Entidade com sede em Miami auxiliou profissional lotado no interior paulista a deixar o país. É o segundo caso de estrangeiros da ilha caribenha que abandonam o programa federal.
MÉDICO ORTELO JAIME GUERRA |
O médico cubano Ortelio Jaime Guerra, que há uma semana abandonou um posto de trabalho do programa Mais Médicos em Pariquera-Açu, interior de São Paulo, fugiu do Brasil para os Estados Unidos com o auxílio da organização não governamental (ONG) Solidariedade sem Fronteiras. Julio Cesar Alfonso, presidente da entidade que ajuda cubanos da área de saúde que desertaram de missões pelo mundo, confirmou ao Correio o auxílio prestado a Ortelio. A ONG tem sede em Miami. Cubanos “resgatados” pela entidade conseguem uma espécie de visto humanitário para entrar nos Estados Unidos. Trata-se do Cuban Medical Professional Parole (CMPP), criado pelo governo George W. Bush em 2006.
Desde a semana passada, o Ministério da Saúde havia sido notificado pela prefeitura de Pariquera-Açu do desaparecimento de Ortelio. O município comunicou que o profissional cubano tinha abandonado o serviço e que não possuía informações sobre o paradeiro dele. Ontem, em sua conta no Facebook, o médico informou aos amigos que já estava em solo norte-americano.
Em uma foto postada em 2 de fevereiro, na qual aparece ao lado de dois amigos em São Paulo, Ortelio explicou que precisou ir embora sem falar com ninguém por questões de segurança. Ele ressaltou que a imagem é da última noite na cidade. No fim da tarde de ontem, a foto já havia sido compartilhada por mais de 300 pessoas. Muitos amigos deixaram mensagens de apoio e pregaram “liberdade aos médicos cubanos”.
Agradecimento
O profissional, especializado em nefrologia, agradeceu a várias pessoas que trabalharam com ele no Brasil. Ortelio salientou que estava bem e avisou que precisava “dar esse passo”. “Para todos os meus amigos que me enviaram mensagens preocupados com minha ausência, eu agradeço infinitamente. Agora, estou nos Estados Unidos e, embora considere necessário dar esse passo, tenho muito orgulho da minha terra e das minhas raízes. Um grande abraço para todos. Obrigado, mais uma vez, pela preocupação”, escreveu.
Ortelio fazia parte do chamado segundo ciclo de cubanos que chegaram ao Brasil, em novembro do ano passado. Após três semanas de treinamento em São Paulo, o profissional seguiu para Pariquera-Açu. O Ministério da Saúde comunicou que o desligamento do médico está sendo providenciado para que outro profissional o substitua.
RAMONA MÉDICA DE CUBA |
Há uma semana, o programa havia registrado o primeiro caso de deserção. A médica cubana Ramona Matos Rodriguez fugiu da cidade de Pacajá (PA), onde estava desde outubro trabalhando em um posto de saúde, e viajou para Brasília. Ela está morando na casa de um deputado do DEM enquanto espera a análise do pedido de refúgio feito ao governo brasileiro. A médica apresentou um contrato, que prevê o repasse de R$ 1 mil, sendo que US$ 400 são depositados em uma conta no Brasil, outros US$ 50 podem ser movimentados por uma pessoa indicada por ela em Cuba e os demais US$ 550 ficam em uma conta na ilha caribenha, mas só serão disponibilizados depois do fim da missão
DEPOIS DE UMA SÉRIE DE INVESTIGAÇÕES JORNALISTICAS A COISA FICOU PIOR
Esses outros os quais vou citar aqui nunca foram médicos eles vieram, no meio de outros profissionais e com único objetivo " matar", são paramilitares cubanos disfarçados de médico e que estão registrados no Ministério da Saúde, como médicos do programa mais médico deste governo Federal. a coisa é feia e perigosa por se tratar da saúde do povo brasileiro, como fizeram na VENEZUELA.
a receita que esse nacista comunista passou para uma criança de 13 anos, TRAUMATIZADOS COM CASO DA DIPIRONA NA BA, CUBANOS AGORA MUDAM MODO DE PRESCRIÇÃO. PASSARIA A SER 1 GOTA POR IDADE?
Pelo visto o Ministério da Saúde anda traumatizado com o caso da dose letal de dipirona na Bahia. Houve um esforço hercúleo em reverter o estrago. Pela prescrição abaixo, capturada na cidade de Natal-RN, agora as diretrizes estão mais "leves", talvez leves de mais.
