Contratado pela Norte Energia S.A para a execução das obras civis da Usina Hidrelétrica Belo Monte, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) é integrado por dez das maiores empresas de construção civil do país.
Desde a sua chegada à Região do Médio Xingu (PA), no início de 2011, o CCBM tem priorizado a contratação de mão de obra local e estabelecido parcerias comerciais com pequenos, médios e grandes fornecedores de produtos e serviços com base em municípios da área de influência direta do empreendimento.
A ilustração abaixo revela as empresas que integram o CCBM, com os respectivos percentuais acionários.
A Usina Hidrelétrica Belo Monte é a realização de um projeto que surgiu na década de 70, com o objetivo de aproveitar, da melhor forma, o imenso potencial hídrico do Rio Xingu. Ao longo de quatro décadas, estudos antropológicos, ambientais e técnicos evoluíram em busca de um arranjo de engenharia capaz de construir uma hidrelétrica que gerasse o maior volume possível de energia limpa e segura, mas com o menor impacto socioambiental.
A UHE Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo em capacidade de geração de energia, sendo superada apenas por Três Gargantas (China) e Itaipu (Brasil e Paraguai). No inverno amazônico, em seu pico de geração, será capaz de produzir 11.233 MW, volume suficiente para abastecer um país do porte da Argentina. Na média anual, Belo Monte vai gerar cerca de 4 mil MW.
A construção da hidrelétrica não tem impacto direto sobre terras indígenas, que estão sendo preservadas sem alagamentos. Construído sob o conceito de fio d’água, que descarta a formação de um grande reservatório, reduzindo-se reflexos negativos sobre o meio ambiente e as comunidades ribeirinhas, o empreendimento tem proporcionado, por meio da Norte Energia S.A, investimentos constantes e crescentes em programas socioambientais que visam a melhoria da qualidade de vida das populações locais, assim como a preservação da natureza.
Belo Monte, cuja construção pelo CCBM ocorre por meio de três grandes canteiros de obras na região do Médio Xingu, no Sudoeste do Pará, começará a gerar energia no primeiro semestre de 2015, tendo sua conclusão prevista para o início de 2019.
Área do reservatório: área medida em plano horizontal na cota correspondente ao nível máximo de operação.
Autoprodutor: titular de concessão, permissão ou autorização para produzir energia elétrica destinada ao seu uso exclusivo, podendo comercializar eventual excedente de energia, desde que autorizado pela Aneel.
Barragem: construção que retém água do rio para a formação de um lago ou reservatório.
Canal de adução: conduz a água do reservatório até a tomada d’água.
Canal de fuga: escoa a água proveniente das turbinas, devolvendo-a ao leito do rio.
Casa de força: instalação que abriga as turbinas e os geradores da usina.
Coluna d’água: altura vertical da água em um reservatório, acima da turbina. Em geral, quanto maior a coluna, maior a capacidade de geração de energia.
Comporta: grande dispositivo metálico que veda a passagem da água por alguma das estruturas da usina (por exemplo, o vertedouro).
Conduto forçado: tubulação metálica que leva a água da tomada d’água em direção às turbinas.
Cota de jusante: cota do nível d’água no canal de fuga das turbinas.
Cota de montante: cota do nível d’água imediatamente à montante da barragem.
Energia firme: energia que pode ser oferecida sem risco prefixado de não atendimento. Pode ser interrompida por motivos de força maior.
Engolimento: vazão da água através de uma turbina hidráulica.
Ensecadeira: barragem provisória erguida para desviar o rio quando faz-se necessário construir estruturas como a barragem, a casa de força ou o vertedouro. A ensecadeira serve para secar a área para a construção da estrutura, permitindo as atividades de engenharia.
Gerador: equipamento que transforma a rotação das turbinas (energia mecânica) em energia elétrica.
Jusante: área entre a barragem da usina e a foz do rio.
Linha de transmissão: conjunto de condutores, cabos, isoladores e outros acessórios destinados ao transporte de energia elétrica entre usinas geradoras e empresas de distribuição de energia. Podem ser aéreas ou subterrâneas.
