renato santos
09/082015
09/082015
Nesse ultimo domingo 09/08/2015, o Brasil se surpreendeu com uma entrevista da ClAUDIA RODRIGUES, na Tv Record, no Programa de Domingo ela fez uma entrevista corajosa e mostrou as dificuldades das pessoas que sofrem com a doença.
O Senado fez uma homenagem na semana passada pelos 50 anos da globo, mas não chamou a Claudia a qual deveria ser homenageada e reconhecida , pois ela teve a coragem de se mostrar e compartilhar a sua doença.
Repentina na maioria dos casos, a esclerose múltipla começa sem alarde. Mas os primeiros sinais diferem. Pode haver leve dormência no braço ou formigamento na perna, fraqueza ao segurar um copo, suave tremor nas mãos ou ligeira dificuldade para escrever, caminhar e falar.
Às vezes, surgem sintomas que parecem apontar em outra direção, como urgência urinária - aquela sensação de que não vai dar tempo de chegar ao banheiro - e intestino preso.
Tudo desaparece em um período de dois dias a duas semanas. Então, a culpa recai no stress, na falta de sono, em um mau jeito. Os episódios se repetem até que um sintoma mais intenso, como paralisia de parte do corpo ou perda da visão, faz soar o alarme e leva ao médico.
Em 2000, no meio de uma apresentação da peça Os Monólogos da Vagina, em São Paulo, a atriz Cláudia Rodrigues começou a ficar com a mão dormente. Foi levada ao hospital, com receio de que estivesse enfartando.
Como na época ela estava trabalhando muito, os médicos suspeitaram que a dormência fosse resultado de estresse, mas, depois de alguns exames, descobriram que ela tinha esclerose múltipla.Com o diagnóstico, vem o choque.
"A doença assusta, não só por causar surtos imprevisíveis, mas por atingir pessoas, muitas do sexo feminino, que estão crescendo na profissão, iniciando um casamento, às vezes com planos de viajar e ter filhos", explica o neurologista Álvaro Pentagna, de São Paulo. "Inconformadas, elas já se imaginam numa cadeira de rodas."
Anos depois do diagnóstico, Cláudia precisou sair do seriado global A Diarista, no qual fazia sucesso como a divertida doméstica Marinete, porque enfrentava dificuldades para falar e para andar. Ser obrigada a deixar de atuar levou a atriz à depressão e ao isolamento.
Em 2012, dois anos depois da interrupção do seriado e de um tratamento com remédios, fonoaudiologia e fisioterapia, a comediante conseguiu controlar os sintomas e recebeu liberação médica para trabalhar. Ela então voltou para a televisão para interpretar a empregada Sirene em Zorra Total. Nesse ano ela está também nos teatros com a peça "Muito viva". São a dedicação à profissão e o apoio da família que a ajudam a conviver com a doença, que não tem cura.
Doença atinge mais mulheres do que homens
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica que compromete o sistema nervoso central e atinge 2,5 milhões de pessoas no mundo - sendo 30 mil no Brasil -, em uma proporção de três mulheres para cada homem.
Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, a faixa de maior incidência é dos 20 aos 40 anos. Mas claro que quem tem não precisa se conformar com a possibilidade de degeneração dos neurônios e de incapacitação.
"Mesmo que não exista cura, hoje o tratamento, se for adequado e precoce, pode evitar sequelas e permitir uma vida normal", diz Álvaro Pentagna. Nos últimos 20 anos, houve avanços graças à definição de critérios diagnósticos e a novas opções terapêuticas.
A doença tem origem autoimune: as células de defesa do organismo atacam a bainha de mielina, capa de gordura que envolve as ramificações dos neurônios com o objetivo de protegê-las e facilitar a propagação de estímulos.
"A bainha funciona como o plástico isolante que encapa o fio elétrico", compara Pentagna. Com a agressão, ela se inflama, os impulsos nervosos perdem força e os surtos acontecem. Causas possíveis são herança genética - quando há histórico familiar, o risco cresce de quatro a cinco vezes - e fatores ambientais, como infecções virais, falta de exposição ao sol e tabagismo. Uma pesquisa da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, publicada em julho no periódico Neurology, demonstrou que o stress desencadeia e agrava as crises.