Criança, 13 anos de idade, 58kg. Febre alta = 15 gotas de dipirona
MÉDICO UCRANIANO E NÃO CUBANO, ELE RESPONDE POR GENOCIDIO NA UCRÂNIA O sotaque nem é mais tão forte. Ele já foi apresentado ao forró – tradicional e “moderno” –, ao sertão e ao sistema de saúde brasileiro. Após pouco mais de quatro meses atuando no Rio Grande do Norte através do programa federal Mais Médicos, já pode se dizer que o ucraniano Dmytro Petruk está adaptado ao ambiente. O médico foi capa do NOVO JORNAL no dia 30 de agosto de 2013, quando ainda estava em Fortaleza (CE) participando dos cursos oferecidos pelo Ministério da Saúde, mas já sabia que iria atuar em Touros – a 88 km de Natal, na região do Mato Grande – e tinha visitado a cidade uma vez. Agora, meses depois, a reportagem foi saber do profissional como estava o trabalho na cidade praiana, localizada no litoral Norte potiguar. Casado com a potiguar Débora Petruk, o médico formado no fim da década de 1980 na Ucrânia ainda comunista e com mais de 10 anos trabalhando em Portugal, onde conheceu Débora, aparenta estar satisfeito e adaptado ao trabalho na rede de atenção básica. Ele dá consultas de segunda a quinta, em duas praias vizinhas ao centro de Touros. Nas segundas e terças-feiras o médico está na unidade de saúde da Praia de Carnaubinha. Nos outros dois dias segue para a praia vizinha, conhecida como Perobas. Toda sexta-feira é reservada para as aulas do curso promovido pelo governo federal para complementação do trabalho do programa. O cenário é típico nas duas comunidades que o médico atende. Os coqueiros a beira-mar, barcos e casas simples formam o visual das localidades ligadas umbilicalmente com a pesca. E, obviamente, faz muito calor. Bem diferente do que Petruk esteve acostumado durante toda a vida e que tinha visto um pouco nas quatro vezes que veio ao Brasil antes de ser convocado pelo Mais Médicos. “O calor é grande, mas também tem uma brisa muito boa que ameniza”, reforçou o médico. O calor do verão nordestino não parece de fato incomodar o ucraniano. O consultório da unidade básica de saúde da família em Perobas, no qual atende em média 20 pessoas por dia, é bem espartano – birô, maca e mesa. Com as portas e janelas fechadas, Dmytro recebe os pacientes apenas com um ventilador, ligado no chão. A tradicional bata branca que se estende até os joelhos foi trocada por um modelo diferente, muito mais parecido com uma camiseta. A estrutura não incomoda o médico, apesar de estar acostumado com o padrão europeu de saúde pública. “Trabalhei muito tempo na área de urgência e emergência, mesmo no setor público de Portugal. Vir aqui e trabalhar com saúde da família não exige toda uma estrutura. O que os pacientes precisam é de acompanhamento”, relata Dmytro. Nas comunidades de Perobas e Carnaubinhas, ele basicamente faz o acompanhamento das gestantes, diabéticos e hipertensos. A presença do estrangeiro, único médico disponível nas localidades, faz com que muitas pessoas se desloquem diariamente para a unidade de saúde. “Isso é normal. Até mesmo na Europa essas visitas acontecem. É típico de atenção básica”, afirma. A preocupação, segundo o médico, não é com os que vão demais. “Fico buscando é as pessoas que não se apresentam no posto. Esses sim me deixam preocupado. Durante este tempo já encontrei vários senhores que sofrem de diabetes e hipertensão, mas não vinham ao médico. Hoje estão sendo tratados”, contou Petruk. Todo o controle dos atendimentos é feito por ele em seu próprio notebook, que deixa no consultório. Dmytro estava entre os médicos estrangeiros que presenciaram as hostilidades perpetradas por médicos brasileiros em Fortaleza, especialmente quando alguns cubanos foram chamados de “escravos” pelos profissionais cearenses. Já naquela época, na matéria publicada pelo NOVO JORNAL, ele declarava não estar preocupado com retaliações quando iniciasse seu trabalho. E a expectativa se concretizou. “Estou muito tranquilo. O trabalho está fluindo bem. Em quase seis meses de atendimentos, nunca vieram falar nada comigo, seja a população ou outros médicos”, conta. Ainda este ano ele pretende fazer o exame de revalidação do diploma médico, o Revalida, que foi um dos cernes da polêmica em torno do programa Mais Médicos, que não exigiu a feitura do exame para o profissional atuar na rede pública de atenção. “Por volta de junho ou julho eu quero fazer a prova. Pretendo ficar no Brasil definitivamente. Esse já era um plano da família, que o Mais Médicos ajudou a concretizar”, afirma Dmytro. |
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