da Teologia e gostar muito de Ler.
Só isso ? Perguntaria alguns, a resposta não, tem que ser fiel a uma igreja que verdadeiramente tem a Bíblia como regra e fé, precisa passar pelo Conselho da Igreja local " CONSERVADORA".
Depois ser apresentado aos membros, se ficar aprovado será encaminhado ao Seminário Presbiteriano Conservador, onde ficará longos e penosos cinco anos estudando, depois disso apresentar seu TCC, ao CONJUNTO DE PROFESSORES,.
Aprovado será apresentado ao PRESBITÉRIO, onde indicará onde ele será licenciado, claro sem falar que como SEMINARISTA , vai trabalhar auxiliando os pastores, onde serão avaliados em todos seus efeitos, isso é um pequeno resumo, ficou interessado? Procure uma Igreja Presbiteriana Conservadora mais próxima de você e tire suas dúvidas.
O PRIMEIRO PASTOR :
Nos séculos XV depois, um pobre, muito pobre padre católico romano. Todos os outros padres, exceto o bispo, chamavam-me de padre protestante.
A hierarquia católica não confiava nele, de forma que Conceição veio a ser transferido ao gosto das autoridades. Ele foi enviado para Limeira e depois passou a ser transferido de uma paróquia a outra; durante quinze anos serviu em Monte Mor, Piracicaba, Taubaté, Ubatuba, Santa Bárbara e, finalmente, em 1860, em Brotas.
Como observou Boanerges Ribeiro, sem que percebesse, o bispado traçava o percurso da Reforma na sua diocese. Em cada uma dessas igrejas, ele se dedicava a reavivar a espiritualidade cristã, centralizando-a na pregação e leitura da Bíblia.
Em meados de 1863, Conceição passou por uma profunda crise
espiritual, centrada na questão da salvação pela graça e no lugar das obras na vida cristã. Como Martinho Lutero, séculos antes, Conceição condenava as indulgências que proporcionavam uma falsa paz, que “implica e explica a negação da graça de Jesus”.
Não sendo possível permanecer no exercício do ministério, foi dispensado de suas funções, indo viver numa casa perto de São João do Rio Claro. “Estudaria primeiro as doutrinas reformadas no sossego da chácara; depois, publicamente professaria a fé em Cristo e enfrentaria a controvérsia subseqüente e inevitável.” Alexander Blackford, que ouvira falar do padre protestante, encontrou-o aí. Ele foi batizado na
Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, em 23 de outubro de 1864:
Ao som do harmônio e de vozes humanas que cantavam hinos, eu fuiconduzido a uma fonte de águas puras. Imaginem dois anjos... [...]. Tais eram os dois ministros de Deus [Blackford e Simonton] que velavam em meu favor. Levaram-me e me cobriram de bênçãos. Este foi para mim um momento solene.
Por entender que não era suficiente ter abandonado a Igreja Católica, a que ele serviu por tantos anos, uma nova crise começou, por causa da advertência bíblica de não zombar de Deus. Durante algum tempo, Conceição evitou os missionários, fugindo de suas visitas, até que ele ouviu estas palavras:
“O sangue de Jesus Cristo purifica de todo pecado.” Dia a dia, essas palavras tornaram-se mais claras e tiveram mais atração sobre mim.
Como despertado de um longo sono, eu sentia que se firmavam em meu espírito essas incríveis palavras e, ao mesmo tempo, operou-se o meu restabelecimento.
A reforma evangélica em Brotas Brotas foi a última paróquia onde Conceição serviu como padre. Muitos de seus paroquianos haviam conhecido suas lutas espirituais e alguns partilhavam delas. Por isso, depois de ser batizado na Igreja Presbiteriana, Conceição mudou-se para Brotas, a fim de pregar de
casa em casa.
Como resultado desses esforços, onze adultos e dezessete crianças foram batizados. A Igreja Presbiteriana de Brotas, a terceira fundada no país, desenvolveu-se de maneira extraordinária. Em 1867 possuía sessenta e um membros; cento e dezesseis membros, em 1871, e cento e quarenta membros, em 1874. Esses cristãos pertenciam a diversas famílias da região, sendo que alguns eram ex-escravos.
