RENATO SANTOS 16/07/2016. Qual o verdadeiro sentido do golpe militar na TURQUIA, essa pergunta como tantas outras precisam ser respondidas o mais rápido possível, a democracia pode ter suas falhas, mas não justifica um golpe de estado num País.
De acordo com o primeiro-ministro, dos confrontos na noite de sexta-feira resultaram 161 mortos. Há ainda 1.40 feridos. Numa declaração anterior à televisão oficial turca, o general Umit Dundar, chefe do Estado-Maior interino das tropas leais a Erdogan, tinha confirmado a morte de dois soldados, 41 polícias e 47 civis. "Caíram como mártires", sublinhou Dundar, referindo-se a estas 90 vítimas mortais.
A Turquia foi abalada sexta-feira à noite por uma tentativa de golpe de Estado levada a cabo por elementos do Exército que, após um momento inicial, acabou por ser abortada pelas tropas leais ao Presidente Recep Erdogan. As forças leais ao Presidente abateram alguns militares revoltosos, assegurando que outros 2839 foram detidos, indicou hoje o primeiro-ministro Binali Yildirim
Mas, a história não para apenas num golpe militar, mas envolve uma religião num País, e isso não pode ocorrer mais, algo precisa ser feito o mais rápido possível, usaram os militares e doutrinaram eles para essa finalidade,quem é a pergunta, mas com certeza o Islãn deve estar por trás.
Yildirim disse em conferência de imprensa que a situação está "completamente controlada" e pediu às pessoas para esta noite encherem as ruas com bandeiras da Turquia, repetindo os apelos de Erdogan.
Erdogan já disse que a "traição" dos golpistas constituiu uma "dádiva de Deus" e que vai permitir limpar o Exército. "Este levantamento, este movimento, é um grande presente de Deus para nós, porque o exército será limpo", disse Erdogan em conferência de imprensa, pouco depois de aterrar em Istambul, assegurando que os golpistas vão pagar caro pela "traição".
A reação foi rápida e, além das detenções de revoltosos no exército, já foram presos 10 magistrados e destituídos outros 2745, segundo a agência de notícias estatal. Em conferência de imprensa, de manhã, o primeiro-ministro disse ainda que o governo vai considerar alterar a lei para poder punir os revoltosos com a pena de morte.
Mas Yildirim foi mais longe e disse também que qualquer país "que esteja ao lado de Fethullah Gulen", que aponta como o responsável pelo golpe, não é "amigo" - sem nomear os Estados Unidos, aliados da Turquia na NATO.
Aos 75 anos, o clérigo muçulmano, é um dos principais alvos do presidente turco Erdogan
Vive numa pequena cidade nas montanhas Pocono, no estado norte-americano da Pensilvânia, desde 1999, mas é um religioso islâmico com seguidores em todo o mundo. Fethullah Gulen já negou qualquer envolvimento no golpe e condenou a sublevação militar, mas isso não convence a Ancara, que o acusa de estar por detrás do golpe falhado.
Aos 75 anos, o imã é um dos principais alvos do presidente turco Erdogan. O governo acusa Gullen de tentar criar uma estrutura paralela na polícia, justiça, media e forças armadas e de ter inspirado o golpe. E diz que "um país que esteja ao lado de Fethullah Gulen não é nosso amigo", segundo o primeiro-ministro Yildirim, sem nomear os Estados Unidos, aliados da Turquia na NATO.
Gulen, que se auto-exilou nos EUA, disse, em comunicado citado pela Reuters, que, como alguém que sofreu por causa de vários golpes militares durante as últimas cinco décadas, "é especialmente insultuoso ser acusado de estar ligado a tal tentativa", negando categoricamente as acusações.
É um homem poderoso, lembra a AFP: está à frente de um movimento religiosos e social transnacional de grande vitalidade na Turquia, com uma rede de escolas no país e no mundo, uma organização não-governamental e empresas, além de ser muito influente nos media, na polícia e na justiça.
O Hizmet ou o movimento Gulen funciona um pouco como os mórmones norte-americanos, "ajudam-se entre si, têm uma mentalidade missionária e um grande sentido de negócio", explicava em 2014 Sam Brannan, citado pela AFP.
Fethullah Gulen e Erdogan já foram aliados, e o segundo usou a rede do movimento para consolidar o seu poder. Mas afastaram-se e o imã tornou-se o "inimigo público número um" do homem forte da Turquia em 2013, no meio de um escândalo de corrupção. Vêm dessa altura as acusações de Erdogan de que Gulen está a agir como "um Estado dentro do Estado" e a tentar desestabilizar o governo.
No ano seguinte um tribunal da Turquia emitiu um mandado de detenção contra o clérigo, acusando-o de "liderar uma organização terrorista".
Mesmo antes de ser acusado de ser um traidor, Fethullah Gulen já vivia com um recluso na pequena vila de Saylorsburg, aparecendo muito pouco em público e dando poucas entrevistas. O movimento Gullen promove uma mistura de misticismo sufi e uma filosofia de harmonia entre as pessoas com base no islão - um islão aberto à educação e à ciência.
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