Chapa Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo!
Brasileiros,o FORO DE SÃO PAULO, uma organização criminosa com sua Presidência dos irmãos CASTROS, estão editando suas normas, passando por cima da Constituição Brasileira, e das Leis que regem o Brasil, como fizeram e continuam fazendo na VENEZUELA passando por cima da Constituição Bolivariana em todos seus Ordenamentos Juridicos.
Logo na primeira página está escrito ' UM PARTIDO PARA O TEMPOS DE GUERRA" , SALVADOR data 11 a 13 de junho de 2015, Vamos ler com atenção essa tese do PT.
Na página dois: UM PARTIDO PARA TEMPOS DE GUERRA (Contribuição da tendência Articulação de Esquerda ao 5º Congresso Nacional do PT) Ocupar as ruas, construir uma Frente Democrática e Popular, mudar a estratégia do Partido e a linha do governo
1. O Partido dos Trabalhadores está diante da maior crise de sua história. Ou mudamos a política do Partido e a política do governo Dilma; ou corremos o risco de sofrer uma derrota profunda, que afetará não apenas o PT, mas o conjunto da esquerda política e social, brasileira e latino americana.
2. A crise do PT decorre, simultaneamente, de nossas realizações e de nossas limitações.
3. Tivemos êxito em ampliar o bem-estar social -- por intermédio da geração de empregos e aumento da massa salarial e do poder aquisitivo da população, bem como da adoção exitosa de programas de moradia, saúde e outros -- e a soberania nacional, também através de uma política externa “altiva e soberana”.
Fortalecemos o Estado, na contramão do Estado Mínimo neoliberal. Ampliamos certos direitos e conquistas democráticas. E são estes avanços que explicam nossas vitórias em quatro eleições presidenciais consecutivas.
4. Mas não fomos capazes de realizar transformações estruturais, que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da economia e da política brasileira.
5. Controlando estas alavancas, a oposição de direita, o oligopólio da mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva geral que inclui a desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo à sabotagem por parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo aplique o programa dos que perderam a eleição, a mobilização de massas dos setores conservadores, a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos derrotar eleitoralmente em 2016 e 2018.
6. Frente a esta situação, o 5º Congresso do PT deve aprovar resoluções que permitam ao Partido, ao conjunto de sua militância, executar cinco tarefas principais.
7. A primeira tarefa é reocupar as ruas. A oposição de direita controla parte importante do Judiciário, do Parlamento e do Executivo, em seus diferentes níveis. Agora está trabalhando intensamente para também controlar as ruas, utilizando para isto sua militância mais conservadora, convocada pelos meios de comunicação, mobilizada com recursos empresariais e orientada pelas técnicas golpistas das chamadas “revoluções coloridas”. Caso a direita ganhe a batalha de ocupação das ruas, não haverá espaço nem tempo para uma contraofensiva por parte da esquerda. Assim, a primeira tarefa de cada petista deve ser apoiar, participar, mobilizar e ajudar a organizar as manifestações programadas pelos movimentos e organizações das classes trabalhadoras.
8. A segunda tarefa é construir uma Frente Democrática e Popular. Há várias iniciativas em curso, algumas delas sem o PT e até mesmo contra o PT. Nosso Partido deve procurar as forças que elegeram Dilma no segundo turno presidencial e que defendem as reformas estruturais, propondo a elas que se constitua uma frente popular em defesa da democracia e das reformas.
O programa mínimo desta Frente Democrática e Popular deve incluir a revogação das medidas de ajuste recessivo; o combate à corrupção; a reforma tributária com destaque para o imposto sobre grandes fortunas; a defesa da Petrobrás e da industrialização nacional; a ampliação das políticas públicas universais como saúde e educação; a reforma política e a democratização da mídia.
A Frente Democrática e Popular é essencial para derrotar o golpismo e libertar o governo da chantagem peemedebista. Mas o objetivo principal da Frente Democrática e Popular é lutar por transformações estruturais, sendo para isto necessário construir instrumentos de articulação política e de comunicação de massas que nos permitam enfrentar e vencer o oligopólio da mídia.
