RENATO SANTOS 06/05/2022 Muitas drogas — conhecidas como psicoativas, atuam no cérebro humano e acabam por afetar a atividade mental. Algumas têm maior potencial para ativar a liberação de dopamina, o que leva a uma condição de prazer. Drogas sintéticas, que são aquelas produzidas em laboratório, carregam um maior potencial de causar dependência e prejuízo para quem as usa.
A polícia do Rio de Janeiro tem relatado situações bizarras após usuários de drogas estarem tendo reações estranhas. Criminosos no RJ estão potencializando o efeito da cocaína com adrenalina e outras substâncias, fazendo com que os viciados apresentem comportamentos eufóricos e movimentos erráticos, apelidados pelos populares de “Piripaque do Chaves”
Composto apreendido
Um homem foi preso no Rio de Janeiro, em um dos acessos do Morro Tuiuti, na segunda-feira da semana passada (25), com 9 caixas de uma substância usada para potencializar os efeitos da cocaína. A operação foi feita por policiais da 17ª DP (São Cristóvão). O bandido não teve o nome divulgado.
O criminoso estava de carro quando foi abordado pelos agentes. Na revista, os policiais encontraram as caixas com 450 ampolas de adrenalina. Conforme informado pelos investigadores, a substância encontrada seria utilizada para potencializar os efeitos da droga.
Ainda de acordo com a polícia, o homem afirmou para os agentes que a carga era de medicamentos vindos da Barreira do Vasco. As amplas seguiriam para o Tuiuti. Ambas as comunidades são dominadas pela mesma facção criminosa, o Comando Vermelho.
Adrenalina é usada no tratamento de emergências com risco de vida, como reação alérgica grave e parada cardíaca. Ele rapidamente alivia a falta de ar e chiado ao relaxar as vias aéreas. Também estimula o coração e aumenta a pressão arterial.
O hormônio adrenalina é liberado em momentos de stress, medo, perigo, pavor ou fortes emoções. Por exemplo, um assalto, descida de montanha russa, pulo de asa delta, dentre outros. A adrenalina serve como um mecanismo de defesa do organismo, preparando-o para uma situação de emergência.
A adrenalina ou epinefrina é um hormônio simpaticomimético e neurotransmissor responsável por preparar o organismo para a realização de grandes feitos, derivado da modificação de um aminoácido aromático (tirosina), secretado pelas glândulas suprarrenais, assim chamadas por estarem acima dos rins. Em momentos de "stress", as suprarrenais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos e contrai outros.
Em maio de 1886, William Horatio Bates anunciou o descobrimento da substância produzida pela glândula adrenal no New York Medical Journal. Foi também identificada em 1895 por Napoleão Cybulski, um fisiólogo polaco. A descoberta foi repetida em 1897 por John Jacob Abel. Jokichi Takamine, um químico japonês, descobriu a mesma hormona em 1900, sem conhecimento dos anteriores. Foi sintetizada artificialmente por Friedrich Stolz em 1904.
Deve-se notar também que a epinefrina já foi o maior aspecto responsável pela sobrevivência do homem, especialmente no período paleolítico. No desenvolvimento humano, a adrenalina foi de fundamental importância para a seleção natural, a partir do fato que indivíduos que conseguiam sintetizar mais eficientemente esse hormônio tinham maiores vantagens em situações de risco, como mas não limitadas a: raciocínio acelerado, visão melhorada devido à dilatação das pupilas, além de acelerar o ritmo cardíaco e o funcionamento dos pulmões. Isso era especialmente vantajoso na caça e em conflitos.
A palavra adrenalina foi criada pelo cientista que conseguiu isolar este hormônio pela primeira vez, o cientista japonês Takamine Jōkichi , que formou o nome em questão tomando o nome dos rins, sobre o qual se situam as glândulas secretoras, como já mencionado.
Utilizou então ad- (prefixo que indica proximidade), renalis (relativo aos rins) e o sufixo -ina, que se aplica a algumas substâncias químicas (as aminas).
voce tem que jogar conter striker Âmpola transparente de adrenalina da marca Suprarenin
Ampola de adrenalina
Quando lançada na corrente sanguínea, devido a quaisquer condições do meio ambiente que ameacem a integridade física do corpo (fisicamente, ou psicologicamente como a ansiedade), a adrenalina aumenta a frequência dos batimentos cardíacos (cronotrópica positiva) e o volume de sangue por batimento cardíaco, eleva o nível de açúcar no sangue (hiperglicemiante), minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal enquanto maximiza o tal fluxo para os músculos voluntários nas pernas e nos braços e "queima" gordura contida nas células adiposas. Isto faz com que o corpo esteja preparado para uma reação, como reagir agressivamente ou fugir, por exemplo.
Afeta tanto os receptores beta¹-adrenérgico (cardíaco) e beta²-adrenérgico (pulmonar). Possui propriedades alfa- adrenérgicas que resultam em vasoconstrição.
A adrenalina também tem como efeitos terapêuticos a broncodilatação, o controle da frequência cardíaca e da pressão arterial, dependendo da dose. Na anestesia local é utilizada como coadjuvante, causando vasoconstrição para perdurar o efeito do anestésico, visto que uma área menor de vaso sanguíneo degradará menos o fármaco.
Não confundir com efedrina.
Berecek KH, Brody MJ (1982). "Evidence for a neurotransmitter role for epinephrine derived from the adrenal medulla". Am J Physiol 242 (4): H593-601. PMID 6278965.
P.R. Vade-mécum. «Epinefrina». Consultado em 19 de junho de 2010.