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RENATO PEREIRA DOS SANTOS FILHO Experiência 1988 Fotógrafo Diário de Guarulhos 1989 Entrevistador Jornal da Liga Árabe de Guarulhos 1990 Entrevistador Jornal do Brás e Federação do Truco Estado de São Paulo 1992 Redator, Fotografo da Gazeta Central de Publicidade e Jornalismo Ltda 1995 - 2.000 Professor Secretária do Estado de São Paulo PEB II 2.001 Arquivista Escritório Doutor Cornélio José Silva 2007 Auxiliar de Escritório Doutor Cornélio José Silva 2009 Arquivista Escritório Jose Maria Zey 2010 - 2012 Escritório do Doutor Cornélio José Silva 2013 -atual Blogueiro Escolaridade • Escola Estadual Professor Cyro Barreiros • Escola Estadual Salim Mudeh • Escola estadual romano Puggiari • Universidade Mogi as Cruzes ( Jornalismo Incompleto 1995) • Universidade Ung Letras ( Incompleto) • Uninove Vergueiro Ciência Jurídica ( trancado) • • Cursos com certificados OAB Certificado do curso/palestra Jurídicas 13 de julho 2005 OAB CERTIFICADO DO CURSO/PALESTRA A POLICIA JUDICIÁRIA NO ESTADO DEMOCRÁTICO E O INQUÉRITO POLICIAL À LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL SETEMVRO 2005 TELECENTRO PREFEITURA DE SÃO PAULO CERTIFICADO E CURSO DE INTRODUÇÃO À HTML E OUTRAS LINGUAGENS DE COMPUTAÇÃO DEZEMBRO DE 2005 OAB CERTIFICADO/CURSO INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO CÓDIGO DE DESESA DO CONSUMIDOR MAIO DE 2006 OAB CURSO E CERTIFICADO LOCAL DE CRIME O CADÁVER, A FAUNA CADAVÉRICA E A PERÍCIA JUNHO DE 2008 ACADEMIA INTERNACIONAL DE DIREITO E ECONOMIA SETEMBRO 2008 CENTRAL DE CURSO DE RECOLOCAÇÃO E MARKETING ADMINISTRAÇÃO PROFISSIONAL DEZEMBRO DE 2008 IBCCRIM RESPONSABILIDADE PENAL NOS CRIMES DA DITATURA MILITAR 2008 USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEZEMBRO DE 2008 60 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS CIEE PERSPESCTIVAS DO S ETOR DE HABITAÇÃO 2009 EAD FUG CURSO DE FORMAÇÃO POLITICA 2010 CURSO DE PROFESSOR E A CRITIVIDADE IPC GUARULHOS 2016 FACULDADE FIA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS CENARIOS 20/25 FEVEREIRO 2020 CURSO DE PORTEIRO CB0 5174-10 2020 CURSO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA/MISSIOLOGIA/HISTÓRICO DA IGREJA/SERMÃO/LITURGIA DE CULTO 2020 - 2021 INSTITUO BÍBLICO DA 1.ª IGREJA PRESBITERIANA CONSERVADORA DE GUARULHOS DESCRIÇÃO DOS CURSOS: Calculo trabalhistas Cálculo da Previdência Contratos Petições Iniciais ( civil trabalhista Criminal e Previdenciária) Todos administrados pelo Dr. Cornélio José Silva e supervisionados Gestão de Conflitos Pessoais e marketing administrados por Dr. Cornélio Na área de Jornalismo marketing A Importância do marketing Orientação da empresa para o mercado, Conceitos, tendências e tarefas fundamentais de marketing , análise Swot, sistema de marketing de pesquisa Liderança para às seguintes áreas profissional: Jornalismo/Publicidade, Advocacia /Politica Liderança e produtividade a função utilização em Administração e recursos Humanos para todas às área dentro de seus conceitos e preceitos objetivos críticos construtivos ou não. Desafios para a Gestão de Pessoas Gestão de qualidade os desafios atuais da gestão da advocacia e jornalismo para qualidade total

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A empresa Gazeta Central de Publicidade e Jornalismo Ltda, Mantenedora da Gazeta Central.blogspost.com Última atualização: 3 de junho de 2019 e 08/07/2021 De acordo com o Ordenamento Jurídico Brasileiro, LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos. A lei 5.250/67 foi assinada pelo ex-presidente Castelo Branco meses depois da outorga da Constituição de 1967, quando o endurecimento do regime militar se iniciava. Com o objetivo de controlar informações, de acordo com as previsões da norma, jornalistas e veículos de comunicação poderiam ser detidos ou multados caso publicassem algo que ofendesse a “moral e os bons costumes”. A pena poderia ser aumentada se o conteúdo difamasse ou caluniasse alguma autoridade, como o presidente da República. Em 2009, após longo julgamento, 7 dos 11 ministros da Corte concluíram que a lei era incompatível com a atual Constituição, que é repleta de garantias à liberdade de expressão. Pode haver diplomados, menos jornalistas do que outros. Pode haver mais Jornalismo com Jota maiúsculo num blog do que na grande mídia. O Blog além de ser regulamentado pelo Google Sites em normas Internacionais, ainda o seu autor é responsável pelo seu conteúdo,assim sendo, ele pode ter credibilidade seguindo normas Internacionais e a seu País de Origem, além de citar as fonte do conteúdos, ficando ao cargo de sua empresa com CNPJ, e o nome do Responsável e não aplicar a fake news. O jornalista tem que entender como o Google acha a sua notícia, para que o seu jornal online seja lido. Ele tem que ter um blog, e por isso tem que entender que a linguagem, a frequência de atualização e o diálogo com o leitor é bem diferente em um meio digital. Outra finalidade do nosso blog, não somos agregadores de conteúdos e sim de opinião, fazendo uma análise nas principais noticias, com responsabilidade! Renato Santos

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Os Deputados Cariocas Já Estão de Volta a Cadeia <<>> Discordo do Reinaldo Azevedo <<>> ALERJ Cometeu Esdrúxulo no Alvara de Soltura <<>> Pode Haver Uma Intervenção Federal no Rio pelo Art.34 Incisos IV e V <<>> Ou a Renuncia dos 39 Deputados







RENATO SANTOS 21-11-2017  Me  desculpe  o  jornalista  Reinaldo Azevedo, pela sua opinião,discordo, porém a respeito, dado  no jornal da Rede TV , ele  ainda  impôs  sua opinião  discordando  do Boris  Casoy, ao vivo, dizendo  ser  contra a prisões  dos bandidos  envolvidos  em uma das maiores  fraudes  do Rio,  bom caro  leitor (a), fiquem a vontade, se me permitem opinar, sou  a favor de  se manter as prisões , e  de uma Intervenção  no Rio.



Por que discordo, o  Poder  Judiciário do Tribunal Regional Federal não cometeu  nenhuma arbitrariedade diante da prisão  dos deputados estaduais, eles  cometeram crimes . 

E para  piorar  a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro desafortunadamente usurpou a competência e a função judiciária federal, fazendo de mera resolução que deveria se conter no restrito limite estabelecido pela Constituição Federal verdadeira ordem de soltura, a qual só poderia ser dada pelo Poder Judiciário Federal, e ainda a transformou em esdrúxulo alvará de soltura, tudo sem o mínimo conteúdo nem forma de direito.

Ademais, avançou em deliberação que não lhe estava autorizada pela Constituição Federal e as leis do país, resolvendo, sem competência alguma, sobre afastamento cautelar de natureza processual penal, o que também está na competência desta Corte Federal, que sobre ele deliberara oralmente nos votos dos Desembargadores que sobre o ponto trataram, entendendo que a decretação das prisões preventivas, acolhendo pedido sucessivo anterior do MPF, tornou implícito o afastamento do exercício da função.

O  que  não pode  senhor Jornalista  é ter  enfrentamento  de poderes, a Constituição do  Estado do Rio  não  pode valer  mais  do que  a Constituição Federal. 

A  ALERJ  , deveria ter dado  seus votos  e favorecimento  do pedido  de  soltura  através  de um advogado e protocolado  no  Tribunal  e Aguardar  a  Decisão  dos  desembargares  e  serem comunicados.

Depois  disso  caso  fosse  negada  o pedido, poderia  o departamento Jurídico  da Casa  recorrer no  STF, enquanto isso  os denunciados, já  instaurados  os inquéritos  policiais  ficariam recolhidos  preventivamente, conforme  os  diplomas  legais.

Agora caso a  ALERJ  volta  a interferir  nas  decisões  Judiciais, Rio  precisará  com urgência  de uma Intervenção  Federal  afastando  todos  os 39  deputados que deverão ser  investigados  pelo MPF, ou  para evitar  a  intervenção  caberia  uma renuncia  de todos, tudo isso  para  se fazer necessárias  as investigações.

E  com fundamento na própria  Constituição :    Não obstante, sendo conhecido por ora o resultado ainda não invalidado da sessão da ALERJ, que resolveu sobre as prisões, no sentido de não as afastar da imunidade formal, mas tendo em vista o quanto revelado nos autos da representação do MPF. 