A Igreja de Brotas era, nessa época, uma das maiores igrejas protestantes do Brasil, ao lado da Igreja do Rio de Janeiro. Essa igreja plantou duas outras igrejas presbiterianas, entre elas a da Borda da Mata, fundada em 1869, com o batismo de quinze adultos e vinte crianças, e a de Dois Córregos, constituída de dezenove membros adultos e quinze crianças. O missionário Francis Schneider relatou que dava gosto ver o desejo do povo de Brotas de ouvir e aprender o evangelho. Poucas daquelas pessoas sabiam ler; contudo, muitas faziam um rápido progresso na vida espiritual, e com muito zelo propagavam o conhecimento do evangelho entre os parentes e conhecidos.
Era admirável ver gente que não sabia ler falar com tanto acerto e animação sobre a graça de Deus e a salvação que Jesus nos adquiriu. “Foi para mim uma prova evidente de que o evangelho de Jesus Cristo é uma virtude de Deus para tornar sábios os simples, capaz de encher duma sabedoria divina os mais ignorantes que o recebem em seu coração.”
Em 16 de dezembro de 1865, Simonton, Blackford e Schneider organizaram, em São Paulo, o Presbitério do Rio de Janeiro, constituído de três igrejas, Rio de Janeiro, São Paulo e Brotas, e ligado ao Sínodo de Baltimore, nos Estados Unidos.
No dia seguinte, 17 de dezembro de 1865, Conceição foi ordenado ao ministério pastoral. Ashbel Simonton escreveu:
José Manoel da Conceição, que se achava presente, participou seu desejo de ordenar-se ministro do evangelho de Jesus Cristo. Resolveu o presbitério, respondendo à consulta do moderador, proceder aos exames indispensáveis, interrogando o candidato sobre os motivos que o levaram a desejar o Ministério da Palavra. Feitas várias perguntas sobre as provas que possuía de sua vocação, bem como sobre se adotava cordialmente a confissão de fé presbiteriana, a todas Conceição respondeu [de modo satisfatório], professando-se levado unicamente pelo sentimento de dever e pelo desejo de contribuir para a salvação das almas e a glória de Jesus Cristo.
O evangelista itinerante Brotas, entretanto, não havia sido a única paróquia em que Conceição serviu. Logo que uma igreja se tivesse constituído, ele passava a visitar outras cidades nas quais havia servido como padre, pregando para auditórios de cem a duzentas pessoas, sem oposição.
Em nova viagem, dirigiu-se a Sorocaba, onde ocorreu impressionante resposta ao evangelho — ele enviou a Blackford uma lista com os nomes de noventa pessoas que deveriam ser visitadas como resultado de sua pregação ali.
Depois, Conceição regressou a Brotas, começando nova viagem,
pregando em Limeira, Campinas, Bragança e Atibaia. Iniciou nova viagem, após chegar a São Paulo, no começo de junho. Ele pregou em São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Aparecida, Guaratinguetá, Queluz, Rezende, Barra Mansa e Piraí. Daí, foi ao Rio de Janeiro, onde participou da ordenação pastoral de George Chamberlain, mas em meados de julho retomou em sentido inverso sua viagem pelo Vale do Paraíba, chegando a São Paulo no começo de outubro.
Após um mês de pregação em São Paulo, Conceição inicia, no fim de outubro, a evangelização do norte do estado: Cotia, Ibiúna, Piedade, São Roque, Piracicaba, Porto Feliz, Itu e Brotas, onde permaneceu durante algumas semanas, para voltar por Itaquari, Rio Claro, Limeira, Piracicaba, Capivari, Campinas, Bragança, Atibaia, Nazaré, Santa Isabel, chegando em dezembro a São Paulo.
Em fins de janeiro de 1867, começou nova viagem para Jacareí,
Taubaté, Pindamonhangaba, voltando por Caçapava, São José,
Jacareí, Taubaté e São Paulo. Permaneceu em São Paulo durante uma semana, dirigindo-se, em fevereiro, para o sul de Minas, pregando em Santa Isabel, Nazaré, Santo Antônio da Cachoeira, Bragança, Amparo, Mogi Mirim, Ouro Fino, chegando a Borda da Mata e, depois, a Santa Ana. Em 2 de abril, Conceição recebeu sua sentença de excomunhão, em São Paulo, para onde havia regressado.