9. A terceira tarefa é mudar nossa estratégia. Se queremos melhorar a vida do povo, se queremos ampliar a democracia, se queremos afirmar a soberania nacional, se queremos integrar a América Latina, se queremos quebrar a espinha dorsal da corrupção, é preciso realizar reformas estruturais no Brasil, que permitam à classe trabalhadora controlar as principais alavancas da economia e da política nacional, ganhar para nosso lado parte dos setores médios que hoje estão na oposição, dividir e neutralizar a burguesia , isolando e derrotando o grande capital transnacional-financeiro . Isso implica abandonar a conciliação de classe com os nossos inimigos.
10. A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita.
Por isto, o 5º Congresso do PT deve dizer ao governo: que os ricos paguem a conta do ajuste, que as forças democrático-populares ocupem o lugar que lhes cabe no ministério, que a presidenta assuma protagonismo na luta contra a direita, contra o “PIG” e contra a especulação financeira.
11. A quinta tarefa é mudar o próprio PT. O Partido que temos não está à altura dos tempos em que vivemos. Das direções até as bases, é preciso realizar transformações profundas. Precisamos de um partido para tempos de guerra.
12. O Partido dos Trabalhadores precisa compreender que entre as causas profundas da crise está um impasse político de fundo: nosso sistema político-eleitoral não agrada à oposição de direita, nem contempla as reivindicações históricas da esquerda de igualdade de condições nas disputas eleitorais.
13. A oposição de direita assistiu às atuais regras do jogo permitirem (ou não impedirem) ao PT vencer por quatro vezes a disputa para a Presidência da República.
14. A esquerda assistiu às atuais regras do jogo permitirem (e estimularem) a formação de maiorias congressuais de centro-direita, por meio do “abuso de poder econômico” e da ação dos conglomerados nacionais e regionais de mídia.
15. A esquerda tenta resolver este impasse político através de uma reforma política democratizante, Assembléia Constituinte e participação popular.
16. A direita tenta resolver o impasse via reforma política conservadora, judicialização da política e criminalização da mobilização social.
17. O ataque direto veio com as MPs 664 e 665, que retiram direitos trabalhistas e previdenciários, como o seguro desemprego, as pensões, o auxílio doença e o abono salarial, entre outros. Os governistas chamam isso de ajustes, mas a realidade é que são retiradas de direitos dos trabalhadores, aquilo que Dilma disse que não iria mexer “nem que a vaca tussa”, mas a vaca tossiu e já anunciou que vai tossir ainda mais.
18. Como se não fosse o bastante para os poucos meses de governo, a pátria educadora realizou cortes no orçamento, com destaque para o corte de R$ 7 bilhões nas verbas para a educação.
19. Como dizia a Carta Aberta citada, a continuidade da política anterior seria entendida por todos que se reagruparam para derrotar o PSDB, como um verdadeiro estelionato pós-eleitoral. É exatamente isso o que se desenvolve e se aprofunda a passos largos, com a revolta e a ruptura das bases mais conscientes com o PT. Mas a classe trabalhadora segue forte e em luta
20. É um grave erro traduzir o enfraquecimento do PT como um enfraquecimento da luta da classe trabalhadora. Esse raciocínio leva a conclusões do tipo “onda conservadora”, de que os trabalhadores estariam acuados frente ao avanço de uma direita fascista.
21. É claro que a burguesia busca se aproveitar da situação para se rearticular e atacar o PT, tentando com isso desmoralizar e atacar o conjunto das organizações dos trabalhadores. Mas hoje, a burguesia está longe de controlar a situação, mesmo com a submissão das direções operárias, que se recusam a enfrentar de forma séria os ataques da direita. A verdade é que a classe dominante age com cautela, sabe que nesse momento de instabilidade, o feitiço pode virar contra o feiticeiro.
22. As manifestações ocorridas no dia 15/03 reuniram pelo país cerca de 500 mil (obviamente os 2 milhões contados pelas PMs e divulgados pela grande imprensa são uma farsa). Elas foram apoiadas pelo PSDB, DEM, etc., mas de fato convocadas e organizadas pela mídia burguesa e coordenadas pela Rede Globo.
Os atos reuniram uma multidão de indignados da classe média e da pequena-burguesia, mas que não tinham propósito algum, nenhum programa ou perspectiva política, o que unificava os manifestantes era o medo da crise e o ódio à Dilma e ao PT, recheado de todo tipo de preconceitos de classe.