No sentido da real probabilidade de que, no exercício dos cargos, e dada proeminência com que os Deputados em questão os vêm exercendo ao longo de anos no Estado, sejam capazes de prosseguir por meio deles praticando infrações, ratifica-se o afastamento do exercício dos cargos, na forma do art. 319, VI do CPP. 


Possibilidade de requisição de forças e intervenção federal          

Fatos públicos e notórios ocorridos no dia da realização da votação na ALERJ, para além do descumprimento da decisão desta Corte, impedindo o ingresso da oficial de justiça do Tribunal de Justiça do Estado para cumprir decisão judicial, bem como a dissimulada ocupação das galerias populares da Casa, com assessores e funcionários da própria Assembléia, demonstram que é provável que novas ações possam ser tomadas para criar óbices e descumprimento de decisões desta Corte Federal. 

Para tais hipóteses, está prevista a intervenção federal: 


"Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 


I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 

a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.




Na sua  página  ele explica:  REINALDO AZEVEDO 


Escrevi na tarde desta quinta um texto em que aponto os absurdos contidos no pedido de bloqueio de bens de Lula e um de seus filhos. 

Meu parâmetro? A lei.  Agora vou arrumar outra confusão. E as hostes da vigarice de esquerda e de direita podem babar o seu ódio porque não dependo de sua boa-vontade para trabalhar. Ao decretar a prisão preventiva de três deputados estaduais do Rio — o famigerado Jorge Picciani entre eles —, o Tribunal Regional Federal da Segunda Região resolveu fazer uma, eventualmente duas combinadas, de três coisas:
a: jogar a população contra a Assembleia Legislativa caso esta revise a decisão;
b: jogar a população contra o ministro sorteado do STF caso este cumpra a Constituição e conceda habeas corpus (se a questão chegar lá);
c: jogar a população contra a turma do Supremo se esta referendar eventual habeas corpus.
É o fim da picada! Com o beneplácito de setores da imprensa que só se lembram da lei quando eles próprios são os alvos, há uma verdadeira concertação de forças contra o Estado de Direito sob o pretexto de se combater a corrupção.
Venham cá: vale a pena empregar um artifício, um truque, uma burla legal para prender políticos que são desonestos — ou que assim são considerados? Pois é… A resposta de quem luta por um país decente há de ser “não”. Notem que é diferente de prender Al Capone por sonegação, já que não se conseguia fazê-lo por assassinatos e outros crimes. Afinal, ele havia sonegado também.  Alguns detalhes.
Informa a Folha:  A  FOLHA  

“O presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), o deputado Jorge Picciani, e o deputado Paulo Melo se entregaram nesta quinta-feira (16) à Polícia Federal no Rio de Janeiro. 

Mais cedo, juízes do Tribunal Regional Federal da Segunda Região, no Rio, decidiram por unanimidade pela prisão imediata dos deputados. Foi expedido mandado de prisão também de Edson Albertassi, que ainda não se entregou. 
Os três integram a cúpula do PMDB do Rio e são investigados no âmbito da operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato que apura favorecimento de empresas de ônibus por parlamentares fluminenses. Picciani chegou às 16h42 na sede da polícia acompanhado do advogado Nelio Machado. 
Melo, por sua vez, chegou escoltado por policiais federais e sem o seu tradicional bigode. Ele já foi presidente da Alerj e é um dos principais nomes do PMDB no Estado.
Vamos lá. A Constituição, no Artigo 53, só permite a prisão de parlamentar em flagrante de crime inafiançável. Ainda assim, a Casa de origem do dito-cujo pode rever a decisão. A Carta não prevê motivos outros para a preventiva. Ponto.
Por 6 a 5, o Supremo firmou jurisprudência sobre medidas cautelares ao tratar do afastamento do senador Aécio Neves. Permanece a exigência do flagrante de crime inafiançável para o caso de prisão, mas podem ser aplicadas as restrições alternativas à reclusão previstas no Artigo 319 do Código de Processo Penal DESDE QUE OS PARES DO PARLAMENTAR AUTORIZEM.
Muito bem! O que vale para os parlamentares federais no caso da preventiva (só flagrante de crime inafiançável) vale também os estaduais? Sim. É o que garante o Parágrafo 1º do Artigo 27 da Constituição. Transcrevo:

§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.”
Assim, um deputado estadual não pode ter decretada a prisão preventiva sob nenhum pretexto, exceto um.
Assim, um deputado estadual só pode ser preso por flagrante de crime inafiançável.
Assim, um deputado estadual fica, a exemplo dos parlamentares federais, sujeito às medidas cautelares do Artigo 319 do Código de Processo Penal, desde que o plenário da Assembleia aprove a aplicação da restrição.
Bandidos
Atenção! Para que você entenda direito este texto, é fundamental que, para efeitos de raciocínio, você dê como certo que Picciani, Melo e Albertassi são bandidos. Nem quero especular se são ou não. Tome como um dado da equação: bandidos são!
Agora vamos à decisão tomada pelo TRF2:
– para os crimes de corrupção passiva e organização criminosa, de que o trio é acusado, o TRF2 decretou a prisão preventiva;
– para o crime de lavagem de dinheiro, a prisão em flagrante.
Vamos lá!
1: Nenhum desses crimes é inafiançável, como exige a Constituição;
2: o crime de organização criminosa já foi assim considerado (Artigo 7º da Lei 9.034/1995). Essa lei foi revogada. Nada há a respeito no novo texto que trata do assunto: a Lei a 12.850;
3: o mesmo se deu com lavagem de dinheiro: inafiançável antes (Artigo 3º da Lei nº 9.613/1998), não é mais agora (Lei 12.683/2012.)
Assim, ainda que coubesse a preventiva nestes dois crimes — corrupção passiva e organização criminosa —, o trio não poderia estar sujeito a esse tipo de prisão porque se trata de parlamentares. Ainda que lavagem permanecesse como crime inafiançável, alegar flagrante seria um exotismo: a lavagem, para ser caracterizada, tem começo, meio e fim. Só seria possível flagrar uma pessoa lavando dinheiro se ela fosse, sei lá, surpreendida comprando uma lavanderia para esconder a origem ilícita do dinheiro.
Sim, a Assembleia Legislativa do Rio vai se reunir para decidir se referenda ou não a decisão do TRF2. Os três têm lá muitos aliados. É possível que a prisão seja revista — e, no caso, a gritaria estará garantida. Se não for, caberá, sim, recuso ao STF. E, no caso, coitado do relator!  Ou rasga a Constituição e será aplaudido. Ou decide cumpri-la e será esmagado.
De adicionalmente trágico temos o fato de que o dispositivo constitucional que remete à Casa de origem do parlamentar a competência para referendar ou não a prisão foi pensado para o caso em que A PRISÃO É LEGAL.
As decretadas pelo TRF2 são ilegais. Algo de muito errado se passa num país em que uma Casa Legislativa será execrada se corrigir uma ilegalidade da Justiça e aplaudida se decidir referendá-la.
O sistema democrático foi pensado para que, eventual e excepcionalmente, o Judiciário corrigisse ilegalidades do Legislativo, não o contrário.
Isso tudo ajuda a explicar por que, por ora ao menos, a eleição de 2018 seria disputada, em segundo turno, entre Lula e Bolsonaro, não é? Submeter as instituições a isso que vemos, ainda que para caçar e cassar bandidos, só nos aproxima um pouco mais do abismo institucional.
E notem que curioso: o favorito, Lula, tem sido vítima desse ativismo destrambelhado, que mobiliza o povo contra as instituições; o segundo colocado é caudatário desse ativismo.
Setores do Judiciário e do MPF são hoje os grandes cabos eleitorais de Bolsonaro.
“Ah, mas então os bandidos vão continuar impunes pra sempre?” Bem, a PF e o MPF que trabalhem para comprovar seus crimes e que as coisas se façam dentro da lei.
“Ah, dentro da lei, jamais serão punidos…”  Sei! Mas não os chamamos “bandidos” justamente porque descumprem a lei?

