renato santos
30/09/2015
Estamos vivendo já no apocalipse bíblico, onde cavaleiros da morte impera, e uma besta do mar surge, é inadmissível que uma representante do povo brasileiro de sua opinião, que já não coloca mais em dúvida a qual o dinheiro desviados das empresas pública estejam financiando o estado do ISIS contra outros cidadãos da SÍRIA e de outros países.
A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quarta-feira a ação militar dos Estados Unidos e de países aliados contra o grupo militante Estado Islâmico, também conhecido como Isis, no Iraque e na Síria e disse que os bombardeios, feitos sem a autorização da Organização das Nações Unidas (ONU), não levam à paz.
Em Nova York, onde fez o discurso de abertura da 69ª Assembléia-Geral da ONU, a presidente condenou em entrevista coletiva as ações militares realizadas sem o consentimento da ONU e voltou a defender uma reforma do Conselho de Segurança, incluindo a entrada como membro permanente de mais países, entre eles o Brasil.
"Vocês acreditam que bombardear o Isis resolve o problema? Porque, se resolvesse, eu acho que estaria resolvido no Iraque, e o que se tem visto no Iraque é a paralisia", disparou Dilma.
Ela disse que a invasão do Iraque em 2003 pelos Estados Unidos, então governado por George W. Bush, provocou a "dissolução do Estado iraquiano" e disse que o Estado Islâmico, grupo que tomou vastas áreas do território do Iraque e da Síria e que fez reféns e decapitou jornalistas ocidentais, é um "subproduto" da invasão norte-americana no Iraque.
"Hoje a gente querer simplesmente bombardeando o Isis dizer que você resolve, porque o diálogo não dá. Eu acho que não dá, também, só o bombardeio, porque o bombardeio não leva a consequências de paz", disse.
"É minha obrigação defender que isso (a invasão do Iraque em 2003) não se repita. Que não se faça ações fora do âmbito da legalidade da ONU."
Assim como fez em seu discurso na Assembleia-Geral, Dilma criticou a "paralisia" do Conselho de Segurança e disse que o organismo precisa ter mais poderes.
"Além de eu achar que o Conselho tem que ser reformulado, acho que o Conselho tem de ter claramente o poder de rejeitar certo tipo de ação unilateral", afirmou.
Os EUA, ao lado de países árabes e aliados, têm realizado ataques contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria e o presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu em seu discurso na Assembleia-Geral manter a pressão sobre o Estado Islâmico, afirmando que o grupo tem que ser destruído.
Na terça-feira, em carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power, disse que os ataques foram necessários para eliminar a ameaça do Estado Islâmico para o Iraque, para os Estados Unidos e para seus aliados.
Ela afirmou que a ação foi justificada pelo artigo 51 da carta da ONU, que cobre os direitos individuais ou coletivos dos Estados à Defesa contra ataques armados.
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