Novos surtos
No início, o corpo consegue reparar a área destruída; daí, o sintoma desaparece sem deixar marcas. Mas, se os surtos se repetem, causando danos no mesmo local, a mielina atingida vira uma espécie de cicatriz, o que prejudica a comunicação entre os neurônios. Pior: existe o perigo de a doença evoluir para quadros progressivos.
Um paciente pode ter lesões em pontos diferentes - e em fases distintas -, visíveis na ressonância magnética. "O tratamento reduz a atividade inflamatória para minimizar os sintomas, impedir novos episódios e evitar a progressão", diz Pentagna. As drogas, fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), comumente apresentam efeitos colaterais significativos. Fisioterapia e terapia ocupacional auxiliam na recuperação.
A médica Doralina Guimarães Brum, do Departamento de Neuroimunologia da Associação Brasileira de Neurologia, alerta que o desespero e a falta de conhecimento têm levado um grupo de pacientes a trocar medicações de efeito comprovado por métodos controversos. "O perigo de não tratar direito é ter um surto grave e o dano temporário se tornar permanente", adverte.
Vamos conhecer a CLAUDIA RODRIGUES:
Cláudia de Sousa Rodrigues (Rio de Janeiro, 7 de junho de 1971) é uma humorista e atriz brasileira, célebre por sua atuação na série de televisão A Diarista como Marinete, a protagonista do seriado, e outros seriados e humorísticos de sucesso da Rede Globo; Caça Talentos, Zorra Total, Sai de Baixo, Escolinha do Professor Raimundo e Casseta & Planeta, Urgente!. Foi descoberta na primeira edição do prêmio multishow de humor brasileiro, onde ganhou e fez muito sucesso a partir daí.
Em 1996, ela participou do Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro na sua primeira edição, exibido pelo canal Multishow, onde venceu o prêmio e conseguiu carreira na telinha da Rede Globo. Depois disso iniciou a sua carreira na série de televisão infantil da Rede Globo, Caça Talentos, estrelando Angélica, que ficou até o final do seriado em 20 de novembro de 1998.
Em 1999 participou do episódio "Fidelidade", da série, Você Decide. No mesmo ano ganhou destaque no programa Zorra Total, participando da 1 e 2ª temporada do programa, com as personagens Ofélia e Thalía, que cai no gosto popular com bordões; "Você sabe que eu só abro a boca quando tenho certeza!" e "Eu vou beijar... muuuuuuito!" - aluna feia, com uma horrível prótese dentária, que afirma ter conquistado vários galãs famosos, respectivamente. Após o sucesso no Zorra Total, é convidada para entrar no elenco principal da 5ª temporada do seriado Sai de Baixo, como Sirene, que ficou até o final do seriado em 31 de março de 2002.
Em 2001, quando estava no elenco de Sai de Baixo, participou da 11ª temporada da, Escolinha do Professor Raimundo, reprisando novamente Thalía. Em 2002 a 2003 participou com papel recorrente na nova versão do Sítio do Picapau Amarelo, seu segundo trabalho direcionado ao público infantil.
No ano seguinte, teve sua grande chance na Rede Globo, gravando A Diarista, como Marinete, a protagonista do seriado, como um especial de fim de ano do canal para testar sua receptividade do público.
Em 2004, após ter feito sucesso como especial de final de ano, ganha sua primeira temporada ao todo o seriado teve mais três temporadas de muito sucesso. No mesmo seriado, em 2004 a 2005, também interpretou, no mesmo seriado, em alguns episódios, o papel da ricaça Maria Elizabeth, papel oposto de sua protagonista. Em julho de 2006, Cláudia divulgou que era portadora da esclerose múltipla. Ela teria passado mal durante a gravação de um episódio do sitcom A Diarista, tendo dito que sofre da doença há seis anos. O seriado encerrou em 2007.
Em 2008 foi substituta de Maria Paula na 17ª temporada do Casseta & Planeta, Urgente!, durante a gestação e licença maternidade da apresentadora. No ano de 2009, voltou a integrar o elenco do programa na 10ª temporada do, Zorra Total, como reprisando novamente Ofélia, atualmente esta no elenco desde então.
A assessoria da atriz revelou em março de 2013 que a doença estava controlada e que surtos apenas ocorrem em épocas de muito estresse. No entanto, o colunista Léo Dias disse que a situação não seria tão boa quanto a assessoria da atriz revelou.
Em maio daquele ano, no entanto, a atriz voltou a interpretar uma faxineira, dessa vez no teatro.
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