Fidel Alejandro Castro Ruz (Birán, 13 de agosto de 1926) é um revolucionário comunistacubano, primeiro presidente do Conselho de Estado da República de Cuba (1976-2008). Até 2006 foi primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba2 .
Castro nunca foi eleito através de eleições diretas, não permitiu a criação de partidos de oposição, nem liberdade de imprensa – Cuba é considerado um dos países com menor liberdade de imprensa do mundo – durante o período em que esteve como líder do regime ditatorial cubano.3 4 Seu governo foi e continua sendo amplamente criticado pela comunidade internacional por violações aos direitos humanos.5 6 7 Apesar das controvérsias, foi durante o governo de Castro que Cuba alcançou altos índices de desenvolvimento humano e social e deu diversos exemplos de solidariedade humanitária, como a menor taxa de mortalidade infantil das Américas8 , erradicação do analfabetismo9 e da desnutrição infantil10 , tratamento gratuito de mais de 124 mil vítimas do acidente nuclear de Chernobyl11 , participação direta na luta pelo fim do Apartheid na África do Sul12 , treinamento de médicos do Timor Leste13 , entre outros.
Líder e secretário-geral do partido desde sua fundação, em 1965, em 19 de abril de 2011, Fidel, que já havia entregue o cargo de presidente em 2006, foi substituído como secretário-geral do Partido Comunista Cubano por seu irmão, Raúl Castro, retirando-se oficialmente da vida política do país.14 15
Ganhou o Prêmio Olivo da Paz do Conselho Mundial da Paz em 2011 pela coexistência pacífica entre as nações e por ser uma personalidade que contribuiu para o desarmamento.16
Infância e estudos
Castro nasceu fora do casamento na fazenda de seu pai em 13 de agosto de 1926.17 Seu pai, Ángel Castro y Argiz, foi um migrante de Cuba a partir da Galiza, noroeste da Espanha.18 Ele tinha se tornado um bem sucedido produtor de cana-de-açúcar na fazenda de Las Manacas, emBirán, Província do Oriente,19 e depois do colapso do seu primeiro casamento, ele tomou sua serva doméstica, Lina Ruz González, como sua amante e mais tarde sua segunda esposa; juntos eles tiveram sete filhos, entre eles Fidel.20 Com 6 anos de idade, Castro foi enviado para viver com seu professor, em Santiago de Cuba,21 antes de ser batizado na Igreja Católica Romana aos 8 anos.22 Ser batizado habilitou Fidel a estudar no colégio La Salle, em Santiago, onde regularmente se comportava mal, e por isso foi enviado ao financiamento privado, a escolajesuíta Dolores, em Santiago.23 Em 1945 transferiu-se para o colégio jesuíta mais prestigiado, El Colegio de Belén, em Havana.24 Embora ele tivesse um interesse em história, geografia e debatido em Belén, ele não se destacou academicamente, em vez disso dedicou boa parte de seu tempo a praticar esportes.25
Em 1945, Castro começou a estudar Direito na Universidade de Havana.26 Admitindo que ele era "politicamente analfabeto", se envolveu em ativismo estudantil,27 e a violenta cultura gangsterista dentro da universidade.28 Apaixonado por anti-imperialismo e opondo-se a intervenção dos Estados Unidos no Caribe,29 ele, sem sucesso, fez campanha para a presidência da Federação de Estudantes Universitários (Federación Estudiantíl Universitaria - FEU) com uma plataforma de "honestidade, decência e justiça".30 Tornou-se crítico da corrupção e violência do governo do presidente Ramón Grau, com um discurso público sobre o assunto em novembro de 1946, que lhe valeu um lugar na primeira página de vários jornais.31