AGORA  REPUBLICO A DECISÃO  DO TRF 2 NA ÍNTEGRA:

Descumprimento das normas em relação à prisão e afastamento          Não resta dúvida que a Constituição Federal estabelece imunidades aos parlamentares federais, assim disposta a imunidade formal que interessa à presente questão de ordem:             Seção V DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES "Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão." (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 

Essas imunidades são estendidas aos deputados estaduais, por força do art. 27, § 2º da CF: "Art. 27. ... § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato." (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 1 No entanto, a Constituição do Estado do Rio de Janeiro alargou o que a Constituição Federal lhe remeteu, já em desacordo com os limites da Carta Federal. "Art. 102 - Os Deputados são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos. § 1º - Desde a expedição do diploma, os Deputados da Assembléia Legislativa não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença da Casa. § 2º - O indeferimento do pedido de licença ou a ausência de deliberação suspende aprescrição, enquanto durar o mandato. § 3º - No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro de vintee quatro horas, à Assembléia Legislativa, a fim de que esta resolva sobre a prisão e autorize, ou não, a formação de culpa." A Constituição do Estado do Rio de Janeiro fala em "licença e seu indeferimento", bem como em "autorização" para a prisão e o processo criminal, ali onde a Constituição da República fala em "resolver" sobre a prisão e "sustar" processo criminal já iniciado. De antemão, portanto, essas regras da Constituição Estadual devem ser contidas pelo que estabelece a Constituição Federal, em razão do princípio federativo, que orienta inclusive a regra de contenção da atuação dos Estados: "Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. §1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição." Nessa esteira, quando a Constituição Federal dispõe que a Casa Legislativa resolverá sobre a prisão, está limitando o ato legislativo à espécie de prisão da qual se trate. Se flagrante por crime inafiançável, considerando que esse tipo de prisão tem natureza administrativa e pode ser feita até por qualquer do povo, o Legislativo estaria mais livre para resolver sobre sua legalidade. Mas tratando-se de prisão preventiva, de natureza judicial, somente o Poder Judiciário pode resolver sobre sua revogação, limitando-se o Legislativo, nessas prisões, a resolver sobre outras questões dela decorrentes, como a abertura de processo ético-disciplinar e coisa dessa natureza. Não podendo reapreciar decisão judicial, não poderia a ALERJ “revogar” prisão decretada por órgão judiciário federal e menos ainda fazer de sua resolução alvará de soltura. 2             A Constituição de 1988 não deu competência ao Poder Legislativo para decretar prisões, razão pela qual, também não é legítimo a esse Poder expedir mandados de prisão e nem o seu inverso, o alvará de soltura. Essa competência é apenas do Judiciário. No caso, do TRF da 2ª Região: "Art. 5º ... LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; " Sobre a competência federal na apreciação dos fatos em investigação, a decisão e o voto a respeito das medidas, já tratam do assunto, valendo ainda aduzir o disposto na Súmula 122 do STJ. O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, em dois casos emblemáticos, já limitaram a decisão sobre prisões cautelares ao Poder Judiciário, submetendo-as à reserva de jurisdição. O primeiro deles, foi o concernente à discussão a respeito de as Comissões Parlamentares de Inquérito poderem expedir prisões preventivas. "EMENTA: - Mandado de segurança. Ato do Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal e do Presidente do Banco Central do Brasil. 2. Desbloqueio de proventos do impetrante depositados em sua conta corrente no Banco do Brasil S.A 3. Liminar deferida para suspender, até o final julgamento do mandado de segurança, a indisponibilidade dos valores relativos aos proventos de aposentadoria. 4. Relevantes os fundamentos do pedido e periculum in mora. Caráter alimentar dos proventos de aposentadoria. 5. Parecer da Procuradoria-Geral da República pelo deferimento do writ. 6. Afastada preliminar de incompetência do S.T.F. 7. Entendimento do STF segundo o qual as CPI'S não podem decretar bloqueios de bens, prisões preventivas e buscas e apreensões de documentos de pessoas 3 físicas ou jurídicas, sem ordem judicial. Precedentes. 8. Mandado de segurança deferido, de acordo com a jurisprudência do STF, para anular o ato da CPI, que decretou a indisponibilidade dos bens do impetrante, explicitando-se, porém, que os bens do requerente continuarão sujeitos à indisponibilidade antes decretada pelo Juiz Federal da 12ª Vara da Seção Judiciária de São Paulo, em ação civil pública, sobre a matéria." (STF - MS 23455/DF - Relator: Ministro NÉRI DA SILVEIRA - Tribunal Pleno - DJ 07-12-2000 PP- 00007          EMENT VOL-02015-02 PP-00305) "E  M  E  N  T  A:  COMISSÃO  PARLAMENTAR  DE  INQUÉRITO  -  QUEBRA  DE  SIGILO ADEQUADAMENTE FUNDAMENTADA - ATO PRATICADO EM SUBSTITUIÇÃO A ANTERIOR QUEBRA DE SIGILO QUE HAVIA SIDO DECRETADA SEM QUALQUER FUNDAMENTAÇÃO - POSSIBILIDADE - EXISTÊNCIA SIMULTÂNEA DE PROCEDIMENTOS PENAIS EM CURSO, INSTAURADOS CONTRA O IMPETRANTE - CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO IMPEDE A INSTAURAÇÃO DA PERTINENTE INVESTIGAÇÃO PARLAMENTAR SOBRE FATOS CONEXOS AOS EVENTOS DELITUOSOS - REFERÊNCIA À SUPOSTA ATUAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS NO ESTADO DO ACRE, QUE SERIAM RESPONSÁVEIS PELA PRÁTICA DE ATOS CARACTERIZADORES DE UMA TEMÍVEL MACRODELINQÜÊNCIA (TRÁFICO DE ENTORPECENTES, LAVAGEM DE DINHEIRO,  FRAUDE,  CORRUPÇÃO,  ELIMINAÇÃO  FÍSICA  DE  PESSOAS,  ROUBO  DE AUTOMÓVEIS, CAMINHÕES E CARGAS) - ALEGAÇÃO DO IMPETRANTE DE QUE INEXISTIRIA CONEXÃO  ENTRE  OS  ILÍCITOS  PENAIS  E  O  OBJETO  PRINCIPAL  DA  INVESTIGAÇÃO PARLAMENTAR - AFIRMAÇÃO DESPROVIDA DE LIQUIDEZ - MANDADO DE SEGURANÇA INDEFERIDO.  A  QUEBRA  FUNDAMENTADA  DO  SIGILO  INCLUI-SE  NA  ESFERA  DE COMPETÊNCIA INVESTIGATÓRIA DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO. - A quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico de qualquer pessoa sujeita a investigação legislativa pode ser legitimamente decretada pela Comissão Parlamentar de Inquérito, desde que esse órgão estatal o faça mediante deliberação adequadamente fundamentada e na qual indique, com apoio em base empírica idônea, a necessidade objetiva da adoção dessa medida extraordinária. Precedente: MS 23.452-RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO (Pleno). PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA RESERVA DE JURISDIÇÃO E QUEBRA DE SIGILO POR DETERMINAÇÃO DA CPI. - O princípio constitucional da reserva de jurisdição - que incide sobre as hipóteses de busca domiciliar (CF, art. 5º, XI), de interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a situação de flagrância penal (CF, art. 5º, LXI) - não se estende ao tema da quebra de sigilo, pois, em tal matéria, e por efeito de expressa autorização dada pela própria Constituição da República (CF, art. 58, § 3º), assiste competência à Comissão Parlamentar de Inquérito, para decretar, sempre em ato necessariamente motivado, a excepcional ruptura dessa esfera de privacidade das pessoas. AUTONOMIA DA INVESTIGAÇÃO PARLAMENTAR. - O inquérito parlamentar, realizado por qualquer CPI, qualifica-se como procedimento jurídicoconstitucional revestido de autonomia e dotado de finalidade própria, circunstância esta que permite à Comissão legislativa - sempre respeitados os limites inerentes à competência material do Poder Legislativo e observados os fatos determinados que ditaram a sua constituição - promover a pertinente investigação, ainda que os atos investigatórios possam incidir, eventualmente, sobre aspectos referentes a acontecimentos sujeitos a inquéritos policiais ou a processos judiciais que guardem conexão com o evento principal objeto da apuração congressual. Doutrina. Precedente: MS 23.639-DF, Rel. Min. CELSO DE 4 MELLO (Pleno). O PROCESSO MANDAMENTAL NÃO COMPORTA DILAÇÃO PROBATÓRIA. - O processo de mandado de segurança qualifica-se como processo documental, em cujo âmbito não se admite dilação probatória, pois a liquidez dos fatos, para evidenciar-se de maneira incontestável, exige prova pré-constituída, circunstância essa que afasta a discussão de matéria fática fundada em simples conjecturas ou em meras suposições ou inferências." (STF - MS 23652/DF - Relator: Ministro CESLO DE MELLO - tribunal Pleno - DJ 16-02-2001 PP- 00092          EMENT VOL-02019-01 PP-00106) O segundo, é o que diz respeito às prisões administrativas para fins de deportação e expulsão, previstas no Estatuto do Estrangeiro (Lei n.