RENATO SANTOS 07/10/2016 Quero chamar atenção dos pais aqui no Brasil, apesar de não ser ter muita noticia de adolescente se suicidando por causa de bulling nas Escolas, mas, precisamos ficar atento quanto a esse assunto.
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A MORTE DA MENINA DE 13 ANOS EM 2013, VIROU FILME |
Em 2013, um caso semelhante ocorreu na França para ninguém se esquecer jamais, muitas vezes os pais que não tem dialogo com a filha ou filho e deixa passar por desapercibido os fatos, podem ter surpresas nada agradavel , precisamos é não descuidar jamais.
Poderíamos até pedir para as pessoas que foram vítimas de bulling que é um assassinato que compartilhassem a sua história para publicarmos no blog e alertas as pessoas desse perigo.
Aqui no Brasil depois da lei, ficou pior estão aplicando o BULLING SILENCIOSO : SAIBA O QUE É :
fonte : com informações da Purdue University
Fonte: http://oqueeutenho.uol.com.br/portal/2011/06/07/exclusao-social-e-bullying-silencioso-e-geralmente-subestimado-diz-especialista/
Exclusão social é bullying silencioso e geralmente subestimado, diz especialista
A exclusão social – que leva ao ostracismo e solidão – pode não deixar marcas visíveis, mas a dor que se sente é mais profunda e duradoura do que se imagina, aponta um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Purdue, nos EUA.
“Ser excluído ou sofrer ostracismo é uma forma invisível de bullying e geralmente nós subestimamos seus impactos”, diz Kipling D. Williams, autor do estudo. “Ser excluído por colegas no colégio, no trabalho, ou mesmo cônjuges ou familiares pode ser insuportável. E como o ostracismo é uma experiência de três estágios – os atos iniciais de ser ignorado ou excluído, enfrentamento e resignação –, os sentimentos de dor podem ter efeitos duradouros. Pessoas e clínicos precisam estar atentos sobre isso e assim evitar depressão e outras experiências negativas”.
Segundo Williams, a dor da exclusão é física também. “Quando uma pessoa é isolada socialmente, o córtex cingulado dorsal anterior do cérebro, que registra a dor física, também sente essa injustiça social”, explica Williams. “Ser excluído, portanto, é doloroso porque ameaça as necessidades humanas fundamentais, que são o pertencimento e a autoestima. E essa dor pode ser sentida mesmo quando a exclusão é praticada por um desconhecido ou por um curto período”.
O estudo envolveu mais de 5 mil participantes em um jogo de computador, desenvolvido por Williams, no qual o foco era mostrar como apenas dois ou três minutos de exclusão podem provocar sentimentos negativos prolongados.
As reações à exclusão foram muito parecidas em todos os participantes. As formas de enfrentamento variaram, mas o mais comum foi o participante excluído assumir comportamentos que poderiam aumentar sua futura inclusiva, como obedecer a ordens, cooperar ou expressão de simpatia. “Mas se eles sentem que há pouca esperança para a reinclusão ou que têm pouco controle sobre suas vidas, podem recorrer ao comportamento provocativo e até mesmo agressão”, diz Williams. “Em algum ponto, a pessoa para de se preocupar em ser agradável e quer apenas ser notada”.
No entanto, se uma pessoa tiver sido isolada por um longo tempo, eles podem não ter capacidade para continuar a enfrentar, pois a dor persiste. “Algumas pessoas podem desistir”.
O terceiro estágio, de resignação, é quando as pessoas que foram isoladas estão menos esperançosas e mais agressivas do que as outras em geral. “Isso também aumenta a raiva e a tristeza, e o ostracismo de longo termo pode resultar em alienação, depressão, desamparo e sentimentos de indignidade”.
Williams agora está tentando entender melhor como pessoas excluídas podem ser atraídas a grupos com sentimentos mais extremistas e qual a reação de grupos de excluídos.
“Esses grupos proveem aos membros uma sensação de pertencimento, valor próprio e controle, mas podem fomentar o radicalismo e a intolerância e, talvez, uma propensão para a hostilidade e a violência”, diz. “Quando uma pessoa se sente excluída socialmente, ela perde o controle e o comportamento agressivo é um jeito de restaurá-lo. Quando esses indivíduos se juntam em um grupo, podem haver consequências negativas”, conclui.
Émilie, de 17 anos, se matou em janeiro. Marion tinha 13 anos quando tirou a própria vida em 2013. Ambas cometeram suicídio depois de terem sido vítimas de bullying na escola.
A morte prematura e trágica das duas adolescentes desencadeou um debate sobre a melhor forma de proteger jovens e, ao mesmo tempo, ensiná-los a respeitar uns aos outros. O drama de ambas também foi exposto pela imprensa francesa.
O sofrimento de Émilie tornou-se público quando um jornal francês reproduziu trechos do diário da adolescente divulgados pelos pais dela.
Em seguida, uma rede de televisão exibiu o filme Marion, para sempre 13 - uma dramatização da vida de Marion Fraisse, que morreu há três anos.
Para tentar compreender melhor sugiro que assistem o filme de 90 minutos mostra como seu sofrimento foi crescendo gradualmente, de forma imperceptível para quase todos ao seu redor.
Numa sala cheia de alunos, Marion fica marcada como uma das garotas boazinhas. Aos poucos, vai perdendo amigas, e passa a ser vítima de rumores, insultos e isolamento.
Um certa ocasião, Marion é abordada no corredor da escola por um grupo de garotos, que a agarram, reviram e jogam longe seus sapatos. "Ela estava pedindo para isso acontecer", diz uma garota que testemunhou tal cena.
Após esse episódio, Marion fica abalada e chora. A partir desse momento, o filme mostra como ela entra em desespero, se rende à depressão e, finalmente, toma a decisão radical de acabar com a própria vida.
Se aqui no Brasil uma emissora de tv exibisse esse filme, na íntegra, mostraria o que realmente funciona nos bastidores, apesar de termos leis para isso.
O filme exibido na televisão francesa foi adaptado do livro escrito pela mãe de Marion, Nora Fraisse. Depois de encontrar uma carta da filha, Nora decidiu publicar a história da adolescente.
O ato pode ser considerado comovente, porque um dos elementos mais marcantes dessa história é a forma como os pais de Marion narram saber o que estava acontecendo com sua filha.
Entrevistada por um jornal francês para divulgar o lançamento da dramatização, a atriz Julie Gayet, que interpreta Nora, disse que o filme traz dois pontos de vista: Marion e sua mãe.
Segundo a atriz, o roteiro "mostra que os pais nunca conhecem realmente os filhos". "Metade da vida de uma criança lhes escapa", observou Gayet.
Mais de quatro milhões de pessoas sintonizaram no canal de televisão para assistir ao drama, cuja exibição que foi sucedida por um debate de uma hora. Muitos levaram a discussão para as redes sociais, onde compartilharam suas histórias e expressaram suas opiniões.
"Não é suicídio, é assassinato", escreveu uma usuária do Twitter que se identificou como Sara. Outro sugeriu que o filme fosse exibido em escolas. Muita gente descreveu suas próprias experiências com bullying, narrando que o trauma os perseguiu por anos mesmo já tendo saído da escola.