RENATO SANTOS 20/03/2018 Qual tem sido a importância da imprensa brasileira sobre um assunto tão delicado e ao mesmo tempo esquecido , a AIDS, que esta matando uma terça parte da nossa população, pior, adolescentes, jovens, que fazem sexo não só na questão de prevenção mas um sexo vulgar sem nenhuma orientação pois estão " cegos" e caminhando para um local perigoso sem volta.
O Jornalismo é capaz de interferir diretamente na forma como a população reagirá diante dos fatos por ele noticiados. As estratégias lingüísticas e o discurso persuasivo fazem com que a população creia na veracidade e imparcialidade plena dos textos jornalísticos e, portanto, os considerem como reflexos da realidade.
A imprensa influencia as decisões políticas do Estado, a opinião pública e a inteligibilidade de certos temas, como por exemplo, a Aids.
O Jornalismo é capaz de interferir diretamente na forma como a população reagirá diante dos fatos por ele noticiados. As estratégias lingüísticas e o discurso persuasivo fazem com que a população creia na veracidade e imparcialidade plena dos textos jornalísticos e, portanto, os considerem como reflexos da realidade.
A imprensa influencia as decisões políticas do Estado, a opinião pública e a inteligibilidade de certos temas, como por exemplo, a Aids.
Ministério da Saúde registrou aumento no número de casos de HIV em 2016. Foram 37.884 casos no ano passado, contra 36.360 em 2015 -- um aumento de 4%. A tendência, de acordo com as novas notificações enviadas à pasta, é de aumento desde 2014, quando foi registrada alta de 56,2% em relação a 2013.
Esse aumento, no entanto, pode ser explicado em parte porque, em 2014, o Ministério da Saúde tornou obrigatória a notificação de casos de HIV no país. Isso significa que todos os serviços de saúde devem informar todos os novos casos ao órgão; antes, esse dado era feito a partir de amostragem em estudos isolado.
Depois de 2016, onde se registrou cerca de 30 mil casos não foram feitos e nem divulgados mais os dados o que é preocupante, é uma Nação perdida na suas própria história.
De modo geral, a mídia noticia a respeito da epidemia da AIDS com a mesma relutância com que a vítima se declara infectada por esse mal. Seria lógico que uma e outra tivessem interesse em denunciar a doença a fim de contê-la.
Entretanto, de maneira enigmática, ambas não se comportam assim. Quanto à mídia, a notícias alarmantes sucedem-se longos períodos de enganoso silêncio pretextando evitar escândalo. Esse falso recato desmobiliza a opinião, levando-a ao olvido de uma catástrofe que se presente de modo continuo aos espíritos poderia mais eficazmente ser evitada. As vítimas, quanto a elas, hesitam em procurar um médico. Elas se expõem a um mal maior, temerosas de serem reconhecidas como portadoras da doença, de origem frequentemente vexaminosa.
O senso católico da maioria sofre instintivamente um susto ao ver um conhecido infectado. O que, sem dúvida, merece compaixão. No mais íntimo somos percorridos por um calafrio imediato. Ficamos sem saber como ajudar. E até mesmo temerosos.
Como explicar essa reação num povo afeito à bondade? Por que essa tendência instintiva ao distanciamento da vítima por parte de quem está sempre pronto a ajudar? Não é apenas um receio de contaminar-se. Trata-se de um resto de pudor, se não de vergonha, porquanto esse mal é geralmente transmitido pelo abuso da prática sexual.
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Entre aqueles que compõem a faixa da população mais exposta à infecção — a chamada população de alto risco — estão travestis, homossexuais, prostitutas, drogados. E sobre os que compõem esta triste população nosso povo bondoso — mas também perspicaz — tem um juízo já feito. Embora esse juízo seja por vezes chamado de “preconceito” até mesmo por certas autoridades sanitárias acovardadas diante do dever de apontar o mal e os vícios dos quais ele origina, a maioria das consciências o conserva. Nossa mão benévola está sempre pronta a se estender aos necessitados, mas a realidade nos mostra que, em face da AIDS, essa mesma mão estremece, recua, crispa-se. E não se estende facilmente. À sua bondade outra virtude se sobrepõe e a faz hesitar. É sem duvida o bom senso proveniente de antiga tradição católica.
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Noticia o “O Estado de S. Paulo” (2-12-13) o aumento alarmante dos casos de AIDS na população masculina, entre 15 e 24 anos. Este aumento, relativo ao período 2005-2012, foi de 81%. Entre a população em geral houve em 2011 o maior número de infecções: 40.535 doentes foram identificados. Entre os 12 estados brasileiros com maior número de infecções, somente São Paulo e Rio de Janeiro apontam regressão durante aqueles mesmos anos. Precisamente os dois Estados mais devastados pelo mal.
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A epidemia assume atualmente um caráter inexorável. Uma das causas de seu agravamento é a “banalização do sexo” feita através das modas tendentes ao nudismo, da pornografia, da internet, das práticas homossexuais etc. Entretanto, um dos mais antigos veículos dessa banalização — e certamente o mais perverso — é a “educação sexual” nas escolas primárias. E até mesmo em jardins da infância.
Entre estranheza, repugnância e desgostosa conformidade, crianças são cruamente levadas a “explorar” em salas de aula seu próprio corpo e os de seus colegas, tocando suas partes pudendas, manipulando-as. O instinto sexual é assim excitado quando o natural pudor infantil ainda o velava.
Essa prática contradiz violentamente o desejo de elevação próprio à inocência, outrora legitimamente satisfeito pelos mistérios da História Sagrada, pela heroicidade dos soldadinhos de chumbo ou a ternura das bonecas.
Essa banalização torna a procura das práticas sexuais obsessiva, fazendo com que — como atesta o referido artigo — já aos 15 anos tantos jovens sejam estigmatizados pela AIDS. E acrescenta serem os problemas brasileiros relacionados com a AIDS sem solução.
Se a causa do mal, dizemos nós, é sobretudo moral, a solução não será encontrada fora de um revigoramento de formas e modos de vida cristãos, entre as quais se encontra prioritariamente a proteção da inocência.