º 6.815/80), que antes da Carta de 1988 podiam ser decretadas pelo Ministro da Justiça, e a partir dela, não mais poderiam: "HABEAS CORPUS . EXPULSÃO DE ESTRANGEIRO DO TERRITÓRIO NACIONAL. DECRETO DE EXPULSÃO EXPEDIDO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ANTES DA DELEGAÇÃO DE PODERES AO MINISTRO DE ESTADO DE JUSTIÇA PREVISTA NO DECRETO N. 3.447/2000. AUSÊNCIA DE ATO IMPUTÁVEL AO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA. INCOMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. 1. Trata-se de habeas corpus fundado na iminência de constrangimento ilegal decorrente da prisão administrativa de estrangeiro prevista no art. 69 da Lei 6.815/80, bem como na expulsão desse estrangeiro do território nacional, argumentando o impetrante que o art. 75, II, "a" da referida legislação confere ao paciente o direito de permanência no Brasil por possuir cônjuge e filhos brasileiros. 2.  ... omissis ... 3. ... omissis ... 4. ... omissis ... 5. Apreciando questão análoga, esta Primeira Seção já se posicionou no sentido de que, quando o decreto de expulsão é atribuível ao Presidente da República, resta evidenciada a ilegitimidade do Ministro de Estado da Justiça para integrar o pólo passivo da impetração, e, por conseguinte, a incompetência desta Corte para apreciação do pedido de habeas corpus. Nesse sentido, citam-se os seguintes julgados: HC 106017 / DF, rel. Ministro Mauro Campbell Marques, DJe 28/10/2008; AgRg no HC 42344 / DF, rel. Ministro Teori Albino Zavascki, DJ 27/6/2005. 6. Impende ressaltar, ainda, que a prisão administrativa de estrangeiro submetido a processo de expulsão, prevista no Estatuto do Estrangeiro, não pode mais ser determinada pelo Ministro da Justiça, porquanto o art. 69 da referida norma é manifestamente incompatível com o texto constitucional disposto no art. 5º, ilegal fundado na decretação de prisão para fins de expulsão a ser proferida pelo Ministro de Estado da Justiça se mostra de todo desarrazoada, porquanto como medida excepcional de restrição da liberdade e acautelatória do procedimento de expulsão somente será admitida mediante decisão da autoridade judiciária, e não mais da autoridade administrativa, nos termos da ordem constitucional vigente. 5 7. Habeas corpus extinto, sem julgamento de mérito, cassando-se a liminar anteriormente deferida. Prejudicado o agravo regimental de iniciativa da União." (grifo nosso) (STJ - HC 134.195-DF - Relator: Ministro MAURO CAMPBELL - Primeira Seção - julgado em 24/06/2009) Pelo art. 5º LXI da Constituição Federal, somente autoridade do Poder Judiciário pode expedir ordens de prisão, razão pela qual somente essas autoridades podem expedir os correspondentes alvarás de soltura. Ademais, o limite constitucional para "resolver" sobre prisões cautelares (preventiva no caso) decretadas pelo Judiciário não inclui o de revogar prisões de tal natureza processual. Destarte, não poderia a ALERJ deliberar sobre prisões de tal natureza para revogá-las, menos ainda adotar resolução administrativa como alvará de soltura. Até porque há regras sobre mandados de prisões e alvarás para fins de registros em órgãos competentes e controle de presos e prisões, que não foram observadas, e se dirigem à competência da autoridade judiciária. A Resolução n.º 108/2010 do CNJ, que trata do cumprimento de alvarás de soltura e sobre a movimentação de presos dos sistema carcerário é explícita ao citar em seu art. 1º, §6º: "Art. 1º O juiz competente para decidir a respeito da liberdade ao preso provisório ou condenado será também responsável pela expedição e cumprimento do respectivo alvará de soltura, no prazo máximo de vinte e quatro horas. §6º O cumprimento do alvará de soltura é ato que envolve o juízo prolator da decisão e a autoridade administrativa responsável pela custódia, não estando submetido à jurisdição, condições ou procedimentos de qualquer outro órgão judiciário ou administrativo, ressalvadas as hipóteses dos parágrafos 1º e 2º" No âmbito da Justiça Estadual do Rio de Janeiro, cujo sistema carcerário absorve os presos federais, a regulamentação da matéria guarda também especificidades e formalidades que são essenciais à Administração da Justiça. É o caso, por exemplo das determinações de que o alvará de soltura seja assinado por 6 autoridade judicial competente (atualmente assinado digitalmente com certificação digital) para conferir-lhe precisão e credibilidade, que seja direcionado a uma única pessoa devidamente qualificada e a necessidade essencial de que antes de sua execução se proceda ao "sarqueamento", para efeito de não liberar presos sobre os quais constem outros registros que impeçam a soltura: "Subseção XIII - Da expedição e cumprimento do Alvará de Soltura, consulta ao Serviço de Arquivo – SARQ e das Cartas Precatórias para cumprimento de Alvarás de Soltura e de Mandados de Prisão (Subseção XIII alterada pelo Provimento CGJ n.º 63/2012, publicado no D.J.E.R.J.,de 29/10/2012, com vigência a contar de 05/11/2012) Art. 237. Concedida a Liberdade, deverá o Titular de Serventia/Responsável pelo Expediente Chefe de Serventia providenciar, imediatamente, comunicação com a Central de Mandados competente para a Soltura, que permanecerá no aguardo do Alvará, dos documentos que eventualmente o instruam, do pedido de Sarqueamento e respectiva resposta, a lhe serem encaminhados nos termos dos artigos seguintes, a fim de assegurar a efetivação da soltura no prazo de Lei. (Redação do parágrafo alterada pelo Provimento CGJ n.º 38/2015, publicado no D.J.E.R.J. de 29/06/2015) Art. 238. O Alvará de Soltura deve se referir a uma única pessoa e, gerado pela Serventia no sistema informatizado, será de imediato encaminhado pelo Titular de Serventia/Responsável pelo Expediente Chefe de Serventia ao Magistrado para a respectiva assinatura eletrônica. (Redação do caput do artigo alterada pelo Provimento CGJ n.º 38/2015, publicado no D.J.E.R.J. de 29/06/2015) § 1º. Lançada a assinatura eletrônica pelo Magistrado, o Titular de Serventia/Responsável pelo Expediente Chefe de Serventia providenciará, incontinenti, o pedido de Sarqueamento do Alvará de Soltura através do correio eletrônico institucional da Serventia, observados os termos do art. 239, § 4º. § 6º. A Central de Mandados, ao receber os documentos, providenciará a respectiva impressão, assinando-a e carimbando-a, e realizará a devida conferência e confirmação de sua autenticidade, lavrando certidão, após o que aguardará a resposta da consulta ao SARQ POLINTER para a efetivação da soltura. (Parágrafo alterado pelo Provimento CGJ n.º 69/2013, publicado no D.J.E.R.J. de 05/12/2013, o qual entrará em vigor em 07/01/2014) § 7º. Para a efetivação da soltura de preso custodiado no Estado do Rio de Janeiro, caberá apenas à Central de Mandados aguardar o resultado da consulta ao referido SARQ. Art. 239. Das mensagens encaminhadas para SARQ, deverão constar todas as informações sobre o conteúdo do Alvará de Soltura, conforme os itens a seguir: I. número do Alvará de Soltura; II. Juízo prolator da Decisão; 7 III. números antigos e atuais do Processo principal e do desmembrado, se for o caso; IV. número do Inquérito/Flagrante/RO/Peça de Informação, se for o caso; V. número do Mandado de Prisão a que se refere, se for o caso; VI. Delegacia de origem, se for o caso; VII. classificação do delito, se for o caso; VIII. nome e qualificação completa do preso (alcunhas, outros nomes e outros dados qualificativos por ele utilizados); IX. local de acautelamento do preso; X. fundamento e data da Decisão; XI. data e local da expedição; XII. nome e matrícula do Juiz de Direito que prolatou a Decisão; XIII. nome e matrícula do Titular de Serventia/Responsável pelo Expediente Chefe de Serventia solicitante. (Redação do inciso alterada pelo Provimento CGJ n.