O corpo de Jandira Magdalena dos Santos, 27 anos, que desapareceu depois de procurar uma clínica de abortos, foi enterrada neste domingo (28) no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, em Deodoro, Subúrbio do Rio.
A informação é da família da jovem. O enterro foi autorizado pela Justiça na madrugada desta quinta-feira (25).
Desde terça-feira (23), parentes da jovem enfrentavam uma peregrinação para conseguir os documentos exigidos para o enterro.
O corpo da jovem foi identificado por meio de um exame de DNA. Ele havia sido encontrado dentro de um carro carbonizado em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, dias depois da jovem, que estava grávida de quatro meses, desaparecer. Segundo a polícia, o corpo estava sem as digitais e a arcada dentária.
De acordo com a Polícia Civil, o exame comprovou a compatibilidade genética entre o corpo encontrado no carro e a mãe de Jandira, mas apenas a Justiça poderia incluir o nome da jovem na certidão de óbito.
Sem a decisão de um juiz, ela ainda seria enterrada sem identificação. Para resolver o problema, a família recorreu à Defensoria Pública.
Em uma reunião na noite de quarta-feira a irmã de Jandira conversou com a defensora e recebeu orientações.
Cinco indiciados pelo crime
Cinco pessoas já foram indiciadas pelo crime, como informou o delegado Hilton Alonso, da 35ª DP (Campo Grande).
A polícia ainda procura outros suspeitos, como o falso médico Carlos Augusto da Graça de Oliveira, que teria feito o aborto em Jandira. O Tribunal de Justiça do Rio negou o habeas corpus aos donos da casa onde teria ocorrido o aborto da auxiliar administrativa Jandira Cruz.
Até esta quarta-feira (24), estavam presos Vanuza Vais Baldacine, que segundo os investigadores era a motorista da quadrilha; Rosemere Aparecida Ferreira, apontada como a chefe da quadrilha, já que era ela quem recebia o dinheiro e marcava as consultas e pagava o restante da equipe; o ex-marido de Rosemere,
o policial civil Edilson dos Santos, segurança do grupo; além de Marcelo Eduardo Medeiros, que aluga o imóvel para clínica clandestina; e Mônica Gomes Teixeira, que recepcionava as clientes.
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