NOTA DO EDITOR: FICAMOS FORA DO AR, A INTERNET ESTAVA EM MANUTENÇÃO"
RENATO SANTOS 12/11/2021 O mundo começa a mstrar a sua cara de verdade, após a experiência do virus chinês, mas precisamente em Belo Russia, que teve no inicio uma eleição cheia de acusações, mas desta vez Lukashenko ameaça cortar gás à União Europeia, todo ditador pensa que é " deus".
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Bruxelas já não tem rodeios e está a tratar o movimento de migrantes clandestinos vindos da Bielorrússia como um ataque. Polónia, Letónia e Lituânia estão a braços com um fluxo migratório sem precedentes.As temperaturas abaixo de zero não chegam para travar a caminhada de milhares de pessoas que tentam entrar no espaço dos 27. O patrulhamento reforçado das linhas de fronteira também não.
Perante a possibilidade de ficar ainda mais isolado, o presidente bielorrusso ameaça cortar o fornecimento de energia à Europa.
"Aumentámos os volumes de gás natural bombeado através da Bielorússia. O gasoduto para a Europa está cheio. Estamos a aquecer a Europa e eles ameaçam fechar a fronteira. E se bloquearmos o fornecimento de gás natural?," ameaçou Alexander Lukahsenko durante uma reunião com o seu gabinete esta quinta-feira.
Poland and the Baltic states protect their borders guarding peace and stability in Europe. We have full support of NATO and the EU. Unity and tightening the sanctions are currently the most urgent responses to the BY hybrid attack. Thank you Charles Michel @eucopresident. pic.twitter.com/V6HYCKQSn8
— Mateusz Morawiecki (@MorawieckiM) November 10, 2021
Ameaças inaceitáveis para a União Europeia. Para sublinhar a divergência, o presidente da Alemanha recebeu a líder da oposição bielorrussa no exílio. Ao mesmo tempo, no parlamento, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros era categórico: acabou o tempo das palavras.
"Estamos numa situação em que podemos sentir ser emocionalmente adequado insultar o senhor Lukashenko, mas isso já não é suficiente. Encontramo-nos numa situação em que já deviam ter sido aplicadas consequências efetivas. E é isso que queremos fazer, juntamente com os nossos parceiros europeus," declarou Heiko Maas.
A maior parte dos migrantes e refugiados que atravessam a fronteira bielorrussa vem originalmente do Iraque e da Síria. Receberam esta quinta-feira a primeira ajuda humanitária das agência das Nações Unidas.
A porta da Europa está fechada para os migrantes que tentam entrar através da fronteira com a Bielorrússia, condenados a aguardar ao relento, com temperaturas negativas e escassez de comida. A situação no terreno é preocupante mas no conforto dos corredores diplomáticos, ambas as partes limitam-se a trocar acusações.
Bruxelas acusa Minsk de patrocinar tráfico de humanos, Minsk nega e argumenta que estas pessoas apenas querem chegar à União Europeia. Atenta ao braço-de-ferro está a Rússia, que a Polónia até acusa de ter orquestrado a situação para alargar a esfera de influência, mas que pode ter a chave do problema.
É pelo menos essa a esperança de Angela Merkel, que admitiu ter pedido a Vladimir Putin para interceder junto de Lukashenko, uma vez que estas pessoas eram vítimas de uma política hostil e estavam a ser usadas.
Um apelo aparentemente inconsequente. A Rússia tinha acabado de enviar dois aviões para ajudar as forças bielorrussas e a posição do Kremlin sobre a situação é conhecida, culpando a União Europeia de provocar a crise ao reforçar a segurança na fronteira.
Bruxelas vacila entre responder à ameaça às fronteiras externas e atender à crescente crise humanitária. Para Ursula von der Leyen, o próximo passo é "averiguar a possibilidade de sancionar as companhias aéreas que facilitam o tráfico de humanos através de Minsk rumo à fronteira com a União Europeia", apelando ainda ao acesso aos migrantes no terreno por parte das agências humanitárias de ONU.
O acampamento improvisado tem vindo a crescer e só esta semana chegou cerca de um milhar de pessoas proveniente do Curdistão iraquiano.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas irá discutir a situação esta quinta-feira numa reunião de emergência.
Fonte: Euronews
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