º 38/2015, publicado no D.J.E.R.J. de 29/06/2015) Art. 240. O resultado da consulta ao SARQ será encaminhado pela POLINTER: a) À respectiva Serventia solicitante para fins de instrução do Processo e à Central de Mandados para a efetivação da Soltura, através do recurso “responder a todos”. b) À SEAP, em se tratando de preso acautelado no Sistema Penitenciário, para que a ordem de soltura e respectiva pesquisa passem a constar do prontuário do indivíduo, bem como para as providências administrativas internas que antecedem a soltura. Parágrafo único. A resposta da consulta ao SARQ POLINTER, na forma das alíneas anteriores, deverá ser impressa, assinada e carimbada na Serventia e na Central de Mandados. Art. 241. Para obter a resposta do Sarqueamento, o usuário da Central de Mandados deverá acessar o correio eletrônico da respectiva Central, especialmente criado para esse fim (artigo 239, § 4º). § 1º. Recebida a resposta da POLINTER, a Central de Mandados, após providenciar a respectiva impressão em papel com timbre do Tribunal de Justiça, assinando-a e carimbando-a, procederá ao cumprimento do Alvará de Soltura. § 4º. Cumprida a diligência, a Central de Mandados providenciará a restituição do Alvará, acompanhado da respectiva Certidão e de demais documentos, se houver, ao Juízo que concedeu a liberdade, através de guia de remessa, eletronicamente ou por fax, conforme o caso, sem prejuízo da devolução física nestas duas últimas hipóteses, aplicando-se, no que couber, o disposto no artigo 238, §§ 2º e 3º. (Parágrafo alterado pelo provimento CGJ n.º 69/2013, publicado no D.J.E.R.J. de 05/12/2013, o qual entrará em vigor em 07/01/2014) § 5º. Restando prejudicada a Soltura pela POLINTER, a Central de Mandados lavrará Certidão contendo o prejuízo informado e devolverá imediatamente o Mandado ao Juízo de origem, devendo-se observar os termos do parágrafo anterior. 8 § 6º. Na eventualidade de, a despeito de não haver prejuízo oriundo do SARQ POLINTER, a Unidade de custódia da SEAP, quando lhe for apresentado o Alvará de Soltura pelo Oficial de Justiça, informar acerca de óbice à efetivação da liberdade, o Oficial lavrará Certidão contendo o prejuízo informado, procedendo, após, nos mesmos termos do §5º. Art. 245. Os casos omissos serão decididos pelo Magistrado competente. Trata-se de uma série de registros e formalidades mínimas para que, de um lado, se coíbam as arbitrariedades, permitindo o mais célere cumprimento de alvarás de soltura e, de outro, se impeça que seu cumprimento fora de um protocolo mínimo de segurança no âmbito da atuação jurisdicional, sobretudo na matéria penal, possa repercutir em risco à segurança e ordem públicas. Como se observa do caso concreto, a resolução expedida pela ALERJ para propiciar a soltura dos Deputados Estaduais, não só não serve como alvará de soltura, como descumpre praticamente todos os normativos relacionados ao procedimento. E mais, gera absoluta impropriedade no que toca também à Resolução n.º 137 do CNJ, que trata do banco de dados de mandados de prisão, sendo certo que o que se tem no momento, são mandados de prisões expedidos por este Tribunal. E não só assim agiu a ALERJ, como ainda deixou de efetuar qualquer comunicado a este TRF2 a respeito de sua deliberação de sexta-feira, dia 17/11. Não obstante esta relatoria ter se dirigido com toda deferência à Mesa Diretora da ALERJ quando das buscas e apreensões nos gabinetes dos deputados, emitindo ofício que consta dos autos, até a data de hoje não houve qualquer comunicado formal a respeito da deliberação da ALERJ, menos ainda do ato de soltura. Já quanto ao afastamento, observa-se que a imunidade formal do art. 53, § 2º é regra constitucional excepcional. Por isso se aplica restritivamente diante de princípios constitucionais sensíveis e fundamentais da república. "Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 9 garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;" No que concerne, portanto, ao afastamento, não há regra impondo que ele seja aplicado de forma desigual a deputados estaduais, em desacordo de outros cidadãos, inclusive funcionários públicos, que podem ser afastados cautelarmente do exercício de seus cargos ou funções. A regra que trata de exceção a princípios sensíveis e fundamentais deve ser interpretada em seu restrito limite. Não há na Constituição Federal regra expressa que desiguale as pessoas a ponto de determinar imunidade formal quanto ao afastamento do exercício da função. Por sua vez o afastamento do exercício da função não é prisão nem como se quer qualificar o instituto, dizendo ser ele "medida alternativa à prisão", coisa que ele também não é. Ele é medida cautelar diversa da prisão. Portanto prisão não é, e nem se equivale a ela. "Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 10 VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). IX - monitoração eletrônica." (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). Por fim, quanto ao afastamento, note-se que não se está afastando ninguém do mandato, mas do exercício dele, o que nada tem a ver com “impedimento indireto” ao mandato. E tanto não estão afastados do mandato, que prosseguem sendo processados no foro por prerrogativa de função. 2 - Conclusão Parcial A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro desafortunadamente usurpou a competência e a função judiciária federal, fazendo de mera resolução que deveria se conter no restrito limite estabelecido pela Constituição Federal verdadeira ordem de soltura, a qual só poderia ser dada pelo Poder Judiciário Federal, e ainda a transformou em esdrúxulo alvará de soltura, tudo sem o mínimo conteúdo nem forma de direito[1] . Ademais, avançou em deliberação que não lhe estava autorizada pela Constituição Federal e as leis do país, resolvendo, sem competência alguma, sobre afastamento cautelar de natureza processual penal, o que também está na competência desta Corte Federal, que sobre ele deliberara oralmente nos votos dos Desembargadores que sobre o ponto trataram, entendendo que a decretação das prisões preventivas, acolhendo pedido sucessivo anterior do MPF, tornou implícito o afastamento do exercício da função. Tais fatos, para além de ilegais, ainda constituem flagrante sinal de exercício desarmônico por parte do Legislativo Estadual, criando obstáculos ao exercício efetivo do Poder Judiciário Federal (art. 2º da CF). "Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário." Ante o exposto, voto no sentido de que sejam restabelecidas as ordens de prisões preventivas, assim como os efeitos ainda vigentes dos mandados de prisões expedidos por esta Seção Especializada em face dos três Deputados Estaduais indevidamente soltos, com seus imediatos recolhimentos ao estabelecimento aonde se encontravam presos por ordem deste Tribunal. 11 Não obstante, sendo conhecido por ora o resultado ainda não invalidado da sessão da ALERJ, que resolveu sobre as prisões, no sentido de não as afastar da imunidade formal, mas tendo em vista o quanto revelado nos autos da representação do MPF, no sentido da real probabilidade de que, no exercício dos cargos, e dada proeminência com que os Deputados em questão os vêm exercendo ao longo de anos no Estado, sejam capazes de prosseguir por meio deles praticando infrações, ratifico o afastamento do exercício dos cargos, na forma do art. 319, VI do CPP. 3 - Possibilidade de requisição de forças e intervenção federal          Fatos públicos e notórios ocorridos no dia da realização da votação na ALERJ, para além do descumprimento da decisão desta Corte, impedindo o ingresso da oficial de justiça do Tribunal de Justiça do Estado para cumprir decisão judicial, bem como a dissimulada ocupação das galerias populares da Casa, com assessores e funcionários da própria Assembléia, demonstram que é provável que novas ações possam ser tomadas para criar óbices e descumprimento de decisões desta Corte Federal. Para tais hipóteses, está prevista a intervenção federal: "Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta." Destarte, e como não é possível a este órgão estar a se reunir extraordinariamente a 12 todo instante, que fique desde já assentado que, em caso de novo descumprimento de ordem judicial desta Corte Federal ou de obstáculos ao exercício da jurisdição federal, seja oficiado ao Presidente deste Tribunal, para que, nos termos do art. 19 da Lei n.º 8.038/90[2], solicite ao Supremo Tribunal Federal a intervenção federal para os fins colimados. É como voto. ABEL GOMES Desembargador Federal

