renato santos
0901/2016
Momentos de grande tensão foram vividos nas últimas semanas em Portugal, principalmente na Região Autónoma da Madeira, na sequência da venda do Banif – Banco Internacional do Funchal ao Banco Santander Totta, por um total de 150 milhões de euros.
Como era esperar, o negócio gerou muitas dúvidas entre os clientes do Banif na Venezuela, sobretudo quando deram com as portas fechadas do escritório de representação da entidade bancária em Caracas.
Contudo, o BLOG GAZETA CENTRAL apurou junto de representantes do banco espanhol que a sede da ex-representação do Bainf, situada no Edifício Bancaracas, na avenida San Felipe, urbanização La Castellana, zona leste de Caracas, vai abrir na próxima terça-feira, 12 de Janeiro.
A sede vai reabrir as suas portas sob o nome e a imagem do Santander Totta, mas mantendo o mesmo corpo de funcionários que trabalhava para o Banif, sob a direcção de Renato Escórcio.
Recorde-se que as autoridades lusas decidiram a venda da actividade do Banif e da maior parte dos seus activos e passivos ao Banco Santander Totta por 150 milhões de euros.
O Banco de Portugal precisou que será transferida para o grupo espanhol “a generalidade da actividade do Banif, com excepção dos activos problemáticos, que serão transferidos para um veículo de gestão de activos (…).
No Banif permanecerá um conjunto muito restrito de activos, que será objecto de uma futura liquidação, assim como as posições dos accionistas, dos créditos subordinados e das partes relacionadas”, precisou.
O Banif conta com cerca de 6.000 milhões de euros em depósitos e emprega cerca de 2.000 trabalhadores. O Estado português controlava uma participação de 60% da entidade depois de injectar 1.100 milhões de euros em 2013, dos quais 700 milhões se converteram em acções e 400 milhões através de um instrumento de capital híbrido. Destes, o Banif apenas devolveu 275 milhões.
Tendo em conta a situação do banco e a entrada em vigor, em 1 de Janeiro de 2016, de uma alteração normativa a nível europeu que obriga os accionistas, credores e aforradores com depósitos superiores a 100.000 euros a responder em caso de falência, o Banco de Portugal e o Governo português entenderam que a venda do banco ao Santander Totta devia ser apressada e que consistia na melhor solução.
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