Megawatt (MW): unidade de medida de potência ativa em grandes circuitos elétricos. A relação é: 1 MW corresponde a 1.000.000 watts.
Montante: área entre a barragem da usina e a nascente do rio.
Reservatório: depósito de água criado por uma ou mais barragens.
Subestação: instalação que recebe a energia gerada na casa de força, conduzindo-a para as linhas de transmissão.
Tomada d’água: estrutura que capta a água do reservatório, conduzindo-a para as turbinas.
Turbina hidráulica: equipamento que transforma a energia da água do rio ou reservatório em energia mecânica, por meio da rotação de um eixo.
Unidade geradora: conjunto formado por turbina, acoplada mecanicamente a um gerador elétrico, e pelos seguintes equipamentos: sistema de alimentação, regulador de velocidade, mancais, sistema de refrigeração, excitação, regulador de tensão, sistema de corrente contínua, vedação e drenagem.
Usina: conjunto de unidades geradoras que podem ser hidrelétricas (água), termelétricas (gás, carvão etc), eólicas (vento), entre outras.
Usina hidrelétrica a fio d’água: aquela que, para gerar energia, utiliza reservatório com acumulação suficiente apenas para prover regularização diária, semanal ou mesmo utilizando-se diretamente da vazão afluente do rio.
Usina hidrelétrica com reservatório de acumulação: aquela que, para gerar energia, dispõe de reservatório para acumulação de água, com volume suficiente para assegurar o funcionamento normal das usinas durante um período especificado.
Vazão: em cursos d’água ou reservatórios, é o volume de água escoado em determinado período de tempo.
Vertedouro: estrutura a céu aberto destinada a escoar o excesso de água que chega ao reservatório, evitando que seu nível ultrapasse as cotas de segurança.O SONHO
SENDO DESTRUÍDO AOS POUCOS
Bancos públicos e privados, fundos de pensão e outros investidores, receberam hoje (19) o link de acesso ao relatório que alerta para os riscos que podem enfrentar caso concordem em financiar a UHE Belo Monte, no rio Xingu (PA).
O relatório “Análise de Riscos para Investidores no Complexo Hidrelétrico Belo Monte”, elaborado pelas ONGs Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, International Rivers e especialistas demonstra que instituições financeiras que vierem a investir em Belo Monte podem sofrer prejuízo financeiro, uma vez que o desempenho da hidrelétrica não compensaria seu custo.
Além disso, por ser um projeto que enfrenta resistência de movimentos sociais, de populações tradicionais e de povos indígenas, e que se viabilizado causaria impactos socioambientais imensuráveis, Belo Monte poderá levar a danos à imagem de empresas e instituições. “Bancos e outros financiadores devem enfrentar riscos financeiros e de reputação, dado o enorme potencial de danos ambientais e sociais”, explica o coordenador de Eco-finanças de Amigos da Terra e co-autor do relatório, Roland Widmer.
Segundo o relatório, as instituições financeiras que decidirem investir no projeto de construção de Belo Monte poderão ser co-responsabilizadas por danos sociais e ambientais decorrentes.
Ações judiciais
Além das questões financeiras e dos impactos socioambientais, as empresas e instituições – públicas e privadas – envolvidas no projeto já enfrentam ações judiciais. Até o momento, o Ministério Público Federal e organizações da sociedade civil ajuizaram dez Ações Civis Públicas (ACPs) diferentes que questionam as ilegalidades do processo de licenciamento ambiental.
“Apenas o reassentamento forçado de comunidades indígenas que vivem ao longo da Volta Grande do Xingu – um trecho de 100 km onde o rio será desviado para canais artificiais para gerar eletricidade – pode resultar em ações de até um bilhão de dólares”, explica o procurador da República Felício Pontes.
O consórcio responsável pelo empreendimento e investidores já enfrentam denúncias sobre violações de acordos internacionais de direitos humanos e proteção ambiental na Comissão de Direitos Humanos da ONU e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. A Avaaz deu início a uma campanha mundial para obter assinaturas na petição contra Belo Monte. Fonte Eco-Finanças
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