JOSÉ DIRCEU A dança de Malandro 30 anos <<>> O TRF4 Não acatou Os Embargos De Declaração Dirceu Já Tem Ordem de Captura








RENATO SANTOS 21-11-2017 Lembram do samba  de Dirceu, se  gritar  pega  ladrão, pois é, pegou mesmo, ele zombou  da Justiça, com as nossas caras, e do  País, mas esqueceu  de correr  dentro  do prazo e aí  o malandro se danou-se, a sua pena  poderá  ser  de 30 anos. 





O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou, nesta terça-feira (21), embargos de declaração encaminhados pelo ex-ministro José Dirceu (PT). 


Ele já teve a condenação na Operação Lava-Jato confirmada na segunda instância e tentava reverter a sentença ainda na esfera do tribunal. Em setembro, o TRF aumentou a pena que tinha sido determinada pelo juiz.



O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgou no início da manhã de hoje (21/11) os embargos de declaração interpostos pelos réus da Operação Lava Jato do núcleo da Engevix, sendo também réus nesse processo o ex-ministro José Dirceu e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque.

Apelação Criminal Nº 5045241-84.2015.4.04.7000 (Processo Eletrônico - E-Proc V2 - TRF)
Originário: Nº 5045241-84.2015.4.04.7000 (Processo Eletrônico - E-Proc V2 - PR)
Data de autuação: 29/08/2016 15:20:47
Relator: JOÃO PEDRO GEBRAN NETO - 8ª Turma
Órgão Julgador: GAB. 82 (Des. Federal JOÃO PEDRO GEBRAN NETO)

Situação: MOVIMENTO
Justiça gratuita: Não requerida
Valor da causa: 0.00
Intervenção MP: Não
Maior de 60 anos: Sim
Competência: Penal (Turma)
Assuntos

A 8ª Turma negou os recursos de Dirceu, do ex-presidente da Engevix Gerson de Mello Almada e do irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, mantendo-se assim a integralidade do acórdão julgado em 26 de setembro.

Dirceu alegava as seguintes omissões ou obscuridades no acórdão: violação à ampla defesa, ilegitimidade na utilização do depoimento de réus colaboradores, ausência de participação de Luiz Eduardo nos crimes de corrupção, equívocos nos critérios de progressão de regime e temas referentes à dosimetria da pena.

O colegiado deu parcial provimento ao recurso de Duque e corrigiu erro material, reconhecendo erro de cálculo no valor individual de cada dia-multa, passando o valor de 540 dias-multa para 448 dias-multa, no valor unitário de três salários mínimos.


