O Partido dos Trabalhadores acusa EDUARDO CAMPOS de traição, por não aceitar as idèias idiologicas do PARTIDO,e seus rumos que vinham tomando, com suas unidades, ao FIDEL CASTRO, e outros. Pelos ultimos acontecimentos no cenário politico deste País,e pela visão que já tinha que o Brasil ficaria cego, surdo e morto.e ainda, contou na ultima entrevista dada pela chamada tv globo no jornal nacional, com as perguntas que dava para perceber, que veio do próprio planalto, pois vivemos numa ditadura comunista disfarçada de democracia, que ainda o brasileiro não acordou.E depois disso foi assassinado.
Vou Pedir lincença ao
Luiz Carlos Azenha, de Recife que escreveu:
Resumindo conversas com gente de Pernambuco, disseram-me algo assim: “Fora daqui, ninguém imagina os ecos da existência do Miguel Arraes. Nem os que reconhecem a imensa contribuição dele à política nacional”.
O que queriam me explicar, obviamente, era a ousadia de Eduardo Campos ao romper uma aliança razoavelmente estável com o PT, eleger o prefeito do Recife e sair candidato ao Planalto pelo PSB, partido no qual ingressou junto com o avô, em 1990.
Dizem os petistas, nas redes sociais, que foi “trairagem”. Que Campos surfou nos investimentos maciços feitos no estado por outro pernambucano, o ex-presidente Lula.
Os três, aliás, se conheceram quando Arraes retornou de quase 15 anos de exílio na Argélia, em 1979. Lula estava lá. Campos, em uma foto, aparece bem atrás do avô.
Arraes teve oito filhos. A filha Ana, hoje no TCU, foi eleita deputada federal duas vezes. Mas ninguém teve o sucesso do neto, que aprendeu todos os macetes da política com o avô.
Estamos aqui no campo da tradicional política brasileira: personalista e baseada em clãs.
A fortíssima devoção dos pernambucanos a Arraes, aliás, “Doutor Arraes”, tem relação com benefícios diretos concedidos a eles num tempo em que os latifundiários reinavam absolutos no estado. Brincou um amigo: o Arraes inventou o Fome Zero, era o programa Chapéu de Palha, de benefício aos sertanejos. No imaginário popular, foi um “pai” — e pai a gente nunca esquece.
Antes de fazer toda sorte de concessão aos grandes negócios, Eduardo Campos tratou de retomar na prática a trilha do avô. Os adversários atribuem à marquetagem, mas o fato concreto é que alguns bairros simbólicos do Recife, como a ilha de Deus, foram tirados da miséria por ele.
Quanto às concessões, apoiadores de Campos apontam as que foram feitas por Lula a banqueiros e empreiteiras. Jogo empatado?
Campos provavelmente venceria a eleição presidencial em Pernambuco por boa margem. O jovem ambicioso — um “trator” nos bastidores, dizem — queria fazer o que o avô nunca conseguiu. Para os apoiadores, percebeu a guinada à direita do PSDB e antevia a demolição do Centrão de Sarney. Decidiu marcar posição como alternativa “moderna” ao PT.
Embora o avô Arraes, por propaganda da direita, tenha entrado na História como um vilão radical, contam-me que só foi eleito pela primeira vez governador de Pernambuco por saber costurar alianças, uma característica que o neto teria herdado.
O fato concreto é que, quando Eduardo Campos for sepultado, no mesmo jazigo do avô, o ciclo político de uma dinastia terá sido encerrado em Pernambuco, pelo menos no curto prazo.
Marina Silva, embora apoiada por familiares de Campos, tem menos chances de vencer Dilma em Pernambuco que o candidato do PSB. Do ponto-de-vista meramente eleitoral, a disputa agora é pelo espólio político de Miguel Arraes e o ex-presidente Lula obviamente será a chave para o PT reconquistar uma parcela dele. Não duvido que o PT, a essa altura, esteja tentando atrair o PSB ou parcelas do PSB de volta à coalizão governista.
Por outro lado, como já escrevi anteriormente, por motivos reais ou imaginários há um profundo desencanto com a política, parte do qual pode ser atribuído à campanha diuturna da mídia corporativa para promover o antipetismo, especialmente durante o julgamento do mensalão.
Minhas observações pessoais, não estatísticas, indicam que o antipetismo chegou aos grotões e contaminou parcela considerável dos que se beneficiaram da ascensão social despolitizada promovida pelos governos Lula-Dilma. Disso deriva o risco real e concreto de um segundo turno muito difícil para Dilma Rousseff.
Vamos ver se o horário eleitoral gratuito, com Lula comandando o canhão, tem o poder de evitar isso.
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