Em 1947, Castro entrou para o Partido Socialista do Povo Cubano (Partido Ortodoxo), fundado pelo político veterano Eduardo Chibás. Uma figura carismática, Chibás defendeu a justiça social, o governo honesto, e liberdade política, enquanto que o seu partido estava exposto a corrupção e exigia reformas. Apesar de Chibás perder a eleição, Castro permaneceu empenhado em trabalhar em seu nome.32 A violência estudantil em Grau logo se intensificou empregando líderes de gangues como policiais, e Castro logo recebeu uma ameaça de morte instando-o a deixar a universidade; recusando-se, começou a carregar uma arma e a cercar-se de amigos armados.33 Nos anos posteriores dissidentes anti-Castro o acusaram de cometer assassinatos relacionados com gangues na época, mas isto permanecem sem comprovação.34
A partir de 1959 tem viajado a uma infinidade de países da América Latina, Europa, África eAmérica do Norte, para representar Cuba em congressos e conferências dos mais diversos tipos e organizações, assim como em outras atividades oficiais e visitas amistosas. Em 1959 foi ao Brasil, onde foi recebido pelo presidente Juscelino Kubitschek. Anteriormente já havia se encontrado com o deputado Jânio Quadros (que depois viria a ser presidente do Brasil). Em 2012, o jornal alemão Die Welt noticiou que, no contexto na Crise dos Mísseis de 1962, diante dos riscos de uma possível invasão à ilha, Fidel Castro teria contratado antigos soldados nazis das SS para treinar os militares cubanos. A partir da repercussão da matéria, o Jornal de Noticias informa que os serviços secretos alemães teriam como certa a presença em Cuba de pelo menos dois dos quatro membros das SS convidados pelo regime de Fidel Castro, que teriam ido para Cuba ganhar salários quatro vezes superiores ao que um alemão médio auferia naquela época36 . Ainda, segundo a mesma fonte, no mesmo ano Fidel Castro teria tentado comprar armamento belga através de intermediários da extrema-direita alemã.
Em 13 de março de 1995, Fidel faz sua primeira visita à França, a uma potência ocidental desde a revolução de 1959. Na ocasião, Fidel declarou que a visita significava o fim do apartheid imposto a Cuba pelo Ocidente e atacou o bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos há mais de três décadas.37
De especial significado tem sido sua presença nas cúpulas do Movimento de Países Não-Alinhados. Documentos políticos, discursos, intervenções, artigos e entrevistas suas têm sido difundidos em livros próprios ou compilações, em filmes e nos mais importantes órgãos de imprensa escrita e emissoras de rádio e televisão de Cuba e de todo o mundo. Em 1961 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz.
Várias universidades da Europa e América Latina lhe conferiram o título de Doctor Honoris Causa. Tem recebido também múltiplas condecorações por seu labor em prol das relações com outros países, assim como o Prêmio Mijail Sholojov outorgado pela União de Escritores da Rússia em 1995.
Transferência inédita e retirada de poder
Em 26 de julho de 2006, Fidel Castro ia a bordo de um avião que fazia a viagem entre as cidades cubanas de Holguín e Havana quando teve uma primeira hemorragia relacionada com a doença nos intestinos que o afastou da vida pública.
Não havia nenhum médico a bordo do avião, por isso o aparelho aterrou de emergência para que Fidel Castro fosse hospitalizado. A doença do líder histórico cubano foi então considerada segredo de Estado, mas foram mobilizados os melhores médicos e quatro meses depois, o médico espanhol José Luis Garcia Sabrido, chefe de cirurgia do hospital Gregório Marañón em Madrid, viajou até Cuba para acompanhar a situação38 .
Em 1 de agosto de 2006, Fidel Castro delegou em caráter provisório, por conta de uma doença intestinal que, segundo o próprio, seria grave,39 suas funções de comandante supremo das Forças Armadas, secretário-geral do Partido Comunista de Cuba e de presidente do Conselho de Estado (cargo máximo da República Cubana) ao seu irmão Raúl Castro, Ministro da Defesa. Inúmeras críticas surgiram, e em outubro de 2006 a imprensa mundial afirmou que ele tem um câncer,40 fato não confirmado.
