renato santos
31/03/2016
Presidente do STF condena atentado contra juíza em São Paulo
O violento atentado praticado contra a Juíza Tatiana Moreira Lima é motivo da mais profunda consternação por parte do Poder Judiciário Brasileiro, uma vez que expõe de maneira explícita e cruel a intolerância e a brutalidade que, seguramente, não fazem parte da cultura e das tradições do nosso povo.
O ódio, o ressentimento e a incompreensão não podem ser motivos para se atacar as instituições da República e, especialmente, o Poder Judiciário, que sempre garantiu a estabilidade democrática do país, executando com destemor o juramento de fielmente cumprir e fazer cumprir as leis e a Constituição da República.
Infelizmente, episódios como o ocorrido em uma das maiores capitais do planeta têm se repetido com maior ou menor gravidade nos quatro cantos do Brasil.
No entanto, podemos assegurar que a magistratura nacional continuará a exercer com coragem e destemor a relevantíssima missão constitucional de garantir a paz social, bem como os direitos e as garantias fundamentais por meio da aplicação firme das nossas leis e, sobretudo, da Constituição Federal.
Por fim, todas as providências pertinentes serão tomadas para garantir a segurança não apenas de magistrados e servidores, como também de toda a família forense, que permanece unida e solidária à jovem magistrada paulista, símbolo da determinação e da imparcialidade que caracterizam e distinguem a magistratura nacional.
Ministro RICARDO LEWANDOWSKI
Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça
Desembargador PAULO DIMAS DE BELLIS MASCARETTI
Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo
Juíza do Fórum Regional do Butantã viveu momentos de pânico dentro de uma das salas de audiência. Um homem acusado de violência doméstica, passou pela segurança, rendeu a juíza e ameaçou queimá-la viva.
Este foi o cenário que os policiais encontraram ao chegar para negociar com o sequestrador em uma das salas de audiência do Fórum Regional do Butantã, em São Paulo.
A negociação foi tensa e durou 15 minutos. O sequestrador, Alfredo José dos Santos, invadiu o Fórum, jogou um líquido escuro na juíza e a ameaçou a o tempo todo com um isqueiro na mão. O homem exigia que a juíza repetisse que ele não era louco.
Um policial usou extintor para evitar um incêndio, caso o sequestrador acendesse o isqueiro. Um grupo de policiais protegeu a juíza, enquanto outro dominou Alfredo, que foi algemado.
O Fórum só tem uma porta de acesso ao público. Quem vai às audiências, nos andares de cima passa por ela, entra à direita e cruza o detector de metais. Alfredo sabia disso, entrou e foi direto para a escada por onde saem as pessoas do Fórum. Ele foi perseguido por vigias e montou uma barreira com fogo para ganhar tempo e chegar na sala da juíza.
O fogo deixou marcas pelo caminho e Alfredo tinha garrafas cheias de gasolina na mochila e, ainda, dizia que estava com explosivos.
Alfredo é réu por agredir a ex-mulher e tinha uma audiência com a juíza ontem à tarde. Ele foi preso por tentativa de homicídio e uso de explosivos e passou a noite na carceragem de uma delegacia.
Na manhã desta quinta (31), o Fórum do Butantã amanheceu fechado e com um aviso na porta. Todas as audiências foram canceladas. Quem não sabia disso, ficou na porta, sem saber o que fazer.
O homem foi preso e transferido para um presídio na manhã desta quinta (31). Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo disse que o violento atentado contra a juíza é motivo da mais profunda consternação por parte do Poder Judiciário brasileiro e que vai tomar providências caso forem constatadas falhas na segurança.
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