Aqui no Brasil, o curso de medicina é feito em seis anos de graduação, mas quem deseja se especializar em alguma área da medicina precisará fazer residência, com duração de dois anos.
Em 2013, o currículo de medicina foi reanalisado e uma nova proposta pode fazer com que sua duração aumente para oito anos.
Pelo novo modelo de currículo novo, o estudante de medicina cursaria os quatro anos, seguido dos dois de residência e mais dois adicionais de estágio remunerado e supervisionado no SUS.
Esse novo modelo curricular é semelhante ao de países como os Estados Unidos e a África do Sul, onde ambos exigem oito anos de estudo teórico e prático antes da certificação na profissão, embora a inspiração tenha vindo do Reino Unido da Suécia.
O curso de medicina no mundo
Nas escolas britânicas, o curso é dividido em dois ciclos: no primeiro os estudantes têm aulas teóricas e práticas. No segundo, muito semelhante à residência feita por aqui, os alunos são alocados em clínicas e hospitais e colocam em prática o que aprenderam no curso. Ao fim do primeiro ano, os supervisores do aluno decidem se ele está apto a receber o registro definitivo.
Na Suécia, os cinco anos e meio de faculdade são divididos em pré-clínico e ciclo clínico. Antes de se formarem, porém, os estudantes fazem um estágio com duração de 18 meses.
Na Grécia, sete anos é a duração da formação em alguns casos, já que a fase de trabalho antes do diploma só é obrigatória para quem deseja atuar em serviços públicos de saúde. Nesse caso, eles precisam passar por um período de estágio em áreas rurais do país.
O Egito também exige que todo estudante de medicina atue na área durante um ano antes de conseguir o registro. No caso egípcio, o trabalho é feito em hospitais mantidos pelo governo.
Na Alemanha, o currículo de medicina é mais flexível que nos demais países. O estágio obrigatório para os estudantes de enfermagem, por exemplo, não precisa acontecer necessariamente antes da formatura.
A África do Sul possui um modelo parecido com o que o Brasil quer implantar futuramente. Os estudantes de qualquer curso na área da saúde precisam cumprir o Serviço Comunitário Compulsório, um programa criado para suprir a falta de profissionais da área em várias partes do país.
Nos EUA o processo é diferente de todos. O curso de medicina só é oferecido como pós-graduação. Quem tem interesse em se tornar médico por lá precisa fazer um curso de graduação que atenda aos requisitos para entrar no curso de medicina.
O que podemos ver ao analisarmos a situação curricular de vários países, é que existe uma certa tendência de que os cursos de medicina se prolonguem, com a possibilidade de prestação de serviços para o sistema de saúde pública.
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