Em 19 de fevereiro de 2008, Castro anunciou ao jornal do Partido Comunista, o Granma, que não se recandidataria ao cargo de presidente deCuba, cinco dias antes de o seu mandato terminar.1
O poder passou em definitivo para as mãos de seu irmão Raúl Castro após Fidel Castro decidir retirar-se do poder em 24 de fevereiro de 2008, após o parlamento definir a nova cúpula governamental.1 Cinco dias depois, Fidel anunciou que não aceitaria novamente, se eleito, o cargo de Chefe de Estado. Em uma mensagem publicada no jornal oficial Granma, ele escreveu e assinou:
“ | Não aspirarei nem aceitarei - repito - não aspirarei nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-em-Chefe.41
Ele também escreveu que estaria traindo sua consciência ocupando uma responsabilidade que requer uma mobilidade que não estaria mais em condições físicas de exercer.
Mesmo com a resignação de Castro, o ex-presidente americano, George Bush, não retirou as sanções americanas impostas a Cuba. Fidel Castro diz que continuará escrevendo sua coluna no jornal cubano e não pode continuar no poder por insuficiência em sua saúde. Ele permaneceu como membro do parlamento após a sua eleição como um dos 31 membros do Conselho de Estado. Também manterá o cargo de primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba.
Família
Com sua primeira esposa, Mirta Díaz Balart, Fidel Castro tem um filho chamado Fidel "Fidelito" Castro Díaz-Balart. Mirta e Fidel divorciaram-seem 1955, tendo ela se casado novamente e, após uma temporada em Madrid, teria voltado a residir em Havana para viver com Fidelito e sua família.42 Fidelito cresceu em Cuba e por um período dirigiu a comissão para a energia atômica do país, tendo sido retirado do posto por seu pai.43
Fidel tem outros cinco filhos com sua segunda esposa, Dalia Soto del Valle: Alexis, Alexander, Alejandro, Antonio e Ángel.43
Durante seu casamento com Mirta, Fidel teve uma amante, Naty Revuelta, que lhe deu uma filha, Alina Fernández-Revuelta,43 que deixou Cuba em 1993 fazendo-se passar por uma turista espanhola44 e pediu asilo nos Estados Unidos, onde tem sido uma ferrenha crítica das ações políticas de seu pai.
Uma irmã de Fidel, Juanita Castro, vive nos Estados Unidos desde o início da década de 1960, tendo sido retratada num documentário de Andy Warhol em 1965.45
Patrimônio
Em 2005 a revista Forbes especulou que o patrimônio de Fidel Castro atingiria aproximadamente 550 milhões de dólares. A Forbes chegou a esse número pela soma do patrimônio das empresas estatais do governo de Cuba. Com essa fortuna acumulada, especulou a revista, ele teria alcançado o décimo lugar na categoria "governantes e membros da realeza mais ricos do mundo".46
A Forbes disse à BBC que, para estimar a presumível fortuna de Fidel, calculou o valor de mercado de várias empresas estatais cubanas, e atribuiu um percentual do valor assim obtido ao patrimônio pessoal de Fidel Castro. Um porta voz da revista confirmou à BBC que a revista não tem nenhuma prova de que Fidel Castro tenha contas bancárias no exterior, embora a revista mantenha que Fidel teria "uma fortuna".47
Esses dados foram prontamente negados por Fidel, que considerou a notícia uma infâmia.48 Na oportunidade, Fidel Castro desafiou:
Fidel ainda alegou que a revista estaria ligada aos serviços de inteligência dos Estados Unidos, e afirmou que o presidente Ronald Reaganteria nomeado o editor da revista para o cargo de coordenador das transmissões de rádio da Voz da América dirigidas à União Soviéticadurante a Guerra Fria.47 Ainda segundo Fidel, muitos meios de comunicação, por todo o mundo, estariam buscando, "de maneira suja e baixa, desprestigiar a Revolução, anular Cuba e pintar Castro como um ladrão".