Não foram conhecidos os embargos de declaração do ex-sócio de José Dirceu, Júlio César Santos, por ajuizamento do recurso fora do prazo.


Também não foram conhecidos os embargos de declaração do lobista Fernando Antônio Guimarães Houernaux de Moura e do ex-assessor de José Dirceu, Roberto Marques, por inadequação da via processual eleita, ou seja, o pedido feito não pode ser analisado em embargos de declaração.


A Turma também negou provimento ao recurso do ex-sócio da Engevix José Antunes Sobrinho, que requeria que sua absolvição constasse expressamente na ementa do acórdão.

Pra Quem Afirma que a Constituição de 88 é comunista Cuidado <<>> A C,F dá Garantias da Religião a Liberdade Culto e









RENATO SANTOS 21-11-2017   Quando  você  ouvir e ler postes  dizendo que  a Nossa Constituição é  comunista  cuidado, não  é bem  a verdade, trata-se  de pessoas  jogam de dois lados, mas, o radicalismo  é  um câncer  que sempre faz mal, veja  os exemplos de alguns  grupos  que pregam intolerância , cuidado amigos  para não serem   ludibriados .





Hoje  irei  escrever  sobre  a função de diácono na  Igreja  Instituição, peço a  Deus  que  me  conceda palavras  sinceras, a tarefa é  difícil mas  importante  para  auxiliar  o pastor  e a Igreja de Cristo. 

É  um trabalho  feito  com amor  e dedicação a  Deus, porém  de muita responsabilidade além de ser  voluntário, cada  Instituição tem suas  normas, na Igreja Presbiteriana Conservadora, a escolha  do diácono  não é feita  por indicação direta  do pastor  como ocorre  nas igrejas pentecostais  e neo pentecostais  e  sim por eleição,  depois de eleito  por  votos dos membros.  

O  diácono fica em prova por seis meses, passado  esse período toma posse  diante  do Conselho  da  Igreja e é comunicado com assinatura  de termo de posse  diante  dos  membros, ha  uma  Constituição e  Ordem e seus  artigos e diploma Legal, porém  o Maior  fundamento  esta na Nossa Constituição Federal de 1988 e  da  Bíblia  Sagrada.


Primeira  mente  para  que não haja  nenhuma  dúvida, iremos  escrever  o que  Ordena  a Nossa  Carta  Maior  a  Bíblia.


As Qualificações dos Diáconos
A única passagem que menciona as qualificações para os diáconos é 1Timóteo 3.8-13. Nessa passagem, Paulo apresenta uma lista oficial, porém não exaustiva, dos requerimentos para os diáconos.
As similaridades entre as qualificações para diáconos e presbíteros/bispos em 1Timóteo 3 são notáveis. Assim como as qualificações para os presbíteros, um diácono não pode ser dado ao vinho (v. 3), avarento (v. 3), irrepreensível (v. 2; Tt 1.6), marido de uma só mulher (v. 2), e um hábil governante de seus filhos e de sua casa (vv. 4-5). Além disso, o foco das qualificações é o caráter moral da pessoa que há de preencher o ofício: um diácono deve ser maduro e acima de reprovação. 

A principal diferença entre um presbítero e um diácono é uma diferença de dons e chamado, não de caráter.
Paulo identifica nove qualificações para os diáconos em 1Timóteo 3.8-12:
  1. Respeitáveis (v. 8): Esse termo normalmente se refere a algo que é honorável, digno, estimado, nobre, e está diretamente relacionado a “irrepreensível”, que é dado como uma qualificação para os presbíteros (1 Tm 3.2).
  2. De uma só palavra (v. 8): Aqueles que têm a língua dobre dizem uma coisa a certas pessoas, mas depois dizem algo diferente a outras, ou dizem uma coisa, mas querem dizer outra. Eles têm duas faces e são insinceros. As suas palavras não podem ser confiadas, então eles carecem de credibilidade. 
  3. Não inclinados a muito vinho (v. 8): Um homem é desqualificado para o ofício de diácono se for viciado em vinho ou outra bebida forte. Tal pessoa carece de domínio próprio e é indisciplinada. 
  4. Não cobiçosos de sórdida ganância (v. 8): Se uma pessoa ama o dinheiro, não está qualificado para ser um diácono, especialmente porque os diáconos com freqüência lidam com questões financeiras da igreja. 
  5. Sólidos na fé e na vida (v. 9): Paulo também indica que um diácono deve “conservar o mistério da fé com a consciência limpa”. A expressão “o mistério da fé” é simplesmente um modo de Paulo falar do evangelho (cf. 1Tm 3.16). Conseqüentemente, essa afirmação se refere à necessidade de os diáconos manterem-se firmes no verdadeiro evangelho, e não oscilantes. Contudo, essa qualificação não envolve apenas as crenças de alguém, pois o diácono também deve manter essas crenças “com a consciência limpa”. Isto é, o comportamento de um diácono deve ser consistente com suas crenças. 
  6. Irrepreensíveis (v. 10): Paulo escreve que os diáconos devem ser “primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato” (v. 10). “Irrepreensíveis” é um termo genérico, que se refere ao caráter geral de uma pessoa. Embora Paulo não especifique que tipo de teste deve ser feito, no mínimo, deve-se examinar a vida pessoal, a reputação e as posições teológicas do candidato. Mais do que isso, a congregação não deveria examinar apenas a maturidade moral, espiritual e doutrinária do diácono em potencial, mas deveria também considerar o histórico de serviço da pessoa na igreja. 
  7. Esposa piedosa (v. 11): É discutível se o versículo 11 se refere à esposa do diácono ou a uma diaconisa. No que interessa a esta discussão, vamos assumir que o versículo esteja falando das qualificações da esposa de um diácono. De acordo com Paulo, as esposas dos diáconos devem ser “respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo” (v. 11). Como o seu marido, a esposa deve ser respeitável ou honorável. Em segundo lugar, ela não deve ser maldizente, uma pessoa que espalha fofocas. A esposa de um diácono deve também ser temperante ou sóbria. Isso é, ela deve ser apta a fazer bons julgamentos e não deve estar envolvidas em coisas que possam embaraçar tal julgamento. Por fim, ela deve ser “fiel em todas as coisas” (cf. 1Tm 5.10). Esse é um requerimento genérico que funciona semelhantemente ao requerimento para que os presbíteros e diáconos sejam “irrepreensíveis” (1Tm 3.2; Tt 1.6; 1Tm 3.10). 
  8. Marido de uma só mulher (v. 12): A melhor interpretação dessa passagem difícil consiste em entendê-la como a fidelidade do marido para com sua esposa. Ele deve ser “um homem de uma única mulher”. Isso é, não deve haver qualquer outra mulher em sua vida com a qual ele se relacione em intimidade, seja emocionalmente, seja fisicamente. 
  9. Governe bem seus filhos e a própria casa (v. 12):Um diácono deve ser o líder espiritual de sua esposa e filhos. 
De modo geral, se uma qualificação moral é listada para presbíteros, mas não para diáconos, aquela qualificação ainda se aplica a estes. O mesmo ocorre para aquelas qualificações listadas para diáconos, mas não para presbíteros. Por exemplo, um diácono deve ser um homem de “uma só palavra” (v. 8). Paulo não afirma explicitamente o mesmo acerca dos presbíteros, mas não há dúvida de que tal se aplica a eles, uma vez que Paulo disse que os presbíteros devem ser “irrepreensíveis”, o que incluiria essa injunção.
Ainda assim, nós deveríamos observar as diferenças nas qualificações, uma vez que ou elas significam um traço peculiarmente adequado ao oficial para que cumpra seus deveres, ou são algo que era problemático no lugar para onde Paulo escreveu (no caso, Éfeso). Isso deve ficar mais claro à medida que passemos a considerar as responsabilidades de um diácono.
As Responsabilidades dos Diáconos
Se o ofício de presbítero é freqüentemente ignorado na igreja moderna, o ofício de diácono é freqüentemente mal-entendido. Conforme o Novo Testamento, a função do diácono é, principalmente, ser um servo. A igreja precisa de diáconos para proverem suporte logístico e material, de modo que os presbíteros possam focar na Palavra de Deus e na oração.
O Novo Testamento não nos dá muita informação acerca do papel dos diáconos. Os requerimentos dados em 1Timóteo 3.8-12 focam no caráter e na vida familiar do diácono. Existem, contudo, algumas dicas quanto à função dos diáconos quando os requerimentos são comparados àqueles dos presbíteros. Embora muitas das qualificações sejam as mesmas ou muito similares, há algumas notáveis diferenças.
Talvez a distinção mais perceptível entre presbíteros e diáconos seja que os diáconos não precisam ser “aptos a ensinar” (1Tm 3.2). Diáconos são chamados a “conservar” a fé com uma consciência limpa, mas não são chamados a “ensinar” aquela fé (1Tm 3.9). Isso sugere que os diáconos não têm um papel de ensino oficial na igreja.
Como os presbíteros, os diáconos devem governar bem sua casa e seus filhos (1Tm 3.4, 12). Porém, ao referir-se aos diáconos, Paulo omite a seção na qual compara governar a própria casa a cuidar da igreja de Deus (1Tm 3.5). O motivo dessa omissão é, mais provavelmente, devido ao fato de que aos diáconos não é dada uma posição de liderança ou governo na igreja – essa função pertence aos presbíteros.
Embora Paulo indique que um indivíduo deva ser testado antes de poder exercer o ofício de diácono (1Tm 3.10), o requerimento de que ele não seja um neófito não está incluso. Paulo observa que, se um diácono for um recém convertido, pode ocorrer que ele “se ensorbebeça e incorra na condenação do diabo” (1Tm 3.6). Uma implicação dessa diferença poderia ser que aqueles que exercem o ofício de presbítero são mais suscetíveis ao orgulho porque possuem liderança sobre a igreja. Ao contrário, não é tão provável que um diácono, o qual se acha mais em um papel de servo, caia no mesmo pecado. Finalmente, o título de “bispo” (1Tm 3.2) implica a supervisão geral do bem-estar espiritual da congregação, ao passo que o título “diácono” implica alguém que possui um ministério orientado para o serviço.
Além do que podemos vislumbrar dessas diferenças nas qualificações, a Bíblia não indica claramente a função dos diáconos. Contudo, baseado no padrão estabelecido em Atos 6, com os apóstolos e os Sete, parece melhor enxergar os diáconos como servos que fazem o que for necessário para permitir que os presbíteros cumpram o seu chamado divino de pastorear e ensinar a igreja. Assim como os apóstolos delegaram responsabilidades administrativas aos Sete, também os presbíteros devem delegar certas responsabilidades aos diáconos, de modo que os presbíteros possam focar os seus esforços em outras atividades. Como resultado, cada igreja local é livre para definir as tarefas dos diáconos conforme as suas necessidades particulares.
Quais são alguns deveres pelos quais os diáconos devem ser responsáveis hoje? Eles poderiam ser responsáveis por qualquer coisa que não seja relacionada ao ensino e ao pastoreio da igreja. Tais deveres poderiam incluir:
  • Instalações: Os diáconos poderiam ser responsáveis por administrar a propriedade da igreja. Isso incluiria assegurar que o lugar de culto esteja preparado para a reunião de adoração, limpá-lo, ou administrar o sistema de som.
  • Benevolência: Semelhante ao que ocorreu em Atos 6.1-6 com a distribuição diária em favor das viúvas, os diáconos podem estar envolvidos em administrar fundos ou outras formas de assistência aos necessitados.
  • Finanças: Enquanto os presbíteros deveriam, provavelmente, supervisionar as questões financeiras da igreja (At 11.30), pode-se deixar apropriadamente que os diáconos lidem com as questões cotidianas. Isso incluiria coletar e contar as ofertas, manter registros, e assim por diante.
  • Introduções: Os diáconos poderiam ser responsáveis por distribuir boletins, acomodar a congregação nos assentos ou preparar os elementos para a comunhão.
  • Logística: Os diáconos deveriam estar prontos a ajudar em uma variedade de modos, de modo que os presbíteros possam se concentrar no ensino e no pastoreio da igreja.