Ele escreveu uma resposta a essa sentença, dizendo:
A Reforma veio, mas veio de Deus, de Quem só podia vir. Os instrumentos, porém, de que Deus se quis servir, foram os seus servos eleitos, que conhecem, professam e ensinam as puras doutrinas de sua santa Palavra. [...] Quando a Bíblia correr pelas mãos de todos os povos, então se hão de realizar as promessas do Salvador, que a religião dele prevalecerá em toda a terra. Manifestarse- á, então, a universalidade de sua igreja. Gozar-se-ão a paz, a felicidade e prosperidade, prometidas por Deus ao mundo, e aneladas agora pelas nações.
Não há reforma possível que não comece por reafirmar: que Cristo crucificado uma só vez no Calvário é a única e suficiente expiação pelo pecado, e já não há mais oferenda pelo pecador; que os méritos de Cristo estão ao alcance de toda a alma contrita e crente; que a essência de uma vida cristã está na reabilitação do homem interior, e não há força capaz de efetuar tal transformação, exceto o Espírito de Deus, com quem estamos em contato imediato. Pedindo, receberemos; buscando, acharemos; batendo, abrir-se-nos-á.
Em maio, partiu novamente em viagem pelos arredores de São Paulo. Depois, dirigiu-se ao Rio de Janeiro, pregando e evangelizando em Copacabana, São Cristóvão e Cascadura. Apresentou, numa reunião do presbitério que se realizava no Rio de Janeiro, no Campo de Santana, um relatório detalhado, no qual seu entusiasmo é evidente:
Nós, porém, que temos visto (com os nossos próprios olhos e ouvido, com os nossos próprios ouvidos) o poder da Palavra de Deus na conversão das almas, quer em sua letra, quer em seu espírito; nós que temos visto as crianças irem, cantando e saltando, quebrar os ídolos de seus pais, e outras, pregando com a Bíblia nas mãos a seus pais e vigários; nós sabemos, e com júbilo vos anunciamos que a evangelização em nosso país é a realidade mais benéfica em todos os resultados; e temos confiança, e ansiosamente desejamos vê-la progredir, concorrendo com quanto houver em nossas poucas forças para que mais e mais Jesus Cristo ganhe almas para sua glória.
Conceição fez várias viagens no decurso de um ano. Mas seu estado de saúde começou a declinar. Os membros do presbitério, que acabavam de ouvir seu relatório, entenderam ser necessário que ele descansasse e o enviaram para os Estados Unidos, para que expusesse lá o trabalho realizado no Brasil. Conceição partiu em agosto de 1867. Nos Estados Unidos, ele esteve pregando durante oito meses nas igrejas portuguesas de Jacksonville e Springfield, em Illinois. Ele também se dedicou a preparar traduções de livros e a revisão de uma versão em português do Novo Testamento, para a Sociedade Bíblica Americana.
Francisco de Assis do Brasil
Em 1868, Conceição regressou ao Brasil, participando da reunião do presbitério realizada em São Paulo. Mas ele retomou as viagens e, no fim de outubro, foi ao Rio de Janeiro, passando por Angra dos Reis e Parati. Depois, pregou em Cunha e Lorena, onde houve perseguição.
Em janeiro de 1869, partiu para Atibaia, Bragança, Amparo, Socorro e São José dos Campos. Em julho, voltou a São Paulo, onde participou de mais uma reunião do presbitério. Mas, como disse Alderi Matos, “o trabalho havia mudado durante a estada de Conceição no exterior. A ênfase era outra: não mais o febril desbravamento, mas a consolidação em torno de alguns centros.
Seu relatório foi considerado demasiado longo e recebido com certo desinteresse”. Assim, daí por diante, Conceição fazia sozinho suas viagens de pregação, como havia feito no começo.