23. A resposta do governo foi render-se ainda mais ao PMDB e ao mercado. A aprovação do governo despenca ainda mais. Por isso não estranha ouvir Lula dizer no aniversário de 35 anos do partido que o PT se tornou um partido como os outros. Só precisaria acrescentar: sempre dirigido pelo próprio Lula.
24. Do outro lado, a classe trabalhadora segue lutando e conquistando.
25. Um caso exemplar foi a greve dos professores do Paraná, uma greve de massas que contagiou outras categorias do funcionalismo público do estado. Os servidores ocuparam a Assembleia Legislativa estadual, impediram a votação da retirada de direitos, e encurralaram o governo de Beto Richa (PSDB), obrigando-o a retirar o projeto de votação.
26. Outro episódio importante foi a greve dos operários da Volks do ABC, envolvendo os 13 mil funcionários contra a demissão de 800 trabalhadores. A política da direção do sindicato de conciliação com as multinacionais foi atropelada. Os operários da Volks enfrentaram a patronal durante 11 dias e não arredaram o pé. Não só fizeram greve como foram para a rua se manifestar, fechando a via Anchieta. A Volks foi obrigada a recuar e cancelou as 800 demissões.
27. Estes movimentos dão sequência às expressivas greves ocorridas no primeiro semestre de 2014, como a dos garis do Rio de Janeiro, de rodoviários, bancários, professores, etc., muitas delas passando por cima das direções sindicais e ganhando um caráter de massas.
28. Estes são os fatos que comprovam que a classe trabalhadora segue com muita disposição de lutar, não se sente derrotada, quer resistir aos ataques e avançar nas conquistas. Classe contra classe, enfrentar os ataques de governos e patrões
29. O fundo real de tudo é a crise do capitalismo e sua sobrevivência. A crescente polarização social é apenas aparentemente entre o PT e PSDB. O antagonismo é cada dia mais entre as massas e “tudo o que está aí”, as instituições do capital, seus partidos e serviçais. Está sendo assim na Grécia, na Espanha, em Portugal, na Itália e, também, no Brasil.
30. Com a atual política, a direção do PT está conduzindo o partido à destruição em ritmo acelerado. O PT está sendo transformado no PASOK (Partido Socialista grego), que de 9 partido majoritário entre a classe trabalhadora, foi destruído por sua política de aplicação dos interesses do capital.
31. Aos militantes petistas que se mantêm fiéis à luta de classe, convocamos a combater pela unidade, este é o momento de colocar em primeiro plano a política de “classe contra classe”, unidade completa do movimento operário organizado. Unidade contra a política de austeridade do governo e contra qualquer ataque da direita e sua mídia golpista.
32. Unidade para resistir aos ataques e avançar, construir um novo mundo, retomar os princípios que estavam na origem da construção do PT. O Manifesto de Fundação de nosso partido continua absolutamente atual quando aponta que as massas: “Não esperam mais que a conquista de seus interesses econômicos, sociais e políticos venha das elites dominantes. Organizam-se elas mesmas, para que a situação social e política seja a ferramenta da construção de uma sociedade que responda aos interesses dos trabalhadores e dos demais setores explorados pelo capitalismo”. E mais a frente que “O PT nasce da decisão dos explorados de lutar contra um sistema econômico e político que não pode resolver os seus problemas, pois só existe para beneficiar uma minoria de privilegiados”.
33. Companheiros, a luta de classes não conhece o vazio. A classe trabalhadora não percorreu os últimos 35 anos em vão. Ela vai seguir lutando e se reorganizando. Se o PT não se apresenta como uma ferramenta para sua luta, trabalhadores e jovens seguirão abandonando o partido, que será destruído como partido de classe, como outros grandes partidos já foram.
34. É hora de combater pela unidade de militantes que continuam fiéis à luta de classes, trabalhadores e jovens em luta. É preciso uma corrente política que mantenha acesa a luta pelo socialismo, contra o capitalismo, organize e intervenha na luta de classes para barrar a austeridade e abrir uma saída política para a classe trabalhadora. Junte-se a nós nesse combate!
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