ENTREVISTA EXCLUSIVA E ATUALIZADA
DATA 07/03/ 2015
Hoje para pairar as duvidas ela esta em casa na VENEZUELA, e que não se acostuma mais em morar no Brasil.
A estudante contou com exclusividade à GAZETA CENTRAL IRBING INTERNACIONAL com os cartazes, em frente à loja de seu irmão, porque os amigos haviam saído de perto dela.
EMILIANE
Os fatos narrados por ela se deu numa terça feira, juntamente com a prisão de LEOPOLDO LOPES, todos se vestiram de branco, estava todos na praça se manifestando, outros estudantes passaram perto perto de um pequeno supermercado, ai eles deixaram cartazes escrito várias coisas.
Neste momento ela relata que estava brincando com a sobrinha dela, quando chegou os GNB em bando e o pessoal da imigração, e deram voz de prisão para ela, quando alguns soldados diziam para ela que quem mandava aqui era CHAVES, assim ficou quieta com medo sentindo-se impotente.
A tática de guerrilha, provocava a garota para que ela briga-se com eles, mas, ela manteve a calma, teve um deles que perguntou a ela se tinha advogado, ela por sua vez respondeu que não, ele voltou afirmar que poderia representa-la e disse que era um chavista, a vontade dela era de dar um tapa na cara dele.
No calabouso onde tinha ratos e baratas ela chorava desesperada e com medo de até ser abusada sexualmente, ela implorava pelo amor de Deus para solta-la que não tinha feito nada de errado,na cidade em que ela mora só tem escassez não há nada de alimento e para piorar ainda a situação há roubos, bem diferente do Brasil.
Ela descreve a situação da VENEZUELA nesse momento da entrevista não saímos para comprar e sim para caçar as coisa, na rua, cada dia esse país esta se afundando mais, na situação que me encontro não posso nem sair para discutir sou apenas uma estrangeira, ela se sente orgulhosa de ser venezuela, já fui ao Brasil depois da minha liberdade, mas não me acostumo.E o recado que dou ao Brasil é se preparem a situação vai ficar igual da VENEZUELA.
Estávamos na rua protestando, mas os soldados chegaram e me viram com os cartazes na mão. Eles me questionaram, disseram que eu estava indo contra a ordem pública e incitando a violência —contou.
Emiliane disse que vários alunos do colégio em que estuda estavam protestando, e ela resolveu participar. Os cartazes que os amigos confeccionaram tinham as frases: “Abaixo, Maduro; abaixo a escassez e abaixo a violência”. A estudante contou que foi interrogada, e também o irmão dela.
— “Como uma estrangeira participa de um ato como esse? — perguntou um guarda —Eu disse que ia participar porque estávamos em uma caminhada, e queria ir junto.
A jovem foi levada para a 52ª Brigada de Infantaria de Selva, e passou a noite no local. Ela foi atendida pelo serviço consular do Brasil, mas os soldados receberam a ordem de mantê-la detida para uma audiência, realizada na quarta-feira (19).
— Depois fiquei sabendo que meus amigos queriam protestar, em frente à brigada, mas minha mãe chorou e pediu para eles não irem, porque poderia piorar a situação. Então, no dia seguinte eu fui levada para o tribunal, e lá um advogado público e dois advogados do consulado [do vice-consulado brasileiro na cidade] participaram — lembra.
Ainda assustada, ela recorda que sentiu medo, porque antes da audiência ficou numa sala fechada. “Parecia um calabouço, e eu chorei muito”, lembrou-se.
Após a audiência, ela foi posta em liberdade, sob custodia tutelar. Ela não pode, portanto, deixar a cidade, e deve se apresentar periodicamente ao tribunal, enquanto o julgamento final não ocorrer.
Emiliane disse que resolveu protestar pelas dificuldades que está vivendo no país. “Moramos aqui há 15 anos. Mas está faltando tudo por aqui, pior do que mostram em Caracas. Não se acha sabonete para comprar, não se acha comida. Faz tempo que eu não tomo leite, porque não chega aqui”, queixou-se.
A estudante também reclama da violência. “Aqui tem muitos assaltos, entram dentro da casa da gente. Já assaltaram minha casa assim”, relata.
Mas a estudante foi orientada a não protestar mais. “O consulado mesmo me explicou, porque sou estrangeira. Eu até pedi desculpas lá no tribunal”, comenta.
O defensor público Richard Díaz Urbina, que acompanha o caso, disse que a jovem não cometeu crime, e que não estava “infringindo a ordem” pelo fato de ter cartazes de protesto. “Mas, arbitrariamente, o entendimento da polícia agora é que manifestar-se é um ato delitivo”, explicou.
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