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FOTO DO DIA 28 DE JANEIRO DE 2014, VEJAM A EXPRESSÃO DELE |
A sustentabilidade do regime se deu com o apoio soviético após o estabelecimento da revolução. A figura notória popular de Fidel, a submissão da população ao regime, ao controle efetivo, o fato de Cuba ser uma ilha (o que propicia o isolamento), a impossibilidade da guerra por terra. Não creio que, nos últimos 20 anos, fosse interessante para o governo dos EUA criar uma intervenção militar. Houve também uma paciência em relação à morte de Fidel Castro, tendo em vista que eles (os EUA) acreditam que a democratização será inevitável e que a oposição vai vencer quaisquer fontes de substituição de Fidel no partido comunista. Não teria sido possível a legitimidade dessa ditadura, de não liberdade, se não fossem também as condições econômicas que fizeram com que este regime sobrevivesse. (KC)
SE A BANDEIRA DO PALÁCIO DO PLANALTO ESTIVER A MEIO PAU, E VERDADE, ESTA CONFIRMADO.
ResponderExcluirFidel Castro morreu de câncer? Mas os ESQUERDINHAS DA SILVA estão sempre falando que a MEDICINA DE CUBA é a melhor do mundo e que em CUBA tem até VACINA CONTRA O CÂNCER. Ass. Lord Pimpão de Catanduva SP
ResponderExcluirMas, foi um médico espanhol que lhe socorreu.
ResponderExcluirMenos um no mundo e mais um lá embaixo.
ResponderExcluirA pesar das controvérsias Cuba representa o último sustentáculo do sistema comunista do mundo. Mas com a morte de Fidel Castro, logo em seguida se abrirá também uma cova, para se enterrar junto com ele o sistema comunista mundial, que se queria implantar via América do Sul, tendo o Brasil como um porto seguro. Agora só resta aos comunistas dar um adeus definitivo ao que há muito tempo já deveria estar morto.
ResponderExcluirOutra vez o Fidel foi fumar tabaco diariamente, promover a indústria do charuto cubano, até que em 1985 a seus médicos aconselharam a deixar o vício porque encontraram células malignas, cancerosas, na sua garganta. A decisão de desistir de um dia para o outro estava "escondida" como o início de uma campanha anti tabagismo que estabeleceu-se em rádio e televisão mensagens incentivando os cubanos a desistir. Fidel chegou a dizer, brincando sobre os puros, que "a melhor coisa que você pode fazer com que a caixa é dar a seu inimigo". Hoje, porém os números do governo indicam que até 40% do fumo cubano. Na década de 1970 eles fizeram entre 60% e 70%, de acordo com algumas estimativas. Cuba oficialmente proibiu fumar em teatros, negócios, autocarros, táxis, restaurantes e outros locais públicos fechados em 2005.
ResponderExcluirVoltando ao Fidel, devemos dizer que a sua última aparição em público foi no passado 9 de Janeiro, sendo a penúltima nove meses antes, em 9 de abril de 2013. Em Janeiro já notável dificuldade para falar. Desde então nem apareceu, nem escreveu alguma linha quando seu amigo Gabriel García Márquez morreu em 17 de abril. Algo que surpreendeu a todos os seguidores de mútuos de ambos os personagens.
Fontes cubanas, hoje deixe-me saber que o pública retirada do antigo Presidente cubano é devido a que a velha doença na garganta teria tido uma recaída depois de 39 anos. É para dizer que há uma recorrência do câncer de garganta que foi detectado a tempo e tratada com sucesso em 1985. Uma ameaça latente da doença é as reviravoltas no mesmo lugar ou em outro lugar no corpo do paciente.
Como sempre a saúde dos revolucionários octogenário tem sido um segredo, não deve esperar que este tempo é conhecida a verdade do governo cubano.
Enquanto isso, o atual Presidente, Raúl Castro, continua empenhado em uma abertura gradual dos mercados internos.
Desde há uma semana a Cuba ensaia para venda de produtos agrícolas de forma "libertou e preços sem subvenção".