Ainda de acordo com Alderi Matos, “nunca mais ele teve companheiros de estrada; nunca mais compareceu ao presbitério nem lhe prestou relatório”. Não ocorreu um rompimento entre ele e seus companheiros, mas Conceição agora se dedicava integralmente à evangelização itinerante. Em 1870, Conceição esteve em São Paulo e, em 1872, no Rio de Janeiro, Queluz, Caldas e outras cidades de Minas Gerais. Depois, esteve no litoral de São Paulo, em Areias e Mambucaba. Em 1873, esteve novamente em Queluz, São Paulo, Rio de Janeiro, Piraí, Campo Belo e Caraguatatuba, sempre enfrentando perseguições e ataques pessoais. Certa vez, escreveu Boanerges Ribeiro: Aproximava-se a hora do destino em que a jovem igreja nacional criaria seu próprio método de desbravamento e propagação evangélica: a luta árdua e exaustiva das estradas, de fazenda em fazenda; o contato pessoal e direto com a pessoa evangelizada; a oração de joelhos na salinha de chão batido e, sobretudo, o poder de um homem possuído do Espírito Santo e disposto a matar-se, pregando a cada família, de casa em casa, de indivíduo a indivíduo, de alma a alma.
Nessa época, nas poucas vezes em que encontrou os missionários, Conceição se mostrou afetuoso, mas com saúde cada vez mais frágil.
No fim de 1873, Blackford convenceu-o a repousar no Rio de Janeiro, numa casa que foi alugada para esse fim, em Santa Teresa. Dessa vez, Conceição tomou um trem, mas numa baldeação em Piraí, por estar descalço e malvestido, foi preso pela polícia.
Passou três dias na prisão e, depois de liberto, não tinha dinheiro para comprar uma nova passagem. Continuou a pé seu caminho, sob o sol, caindo prostrado, na noite de 24 de dezembro, na estrada da Pavuna.
Foi levado para a Enfermaria Militar do Campinho, onde o major Augusto Fausto de Souza, chefe da enfermaria — que se converteu ao evangelho depois — conseguiu-lhe um leito e alimentos.
Tendo agradecido aos que o haviam socorrido, pediu que o deixassem “só com seu Deus” e morreu, vítima de insolação, privações e fadiga de suas longas viagens, na madrugada de 25 de dezembro de 1873.
“Conceição era de uma simplicidade incrível”, escreve Elben Lenz César, “não obstante fosse muito preparado: sabia comunicar-se com os estrangeiros em suas próprias línguas, traduzia livros do inglês, do francês e do alemão, e tinha noções de medicina.
Chegava a se vestir mal, roupa surrada demais. A herança que recebeu da família foi toda distribuída com obras de beneficência. Preocupava-se demais com os outros e muito pouco consigo mesmo.
Embora desimpedido do voto do celibato por ter se desligado de Roma, o Padre José, como era chamado, nunca se casou, e sua pureza de vida sempre estava fora do alcance de qualquer maledicência. Não era servil aos missionários americanos, não obstante ser o único obreiro nacional no meio deles.
Por causa de sua experiência na Igreja Católica, morria de medo de uma igreja excessivamente organizada. (...) Conceição sonhava com um movimento profundo de reforma nos sentimentos e experiência religiosa do povo, aliado ao esclarecimento bíblico, que tornasse possível a criação de um cristianismo brasileiro puro e evangélico, mas enraizado nas tradições e hábitos populares”.
José Manoel da Conceição foi sepultado no cemitério de Irajá, mas três anos depois, em 1877, seu corpo foi transferido para o Cemitério dos Protestantes de São Paulo, sendo sepultado ao lado do túmulo de Ashbel Simonton. Em sua lápide está gravado: “Não me envergonho do evangelho de Cristo”, numa referência a Romanos 1.16. Durante vinte anos Conceição foi sacerdote católico e durante oito anos foi pastor protestante. São suas estas palavras:
O bem-estar de minha pátria, a moralização da sociedade, cuja
felicidade só o evangelho pode assegurar, e a salvação eterna dos homens são os fins que tenho em vista. Estou nas mãos de Deus, e à disposição de todos a quem possa servir no evangelho de Jesus Cristo.
Texto Renato Santos
Fonte de Pesquisa da vida do Primeiro Pastor :Franklin Ferreira
Ilustração/Arte : Arte Brother Bíblia Arte
Material pode ser utilizado deste que cite a fonte www.gazetacentral.blogspost.com.br, 12/17/2018.