NA  CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 :

O DIREITO DE RELIGIÃO NO BRASIL

Sumário: I - Da liberdade de religião. II - Da religião na Constituição Federal. 

I - DA LIBERDADE DE RELIGIÃO
A Constituição Federal consagra como direito fundamental a liberdade de religião, prescrevendo que o Brasil é um país laico. Com essa afirmação queremos dizer que, consoante a vigente Constituição Federal, o Estado deve se preocupar em proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa, proscrevendo a intolerância e o fanatismo. Deve existir uma divisão muito acentuada entre o Estado e a Igreja (religiões em geral), não podendo existir nenhuma religião oficial, devendo, porém, o Estado prestar proteção e garantia ao livre exercício de todas as religiões.
É oportuno que se esclareça que a confessionalidade ou a falta de confessionalidade estatal não é um índice apto a medir o estado de liberdade dos cidadãos de um país. A realidade nos mostra que tanto é possível a existência de um Estado confessional com liberdade religiosa plena (v.g., os Estados nórdicos europeus), como um Estado não confessional com clara hostilidade aos fatos religiosos, o que conduz a uma extrema precariedade da liberdade religiosa (como foi o caso da Segunda República Espanhola).(2)
O fato de ser um país secular, com separação quase que total entre Estado e Religião, não impede que tenhamos em nossa Constituição algumas referências ao modo como deve ser conduzido o Brasil no campo religioso. Tal fato se dá uma vez que o Constituinte reconheceu o caráter inegavelmente benéfico da existência de todas as religiões para a sociedade, seja em virtude da pregação para o fortalecimento da família, estipulação de princípios morais e éticos que acabam por aperfeiçoar os indivíduos, o estímulo à caridade, ou simplesmente pelas obras sociais benevolentes praticadas pelas próprias instituições.
Pode-se afirmar que, em face da nossa Constituição, é válido o ensinamento de Soriano de que o Estado tem o dever de proteger o pluralismo religioso dentro de seu território, criar as condições materiais para um bom exercício sem problemas dos atos religiosos das distintas religiões, velar pela pureza do princípio de igualdade religiosa, mas deve manter-se à margem do fato religioso, sem incorporá-lo em sua ideologia.(3)
Por outro lado, não existe nenhum empecilho constitucional à participação de membros religiosos no Governo ou na vida pública. O que não pode haver é uma relação de dependência ou de aliança com a entidade religiosa à qual a pessoa está vinculada. Salienta-se que tal fato não impede as relações diplomáticas com o Estado do Vaticano, "porque aí ocorre relação de direito internacional entre dois Estados soberanos, não de dependência ou de aliança, que não pode ser feita."(4)
A liberdade religiosa foi expressamente assegurada uma vez que esta liberdade faz parte do rol dos direitos fundamentais, sendo considerada por alguns juristas como uma liberdade primária.(5)
Consoante Soriano, a liberdade religiosa é o princípio jurídico fundamental que regula as relações entre o Estado e a Igreja em consonância com o direito fundamental dos indivíduos e dos grupos a sustentar, defender e propagar suas crenças religiosas, sendo o restante dos princípios, direitos e liberdades, em matéria religiosa, apenas coadjuvantes e solidários do princípio básico da liberdade religiosa.(6)
O jurista americano Milton Konvitz salienta que "If religion is to be free, politics must also be free: the free conscience needs freedom to think, freedom to teach, freedom to preach — freedom of speech and press. Where freedom of religion is denied or seriously restricted, the denial or restriction can be accomplished — as in the U.S.S.R., Yugoslavia, or Spain — by limits or prohibitions on freedom to teach, freedom to preach-by restrictions on freedom of speech and press. Political and religious
totalitarianism are two sides of the same coin; neither can be
accomplished without the other."(7), ou seja, não existe como separar o direito à liberdade de religião do direito às outras liberdades, existindo um inter-relacionamento intenso entre todas as liberdades por ele mencionadas (liberdade de ensinança, de consciência, liberdade de pensamento, de imprensa, de pregação etc.).
Jorge Miranda também relaciona a liberdade religiosa com a liberdade política. São suas palavras: "Sem plena liberdade religiosa, em todas as suas dimensões — compatível, com diversos tipos jurídicos de relações das confissões religiosas com o Estado — não há plena liberdade política. Assim como, em contrapartida, aí, onde falta a liberdade política, a normal expansão da liberdade religiosa fica comprometida ou ameaçada."(8)
É importante que se perceba que a idéia de liberdade religiosa não pode ser entendida de uma maneira estática, sem atentar-se para as mudanças de nossa sociedade. Segundo Soriano: "La libertad religiosa no es lo que fue ni lo que es hoy; la libertad religiosa es un concepto histórico, como todas las libertades, que en nuestro tiempo adopta una determinada forma, que no es la única ni la definitiva. También la libertad religiosa ha passado por varias etapas que han ido poco a poco enriqueciéndola. Una primera etapa en la que se reducía exclusivamente a la tolerancia religiosa ante el predominio de un monopolio religioso confesional: la religión dominante toleraba otros credos religiosos distintos y ‘falsos’, debido, primero a los imperativos de orden político, y, después, al reconocimiento de la libertad de conciencia; una etapa que sustituye a otra del más crudo confesionalismo estatal, intransigente y militante, representado en Europa por la diarquía del Pontificado y el Imperio, guardiana de la tradición católica imperante en el continente hasta las luchas religiosas del Renacimiento. Una segunda etapa de predominio del pluralismo confesional con el reconocimiento de las distintas confesiones religiosas: libertad religiosa para las confesiones dentro de un panorama de relativa desigualdad en el ejercício de las religiones. La libertad religiosa no está ahora presidida por el signo de la tolerancia en el ámbito de una única, verdadera y oficial religión del Estado, sino por la aceptación de la pluralidad de credos dentro del territorio del Estado; con ello el fenómeno religioso se engrandece y abarca una diversidade de opciones fideístas y la libertad religiosa se enriquece con la aportación de nuevos horizontes teológico-doctrinales; pero se trata todavia de un pluralismo moderado, el pluralismo de las opciones fideístas y del colectivo de los creyentes exclusivamente. Hay una tercera etapa en la que aún no estamos y cuyos primeros brotes doctrinales comienzan a aparecer en los momentos actuales, la etapa del pluralismo religioso íntegro, como la he llamado en otra ocasión, que representa la inserción de las opciones religiosas no fideístas dentro del concepto y de la protección de la libertad religiosa."(9)
Para se falar em liberdade religiosa é importante analisar-se o próprio conceito de religião, pois conforme ressalta Konvitz, o que para um homem é religião, pode ser considerado por outro como uma superstição primitiva, imoralidade, ou até mesmo crime, não havendo possibilidade de uma definição judicial (ou legal) do que venha a ser uma religião.(10)
Se não é possível uma conceituação legal do que vem a ser religião, podemos tentar definir o conceito com apoio na filosofia.
Em conformidade com as ensinanças de Carlos Lopes de Mattos, religião é a "crença na (ou sentimento de) dependência em relação a um ser superior que influi no nosso ser — ou ainda — a instituição social de uma comunidade unida pela crença e pelos ritos".(11)
Para o Professor Régis Jolivet, da Universidade Católica de Lyon, o vocábulo religião pode ser entendido em um sentido subjetivo ou em um sentido objetivo. Subjetivamente, religião é "homenagem interior de adoração, de confiança e de amor que, com todas as suas faculdades, intelectuais e afetivas, o homem vê-se obrigado a prestar a Deus, seu princípio e seu fim". Objetivamente, religião seria "o conjunto de atos externos pelos quais se expressa e se manifesta a religião subjetiva (= oração, sacrifícios, sacramentos, liturgia, ascise, prescrições morais)".(12)
Juan Zaragüeta, com mais precisão esclarece que "I) La ‘religión’ consiste essencialmente en el homenaje del hombre a Dios. Pero la precision de esta definición tropieza con la doble dificultad: 1) de definir el concepto de Dios, de tan múltiple acepción (véase); 2) de determinar en qué consiste el homenaje religioso. A) A este propósito cabe distinguir: a) la religión interessada, que busca a Dios como un Poder superior a los de este mundo, para hacerle propicio (con oraciones y sacrificios) a los hombres, en el doble sentido de liberarlos de los males y procurarles los bienes de esta vida; b) la religión desinteressada, que (sin excluir lo anterior) busca sobre todo a Dios para hacerle el homenaje — culto interno o mental y externo o verbal y real, especialmente sacrificial, privado y público (véase) — de la adoración y del amor de los hombres. B) La religión: a) no moral, que considera a Dios como el legislador y sancionador, en esta vida o en la otra, del orden moral y jurídico, y al ‘pecado’ o infracción de este orden (que incluye también el religioso) como una ofensa de Dios, que quien cabe recabar su perdón a base del propósito de volver a cometerlo. Las religiones inferiores se caracterizan en ambos conceptos por atenerse al sentido a) y las superiores al sentido b). Hay que advertir, sin embargo, que la religión, incluso en el sentido b), se presta a ser utilizada hasta por los que no creen en Dios y para los demás en el concepto de A) b), como fuente de consuelo para el alma; y en el concepto B) b) como auxiliar del orden moral y político (concepto ‘pragmático’ de la religión). II) Se distinguen también la religión natural y las religiones positivas, o históricamente existentes; de las que varias pretenden ser reveladas por Dios con revelación variamente garantizada, y por ende sobrenaturales, no sólo por el modo de la revelación, sino también por la elevación con ella del hombre a una condición de intimidad con Dios (la ‘gracia santificante’, conducente tras de la muerte a la ‘gloria’ o visión beatifica de Dios) que por su naturaleza no le corresponde; la religión cristiana descuella como tal religión sobrenatural. Es de advertir que espíritus agnósticos tocante al dogma de la existencia o cuando menos de la esencia de Dios, no renuncian a la religión como sentimento o actitud de dependencia respetuosa del hombre del impe-netrable. Absoluto imanente o transcendente al mundo que nos rodea. De esta actitud ha derivado el sentido de ‘lo religioso’ hasta a actos de la vida profana que se entienden ejercidos con una absoluta seriedad o deberes cumplidos con escrupulosa diligência."(13)
A liberdade de religião engloba, na verdade, três tipos distintos, porém intrinsecamente relacionados de liberdades: a liberdade de crença; a liberdade de culto; e a liberdade de organização religiosa.
Consoante o magistério de José Afonso da Silva, entra na liberdade de crença "a liberdade de escolha da religião, a liberdade de aderir a qualquer seita religiosa, a liberdade (ou o direito) de mudar de religião, mas também compreende a liberdade de não aderir a religião alguma, assim como a liberdade de descrença, a liberdade de ser ateu e de exprimir o agnosticismo. Mas não compreende a liberdade de embaraçar o livre exercício de qualquer religião, de qualquer crença..."(14)
A liberdade de culto consiste na liberdade de orar e de praticar os atos próprios das manifestações exteriores em casa ou em público, bem como a de recebimento de contribuições para tanto.(15)
A liberdade de organização religiosa "diz respeito à possibilidade de estabelecimento e organização de igrejas e suas relações com o Estado."(16)
A liberdade de religião não está restrita à proteção aos cultos e tradições e crenças das religiões tradicionais (Católica, Judaica e Muçulmana), não havendo sequer diferença ontológica (para efeitos constitucionais) entre religiões e seitas religiosas. Creio que o critério a ser utilizado para se saber se o Estado deve dar proteção aos ritos, costumes e tradições de determinada organização religiosa não pode estar vinculado ao nome da religião, mas sim aos seus objetivos. Se a organização tiver por objetivo o engrandecimento do indivíduo, a busca de seu aperfeiçoamento em prol de toda a sociedade e a prática da filantropia, deve gozar da proteção do Estado.
Por outro lado, existem organizações que possuem os objetivos mencionados e mesmo assim não podem ser enquadradas no conceito de organização religiosa (a maçonaria é um exemplo desse tipo de sociedade). Penso que em tais casos o Estado é obrigado a prestar o mesmo tipo de proteção dispensada às organizações religiosas, uma que vez existe uma coincidência de valores a serem protegidos, ou seja, as religiões são protegidas pelo Estado simplesmente porque as suas existências acabam por beneficiar toda a sociedade (esse benefício deve ser verificado objetivamente, não bastante para tanto o simples beneficiamento para a alma dos indivíduos em um Mundo Superior — os atos, ou melhor, a conseqüência dos atos, deve ser sentida nesse nosso mundo). Existindo uma coincidência de valores protegidos, deve existir uma coincidência de proteção.
Devemos ampliar ainda mais o conceito de liberdade de religião para abranger também o direito de proteção aos não-crentes, ou seja, às pessoas que possuem uma posição ética, não propriamente religiosa (já que não dá lugar à adoção de um determinado credo religioso), saindo, em certa medida do âmbito da fé(17), uma vez que a liberdade preconizada também é uma liberdade de fé e de crença, devendo ser enquadrada na liberdade religiosa e não simplesmente na liberdade de pensamento.
Pontes de Miranda reforça esses argumentos ao afirmar que tem se perguntado se na liberdade de pensamento caberia a liberdade de pensar contra certa religião ou contra as religiões. Salienta que nas origens, o princípio não abrangia essa emissão de pensamento, tendo posteriormente sido incluído nele alterando-se-lhe o nome para ‘liberdade de crença’, para que se prestasse a ser invocado por teístas e ateus. Afirma, por fim, que "liberdade de religião é liberdade de se ter a religião que se entende, em qualidade, ou em quantidade, inclusive de não se ter."(18)

II - DA RELIGIÃO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Para a análise do tema é conveniente que se traga à colação os dispositivos constitucionais a ele relativo. Vejamos:
A Constituição Federal, no artigo 5º, VI, estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.
O inciso VII afirma ser assegurado, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.
O inciso VII do artigo 5º, estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
O artigo 19, I, veda aos Estados, Municípios, à União e ao Distrito Federal o estabelecimento de cultos religiosos ou igrejas, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
O artigo 150, VI, "b", veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a instituição de impostos sobre templos de qualquer culto, salientando no parágrafo 4º do mesmo artigo que as vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
O artigo 120 assevera que serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais, salientando no parágrafo 1º que o ensino religioso, de matéria facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
O artigo 213 dispõe que os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação e assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. Salientando ainda no parágrafo 1º que os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
O artigo 226, parágrafo 3º, assevera que o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
Cada um desses dispositivos constitucionais poderia dar origem a uma monografia, porém, por uma opção meramente didática, optamos, como já se deve ter percebido, por não tratá-los por tópicos isolados, tecendo comentários sobre eles no bojo do texto.