Guarulhos, São Paulo e o Trem e Cptm, começara 2015, com valores das passagens alterados e desta vez, como não haverá mais eleições , com ou sem manifestação o povo vai pagar as contas.
EM GUARULHOS
As passagens de ônibus em Guarulhos tudo o que indica vai para R$ 3,50, um reajuste de 16,6%.
O decreto assinado por Almeida atendendo as empresas de ônibus, que empresas VILA GALVÃO é conectada com a prefeitura e a Viação Campos Ouro, é a ínica que parece estar livre de tudo isso.
A evolução das tarifas em Guarulhos
No final de 2012, logo após Almeida se reeleger prefeito, ele autorizou o reajuste das tarifas que já haviam sido aumentadas de R$ 2,90 para R$ 3,00 no início daquele ano, para R$ 3,30.
Durante quase seis meses, o guarulhense pagou uma das passagens de ônibus mais caras do Brasil, maior inclusive que a praticada em São Paulo, onde eclodiu em junho de 2013 o movimento liderado por grupos populares, que pediam a diminuição das tarifas.
Na época, a Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado, diante de manifestações nas ruas, decidiram baixar as tarifas de R$ 3,20 para R$ 3,00.
Almeida, no entanto, demorou para reagir. Primeiro, ele autorizou a diminuição de R$ 3,30 para R$ 3,20 para – só depois de outras prefeituras – baixar para R$ 3,00.
Diante do clima de insatisfação que o tema gerou junto a população, as tarifas de tranportes ficaram congeladas desde julho de 2013, já que ninguém se atreveria a mexer nesse “vespeiro” em 2014 – um ano eleitoral.
Passadas as eleições, com os recentes reajustes nos preços de combustíveis e com os índices de inflação ultrapassando os tetos das metas estabelecidas pelo Governo Federal, as administrações municipais – pressionadas pelos custos apresentados pelas empresas – não vêem outra saída que não seja autorizar os aumentos. E para minimizar o desgaste político, devem fazer isso em período de festas de fim de ano.
A evolução das tarifas de ônibus em Guarulhos a partir de 2000:
2000 - R$ 1,40
2002 - R$ 1,70
2005 - R$ 2,00
2006 - R$ 2,25
2008* - R$ 2,30
2008**- R$ 2,50
2010 - R$ 2,65
2011 - R$ 2,90
2012* - R$ 3,00
2012**- R$ 3,30
*antes das eleições para prefeito
** depois das eleições para prefeito
EM SÃO PAULO HAVERÁ AUMENTO DAS PASSAGENS
Terminada a auditoria das contas no sistema de ônibus da cidade de São Paulo, a prefeitura estuda agora adotar, pela primeira vez, três tarifas diferentes para o transporte coletivo: estudantes de baixa renda teriam tarifa zero, usuários de bilhete único continuariam desembolsando R$ 3 e passageiros que pagam a viagem com dinheiro, na catraca, pagariam mais caro, a partir do ano que vem.
A decisão sobre essa nova forma de cobrança ainda não está tomada, mas a expectativa da gestão Fernando Haddad (PT) é de que seja batido o martelo ainda neste ano.
A ideia de o reajuste, tido como inevitável, ser anunciado juntamente com um "pacote de bondades" já vinha sendo analisada há pelo menos um mês, mas só na semana passada, quando a empresa Ernst&Young terminou a auditoria das contas do sistema de transporte municipal, a proposta passou a ser estudada em detalhes.
Com o último reajuste ocorrido em janeiro de 2011, a tarifa de R$ 3 seria corrigida para R$ 3,70, caso o aumento tomasse como base a inflação acumulada no período — 23,2%. Para manter a passagem em R$ 3, a prefeitura fez o subsídio pago às empresas de ônibus chegar a R$ 1,7 bilhão neste ano. A expectativa é de que esse valor permaneça igual no ano que vem.
O resultado da auditoria externa nas contas frustrou setores da gestão Haddad. Havia expectativa de que fosse descoberto um lucro das empresas perto dos 30%. Mas a chamada TRI (Taxa de Retorno Interno), índice usado para aferir contratos de empresas privadas com o setor público, revelou um índice de 18%. Mesmo assim, a avaliação é de que há "gordura a ser queimada", reduzindo a remuneração das empresas para cerca de 7% a partir de 2015.
Não foi confirmado se a proposta já foi apresentada para o governo do Estado, responsável pelo Metrô e pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Na manhã desta segunda-feira (15), em entrevista à Rádio Estadão, o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou que, por enquanto, ainda não há nenhum pedido vindo do governo Geraldo Alckmin (PSDB) para reajuste de tarifas.
Dinheiro
De 90 milhões de viagens por dia feitas nos ônibus, apenas 8% são pagas em dinheiro, segundo informações disponíveis no site de transparência da SPTrans (São Paulo Transporte), empresa da prefeitura que gerencia a frota de ônibus.
Os estudantes equivalem a 6% das viagens — mas o dado inclui todos, não só os de baixa renda. Além disso, cerca de 10% das viagens são feitas por passageiros que não pagam — na maioria, idosos.
Mas, na prática, de cada três viagens de ônibus, uma é gratuita: são decorrentes da integração gratuita que dá direito a usar até três ônibus durante a viagem.
Mais mudanças
Além de definir a nova tarifa, a prefeitura deve anunciar, nos próximos dias, como será a licitação das empresas que vão operar os ônibus da cidade. Uma das alterações em estudo é o fim das cooperativas de lotações, transferindo todas as linhas para empresas regulares — a gestão Haddad pretende atrair companhias internacionais para o setor, hoje controlado por quatro famílias.
A prefeitura e o governo pretendem anunciar o reajuste ainda este ano para aproveitar o período de férias, que deixa a cidade mais vazia. O objetivo seria evitar grandes protestos, como os realizados em julho do ano passado, quando foi anunciado aumento de R$ 0,20 no preço das tarifas.
As tarifas do metrô e trens devem ficar mais caras em 2015. De acordo com a definição , o aumento ficará entre R$ 3,40 e R$ 3,50 – ao que tudo indica o maior valor será o escolhido.
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